PROVISIONAMENTO EM ACIDENTES DE TRABALHO. Série Estudos nº11

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Transcrição:

PROVISIONAMENTO EM ACIDENTES DE TRABALHO Luís Portugal Série Estudos nº11 3 de Novembro de 2010 1

Índice 1. INTRODUÇÃO... 3 2. BASES TÉCNICAS... 4 3. RUN-OFF DAS PROVISÕES MATEMÁTICAS... 6 4. PROVISÕES PARA ASSISTÊNCIA VITALÍCIA... 7 5. FUNDO DE ACIDENTES DE TRABALHO... 8 6. CONCLUSÕES... 9 2

1. Introdução O objectivo deste trabalho é o de estudar a diversidade do provisionamento em Seguros de Acidentes de Trabalho no sector segurador português. Analisaremos os seguintes pontos: - As Bases Técnicas, nomeadamente das pensões não remíveis, onde o risco de longevidade fica com as seguradoras; - O run-off das Provisões Matemáticas, um custo muitas vezes não visível mas de valor importante; - As provisões para Assistência Vitalícia, um custo incerto quanto ao futuro e com elevados ritmos de crescimento em muitas seguradoras; - E as provisões para o Fundo de Acidentes de Trabalho, nem sempre lembradas mas que constituem uma responsabilidade actual das seguradoras. Não analisaremos neste estudo o provisionamento dos chamados Sinistros Gerais. Contribuem para isto duas ordens de razões: - É um run-off curto, sem grandes riscos para as seguradoras; - E é mais difícil de obter dados públicos das seguradoras. Toda a informação aqui usada decorre de dados públicos das seguradoras analisadas e nomeadamente dos relatórios e contas. Das quinze que exploram os Acidentes de Trabalho apenas não foi possível obter dados de uma delas. O estudo ficou assim centrado em catorze seguradoras. O presente estudo não pretende retirar ou inferir conclusões sobre a suficiência ou não do provisionamento em nenhum dos casos estudados. Acresce que mesmo numa companhia onde o nível de provisionamento é baixo, podem existir provisões complementares (contabilísticas) que permitem cobrir o deficit de provisionamento (o que não foi analisado neste trabalho por falta de dados públicos). 3

2. Bases Técnicas A diversidade de bases técnicas em Acidentes de Trabalho é enorme, quer ao nível da tabela de mortalidade, quer ao nível das taxas de juro técnicas. As tabelas de mortalidade usadas no mercado são as seguintes: - A TV 88-90 em três seguradoras; - A mistura de 65% da TD 88-90 com 35% da TV 88-90, em três seguradoras e a mera aplicação da primeira a Homens e a segunda a Mulheres numa outra seguradora; - A PF 60-64 em três seguradoras, se bem que numa delas com um factor correctivo da provisão final; - Algumas combinações da GKM 95 com a GKF 95 e da GRM 95 com a GRF 95, em duas seguradoras; - E a GRF 80 apenas numa seguradora. Relativamente às taxas de juro, estas oscilam entre os 3% e os 4.5%, existindo mesmo um caso com 6%. A taxa de juro mais comum é a de 4%, que é usada em metade das seguradoras analisadas. Os encargos de gestão da renda também variam bastante, entre os 1% e os 4%, sendo os casos mais comuns os 2% e os 4%. Juntando todos estes factores podemos verificar o nível de provisionamento no que diz respeito às Bases Técnicas: 180 Índice do Nível de Provisionamento -Bases Técnicas Nível Mínimo = 100 173 160 140 120 100 109 109 133 100 119 103 117 106 126 135 111 111 135 80 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Seguradora 4

As diferenças são muito significativas: - A diferença entre as seguradoras de nível de provisionamento mais elevado e mais baixo é de 1.73 para 1; - Se excluirmos estas duas seguradoras a generalidade das seguradoras está num nível de provisionamento que tem um diferencial de 32% entre a mais baixa e a mais elevada. 5

3. Run-Off das Provisões Matemáticas Olhando agora ao run-off das provisões matemáticas, ou seja, a evolução entre as provisões para pensões presumíveis e a homologação final, constatamos que apenas 5 em 14 seguradoras projectam o run-off das provisões matemáticas. Seguradora Projecta Run-Off Provisões Matemáticas? 1 Não 2 Não 3 Não 4 Não 5 Não 6 Não 7 Não 8 Sim 9 Não 10 Não 11 Sim 12 Sim 13 Sim 14 Sim Isto significa que há seguradoras que apresentam um nível de provisões matemáticas inferior às que projectam o run-off. Tal é sobretudo importante no ano de ocorrência correspondente ao ano calendário que se está a analisar. A relação neste último ano, se bem que dependente de vários factores, é, em média, de 1 para 1.9. 6

4. Provisões para Assistência Vitalícia Relativamente às responsabilidades com Assistência Vitalícia também existe muita diversidade. Das catorzes seguradoras analisadas metade delas usa o método caso a caso para calcular as responsabilidades, sendo as provisões geralmente definidas pelos médicos. Destas sete, uma delas refere projectar as responsabilidades. As outras seis não o fazem. Das restantes sete cinco usam como taxa de juro técnica 0%, tendo como objectivo compensar a inflação futura em despesas de saúde com os rendimentos financeiros das provisões constituídas. As outras duas seguradoras, consideram como taxa técnica 1.5% e 2%. Os encargos de gestão da renda andam entre os 1% e os 2%. A tabela de mortalidade mais usada é a TV 88-90. Duas seguradoras usam a TD 88-90 para os Homens. As restantes usam as GRM 95, a GRF 95 e a GRM 80. Isto tudo significa que o nível de provisionamento difere significativamente entre as seguradoras. Calculamos que entre as seguradoras que usam o método caso a caso e aquelas que projectam as responsabilidades com métodos actuariais, a diferença possa ser de 1 para 1.1 das provisões matemáticas. 7

5. Fundo de Acidentes de Trabalho Relativamente à provisão para o Fundo de Acidentes de Trabalho existem dois tipos de abordagens: - Seguradoras que consideram esta responsabilidade como nãotécnica; - E seguradoras que a calculam actuarialmente por ser uma provisão técnica. As bases técnicas diferem porque, na maior parte dos casos, correspondem às usadas nas provisões matemáticas. Podemos constatar que há cinco seguradoras a considerar a provisão como não técnica e que não a projectam actuarialmente. Isto representa cerca de 10% de diferença nas provisões matemáticas. Acrescem ainda aqui nas diferenças as diversidades de bases técnicas utilizadas, pelo que a maioria das seguradoras que usam métodos actuariais também terá diferenças entre si até aos 4% das provisões matemáticas. 8

6. Conclusões Juntando agora as Bases Técnicas, o Run-Off das Provisões Matemáticas, as Provisões para Assistência Vitalícia e as Provisões para o FAT, o nível de provisionamento das seguradoras em Acidentes de Trabalho e sem considerar eventuais provisões complementares, é o seguinte: 250 200 150 100 50 0 123 Índice do Nível de Provisionamento Nível Mínimo = 100 Bases Técnicas, Run-Off Provisões Matemáticas, Assistência Vitalícia e FAT (sem Provisões Complementares) 216 123 150 100 119 103 147 120 142 169 139 139 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 169 Seguradora As conclusões que retiramos desta análise são as seguintes: - A enorme disparidade de Bases Técnicas e critérios utilizados no provisionamento de Acidentes de Trabalho está a produzir distorções nas comparações de contas entre seguradoras; - Havendo companhias que não usam métodos actuariais para a totalidade das responsabilidades e que quando os usam têm bases técnicas de menor custo, estas seguradoras acabam por ter uma melhor margem de solvência contabilística e uma maior capacidade competitiva na generalidade dos ramos da actividade seguradora; - Esquecendo a seguradora com mais provisionamento, as diferenças de provisionamento entre seguradoras podem atingir os 69%; - Isto significa que não existem condições para uma concorrência sã e justa no mercado, já que, nos Acidentes de Trabalho, apenas actuarialmente se conseguem visualizar, correctamente, a suficiência ou não das provisões técnicas (há ramos que, mesmo sem se usarem os métodos actuariais, uma mera análise de das contas permite concluir sobre a política de provisionamento, mas tal não é o caso em Acidentes de Trabalho); - A consideração da totalidade dos custos não deixaria de ter algum impacto no controle de gestão das empresas, quer por ano de ocorrência, quer por ano calendário, o que alteraria muitas das 9

decisões tarifárias das seguradoras; - Este impacto seria sobretudo significativo ao nível dos custos médios dos sinistros por ano de ocorrência que poderiam crescer, nalgumas empresas, entre 10% a 15%; - Todos estes aumentos não deixariam de se repercutir nas provisões para riscos em curso e na margem de solvência, o que obrigaria muitas empresas a praticar outra política de preços. 10

Estudos Anteriores Nº Título Data 1 Seguro e Economia em Portugal - 1960-1995" 06/1997 2 O Risco de Acidentes de Trabalho 12/1999 3 Frequência de Sinistros no Seguro Automóvel, 1982-1998 01/2001 4 Sistemas de Bónus-Malus e Dinâmica de Preços 05/2001 5 Custo Médio de Sinistros Seguro Automóvel, 1977-2001" 09/2001 6 Fair Value na Actividade Seguradora 09/2002 7 Frequência de Sinistros no Seguro Automóvel 1982-2006 07/2006 8 Solvência II: Resumo do Projecto de Directiva 07/2007 9 Evolução do Mercado Mundial de Acções 11/2008 10 Rentabilidade e Risco nos Mercados Financeiros 03/2010 11