A importância da Educação para a Saúde

Documentos relacionados
Educação para a Saúde em Cuidados de Saúde Primários: Diagnóstico das dificuldades e necessidades de formação

Apontamentos de Introdução às Probabilidades e à Estatística

EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE:

Métodos Quantitativos Aplicados

1 Que é Estatística?, 1. 2 Séries Estatísticas, 9. 3 Medidas Descritivas, 27

Capítulo 6 Estatística não-paramétrica

1. Conceitos básicos de estatística Níveis de medição Medidas características de distribuições univariadas 21

ÍNDICE Janelas Menus Barras de ferramentas Barra de estado Caixas de diálogo

Capítulo IV. O papel do professor na Educação Médica. Apresentação do Estudo

Variância pop. * conhecida Teste t Paramétrico Quantitativa Distribuição normal Wilcoxon (teste dos sinais, Wilcoxon p/ 1 amostra)

Situação dos migrantes e seus descendentes directos no mercado de trabalho Módulo ad hoc do Inquérito ao Emprego de 2008

SUMÁRIO. Prefácio, Espaço amostrai, Definição de probabilidade, Probabilidades finitas dos espaços amostrais fin itos, 20

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular Técnicas de Análise Aplicadas ao Serviço Social Ano Lectivo 2011/2012

Testes de Hipóteses. : Existe efeito

Apostila de estatística básica Minitab Organizador: Daniel Magalhães Lima. Autores:

Equipa de Avaliação Interna da Escola Secundária de Lousada

Introdução. Amostragem, amostra aleatória simples, tabela de números aleatórios, erros

1 Introdução, 1 2 Polo Epistemológico, 9 3 Polo Teórico, 25

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

Bioestatística. Mestrado Saúde Materno Infantil 2005 Prof. José Eulálio Cabral Filho

Inquérito aos utilizadores das bibliotecas da Universidade do Minho em Relatório Final

PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO DESTINADO À ELABORAÇÃO DE UMA DISSERTAÇÃO ORIGINAL NO ÂMBITO DO CURSO DE MESTRADO EM EPIDEMIOLOGIA (1ª EDIÇÃO)

VALORES NO DESPORTO - O QUE É PARA MIM IMPORTANTE NO DESPORTO: A OPINIÃO DOS ATLETAS DA SELECÇÃO PORTUGUESA DE ANDEBOL SUB-20

Introdução 5 PREFÁCIO 15

Capitulo 3 - Análise de resultados

Estatística descritiva

Filho, não é um bicho: chama-se Estatística!

5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

I VOLUME. O. INTRODUÇÃO Destinatários desta obra. Objectivos. Concepção Agradecimentos. Exemplos gerais. Advertência.. I.

ÍNDICE. Variáveis, Populações e Amostras. Estatística Descritiva PREFÁCIO 15 NOTA À 3ª EDIÇÃO 17 COMO USAR ESTE LIVRO? 21 CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 2

Gilberto Müller Beuren

Estimação e Testes de Hipóteses

O Portugal que temos. o que imaginamos

A valorização de competências de gestão de recursos humanos nas empresas do sector da construção civil e do imobiliário em Portugal

Ajustar Técnica usada na análise dos dados para controlar ou considerar possíveis variáveis de confusão.

Educação para a saúde: diagnóstico das necessidades de formação dos enfermeiros da Sub-Região de Saúde de Vila Real

RELATÓRIO DO QUESTIONÁRIO SOBRE A QUALIDADE DAS ACTIVIDADES DE DINAMIZAÇÃO E EXTENSÃO CULTURAL DA BIBLIOTECA DO ISCTE-IUL

Por que testes não-paramétricos?

Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém

Perfil do Turista - 1 ZONA DE TURISMO DE GUIMARÃES PERFIL DO TURISTA

ISCTE Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa

Prof. Dr. Alfredo J Rodrigues. Departamento de Cirurgia e Anatomia Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo

CAPÍTULO IV APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

TESTE DE MANN-WHITNEY

PROVA ESCRITA DE CONHECIMENTOS PARTE ESPECIFICA (REF G6)

Curso de Especialização em Fisioterapia Traumato-Ortopédica / 2010 NOÇÕES DE STICA

Capítulo 2 Transições para a velhice 69 Sofia Aboim, Teresa Amor, Vítor Sérgio Ferreira e Cátia Nunes

RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO PEDAGÓGICA

2012/2013 RELATÓRIO DE EMPREGABILIDADE

CAPÍTULO IV APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Causalidade e inferência em epidemiologia. Fábio Raphael Pascoti Bruhn Disciplina: Epidemiologia e Ecologia

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ESTATÍSTICA Ano Lectivo 2018/2019

RECONHECIDO Organização e Deontologia

Relatório de Empregabilidade 2014

SECRETARIA-GERAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Se é possível cuidar, recuperar e integrar as pessoas internadas, dependentes com incapacidade funcional, sem a ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO?

Bioestatística. Paulo Nogueira quarta-feira, 11 de Janeiro de 2012

5.6. Impacto das Conversas da Biblioteca nos processos de ensino, aprendizagem e investigação desenvolvidos no ISCTE-IUL

Testes de Hipóteses Não Paramétricos. Rita Brandão (Univ. Açores) Testes de hipóteses não paramétricos 1 / 48

Folha de apresentação do estudo e de dados demográficos

RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO PEDAGÓGICA

Caracterização Sócio-Económica da Freguesia de Santo Condestável

Prevalência da Asma em Portugal:

1 Introdução aos Métodos Estatísticos para Geografia 1

ESTUDO DA SATISFAÇÃO DOS UTENTES DO SERVIÇO DE ALIMENTAÇÃO DO HOSPITAL DE MAGALHÃES LEMOS, EPE. Relatório Final

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA ANEXO PROGRAMAS DOS CURSOS CURTA DURAÇÃO EM ANÁLISE DE DADOS COM SPSS

INQUÉRITO AOS ASSOCIADOS DE MEDICINA GERAL E FAMILIAR

Estatística Computacional (Licenciatura em Matemática) Duração: 2h Frequência NOME:

CAPITULO III METODOLOGIA

MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS ACADÉMICOS INQUÉRITO DE AUSCULTAÇÃO DA OPINIÃO DOS ESTUDANTES

Qual o delineamento e quantas observações devo considerar em meu projeto? Ivan Barbosa Machado Sampaio Professor Emérito Escola de Veterinária - UFMG

EMENTA / PROGRAMA DE DISCIPLINA. ANO / SEMESTRE LETIVO Administração DISCIPLINA. CÓDIGO DA DISCIPLINA Métodos Quantitativos ADM 037.

TRANSFORMAÇÕES. 1 Tornar comparáveis descritores medidos em diferentes unidades

Apostila de estatística básica R Commander Organizador: Daniel Magalhães Lima. Autores:

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

2012/2013 RELATÓRIO DE EMPREGABILIDADE

17/04/2017. Tipos de dados. Primários. Secundários

A CONSTRUÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO. Manuela Magalhães Hill Andrew Hill. Outubro WP n.º 1998/11 DOCUMENTO DE TRABALHO WORKING PAPER

Gabinete de Apoio ao Estudante e Inserção na Vida Ativa (GAEIVA)

Bioestat 5.0. Rafael de Oliveira Xavier. Lab. Ecologia e Conservação, Departamento de Botânica, UFSCar

CAPÍTULO III METODOLOGIA

Análise Multivariada Aplicada à Contabilidade

1. Iniciação ao IBM-SPSS 22

Questionário GERAÇÃO SAUDÁVEL: ANÁLISE ESTATÍSTICA

Métodos Quantitativos Aplicados

Estudo sobre a situação profissional dos jovens enfermeiros em Portugal. Ordem dos Enfermeiros

2012 Cegedim & Netsonda // Documento confidencial, não pode ser difundido sem autorização escrita.

ESTUDO EPEPP III CONGRESSO PORTUGUÊS DE DEMOGRAFIA. ESDUDO do PERFIL de ENVELHECIMENTO da POPULAÇÃO PORTUGUESA. Metodologia

Factores de Sucesso das Iniciativas Empresariais

DIMENSÃO PONDERADA DAS LISTAS DE UTENTES DOS MÉDICOS DE FAMÍLIA

Relatório de Empregabilidade

TÍTULO: Estudo Sobre o Comportamento Humano em caso de incêndio na Sociedade Portuguesa.

CAI RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MOSTEIRO E CÁVADO

Tratamento de informação

SINOPSE CONSUMO E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DO ÁLCOOL. in Rio Lisboa 2014 VASCO CALADO ELSA LAVADO

16/6/2014. Teste Qui-quadrado de independência

RELATÓRIO SOBRE O INQUÉRITO DE OPINIÃO ÀS ENTIDADES EMPREGADORAS DE LICENCIADOS EM ENSINO DE FÍSICA E QUÍMICA

MOTIVAÇÕES E PERFIL DO VISITANTE DE GUIMARÃES 2011

RELATÓRIO SOBRE A DIFERENÇA SALARIAL ENTRE HOMENS E MULHERES

Transcrição:

Educação para a Saúde: conceitos, práticas e necessidades de formação 8 A alínea do questionário Actividade que tem em conta as necessidades dos indivíduos foi seleccionada pelos inquiridos como primeira e segunda prioridade a integrar o conceito de EpS, e a alínea Participação activa do indivíduo/comunidade foi a terceira, quarta e quinta prioridade. Ambas as alíneas pertencem ao conjunto do tipo participativo. No que se refere ao cruzamento da variável Tipo de conceito com as variáveis de caracterização, nenhum dos testes estatísticos aplicados deu uma diferença significativa entre as amostras. O mesmo aconteceu entre aquela variável em estudo e a variável Fez formação de suporte à EpS (p =,21 Mann-Whitney). Podemos no entanto verificar que o tipo de conceito Participativo é o mais representativo em todas as habilitações académicas, sendo os licenciados aqueles que optam mais por este tipo de conceito, assim como pelo Participativo puro (23,% e 12,5% respectivamente). Por sua vez os bacharéis são os que mais escolhem o conceito Predominantemente tradicional (6,6%). Os enfermeiros graduados são a categoria profissional mais representativa em todos os tipos de conceito. Os enfermeiros (Nível I) são os que mais escolhem o conceito Predominantemente tradicional, enquanto que os enfermeiros especialistas e chefes optam mais pelos conceitos Participativo e Participativo puro. Os enfermeiros que fazem formação de suporte em EpS, só optaram em menor número do que os enfermeiros que não fazem essa formação, no tipo de conceito Predominantemente tradicional. No Participativo puro são quase três vezes mais frequentes. 4.1.2. Opinião dos enfermeiros acerca da importância da Educação para a Saúde e percepção das dificuldades, carências e progressos sentidos nas suas práticas de Educação para a Saúde 4.1.2.1. A importância da Educação para a Saúde A opinião da maioria dos enfermeiros (48,7%) acerca da importância da EpS é de que é uma actividade de tal modo importante, que pode vir a substituir as actividades de tratamento. Em conjunto com a opção Maior importância do que perfazem 67,1% da

Educação para a Saúde: conceitos, práticas e necessidades de formação 81 amostra. Merece destaque o facto de existir apenas uma pessoa (,7%) que refere que a EpS não é importante e nenhum respondente ter referido que a EpS é Menos importante que as actividades de tratamento (Figura 1). N.º de respondentes 8 7 5 3 1 Importância da EpS Não é importante Menor importância do que Igual importância do que Maior importância do que Pode vir a substituir Fig. 1 Distribuição da amostra face à opinião sobre a importância da EpS Constata-se através da aplicação do teste estatístico de Kruskal-Wallis, que existem diferenças muito significativas (p =,8) entre as diferentes categorias etárias, no que respeita à opinião acerca da importância da EpS. Assim, as amostras constituídas pelos grupos etários de maior idade consideram a EpS mais importante que as actividades de foro curativo, que os grupos etários de menor idade. Aplicou-se este teste não paramétrico, embora às variáveis dependentes ordinais tipo escala de avaliação, como é o caso da Importância da EpS, se possam aplicar os testes paramétricos. Neste caso seria a ANOVA. Não foi possível fazê-lo porque, aquela variável não cumpria os pressupostos da distribuição normal, nem da igualdade de variâncias (Hill e Hill, ). Existe também uma relação altamente significativa entre a variável Categorias de idade e a variável dependente Importância da EpS, segundo o coeficiente de associação de Spearman (p =,1). Isto indica que à medida que aumenta a idade dos enfermeiros, aumenta a importância atribuída à EpS pelos mesmos. Existem também diferenças significativas entre os diferentes intervalos de Tempo de actividade profissional em CSP (ANOVA: p =,16) e a Importância da EpS. Por seu lado, o coeficiente de correlação de Pearson revelou que existe uma relação entre a variável Tempo de actividade profissional em CSP e a Importância da EpS

Educação para a Saúde: conceitos, práticas e necessidades de formação 82 (p =,8). A importância atribuída à EpS aumenta com o tempo de actividade profissional. Os restantes testes estatísticos realizados, não revelaram diferenças estatisticamente significativas, inclusive, entre a variável Fez formação de suporte e Importância da EpS (Teste t: p =,5) O cruzamento entre a variável Fez formação de suporte ao desenvolvimento da EpS e a Importância da EpS, apesar de não existirem diferenças significativas entre as amostras, revelou que o único enfermeiro que refere que a EpS não é importante não fez formação e daqueles que referem que a EpS é de tal modo importante que Pode vir a substituir as actividades de tratamento, os que fazem formação são o dobro dos que não a fazem. 4.1.2.2. Dificuldades, carências e progressos sentidos nas práticas de Educação para a Saúde Na pergunta referente às dificuldades e carências cada opção constituiu uma variável nominal com duas categorias: sim e não. Por sua vez, cada respondente devia assinalar as 3 opções que considerasse mais pertinentes. Na Figura 11 apresenta-se a distribuição das dificuldades assinaladas, na Figura 12 a distribuição das carências e na Figura 13 a distribuição da opinião dos enfermeiros acerca dos progressos da EpS.

Educação para a Saúde: conceitos, práticas e necessidades de formação 83 N.º de respostas seleccionadas 1 1 8 Tipo de dificuldade Estar à vontade perante o público Utilizar adequada linguagem Planear adequadamente as actividades Provocar mudanças de comportamentos Criar competências nas pessoas Fazer o diagnóstico da situação Trabalhar em equipe Outras dificuldades Fig. 11 Distribuição da amostra face às dificuldades sentidas na EpS No caso das dificuldades, como se pode verificar, a alínea mais vezes seleccionada foi o Provocar mudanças de comportamentos (73%), que constitui a primeira e a segunda prioridade das dificuldades. As menos seleccionadas foram o Trabalhar em equipa (13,8%) e Outras dificuldades (3,3%). Em relação às carências, a opção mais vezes assinalada foi a Falta de recursos humanos, logo seguida da Falta de tempo para planear as actividades de EpS, respectivamente, 48% e 46,7%. As menos seleccionadas foram a Falta de motivação própria (9,9%) e Outras carências (1,3%). A primeira e a terceira prioridade das carências para esta amostra de enfermeiros foi a Falta de tempo para planear as actividades, enquanto que a segunda é partilhada pela Falta de recursos humanos e Falta de tempo para desenvolver as actividades de EpS.

Educação para a Saúde: conceitos, práticas e necessidades de formação 84 8 7 5 3 1 Tipo de carência Falta de tempo para planear Falta de tempo para desenvolver Falta de motivação própria Falta de motivação dos serviços Falta de recursos humanos Falta de recursos materiais Falta de organização dos serviços Falta de formação específica Outras carências Fig. 12 - Distribuição da amostra face às carências sentidas na EpS No que diz respeito, aos progressos sentidos nos últimos 5 anos a maioria da amostra (55,9%) refere ter havido Alteração para um pouco melhor que, em conjunto com a alteração para muito melhor (9,2%), totalizam 65,1%. Apenas dois respondentes (1,3%) são de opinião que tem havido Alteração para muito pior. As opiniões negativas que incluem esta opção e a Alteração para um pouco pior totalizam, assim, apenas 6,6% (Figura 13). N.º de respostas seleccionadas 1 8 Progressos na EpS Alteração para muito pior Alteração para um pouco pior Não houve alterações Alterações para um pouco melhor Alterações para muito melhor Fig. 13 - Distribuição da amostra face à opinião acerca dos progressos da EpS dos últimos 5 anos

Educação para a Saúde: conceitos, práticas e necessidades de formação 85 Não se verificaram diferenças significativas entre amostras no cruzamento das variáveis de caracterização e da variável Tempo de actividade profissional em CSP e as variáveis dependentes Primeira prioridade das dificuldades e Primeira prioridade das carências e Progressos. Entre a variável Fez formação de suporte à EpS e as variáveis Primeira prioridade das dificuldades e Primeira prioridade das carências também não se constataram diferenças significativas (χ 2 : p =,631; p =,58), mas entre a variável Fez formação de suporte à EpS e a variável Progressos verificaram-se diferenças altamente significativas (Mann-Whitney: p =,). Assim, os indivíduos que fazem formação referem alterações mais positivas na EpS. Aplicaram-se estes testes porque a variável ordinal (tipo escala de avaliação) Progressos não segue uma distribuição normal. Quanto à relação entre estas variáveis, o coeficiente de associação de Spearman deu uma diferença altamente significativa p =,, ou seja, a formação tem uma relação directa na opinião acerca dos progressos da EpS. 4.1.4. Caracterização das práticas de Educação para a Saúde dos enfermeiros da Sub- Região de Saúde de Vila Real A maior proporção de enfermeiros desta amostra refere realizar actividades de EpS Muitas vezes (38,8%), logo seguidos pelos que só realizam Às vezes (32,9%). Apenas quatro elementos (2,6%) dizem Nunca realizar actividades de EpS (Fig. 14). Associando as categorias Às vezes, Muitas vezes e Sempre para constituir o grupo do Sim e as categorias Nunca e Raramente o grupo do Não, constata-se que 88,2 % dos respondentes fazem EpS e 11,8% não.

Educação para a Saúde: conceitos, práticas e necessidades de formação 86 N.º de respondentes 7 5 3 1 Frequência da realização de EpS pelo próprio Nunca Raramente Às vezes Muitas vezes Sempre Fig. 14 Distribuição da amostra segundo a frequência da realização de actividades de EpS pelo próprio Quando questionados acerca da EpS realizada pela equipa de enfermagem, 66 indivíduos (43,4%) referem que a equipa realiza actividades Às vezes e só 32 dizem que o faz Muitas vezes (21,1%). A moda é a opção Às vezes. Cinco elementos (3,3%) dizem que a equipa Nunca desenvolve actividades de EpS planeadas. Fazendo a mesma associação da distribuição anterior verifica-se que 69,1% das equipas de enfermagem realizam EpS planeadas e 21,7% não o fazem. É, no entanto, de salientar que houve 14 indivíduos (9,2%) que não responderam a esta questão (Figura 15). N.º de respondentes 7 5 3 1 Frequência da realização de EpS pela equipa Nunca Raramente Às vezes Muitas vezes Sempre Fig. 15 Distribuição da amostra segundo a frequência da realização de actividades de EpS planeadas pela equipa de enfermagem