Barómetro Regional da Qualidade e Inovação

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Transcrição:

Avaliação da Qualidade Global da Região Autónoma da Madeira pelos Residentes 2014

Direção Regional do Comércio, Indústria e Energia Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses, n.º 23, 1º 9000-054 Funchal Região Autónoma da Madeira Portugal Tel.: 291 210 000 Fax: 291 225 206 E-mail: drcie.vp@gov-madeira.pt http://drcie.gov-madeira.pt Todos os direitos reservados DRCIE, setembro de 2014 título edição conceção e execução design gráfico créditos fotográficos Avaliação da Qualidade Global da Região Autónoma da Madeira pelos Residentes DRCIE Direção Regional do Comércio, Indústria e Energia Qual, Lda. Macasi, Artes Gráficas Direção Regional do Turismo isbn 978-989-96202-3-0

Avaliação da Qualidade Global da Região Autónoma da Madeira pelos Residentes 2014

Índice SÍNTESE... 5 1. INTRODUÇÃO... 7 2. METODOLOGIA... 8 2.1. Inquérito aos Residentes... 8 2.2 Modelo da Qualidade da Região percecionada pelos Residentes... 9 3. RESULTADOS GLOBAIS... 12 3.1 Índices das Dimensões... 12 3.2 Impactos Totais entre as Dimensões e Valores Médios... 13 3.3 Qualidade Global Percecionada da Região... 14 3.3.1 Qualidade Global Percecionada da Região segundo a Unidade de Saúde... 14 3.3.2 Qualidade Global Percecionada da Região segundo o Estabelecimento de Ensino... 15 3.3.3 Qualidade Global Percecionada da Região segundo os Serviços Públicos... 16 3.3.4 Qualidade Global Percecionada da Região segundo o Comércio, Restauração e Serviços... 17 3.3.5 Qualidade Global Percecionada da Região segundo o Emprego... 18 3.3.6 Índices da Qualidade Global da Região por Género, Idade, Nível de Instrução e Unidade de Saúde utilizada no último ano... 18 3.3.7 Índices da Qualidade Global da Região por Estabelecimento de Ensino frequentado, Serviço Público utilizado no último ano, Comércio, Restauração e Serviços usufruídos no último mês e setor de Emprego... 20 4. RESULTADOS POR VARIÁVEL DO MODELO DE QUALIDADE... 21 4.1 Saúde e respetivos indicadores... 21 4.2 Educação e respetivos indicadores... 22 4.3 Serviços Públicos e respetivos indicadores... 24 4.4 Comércio, Restauração e Serviços e respetivos indicadores... 25 4.5 Empresas e Produtos Regionais e respetivos indicadores... 27 4.6 Emprego e respetivos indicadores... 27 4.7 Coesão e Segurança e respetivos indicadores... 29 4.8 Ambiente e respetivos indicadores... 29 4.9 Habitação e respetivos indicadores... 30 4.10 Transportes e Comunicações e respetivos indicadores... 30 4.11 Lazer e respetivos indicadores... 31 4.12 Região Inovadora e virada para o Futuro... 31 5. EVOLUÇÃO DESDE 2007... 32 5.1 Resultados Globais... 32 5.2 Resultados por Variável do Modelo... 33 5.2.1 Saúde... 33 5.2.2 Educação... 34 5.2.3 Serviços Públicos... 35 5.2.4 Comércio e Restauração... 36 5.2.5 Emprego... 38 6. RECOMENDAÇÕES... 40 6.1 Variáveis de Atuação Prioritária... 40 6.2 Indicadores de Atuação Prioritária... 43 ANEXOS... 46 A1: Caracterização Sócio-Económica... 46 A2: Resultados do Modelo da Qualidade Global da Região... 47 A3: Medidas de Qualidade... 48 A4: Equipa de Projeto... 48 3

Síntese O presente estudo tem como objetivo fundamental a medição da perceção dos residentes relativamente à Região Autónoma da Madeira (RAM), no âmbito do Barómetro Regional da Qualidade. A abordagem adotada consiste em duas etapas fundamentais e interdependentes. Em primeiro lugar foi realizado um inquérito, entre 28 de março e 23 de abril de 2014, onde foram entrevistadas telefonicamente 501 pessoas residentes na RAM. Esta etapa permite obter todos os resultados disponibilizados pelos estudos de mercado tradicionais. Na segunda etapa, a informação obtida nas respostas ao inquérito é utilizada para estimar o modelo da qualidade. Esta metodologia inovadora permite obter um conjunto de resultados que não é possível obter pelas abordagens habituais de estudos que não recorrem a qualquer modelação, ficandose pela primeira etapa. O modelo da qualidade percecionada pelo residente da RAM apresenta uma capacidade explicativa razoável (coeficiente de determinação de 0,43) da qualidade global da RAM. Os resultados obtidos revelam um elevado nível de Qualidade Global da Região (índice igual a 79,1 numa escala de 0-100) percecionada pelos residentes na Região Autónoma da Madeira. O modelo da qualidade percecionada pelo residente evidencia que as dimensões da Saúde, Empresas e Produtos Regionais e o Lazer devem ser encarados como as maiores prioridades de atuação, em virtude dos seus elevados impactos na Qualidade Global da RAM. 5

Uma análise do comportamento dos Residentes na RAM centrada nos diversos indicadores associados a cada uma das dimensões permite evidenciar como prioridades de atuação os seguintes indicadores: Saúde: Unidade de saúde ideal; Qualidade global da última unidade de saúde visitada no último ano. Empresas e Produtos Regionais: Empresas regionais são inovadoras e viradas para o futuro; Empresas regionais estão orientadas para critérios de qualidade. Lazer: Qualidade e variedade de cinemas, teatros, bibliotecas, música e espetáculos; Qualidade e variedade de parques e espaços verdes. 6

1. Introdução No âmbito da implementação da Estratégia Regional para a Qualidade aprovada pela Resolução nº 276/2005, de 17/03/2005, a Direção Regional do Comércio, Indústria e Energia (DRCIE) pretendeu, através de uma abordagem pragmática, implementar um sistema de monitorização baseado em indicadores (de desempenho e de perceção) que permitissem aferir a situação atual da Qualidade na Região Autónoma da Madeira (RAM), a perceção da mesma, o grau de satisfação de residentes e turistas e o impacto de ações de melhoria implementadas sobre os diversos indicadores adotados. Surge, assim, o Qualidade. Nota: Informações mais detalhadas poderão ser consultadas nos relatórios sobre o Barómetro e metodologia dos modelos de satisfação e da qualidade. O primeiro barómetro foi realizado em 2007, sendo posteriormente reeditado em 2009 e 2011. Em 2013 a Estratégia Regional para a Qualidade foi revista e reformulada para o período de 2014 a 2020, daí decorrendo uma alteração do próprio barómetro, que foi também revisto na sua estrutura e conjunto de estudos e indicadores, passando a adotar a designação de Qualidade e Inovação (BRQI), porquanto que esta componente (a da Inovação) foi reforçada no barómetro, passando este a ser também um mecanismo de acompanhamento, para além da Estratégia Regional da Qualidade, do PIDT&I - Plano de Ação para a Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da RAM. O presente estudo tem como objetivo fundamental a Avaliação da Qualidade da Região percecionada pelos Residentes, no âmbito do Qualidade e Inovação, através da perceção dos residentes. Os indicadores utilizados nesta avaliação fazem parte de um conjunto de indicadores do Barómetro Regional de e/ou do Índice Regional de Qualidade de Vida, que são disponibilizados periodicamente. Este sistema de avaliação permite: Construir um Índice Regional de, que serve como indicador de perceção do ; Analisar os serviços oferecidos na Região no seu conjunto e por segmento; Aconselhar o Governo Regional da Madeira sobre os pontos fortes e constrangimentos; Definir áreas prioritárias de atuação tendo em vista a melhoria da qualidade percecionada pelos residentes. 7

2. Metodologia A metodologia adotada consiste em duas etapas interdependentes, como já se referiu. Em primeiro lugar, é realizado um inquérito aos residentes e em seguida, mas em estreita relação com a primeira etapa, é especificado e estimado um modelo da qualidade percecionada pelos residentes. 2.1. Inquérito aos Residentes O quadro seguinte apresenta os principais aspetos metodológicos do inquérito aos residentes da Região Autónoma da Madeira (RAM). Sistema de Avaliação dos Residentes da Região Autónoma da Madeira População alvo Residentes da Região Autónoma da Madeira Áreas geográficas: Segmentos Funchal Ilha da Madeira (exceto Funchal) Ilha de Porto Santo Amostra Método de entrevista 501 entrevistas Entrevistas telefónicas apoiadas pelo sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing) Período de inquirição Entre 28 de março e 23 de abril de 2014 Controlo de qualidade Acompanhamento do trabalho de campo, através de auditoria das entrevistas e avaliação dos entrevistadores. Reinquirição parcial de cerca de 10% das entrevistas telefónicas e validação de todos os registos (telefónicos) de forma a despistar codificação incorreta ou respostas incoerentes ou incompatíveis. Áreas geográficas Amostra Funchal 243 Ilha da Madeira (exceto Funchal) 251 Ilha de Porto Santo 5 8 Não sabe/não responde 2

2.2 Modelo da Qualidade da Região percecionada pelos Residentes Os dados recolhidos através do inquérito são utilizados para alimentar um modelo explicativo da qualidade da região percecionada pelos residentes. O modelo é especificado de modo a tomar em conta os determinantes relevantes para a qualidade da região percecionada por estes residentes. Este modelo é constituído por dois sub-modelos que são apresentados nas figuras seguintes: O modelo estrutural que estabelece as relações entre as dimensões não observadas ou variáveis latentes; O modelo de medida que relaciona as dimensões com as variáveis ou indicadores de medida. Modelo Estrutural da Qualidade da Região percecionada pelos Residentes A Qualidade Global da Região é a dimensão fundamental que enforma o modelo estrutural ilustrado na figura abaixo. A Qualidade Global da Região é a dimensão central do modelo estrutural. Este modelo considera onze dimensões determinantes da Qualidade Global da Região (assinaladas a azul mais claro na figura abaixo). Coesão e Segurança Transportes e Comunicações Saúde Lazer Comércio, Restauração e Serviços Ambiente Qualidade Global da Região Empresas e Produtos Regionais Habitação Serviços Públicos Educação Emprego 9

Modelo de Medida da Qualidade da Região percecionada pelos Residentes As dimensões do modelo estrutural são variáveis latentes, não sendo portanto objeto de observação direta. Cada uma destas dimensões tem de ser associada a um conjunto de indicadores (designados por variáveis de medida) obtidos diretamente através do questionário efetuado aos residentes. Cada indicador está de um modo geral associado a uma questão do inquérito, sendo medido na escala de 1 a 10. O conjunto das relações entre as dimensões e os indicadores constitui o modelo de medida. Como se indicou anteriormente, cada dimensão é constituída por um ou mais indicadores que de seguida se apresentam. Variável latente Transportes e Comunicações Ambiente Habitação Coesão e Segurança Lazer Saúde Indicador (de medida) Acessibilidades das redes viárias Qualidade dos serviços de transportes públicos Adequabilidade do tempo gasto em transportes Qualidade do serviço de acesso à internet Qualidade dos serviços telefónicos de voz (fixo e móvel) Limpeza e higiene dos locais Qualidade do ar Qualidada da água Qualidade paisagística e ambiental Qualidade da habitação Qualidade urbanística e de ordenamento do território Região segura relativamente a atos criminosos e furtos Flagelos sociais como toxicodependência, alcoolismo ou violência doméstica Estruturas de apoio social Qualidade e variedade de cinemas, teatros, bibliotecas, música e espetáculos Qualidade e variedade de espaços para a prática de desportos Qualidade e variedade de atividades para crianças Qualidade e variedade de parques e espaços verdes Satisfação global com a última unidade de saúde visitada no último ano Realização das expectativas em relação à última unidade de saúde visitada no último ano Unidade de saúde ideal Qualidade global da última unidade de saúde visitada no último ano 10

Variável latente Comércio, Restauração e Serviços Empresas e Produtos Regionais Serviços Públicos Emprego Educação Qualidade Global da Região Indicador (de medida) Satisfação global com o tipo de serviço utilizado no último mês Realização das expectativas em relação ao tipo de serviço utilizado no último mês Tipo de serviço ideal Qualidade global do tipo de serviço utilizado no último mês Qualidade dos produtos agroalimentares regionais Empresas regionais são competitivas no exterior Empresas regionais são inovadoras e viradas para o futuro Empresas regionais estão orientadas para critérios de qualidade Satisfação global com o último serviço público utilizado no último ano Entidade inovadora e virada para o futuro Realização das expectativas em relação ao último serviço público utilizado no último ano Serviço público ideal Qualidade global do último serviço público utilizado no último ano Satisfação global com a organização a que pertence Sentimento de que trabalha numa organização inovadora e em permanente melhoria Realização das expectativas em relação ao seu trabalho na organização Organização ideal Vontade de recomendar a um amigo para trabalhar na organização a que pertence Satisfação global com o estabelecimento de ensino Realização das expectativas em relação ao estabelecimento de ensino Estabelecimento de ensino ideal Qualidade global do estabelecimento de ensino Qualidade global da região Nota: Os indicadores Adequação das ofertas de trabalho/emprego às necessidades da região e Região inovadora e virada para o futuro não foram considerados na estimação do Modelo. A estimação do modelo, com base na metodologia PLS (Partial Least Squares), produz índices para cada uma das dimensões analisadas, bem como para os coeficientes de impacto que definem as relações entre estas dimensões. A estimação do modelo fornece igualmente os pesos dos indicadores associados a cada dimensão. Finalmente, a estimação fornece margens de erro e outras medidas de qualidade das estimações. É hoje generalizadamente aceite que esta abordagem, conhecida por abordagem SEM ou de Modelação das Equações Estruturais, constitui o estado da arte da modelação do comportamento do cliente/residente ou do colaborador. De facto só desta forma é possível identificar os principais determinantes da Qualidade Global da Região, como são as várias componentes da qualidade da região. Torna-se assim possível identificar os aspetos mais importantes do ponto de vista do residente, avaliar os impactos de decisões de gestão sobre estas variáveis e consequentemente priorizar as ações a desenvolver em cada segmento. 11

3. Resultados Globais 3.1 Índices das Dimensões A dimensão Qualidade Global da Região é aquela que apresenta o índice mais elevado (79,1 pontos), seguida pelo Ambiente (76,8 pontos). No sentido contrário, destaca-se a dimensão dos Serviços Públicos, com 64,3 pontos. Transportes e Comunicações 72,3 Ambiente 76,8 Habitação 70,5 Coesão e Segurança 66,0 Lazer 67,9 Saúde 69,4 Comércio, Restauração e Serviços 72,7 Empresas e Produtos Regionais 67,6 Serviços Públicos 64,3 Emprego 67,8 Educação 70,2 Qualidade Global da Região 79,1 12

3.2 Impactos Totais entre as Dimensões e Valores Médios A figura seguinte apresenta os impactos totais entre as dimensões do modelo estrutural. A Saúde é a dimensão com maior impacto total na Qualidade Global da Região (0,16), seguida pelas Empresas e Produtos Regionais (0,15). Deste modo, e de acordo com o modelo estimado, o aumento de uma unidade no índice da Saúde implica diretamente um aumento de 0,16 no Índice de Qualidade Global da Região. Coesão e Segurança (66,0) Transportes e Comunicações (72,3) (0,13) (0,16) Saúde (69,4) Lazer (67,9) (0,13) (0,09) Comércio, Restauração e Serviços (72,7) Ambiente (76,8) (0,12) Qualidade Global da Região (79,1) (0,15) Empresas e Produtos Regionais (67,6) Habitação (70,5) (0,13) (0,01) Serviços Públicos (64,3) Educação (70,2) (0,02) (0,06) Emprego (67,8) Nota 1: A tracejado estão os impactos que não são estatisticamente significativos a 5%. Nota 2: A dimensão Transportes e Comunicações não entrou na estimação do modelo. 13

3.3 Qualidade Global Percecionada da Região 3.3.1 Qualidade Global Percecionada da Região segundo a Unidade de Saúde 83,4% dos inquiridos deslocaram-se a uma unidade de saúde no último ano, revelando níveis de Qualidade Global da Região ligeiramente inferiores aos residentes que não recorreram a qualquer unidade de saúde no último ano (78,8 contra 80,2 pontos, respetivamente). Dos residentes que recorreram a unidades de saúde no último ano e relativamente à unidade utilizada mais recentemente, metade deslocou-se a um Centro de Saúde, revelando níveis positivos 1 na Qualidade Global da Região, com 79,7 pontos. Cerca de 35% dos inquiridos recorreram a um Hospital, atribuindo níveis positivos na Qualidade Global da Região, com 78,3 pontos. Já quem recorreu a Clínicas Médicas, apresentou níveis de Qualidade Global da Região inferiores aos das restantes unidades de saúde, mas ainda assim considerados positivos (77,1 pontos). Deslocação no último ano a uma Unidade de Saúde Qualidade Global da Região 100 16,6% Sim Não 90 80 70 78,8 80,2 83,4% 60 50 40 30 20 10 0 Recorreu a uma unidade de saúde no último ano Não recorreu a uma unidade de saúde no último ano Última Unidade de Saúde utilizada no último ano Qualidade Global da Região 100 50,0% 34,9% Centro de Saúde Clínica Médica Hospital 90 80 70 60 79,7 77,1 78,3 15,1% 50 40 30 20 14 1 Por convenção, considera-se que: Índices inferiores a 40: avaliação negativa; Índices entre 40 e 60: avaliação neutra; Índices entre 60 e 80: avaliação positiva; Índices superiores a 80: avaliação muito positiva. 10 0 Centro de Saúde Clínica Médica Hospital

3.3.2 Qualidade Global Percecionada da Região segundo o Estabelecimento de Ensino Mais de 60% dos inquiridos revelaram que frequentam ou têm alguém no seu domicílio que frequenta um estabelecimento de ensino, atribuindo 78,2 pontos para a Qualidade Global da Região. Contudo, essa avaliação média, apesar de positiva, é superada por aqueles que não frequentam qualquer estabelecimento de ensino (80,5 pontos). De entre aqueles que frequentam um estebelecimento de ensino, mais de dois terços frequentam o Ensino Básico ou Secundário e atribuem níveis de Qualidade Global da Região mais elevados face aos restantes (78,7 pontos contra 77,6 pontos para os que frequentam o Jardim de infância e 76,9 pontos para os que frequentam o Ensino Superior). Nota: As questões relativas ao ensino são respondidas pelos pais/encarregados de educação dos alunos ou pelo próprio aluno no caso de ter idade superior a 15 anos. Frequência num Estabelecimento de Ensino Qualidade Global da Região 100 36,7% Sim Não 90 80 70 78,2 80,5 63,3% 60 50 40 30 20 10 0 Frequenta um estabelecimento de ensino Não frequenta nenhum estabelecimento de ensino Por Estabelecimento de Ensino frequentado Qualidade Global da Região 100 18,0% 15,1% Jardim de Infância Ensino Básico ou Secundário 90 80 70 77,6 78,7 76,9 Ensino Superior 60 66,9% 50 40 30 20 10 0 Jardim de Infância Ensino Básico ou Secundário Ensino Superior 15

3.3.3 Qualidade Global Percecionada da Região segundo os Serviços Públicos Os inquiridos (50,5%) que afirmaram ter-se deslocado, durante o último ano, a pelo menos um serviço público, com atendimento presencial, atribuem níveis positivos à Qualidade Global da Região (78,3 pontos). Os residentes que não usufruíram dos Serviços Públicos classificaram a Qualidade Global da Região acima dos restantes, em 79,9 pontos. De entre os que usufruíram dos Serviços Públicos no último ano, cerca de 62% deslocaram-se aos Serviços Periféricos do Estado (ex: Tribunal, Polícia, Alfândega, Direção Geral da Administração da Justiça, capitania do Funchal ou Porto Santo) e foram os que atribuíram níveis mais elevados na Qualidade Global da Região, com 79,6 pontos. De seguida, surgem os que se deslocaram aos serviços da Administração Local (ex: Autarquia, Junta de Freguesia) que apresentam uma avaliação média positiva na Qualidade Global da Região de 76,9 pontos. Nota*: O resultado apresentado para a Administração Regional é meramente indicativo, em virtude da reduzida base amostral. Deslocação aos Serviços Públicos no último ano Qualidade Global da Região 100 50,5% 49,5% Sim Não 90 80 70 60 78,3 79,9 50 40 30 20 10 0 Utilizou Serviços Públicos Não utilizou Serviços Públicos Último Serviço Público utilizado no último ano Qualidade Global da Região 4,7% 100 33,6% 61,7% Administração Regional Administração Local Serviços Periféricos do Estado 90 80 70 60 71,3* 76,9 79,6 50 40 30 20 10 0 Administração Regional Administração Local Serviços Periféricos do Estado 16

3.3.4 Qualidade Global Percecionada da Região segundo o Comércio, Restauração e Serviços A quase totalidade dos residentes na RAM deslocou-se ao Comércio, Restauração ou Serviços Locais no último mês, atribuindo níveis positivos na Qualidade Global da Região (78,9 pontos). Nota*: O resultado apresentado para quem não usufruiu do comércio, restauração e serviços é meramente indicativo em virtude da reduzida base amostral. 40,3% dos residentes referiram que utilizaram os serviços do Comércio Local (ex: venda de produtos, como supermercados, vestuário, etc) no último mês, enquanto cerca de 39% utilizaram os serviços de Restauração Local (ex: cafés, pastelarias, etc) e os restantes utilizaram os Serviços Locais (prestação de serviços como reparações, bancos, etc., excetuando serviços públicos, comércio e restauração). É entre os utilizadores dos estabelecimentos de Restauração Local que se verifica a maior pontuação na Qualidade Global da Região, com 79,7 pontos, seguida de 79,1 pontos atribuídos pelos que utilizaram os Estabelecimentos de Comércio Local. Os utilizadores dos restantes Serviços Locais, apesar de terem classificado pior este índice, a sua avaliação foi ainda considerada positiva, reunindo 77,1 pontos. Deslocação ao Comércio, Restauração e Serviços no último mês Qualidade Global da Região 100 1,4% Sim 90 80 70 60 78,9 88,9* Não 50 98,6% 40 30 20 10 0 Usufruiu do comércio, restauração e serviços Não usufruiu do comércio, restauração e serviços Tipo de Estabelecimentos de Comércio, Restauração e Serviços utilizados no último mês Qualidade Global da Região 100 90 20,9% Comércio local 80 70 79,7 79,1 77,1 40,3% Restauração local 60 38,9% Serviços locais 50 40 30 20 10 0 Comércio local Restauração local Serviços locais 17

3.3.5 Qualidade Global Percecionada da Região segundo o Emprego 38,5% dos inquiridos não se encontram no ativo, enquanto que cerca de 26% se encontram no Setor Público e os restantes no Setor Privado. São os que se encontram inativos que apresentam níveis de Qualidade Global da Região muito positivos, com 81,2 pontos. Por outro lado, os colaboradores do Setor Privado são os que atribuíram níveis inferiores na Qualidade Global da Região, com 77,1 pontos, mas ainda assim considerado positivo. Setor de trabalho Qualidade Global da Região 100 25,9% 38,5% Setor Público Setor Privado 90 80 70 78,6 77,1 81,2 Não trabalha 60 35,5% 50 40 30 20 10 0 Setor Público Setor Privado Não trabalha 3.3.6 Índices da Qualidade Global da Região por Género, Idade, Nível de Instrução e Unidade de Saúde utilizada no último ano O gráfico que se segue representa a frequência por classe de Qualidade Global da Região (negativo, neutro, positivo e muito positivo) de diferentes segmentos de residentes. A segmentação foi feita em termos do género, idade, nível de instrução e unidade de saúde utilizada no último ano. Esta figura mostra que: Os residentes do género feminino percecionaram a qualidade da região de forma mais positiva do que os do género masculino; Os residentes com mais idade (65 anos ou mais) percecionaram a qualidade da região de forma mais positiva que os restantes residentes; Os residentes com menor nível de instrução percecionaram a qualidade da região de forma mais positiva que os restantes residentes; 18 Os utentes das unidades do Centro de Saúde percecionaram a qualidade da região de forma mais positiva face aos utentes de Clínicas Médicas e dos Hospitais.

Género do entrevistado Feminino 1,7 8,1 52,7 79,5 37,5 Masculino 1,5 12,7 47,3 78,4 38,5 Escalão etário do entrevistado Entre os 15 e 24 anos de idade 1,7 8,6 56,9 78,0 32,8 Entre os 25 e 44 anos de idade 1,2 10,7 54,0 78,3 34,1 Entre os 45 e 64 anos de idade 2,5 8,9 42,7 80,4 45,9 Com 65 ou mais anos de idade 12,0 44,0 82,2 44,0 Nível de instrução do entrevistado Ensino básico ou inferior 2,3 10,3 41,8 81,1 45,5 Ensino secundário 2,1 11,8 52,8 76,9 33,3 Ensino médio ou superior 7,1 62,1 78,1 30,7 Unidade de saúde utilizada no último ano Centro de Saúde 1,9 9,6 48,8 79,7 39,7 Clínica Médica 6,3 69,8 77,1 23,8 Hospital 2,7 10,3 48,6 78,3 38,4 0% 20% 40% 60% 80% 100% [0-40[ [40-60[ [60-80[ [80-100] Os três primeiros resultados são coerentes com os obtidos em estudos similares, onde também se observa que os residentes do género feminino, com mais idade (65 anos ou mais) e com menor nível de instrução tendem a estar associados a avaliações mais positivas. 19

3.3.7 Índices da Qualidade Global da Região por Estabelecimento de Ensino frequentado, Serviço Público utilizado no último ano, Comércio, Restauração e Serviços usufruídos no último mês e setor de Emprego No que respeita ao estabelecimento de ensino frequentado, os inquiridos que responderam relativamente ao Ensino Básico ou Secundário avaliam mais positivamente a qualidade global da região do que os do Ensino Superior, ou Jardim de infância. Os residentes que utilizaram os Serviços Periféricos do Estado atribuem níveis superiores de qualidade global da região face aos restantes. Os frequentadores dos estabelecimentos de Restauração Local avaliam com valores médios mais elevados a qualidade global da RAM do que os clientes do Comércio ou os utilizadores dos serviços locais. Relativamente ao emprego, são aqueles que não estão no ativo que avaliam mais positivamente a qualidade global da região. Nota: As questões relativas ao ensino são respondidas pelos pais/encarregados de educação dos alunos ou pelo próprio aluno no caso de ter idade superior a 15 anos. Estabelecimento de ensino que frequenta Jardim de Infância 1,8 17,5 45,6 77,6 35,1 Ensino Básico ou Secundário 0,9 9,0 55,7 78,7 34,4 Ensino Superior 2,1 12,5 54,2 76,9 31,3 Serviço Público utilizado no último ano Administração Regional 8,3 75,0 71,3 16,7 Administração Local 2,4 Serviços Periféricos do Estado 1,3 8,2 60,0 76,9 29,4 12,2 44,9 79,6 41,7 Comércio, Restauração e Serviços usufruídos no último mês Comércio local 1,5 10,1 51,8 79,1 36,7 Restauração local 1,0 Serviços locais 2,9 11,5 46,4 79,7 41,1 7,8 57,3 77,1 32,0 Setor de emprego Setor Público 0,8 Setor Privado 2,2 8,5 55,4 78,6 35,4 11,2 52,2 77,1 34,3 Não trabalha 1,6 9,8 45,6 81,2 43,0 0% 20% 40% 60% 80% 100% [0-40[ [40-60[ [60-80[ [80-100] 20

4. Resultados por Variável do Modelo de Qualidade Apresentam-se de seguida os resultados obtidos para cada uma das onze variáveis ou dimensões do modelo de qualidade percecionada pelos residentes da RAM, bem como para os indicadores associados a essas variáveis. Para melhor interpretar estes resultados, afigura-se importante salientar: Cada indicador está associado a uma questão do questionário que foi respondida na escala de um a dez. Para permitir uma fácil comparação com o índice da variável do modelo a que está associado (que se encontra na escala de zero a cem e na parte superior do gráfico), os valores dos indicadores foram transformados da escala de um a dez para a escala de zero a cem. Esta transformação constitui apenas uma mudança de escala, pelo que os valores apresentados para os indicadores continuam a representar as médias das avaliações dos residentes. 4.1 Saúde e respetivos indicadores Respondentes às questões da Saúde Deslocação no último ano a uma Unidade de Saúde 16,6% Sim Não 83,4% Saúde 69,4 Satisfação global com a última unidade de saúde visitada no último ano Realização das expectativas em relação à última unidade de saúde visitada no último ano Unidade de Saúde ideal Qualidade global da última unidade de saúde visitada no último ano 72,4 69,4 66,7 69,5 21

Respostas por Unidade de Saúde utilizada no último ano 70,9 50,0% 34,9% Centro de Saúde Clínica Médica Saúde 64,5 75,5 Hospital 15,1% Os utentes das Clínicas Médicas são os que atribuem avaliações médias superiores face aos restantes. Por oposição, encontram-se os utentes Hospitalares. É no indicador Unidade de saúde ideal que se verifica a menor diferença entre os valores médios obtidos entre os utentes do Centro de Saúde e os utentes da Clínica Médica. Por outro lado, é neste indicador que os utentes Hospitalares registam a menor valorização média. Satisfação global com a última unidade de saúde visitada no último ano Realização das expectativas em relação à última unidade de saúde visitada no último ano Unidade de Saúde ideal Qualidade global da última unidade de saúde visitada no último ano Centro de Saúde Clínica Médica 59,5 68,3 72,6 70,0 76,7 65,2 70,4 71,3 70,8 73,9 65,6 Hospital 81,3 4.2 Educação e respetivos indicadores Respondentes às questões da Educação Frequência num estabelecimento de ensino Sim Educação 70,2 63,3% 36,7% Não Satisfação global com o estabelecimento de ensino 74,1 Realização das expectativas em relação ao estabelecimento de ensino 69,7 Estabelecimento de ensino ideal 67,1 Qualidade global do estabelecimento de ensino 70,4 22

Respostas por Estabelecimento de Ensino frequentado 18,0% 15,1% Jardim de Infância Ensino Básico ou Secundário 66,9% Ensino Superior 79,9 Educação 69,8 60,6 83,0 Satisfação global com o estabelecimento de ensino 73,5 65,5 Realização das expectativas em relação ao estabelecimento de ensino 58,6 69,5 79,7 76,0 Estabelecimento de ensino ideal 67,1 56,5 81,3 Qualidade global do estabelecimento de ensino 69,3 61,7 Jardim de Infância Ensino Básico ou Secundário Ensino Superior Nota: As questões relativas ao ensino são respondidas pelos pais/encarregados de educação dos alunos ou pelo próprio aluno no caso de ter idade superior a 15 anos. Os pais de crianças que frequentam jardins de infância são os que atribuem avaliações médias superiores, seguidos dos pais/estudantes do Ensino Básico ou Secundário. O indicador Estabelecimento de ensino ideal é o que regista valorizações médias mais baixas, mas ainda assim consideradas positivas, com exceção para os estudantes do Ensino Superior que atribuíram avaliações médias neutras (56,5 pontos). Do lado oposto, surge o indicador Satisfação global com o estabelecimento de ensino que reúne as melhores classificações médias. 23

4.3 Serviços Públicos e respetivos indicadores Respondentes às questões dos Serviços Públicos Deslocação aos Serviços Públicos no último ano Sim Serviços Públicos 64,3 50,5% 49,5% Não Satisfação global com o último serviço público utilizado no último ano 67,9 Entidade inovadora e virada para o futuro 63,1 Realização das expectativas em relação ao último serviço público utilizado no último ano 64,4 Serviço público ideal 61,0 Qualidade global do último serviço público utilizado no último ano 65,7 Respostas por Tipo de Serviço Público utilizado no último ano 4,7% 61,7* Administração Regional Serviços Públicos 66,0 33,6% Administração Local 63,5 61,7% Serviços Periféricos do Estado Satisfação global com o último serviço público utilizado no último ano 68,5* 71,6 65,9 65,7* Entidade inovadora e virada para o futuro 64,4 62,2 Realização das expectativas em relação ao último serviço público utilizado no último ano 58,3* 66,4 63,7 55,6* Serviço público ideal 62,0 60,9 24 Nota*: Os resultados apresentados para a Administração Regional são meramente indicativos, em virtude da reduzida base amostral. Qualidade global do último serviço público utilizado no último ano 63,9* 66,8 65,2 Administração Regional Administração Local Serviços Periféricos do Estado

Em termos dos Serviços Públicos, os utilizadores dos serviços da Administração Local avaliam melhor este segmento em todos os indicadores, com exceção da Entidade inovadora e virada para o futuro, onde são ultrapassados pelos utilizadores dos serviços da Administração Regional em 1,3 pontos. É no indicador Serviço Público ideal que se constatam as valorizações médias mais reduzidas entre os três grupos de utilizadores destes serviços, mas ainda assim consideradas positivas, com exceção para a classificação média atribuída pelos utilizadores dos serviços da Administração Regional, considerada neutra (55,6 pontos). 4.4 Comércio, Restauração e Serviços e respetivos indicadores Respondentes às questões do Comércio, Restauração e Serviços Deslocação ao Comércio, Restauração e Serviço no último mês 1,4% Sim Não 98,6% Comércio, Restauração e Serviços 72,7 Satisfação global com o tipo de serviço utilizado no último mês Realização das expectativas em relação ao tipo de serviço utilizado no último mês Tipo de serviço ideal Qualidade global do tipo de serviço utilizado no último mês 76,8 73,1 70,5 72,1 25

Respostas por Tipo de Estabelecimentos de Comércio, Restauração e Serviços utilizados no último mês 20,9% Comércio local 40,3% Restauração local 38,9% Serviços locais 71,9 Comércio, Restauração e Serviços 75,2 69,6 Satisfação global com o tipo de serviço utilizado no último mês 76,9 79,1 72,5 Realização das expectativas em relação ao tipo de serviço utilizado no último mês 72,9 74,3 71,0 69,2 Tipo de serviço ideal 73,4 67,3 Qualidade global do tipo de serviço utilizado no último mês 70,5 75,4 69,0 Comércio local Restauração local Serviços locais 26 Os frequentadores dos estabelecimentos de Restauração Local encontram-se mais satisfeitos e atribuem níveis de avaliação superiores face aos utilizadores dos restantes estabelecimentos locais.

4.5 Empresas e Produtos Regionais e respetivos indicadores Empresas e Produtos Regionais 67,6 Qualidade dos produtos agroalimentares regionais 79,3 Empresas regionais são competitivas no exterior 59,8 Empresas regionais são inovadoras e viradas para o futuro 63,8 Empresas regionais estão orientadas para critérios de qualidade 69,6 No que concerne às Empresas e Produtos Regionais, a melhor avaliação média concentra-se no indicador Qualidade dos produtos agroalimentares regionais (79,3 pontos) e a menor avaliação média verifica-se no atributo Empresas regionais são competitivas no exterior, com uma classificação considerada neutra (59,8 pontos). 4.6 Emprego e respetivos indicadores Respondentes às questões do Emprego por Setor de Trabalho 25,9% 38,5% Setor Público Setor Privado 35,5% Não trabalha Emprego 67,8 Satisfação global com a organização a que pertence 71,5 Sentimento de que trabalha numa organização inovadora e em permanente melhoria 68,3 Realização das expectativas em relação ao seu trabalho na organização 66,9 Organização ideal 66,7 Vontade de recomendar a um amigo para trabalhar na organização a que pertence 66,1 Nota*: Este indicador não foi considerado na estimação do modelo. Adequação das ofertas de trabalho/emprego às necessidades da região* 43,3 27

Respostas por Setor de Trabalho Emprego 64,0 70,5 Satisfação global com a organização a que pertence 68,6 73,6 Sentimento de que trabalha numa organização inovadora e em permanente melhoria 65,4 70,4 Realização das expectativas em relação ao seu trabalho na organização 64,4 68,7 Organização ideal 63,5 69,0 Vontade de recomendar a um amigo para trabalhar na organização a que pertence 59,4 71,0 Setor Público Setor Privado Adequação das ofertas de trabalho/emprego 42,4 às necessidades da região* 44,0 Setor Público Setor Privado 28 Em relação ao Emprego, o indicador Vontade de recomendar a um amigo para trabalhar na organização a que pertence é o que reúne pontuações médias mais baixas, mas ainda assim consideradas positivas, quer em termos globais, quer no setor Privado. No setor Público, tal avaliação é considerada neutra. Entre os dois setores de emprego alvo de estudo, destacam-se as melhores avaliações médias atribuídas pelos colaboradores do Setor Privado. Ainda no âmbito do Emprego, solicitou-se aos residentes que avaliassem a Adequação das ofertas de trabalho/emprego às necessidades da região. Este indicador, que não foi incluído no modelo, obteve uma valorização média de 43,3 pontos, sendo considerada uma avaliação neutra. Nota*: Este indicador não foi considerado na estimação do Modelo.

4.7 Coesão e Segurança e respetivos indicadores Coesão e Segurança 66,0 Região segura relativamente a atos criminosos e furtos 74,3 Flagelos sociais como toxicodependência, alcoolismo ou violência doméstica 54,6 Estruturas de apoio social 63,6 No que diz respeito à Coesão e Segurança, o indicador Flagelos sociais como toxicodependência, alcoolismo ou violência doméstica é o que apresenta uma classificação média mais baixa, considerada neutra, com 54,6 pontos. Já a perceção de que a região é segura relativamente a atos criminosos e furtos reúne melhores avaliações médias, auferindo um valor médio de 74,3 pontos. 4.8 Ambiente e respetivos indicadores Ambiente 76,8 Limpeza e higiene dos locais 76,8 Qualidade do ar 72,2 Qualidade da água 77,8 Qualidade paisagística e ambiental 80,5 Em termos ambientais, a Qualidade paisagística e ambiental apresenta uma pontuação média considerada muito positiva, com 80,5 pontos, seguida da Qualidade da água, com 77,8 pontos. A Qualidade do ar é o atributo com avaliação média mais reduzida em relação aos restantes indicadores, mas ainda assim considerada positiva, com 72,2 pontos. 29

4.9 Habitação e respetivos indicadores Habitação 70,5 Qualidade da habitação 73,4 Qualidade urbanística e de ordenamento do território 67,3 Em relação à Habitação, a Qualidade da habitação reúne melhores classificações médias, com 73,4 pontos, enquanto a Qualidade urbanística e de ordenamento do território apresenta uma pontuação média de 67,3 pontos. 4.10 Transportes e Comunicações e respetivos indicadores Transportes e Comunicações 72,3 Acessibilidades das redes viárias 68,5 Qualidade dos serviços de transportes públicos 68,1 Adequabilidade do tempo gasto em transportes 68,9 Qualidade do serviço de acesso à internet 76,5 Qualidade dos serviços telefónicos de voz (fixo e móvel) 77,7 Ao nível dos Transportes e Comunicações, verifica-se que a Qualidade dos serviços telefónicos de voz reúne melhores classificações médias (77,7 pontos), seguida pela Qualidade do serviço de acesso à internet, com 76,5 pontos. Com o valor mais baixo, surge o indicador Qualidade dos serviços de transportes públicos, com 68,1 pontos, mas ainda assim com uma avaliação média considerada positiva. 30

4.11 Lazer e respetivos indicadores Lazer 67,9 Qualidade e variedade de cinemas, teatros, bibliotecas, música e espetáculos Qualidade e variedade de espaços para a prática de desportos 64,5 70,0 Qualidade e variedade de atividades para crianças 65,8 Qualidade e variedade de parques e espaços verdes 71,4 A Qualidade e variedade de parques e espaços verdes é o atributo com avaliações médias superiores, reunindo 71,4 pontos, seguido pela Qualidade e variedade de espaços para a prática de desportos, com 70,0 pontos. Por outro lado, a Qualidade e variedade de cinemas, teatros, bibliotecas, música e espetáculos surge com uma classificação média mais baixa, mas ainda considerada positiva, com 64,5 pontos. 4.12 Região Inovadora e virada para o Futuro Região inovadora e virada para o futuro 73,2 A Região inovadora e virada para o futuro surge com uma avaliação média considerada positiva, obtendo 73,2 pontos. 31

5. Evolução desde 2007 5.1 Resultados Globais Neste capítulo é analisada a evolução desde 2007, avaliando os resultados obtidos em 2007, 2009, 2011 e 2014. Constata-se que, apesar da reformulação dos indicadores que compõem as dimensões a partir de 2014, a dimensão Emprego do Setor Público registou o maior decréscimo entre 2011 e 2014, de 8,3 pontos. Em geral, registou-se uma quebra nas valorizações médias das dimensões entre 2011 e 2014, com exceção dos segmentos do Comércio e da Restauração. Saúde Educação Serviços Públicos 69,4 77,6 77,1 73,7 70,2 74,4 75,6 73,1 64,3 70,0 71,1 32 Nota *: As valorizações médias dos índices obtidos em 2007 refletem os setores do Comércio e Restauração no seu conjunto, enquanto que a partir de 2009 se procedeu a uma desagregação das avaliações por setor. Nota 1: Os índices obtidos entre 2007 e 2011 correspondem ao Índice de Satisfação com o setor em análise, ou seja, incluíam apenas três indicadores (Satisfação global, Realização das expectativas e Distância ao serviço ideal). A partir de 2014, os índices obtidos passaram a integrar o indicador Qualidade global do serviço em estudo. Por outro lado, os Serviços Públicos ainda incluem mais um atributo: Entidade inovadora e virada para o futuro. Em relação ao Emprego, a partir de 2014, tem uma estrutura distinta face aos restantes anos, onde para além da Satisfação global, da Realização das expectativas e da Distância à organização ideal, considera ainda o Sentimento de que trabalha numa organização inovadora e em permanente melhoria e a Vontade de recomendar a um amigo para trabalhar na organização a que pertence. Nota 2: Este ano não se procedeu à comparação dos índices dos Serviços Locais, uma vez que os mesmos só foram objeto de avaliação a partir de 2014. Nota 3: Em virtude de nos anos anteriores se apresentar o Emprego desagregado por setor, neste capítulo far-se-á a análise evolutiva dos resultados do Emprego por setor. Comércio* Restauração* Emprego do Setor Público Emprego do Setor Privado 2014 2011 2009 2007 60,4 59,7 64,0 66,4 68,3 67,2 66,8 66,7 67,2 69,6 70,5 73,3 71,9 69,6 72,3 71,3 75,2

5.2 Resultados por Variável do Modelo 5.2.1 Saúde Na dimensão da Saúde, regista-se uma descida das avaliações médias em todos os indicadores que a compõem. 69,4 Saúde 77,6 73,7 77,1 72,4 Satisfação global com a última unidade de saúde visitada no último ano 79,5 79,9 75,0 69,4 Realização das expectativas em relação à última unidade de saúde visitada no último ano 77,5 77,1 73,7 66,7 Unidade de Saúde Ideal 76,4 72,0 76,2 69,5 Qualidade global da última unidade de saúde visitada no último ano 78,6 79,1 74,3 Nota 1: Os índices obtidos entre 2007 e 2011 correspondem ao Índice de Satisfação com a Saúde, ou seja, incluíam apenas três indicadores (Satisfação global, Realização das expectativas e Distância ao serviço de saúde ideal). A partir de 2014, o índice obtido passou a integrar o indicador Qualidade global da última unidade de saúde visitada no último ano. 2014 2011 2009 2007 33

5.2.2 Educação Na Educação, constata-se igualmente uma descida das avaliações médias em todos os indicadores que a compõem, entre 2011 e 2014, nomeadamente na Qualidade global do estabelecimento de ensino, cujo decréscimo corresponde a 7,7 pontos. 70,2 Educação 74,4 73,1 75,6 74,1 Satisfação global com o estabelecimento de ensino 75,1 74,9 72,6 69,7 Realização das expectativas em relação ao estabelecimento de ensino 75,2 76,4 74,0 67,1 Estabelecimento de ensino ideal 73,3 74,5 73,1 70,4 Qualidade global do estabelecimento de ensino 78,1 78,5 76,0 2014 2011 2009 2007 34 Nota 1: Os índices obtidos entre 2007 e 2011 correspondem ao Índice de Satisfação com a Educação, ou seja, incluíam apenas três indicadores (Satisfação global, Realização das expectativas e Distância ao estabelecimento de ensino ideal). A partir de 2014, o índice obtido passou a integrar o indicador Qualidade global do estabelecimento de ensino.

5.2.3 Serviços Públicos Mais uma vez, nos Serviços Públicos as valorizações médias sofreram diminuições entre 2011 e 2014 em todos os indicadores, com especial destaque para o Serviço público ideal que registou o maior decréscimo, em igual período, de 8,2 pontos. 64,3 Serviços Públicos 70,0 71,1 73,3 67,9 Satisfação global com o último serviço público utilizado no último ano 71,4 73,7 74,7 63,1 Entidade inovadora e virada para o futuro 68,7 69,2 72,1 Realização das expectativas em relação ao último serviço público utilizado no último ano 64,4 69,4 71,2 74,0 61,0 Serviço público ideal 69,2 68,6 70,6 Nota 1: Os índices obtidos entre 2007 e 2011 correspondem ao Índice de Satisfação com os Serviços Públicos, ou seja, incluíam apenas três indicadores (Satisfação global, Realização das expectativas e Distância aos Serviços Públicos ideais). A partir de 2014, o índice obtido passou a integrar mais dois indicadores: Qualidade global do último serviço público utilizado no último ano e Entidade inovadora e virada para o futuro. Qualidade global do último serviço público utilizado no último ano 2014 2011 2009 2007 65,7 71,2 71,6 73,4 35

5.2.4 Comércio e Restauração O segmento da Restauração registou melhoria das valorizações médias dos indicadores entre 2011 e 2014, realçando o desempenho dos indicadores Realização das expectativas e Satisfação global. Por isso, o valor médio da dimensão subiu em igual período. Já no segmento do Comércio, o indicador Qualidade global do estabelecimento de comércio utilizado no último mês registou um decréscimo entre 2011 e 2014, enquanto que os restantes indicadores subiram. 71,9 Comércio 66,4 68,3 67,2 Satisfação global com o estabelecimento de comércio utilizado no último mês 76,9 69,8 70,9 69,3 Realização das expectativas em relação ao estabelecimento de comércio utilizado no último mês 62,4 65,7 63,6 72,9 69,2 Estabelecimento de comércio ideal 67,4 68,6 71,1 Qualidade global do estabelecimento de comércio utilizado no último mês 70,5 74,0 71,8 70,5 2014 2011 2009 2007 36

75,2 Restauração 66,8 66,7 67,2 Nota 1: As valorizações médias dos índices obtidos em 2007 refletem os setores do Comércio e Restauração no seu conjunto, enquanto que a partir de 2009, se procedeu a uma desagregação das avaliações por setor. Nota 2: Os índices obtidos entre 2007 e 2011 correspondem ao Índice de Satisfação com o setor em análise, ou seja, incluíam apenas três indicadores (Satisfação global, Realização das expectativas e Distância ao serviço ideal). A partir de 2014, os índices obtidos passaram a integrar o indicador Qualidade global do serviço em estudo. Nota 3: Este ano não se procedeu à comparação dos índices dos Serviços Locais, em virtude dos mesmos só terem sido objeto de avaliação a partir de 2014. Satisfação global com o estabelecimento de restauração utilizado no último mês Realização das expectativas em relação ao estabelecimento de restauração utilizado no último mês Estabelecimento de restauração ideal Qualidade global do estabelecimento de restauração utilizado no último mês 2014 2011 2009 2007 61,5 64,0 63,6 70,1 68,9 69,3 69,2 69,4 68,6 74,3 73,4 71,9 70,5 75,4 74,2 79,1 37

5.2.5 Emprego Na dimensão do Emprego observa-se uma diminuição das classificações médias em todos os indicadores entre 2011 e 2014, quer do Setor Público, quer do Setor Privado. Destaca-se a maior diminuição no Setor Público, no atributo Vontade de recomendar a um amigo para trabalhar na organização a que pertence. 64,0 Emprego do Setor Público 72,3 69,6 60,4 68,6 Satisfação global com a organização a que pertence 71,2 73,8 62,2 Sentimento de que trabalha numa organização inovadora e em permanente melhoria 56,7 65,4 68,1 68,8 Realização das expectativas em relação ao seu trabalho na organização 60,0 64,4 65,7 78,1 Organização ideal 63,5 68,2 69,6 57,8 Vontade de recomendar a um amigo para trabalhar na organização a que pertence 59,4 61,1 69,4 78,0 2014 2011 2009 2007 38

70,5 Emprego do Setor Privado 71,3 69,6 59,7 73,6 Satisfação global com a organização a que pertence 72,8 73,4 61,1 Sentimento de que trabalha numa organização inovadora e em permanente melhoria 58,9 66,2 70,4 73,6 Nota 1: Em virtude de nos anos anteriores se apresentar o Emprego desagregado por setor, neste capítulo, far-se-á a análise evolutiva dos resultados do Emprego por setor. Nota 2: A partir de 2014, a dimensão do Emprego tem uma estrutura distinta face aos restantes anos, onde para além da Satisfação global, da Realização das expectativas e da Distância à organização ideal, considera ainda o Sentimento de que trabalha numa organização inovadora e em permanente melhoria e a Vontade de recomendar a um amigo para trabalhar na organização a que pertence. Realização das expectativas em relação ao seu trabalho na organização Organização ideal Vontade de recomendar a um amigo para trabalhar na organização a que pertence 58,9 58,9 58,9 2014 2011 2009 2007 68,7 66,7 69,6 69,0 68,7 68,0 71,9 71,0 76,1 39

6. Recomendações 6.1 Variáveis de Atuação Prioritária Neste capítulo são identificadas as variáveis e os indicadores de atuação prioritária tendo em vista a melhoria da qualidade da RAM percecionada pelos seus residentes. Foi calculado o valor médio de cada uma das dimensões para os residentes que atribuem um elevado nível na Qualidade Global da Região (os 20% dos residentes que atribuíram níveis mais elevados à Qualidade Global da Região), denominado como Valor de Referência. O objetivo é conseguir que os restantes residentes (que representam 80% do total) atinjam o mesmo índice de qualidade percecionada que o subgrupo daqueles associados aos mais elevados níveis de qualidade percecionada (que representam 20% do total). Uma variável será tanto mais prioritária quanto maior a sua distância a este valor e maior o seu impacto (ou importância) na qualidade percecionada pelo residente. As próximas figuras representam o desempenho dos aspetos avaliados na Região face às valorizações médias obtidas pelo Grupo de Referência, bem como a sua importância na explicação da Qualidade percecionada pelos mesmos. 40

O mapa de recomendações a seguir apresentado revela no eixo horizontal, os impactos totais dos determinantes sobre a Qualidade Global da Região Autónoma da Madeira e, no vertical, as respetivas distâncias às valorizações médias do designado Grupo de Referência. Este mapa encontra-se dividido em quatro quadrantes. No primeiro quadrante, QI, estão as dimensões dos residentes com índices de Qualidade Global da Região mais próximos do valor de referência e que simultaneamente apresentam elevado impacto sobre a Qualidade Global da Região. São os designados pontos fortes principais. Pelo contrário, no quarto quadrante, QIV, estão incluídas as dimensões que apresentam também elevado impacto sobre a Qualidade Global da Região, mas com índices mais distantes do valor de referência. As variáveis situadas neste quadrante correspondem aos designados pontos fracos principais e constituem naturalmente as primeiras prioridades de atuação. Por outro lado, no terceiro quadrante, QIII, encontramos as variáveis mais distantes do Valor de Referência e com menor contributo para a Qualidade Global da Região. Estas variáveis constituem os pontos fracos secundários, aparecendo como segundas prioridades em termos de atuação. Finalmente, no segundo quadrante, QII, encontramos as variáveis mais próximas do Valor de Referência e com menor contributo para a Qualidade Global da Região. São os designados pontos fortes secundários. A existir uma necessidade de poupar recursos, as variáveis colocadas neste segundo quadrante são as principais candidatas à redução nos recursos afetos. 0 QII QI Transportes e Comunicações Ambiente Distância ao Valor Médio do Grupo de Referência (20% Qualidade Global da Região Mais Elevada) -10 Habitação Coesão e Segurança Lazer Saúde Comércio, Restauração e Serviços Empresas e Produtos Regionais Serviços Públicos Emprego -20 0,0 QIII QIV 0,1 0,2 Educação Impacto total na Qualidade Global da Região 41