IFRS 4 e Solvência 2: Tudo o que você sempre quis saber, mas têve medo de perguntar!
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- João Henrique Leão Martini
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1 : Tudo o que você sempre quis saber, mas têve medo de perguntar! Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2008, FENASEG
2 Diagnóstico das Origens da Atual Crise Financeira Mundial Alavancagem excessiva Ignorância do funcionamento das redes sistêmicas Confiança excessiva nas agências de rating Demonstrações financeiras não-ajustadas a exposições de risco Pobre governança corporativa Pouco investimento em simulações de perdas e uso dessas como ferramenta gerencial Tanto o IFRS 4 Fase II e o Solvência II são projetos que almejam prevenir a ocorrência das duas últimas deficiências na indústria de seguros Página 2
3 Projeto IFRS 4 Fase II: Nova Contabilidade de Contratos de Seguros IFRS 4 Contratos de Seguros Fase Um (Já( em Vigor na UE) Contabilidade atual com algumas medidas em favor da transparência Fase Dois (A Viger em 2012) Mensuração do valor justo das provisões técnicas Página 3
4 Mandamentos do IFRS 4 Fase 1 (já vigente na UE e a viger no Brasil em 2010) Tu deves identificar teus contratos com risco significativo de seguros Tu podes preservar as provisões técnicas como as calculas hoje Contudo, tu deves testar sua suficiência para cobrir o fluxo de caixa completo do teu passivo; se não forem suficientes, deves complementar teu passivo Também deves explicitar quanto é o teu ativo de resseguro e ajustálo ao respectivo risco de crédito Tu deves mensurar todos os passivos de derivativos embutidos em teus contratos de seguros Tu deves divulgar tua sensibilidade e a consistência histórica de tuas provisões técnicas Página 4
5 Pedra Basilar do IFRS 4 Fase 2 (em discussão) Um segurador deverá mensurar todos os seus passivos de seguros utilizando os seguintes três blocos: (a) Estimativas explícitas, não-viesadas, consistentes com mercado e probabilisticamente ponderadas dos fluxos de caixa contratuais (b) Taxas de desconto de mercado que ajustem os fluxos de caixa estimados ao valor temporal da moeda (c) Uma estimativa explícita e não-viesada da margem que os participantes de mercado requerem para carregar o risco (uma margem de risco) e para oferecer outros serviços, quando aplicável (uma margem de serviço) Página 5
6 Princípio Fundamental do IFRS 4 Fase 2 Um nome conciso para essas novas provisões técnicas seria valor corrente de saída do passivo ( current exit value ) ou valor justo das provisões técnicas. O valor corrente de saída do passivo é o montante hipotético que o segurador deveria esperar pagar, na data-base do fechamento, para transferir todas as obrigações e direitos de seus contratos de seguros para uma outra entidade. Logo, a provisão técnica deverá incluir tanto uma margem prudente de oscilação de risco como uma medida do custo de capital associado ao passivo! Página 6
7 Demonstrações Financeiras do Século XXI (Nova Contabilidade de Seguros IFRS+SII) Atualmente Futuramente Balanço Patrimonial Balanço Patrimonial Ajustado a Risco Ativo Passivo Ativo Passivo Margem de prudência IMPLÍCITA nas Provisões Técnicas e na Margem de Solvência Reserva Livre Margem de Solvência I Provisões Técnicas Margem de prudência EXPLÍCITA Reserva Livre Requerimento de Capital Mínimo Margem de Valor de Mercado Melhor estimativa do Valor Presente do Fluxo de Caixa Completo Requerimento de Capital de Solvência II Valor de Mercado das Provisões Técnicas Página 7
8 Interlúdio: Relembrando a Atuária Clássica de Margem de Risco e Capital Baseado em Risco Função Densidade de Probabilidades Perdas Agregadas CBR MR Provisão Técnica Melhor Estimativa da Provisão Técnica Capital Baseado em Risco Margem de Risco da Provisão Técnica Página 8
9 Relação IFRS 4 Fase II com Solvência II A Minuta da Diretiva Solvência II estabelece uma Fórmula Padrão Européia (FPE) para Cálculo da Margem de Solvência (SCR) de Companhias Seguradoras e Resseguradoras (vigência a partir de 2012). Além disso, a minuta estabelece ajustes nas provisões técnicas bastante semelhantes aos planejados pelo IFRS 4 Fase II (Valor Presente de Fluxo de Caixa Completo + Margem de Risco) O Solvência II determinou que a Margem de Risco das Provisões Técnicas será calculada pelo Método do Custo de Capital Página 9
10 Pilares Normativos do Projeto Solvência II Página 10
11 Pilar 1: Princípio da agregação de todos os riscos quantificáveis Distribuição do superávit 99.5 percentil SCR Média Requerimento de Capital Risco de ruína menor do que 5 casos em Correlação Risco de mercado Risco de crédito Risco operacional Risco de subscrição Vida Saúde RE Página 11
12 Estrutura da Fórmula Padrão Européia para Requerimento de Capital de Solvência II Requerimento de Capital de Solvência AAPTID RCS Básico Risco Operacional RO Geral Risco Legal Ramos Elementares Mercado Crédito Saúde Vida Provisão Ações Crédito Geral Despesas Mortalidade Prêmio Juros Créditos Resseguros Provisão Longevidade Catástrofe Spread Prêmio Invalidez Imobiliário Epidemia Despesas Câmbio Cancelamento Concentração Catástrofe CNSP 158: Para Vida em Grupo e Ramos Elementares Página 12
13 Modelo Espanhol de Solvência (MES) vs. Solvência II Amostra do estudo: 21 entidades de Vida, 39 entidades de Não-Vida e 12 entidades mistas * Patrimônio Próprio Não Comprometido/Requerimento de Capital Página 13
14 Estrutura do Balanço Econômico Pilar I Solvência II Fundos Próprios Ancilares (Off the balance-sheet) Fundos Próprios Básicos (Fair value ) Excedente de Capital (Perdas Imprevistas - Além do Regulatório) Requerimento de Capital de Solvência (RCS) (Perdas Imprevistas - Regulatório - Ruína de 1 ano em cada 2 séculos Requerimento de Capital Mínimo (Mínimo para Licença de Operação) Margem de Risco das Provisões Técnicas Ativos (Somente para non-hedgeable risks ) Subordinados Melhor Estimativa das Provisões Técnicas (Fair value ) (Valor Atual Esperado do Fluxo de Caixa Futuro) Ativos Não-Subordinados (Fair value ) Valor de Mercado das Provisões Técnicas (IFRS ) (Perdas Previstas) Outros Passivos Página 14
15 Regras para Provisões Técnicas (Artigos 74 a 84 da Diretiva do Solvência II) Melhor Estimativa das Provisões Técnicas (MEPT) Valor presente do fluxo de caixa futuro: _ Desconto juros a termo livre de risco _ Alta qualidade de informação, dados, premissas e técnicas _ Todos in- e efluxos _ Efeito de resseguros e cosseguros segregado _ Segmentação por grupos homogêneos de risco _ Os efluxos: todas as despesas esperadas (contratuais ou não) _ Todas as garantias financeiras e opções contratuais _ Defasagem entre avisos de sinistros e recebimento efetivo dos re/cosseguros _ Probabilidade de default das re/cosseguradoras _ Testes retroativos (esperado x efetivo) e testes de sensibilidade Margem de Risco das Provisões Técnicas (MRPT) Acréscimo às provisões técnicas para alcançar o valor de mercado do passivo ("Quanto se deveria pagar a um terceiro para ele assumir as obrigações de minha carteira de apólices vigentes") _ Avaliada em separado à MEPT _ Igual ao Custo de Capital de Solvência associado ao passivo _ A taxa CoC = ao spread entre a taxa de captação para capital de solvência e a taxa de risco _ A taxa de captação: seguradora com rating BBB Página 15
16 Taxonomia do Balanço Econômico-Atuarial de uma Seguradora (IFRS 4 + Solvência II) Ajuste no Passivo contra Fundos Próprios Página 16
17 OBRIGADO POR SUA ATENÇÃO! Ricardo Pacheco Actuarial Services (11)
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