VALENÇA, Roberta de Lima Aluno de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), , São Cristovão, SE, Brasil.

Documentos relacionados
COMPORTAMENTO INGESTIVO DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO SUBPRODUTOS DA AGROINDÚSTRIA DE CERVEJARIA E ARROZ

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

CONSUMO DE NUTRIENTES E DESEMPENHO PRODUTIVO EM CORDEIROS ALIMENTADOS COM DIFERENTES FONTES E PROPORÇÃO DE VOLUMOSOS

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

III Seminário: Sistemas de Produção Agropecuária - Zootecnia

PADRÕES DE RUMINAÇÃO DE CORDEIROS CRIOULOS SUBMETIDOS A DIETAS COM DIFERENTES NÍVEIS DE CONCENTRADO:VOLUMOSO

DESEMPENHO E O COMPORTAMENTO INGESTIVO DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIFERENTES RESÍDUOS DA INDÚSTRIA FRUTÍFERA RESUMO

AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO INGESTIVO DE BEZERROS LEITEIROS ALIMENTADOS COM DIETAS ALTERNATIVAS

USO DE PIMENTA (CAPSICUM SPP.) COMO ADITIVO NATURAL SOBRE GLICOSE SANGUÍNEA E CONSUMO DE ÁGUA EM OVINOS

Intervalo de tempo entre observações para avaliação do comportamento ingestivo de tourinhos em confinamento

DIGESTIBILIDADE DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO SUBPRODUTOS DA AGROINDÚSTRIA DE CERVEJARIA E ARROZ

Methodological Aspects of Evaluation of Animal Behavior: Intervals of Time in Minutes and Days

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO GLICEROL PARA ALIMENTAÇÃO DE OVINOS

COMPORTAMENTO INGESTIVO DE OVINOS CONFINADOS SUBMETIDOS A DIETAS COM NÍVEIS CRESCENTES DE TORTA DE GIRASSOL

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

ASPECTOS COMPORTAMENTAIS OBSERVADOS EM CORDEIROS SPRD ALIMENTADOS COM DIETAS RICAS EM GRÃO. Apresentação: Pôster

Comportamento ingestivo de bovinos em confinamento

III Seminário: Sistemas de Produção Agropecuária - Zootecnia

COMPORTAMENTO INGESTIVO DE OVINOS RECEBENDO DIETA À BASE DE PALMA FORRAGEIRA E FENO DE ATRIPLEX 1

COMPORTAMENTO INGESTIVO DE BOVINOS SUBMETIDOS A DIFERENTES NÍVEIS SUPLEMENTARES E OFERTA DE FORRAGEM, EM PASTAGENS DE Brachiaria brizantha CV.

Aveia Preta (Avena stringosa) como fonte de volumoso em substituição à silagem de milho na terminação de cordeiros

MEDIDAS MORFOMETRICAS DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE INCLUSÃO DE FARELO DE CASCA DE MANDIOCA

COMPORTAMENTO INGESTIVO DE CORDEIROS CONFINADOS SUBMETIDOS À DIETA CONTENDO OLEAGINOSAS NA TERMINAÇÃO

VIABILIDADE ECONÔMICA DA SUBSTITUIÇÃO DO CONCENTRADO TRADICIONAL PELO RESÍDUO DE PANIFICAÇÃO NA DIETA DE CABRAS EM LACTAÇÃO

TEMPO DE ÓCIO EM OVINOS ALIMENTADOS COM FENO DA PARTE AÉREA DA MANDIOCA EM SUBSTITUIÇÃO A SILAGEM DE MILHO

CONSUMO DE NUTRIENTES EM OVINOS DE CORTE ALIMENTADOS COM FONTES PROTEICAS

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PRODUTIVO DE TOURINHOS NELORE, ALIMENTADOS COM FARINHA AMILÁCEA DE BABAÇU, NA REGIÃO NORTE DO BRASIL

EFEITOS DO CAROÇO DE ALGODÃO INTEGRAL OU MOÍDO ASSOCIADO À QUITOSANA NO CONSUMO, DIGESTIBILIDADE E DESEMPENHO PRODUTIVO DE CORDEIROS

Ganho de Peso de Cordeiros Terminados em Confinamento e Alimentados com Manipueira

BALANÇO HÍDRICO EM CABRAS ALIMENTADAS COM DIFERENTES NÍVEIS DE FENO DE GUANDU

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Confinamento de ovinos com dieta total farelada ou peletizada

FRACIONAMENTO DE PROTEÍNAS DO CONCENTRADO COM NÍVEIS CRESCENTES DE MILHETO EM SUBSTITUIÇÃO AO MILHO EM DIETAS DE OVINOS DE CORTE EM CONFINAMENTO

COMPORTAMENTO INGESTIVO DE NOVILHOS CONFINADOS SOB EFEITO DE DOSES DE COMPLEXO ENZIMÁTICO EM DIETA DE ALTA DENSIDADE ENERGÉTICA

DESEMPENHO PARCIAL DE OVINOS ALIMENTADOS COM FENO DA PARTE AÉREA DA MANDIOCA EM SUBSTITUIÇÃO A SILAGEM DE MILHO

COMPORTAMENTO DE NOVILHAS DAS RAÇAS HOLANDESA E GIROLANDO EM PASTEJO INTERMITENTE EM PASTAGEM DE CAPIM MOMBAÇA

UTILIZAÇÃO DE FARELO DE GLÚTEN DE MILHO EM DIETAS DE OVINOS CONFINADOS1

NÍVEIS DE SUBSTITUIÇÃO DO MILHO PELA PALMA FORRAGEIRA PARA NOVILHOS EM CONFINAMENTO: COMPORTAMENTO INGESTIVO

SUPLEMENTO PROTEICO ENERGÉTICO PARA OVINOS CONSUMINDO FORRAGEM DE BAIXA QUALIDADE: DIGESTIBILIDADE

SUPLEMENTAÇÃO ENERGÉTICA PARA OVINOS CONSUMINDO FORRAGEM TROPICAL: COMPORTAMENTO ALIMENTAR

DESEMPENHO DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE INCLUSÃO DE FARELO DE CASCA DE MANDIOCA NA DIETA

Comportamento ingestivo de cordeiros em confinamento alimentados com dietas contendo diferentes níveis de triguilho na matéria seca

ALIMENTARY BEHAVIOR OF SHEEP IN SUBMITTED GRAZING AT THREE LEVELS OF SUPPLEMENTATION THE NATURAL OR ARTIFICIAL SHADE

DESEMPENHO DE OVELHAS SUBMETIDAS A NÍVEIS CRESCENTES DE TORTA DE CRAMBE EM SUBSTITUIÇÃO AO FARELO DE SOJA

DIGESTIBILIDADE APARENTE DE DIETAS CONTENDO ÓLEO DE FRITURA RESIDUAL COM DIFERENTES RELAÇÕES VOLUMOSO:CONCENTRADO PARA OVINOS

DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO ÓLEO DE SOJA. Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil

9º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica CIIC a 12 de agosto de 2015 Campinas, São Paulo

CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA CARCAÇA DE CORDEIROS MORADA NOVA ALIMENTADOS COM FARELO DE BISCOITO

DESEMPENHO DE TRÊS DIFERENTES LINHAGENS DE FRANGOS DE CRESCIMENTO LENTO NA FASE INICIAL

ALIMENTOS ALTERNATIVOS PARA FRANGOS DE CORTE

PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DA CARNE DE OVINOS ALIMENTADOS COM MANIPUEIRA

FENO DE GUANDU NA ALIMENTAÇÃO DE CABRAS SAANEN EM LACTAÇÃO

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

PRODUÇÃO E COMPOSIÇÃO DO LEITE DE CABRAS ALIMENTADAS COM FEIJÃO GUANDU

TEMPO DE ALIMENTAÇÃO DE OVINOS CONFINADOS EM DIFERENTES ESCALAS DE OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO INGESTIVO.

ADIÇÃO DE CAPSICUM SPP (PIMENTA) SOBRE O CONSUMO DE NUTRIENTES NA ALIMENTAÇÃO DE OVINOS

III Seminário: Sistemas de Produção Agropecuária - Zootecnia

CARACTERÍSTICAS MORFOMÉTRICAS DA CARCAÇA DE CORDEIROS MORADA NOVA ALIMENTADOS COM FARELO DE BISCOITO

ANÁLISE DA GRANULOMETRIA DA DIETA TOTAL EM PROVA DE EFICIÊNCIA ALIMENTAR DE BOVINOS SENEPOL CONFINADOS

CARACTERÍSTICAS BROMATOLÓGICAS DA SILAGEM DE SORGO EM FUNÇÃO DE DUAS DATAS DE SEMEADURA COM DIFERENTES POPULAÇÕES DE PLANTAS NO SUL DE MINAS GERAIS

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

ANALISE DE PERFIL ENERGETICO DE OVINOS ALIMENTADO COM DIFERENTES NIVEIS DE FARELO DE CASCA DE MANDIOCA

Palavras-chave: agroindústria, alimentos alternativos, codornas europeias, resíduo de fruta

INTRODUÇÃO. Sombrio. Sombrio. Sombrio.

DIFERENTES NÍVEIS DE SUBSTITUIÇÃO DO MILHO POR TORTA DE COCO BABAÇU EM RAÇÕES DE FRANGOS LABEL ROUGE DE 1 A 28 DIAS DE IDADE

Análise estatística do ganho de peso de suínos alojados em ambiente de alta temperatura

Desempenho de novilhos Purunã x Canchim terminados com diferentes níveis de concentrado 1

USO DE CAROÇO DE ALGODÃO EM DIETAS PARA CORDEIROS CONFINADOS: DESEMPENHO ANIMAL

Desempenho de leitões em fase de creche alimentados com soro de leite.

RENDIMENTO DE CORTES COMERCIAIS DE CORDEIROS SUBMETIDOS A DIETAS COM GRÃOS DE OLEAGINOSAS

ECONOMICIDADE DA SUBSTITUIÇÃO MILHO PELO RESÍDUO ÚMIDO DA EXTRAÇÃO DE FÉCULA DE MANDIOCA NA TERMINAÇÃO DE TOURINHOS EM CONFINAMENTO

ASSOCIAÇÃO ENTRE CONSUMO ALIMENTAR RESIDUAL E TEMPO DE PERMANÊNCIA NO COCHO EM BOVINOS DA RAÇA NELORE

PALMA NA ALIMENTAÇÃO DE VACAS LEITEIRAS Airon Aparecido Silva de Melo. Zootecnista, D.Sc. Professor UFRPE - UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS

NÍVEIS DE SUBSTITUIÇÃO DO MILHO PELA PALMA FORRAGEIRA PARA NOVILHOS CONFINADOS: CONSUMO DE MATÉRIA SECA E FIBRA EM DETERGENTE NEUTRO

bagaço de caju ovinos silagem

NÚMERO DE MASTIGAÇÕES MERÍCICAS POR BOLO RUMINADO EM OVINOS ALIMENTADOS COM FENO DA PARTE AÉREA DA MANDIOCA EM SUBSTITUIÇÃO A SILAGEM DE MILHO

~~Jraê5r

VI Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí VI Jornada Científica 21 a 26 de outubro de 2013

Comportamento ingestivo de vacas primíparas das raças Guzerá e Sindi recebendo dietas com diferentes níveis de ureia

INFLUÊNCIA DO TANINO NA DIETA SOBRE O COMPORTAMENTO INGESTIVO DE VACAS LEITEIRAS

EFEITO DA SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DO MILHO PELO FARELO DE BISCOITO NA CONCENTRAÇÃO SÉRICA DE URÉIA DE CORDEIROS MORADA NOVA 1

GANHO DE PESO DE CORDEIROS SUPLEMENTADOS COM NÍVEIS CRESCENTES DE TORTA DE GIRASSOL

INCLUSÃO DA CASCA DE SOJA NO CONCENTRADO DE CAVALOS ADULTOS: DIGESTIBILIDADE APARENTE DOS NUTRIENTES

INDICADORES TÉCNICOS DO CONFINAMENTO DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO RESÍDUO ÚMIDO DE CERVEJARIA

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA ALIMENTAR E COMPORTAMENTO INGESTIVO EM BOVINOS NELORE E CARACU

Comportamento ingestivo de ovinos Santa Inês submetidos a diferentes níveis de inclusão de palma forrageira na dieta

DESEMPENHO DE CORDEIROS SUBMETIDOS A DIETAS CONTENDO GRÃO DE SOJA E CAROÇO DE ALGODÃO

NÍVEIS DIETÉTICOS DE PROTEÍNA BRUTA SOBRE A DIGESTIBILIDADE DE BOVINOS DE CORTE EM PASTAGEM TROPICAL

Desempenho de Cordeiros Alimentados com Dietas Ajustadas por Diferentes Sistemas de Exigências Nutricionais

COMPORTAMENTO DE EQUINOS EM PASTEJO NO SEMIÁRIDO MINEIRO

CARACTERÍSTICAS DE CARCAÇA DE CORDEIROS SUBMETIDOS A DIFERENTES DIETAS COM OLEAGINOSAS

EFEITO DE DIFERENTES INSTALAÇÕES SOBRE O COMPORTAMENTO INGESTIVO DE BEZERROS DA RAÇA HOLANDESA 1

DIGESTIBILIDADE APARENTE EM DIETAS CONTENDO FONTES PROTEICAS ALTERNATIVAS PARA OVINOS DE CORTE

USO DA MACAÚBA NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

COMPORTAMENTO INGESTIVO DE BOVINOS MESTIÇOS NA FASE DE RECRIA SUBMETIDOS A DIFERENTES ESTRATÉGIAS DE SUPLEMENTAÇÃO A PASTO¹

CARACTERISTICAS QUALITATIVAS DA CARNE DE CORDEIROS ABATIDOS EM DIFERENTES CLASSES DE PESO E TEMPO DE PERMANÊNCIA AO CONFINAMENTO

GANHO DE PESO DE CORDEIROS SANTA INÊS DO NASCIMENTO ATÉ IDADE DE ABATE

INVESTIMENTO E CUSTEIO DO CONFINAMENTO DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO FARELO DE CASCA DE MANDIOCA

PESO E ESCORE CORPORAL EM OVELHAS SANTA INÊS SUPLEMENTADAS COM GLICERINA BRUTA ANTES E DURANTE A ESTAÇÃO DE MONTA

Comportamento ingestivo de ovinos Santa Inês alimentados com dietas contendo farelo de cacau 1

DESEMPENHO PRODUTIVO DE CRIAS OVINAS DE DIFERENTES CRUZAMENTOS RECRIADAS E TERMINADAS EM CONDIÇÕES DE PASTEJO IRRIGADO NO NORDESTE DO BRASIL

Transcrição:

COMPORTAMENTO INGESTIVO DE OVINOS SANTA INÊS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO DIFERENTES NÍVEIS DE FARINHA DE RESÍDUO DE CAMARÃO EM SUBSTITUIÇÃO AO FARELO DE SOJA NOS PERÍODOS DIURNO E NOTURNO FEEDING BEHAVIOR OF SANTA INÊS LAMBS FED WITH DIETS CONTAINING DIFFERENT LEVELS OF SHRIMP WASTE MEAL INSTEAD OF SOYBEAN MEAL DURING DAYTIME AND NIGHTTIME OLIVEIRA, Vinicius da Silva Aluno de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), 49100-000, São Cristovão, SE, Brasil. Autor para correspondência. E-mail: viny_oliveira@yahoo.com.br VALENÇA, Roberta de Lima Aluno de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), 49100-000, São Cristovão, SE, Brasil. FERREIRA, Ângela Cristina Dias Professora Adjunta do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), 49100-000, São Cristovão, SE, Brasil. BACKES, Alfredo Acosta Professor Adjunto do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Sergipe (UFS), 49100-000, São Cristovão, SE, Brasil.

RESUMO Objetivou-se avaliar o comportamento ingestivo de ovinos alimentados com farinha de resíduo de camarão (FRC) em substituição ao farelo de soja (FS), durante o dia e noite. As dietas continham níveis crescentes de substituição do FS pela FRC (0%, 25%, 50% e 75%). Foram observados os tempos de alimentação, ruminação, ócio e ingestão de água, durante o período noturno e diurno. Observou-se diferença significativa (P<0,05) no tempo de ingestão de alimentos entre os períodos de observação, sendo o período diurno maior que o noturno (18,1% e 15,2%, respectivamente). Observou-se diferença significativa (P<0,05) no tempo de ruminação entre os períodos, sendo maior o período diurno. Foi observada diferença significativa (P<0,05) entre os períodos de observação para as atividades de ingestão de água e ócio. Durante o dia o tempo de ingestão de água foi maior, e durante a noite o tempo de ócio. Palavras chave: alimentação, ruminação, ócio, resíduos ABSTRACT This study aimed to evaluate the ingestive behavior of sheep fed flour shrimp waste (FSW) to replace soybean meal (SBM) during the day and night. The diets contained increased levels of FSW by substitution of SM (0%, 25%, 50% and 75%). Were observed feeding times, rumination and water intake during the nighttime and daytime. There was a significant difference (P<0.05) in the time of food intake between the observation periods, with higher daytime than night (18.1% and 15.2%, respectively). There was a significant difference (P<0.05) in rumination time between periods, higher daytime. Significant differences (P<0.05) between the observation periods for the activities of water intake and idleness. During the day time water intake was higher, and during the night time entertainment. Keywords: eating, idle, ruminating, waste

INTRODUÇÃO A ovinocultura possui grande potencial de expansão, no nordeste, tendo como fator primordial para esse crescimento uma boa alimentação, crucial para a obtenção de bons resultados na produção animal. O conhecimento do comportamento ingestivo é uma ferramenta de grande importância na avaliação das dietas, pois possibilita ajustar o manejo alimentar dos animais para obtenção de melhor desempenho produtivo (Cardoso et al. 2006). A utilização de resíduos agroindústrias na alimentação de ruminantes tem ganhado força, por baratear custos e beneficia o meio ambiente evitando que sejam despejados na natureza. Com o presente trabalho objetivou-se avaliar o comportamento ingestivo de ovinos da raça Santa Inês alimentados com dietas contendo diferentes níveis de farinha de resíduo de camarão em substituição ao farelo de soja nos períodos diurno e noturno. MATERIAL E MÉTODOS O presente trabalho foi realizado nas dependências do DZO (Departamento de Zootecnia) da UFS - Universidade Federal de Sergipe, localizada no município de São Cristóvão, Sergipe. Os animais foram mantidos em confinamento, sendo alojados aleatoriamente em baias individuais com bebedouro e comedouro. Foram utilizados 16 ovinos machos da raça Santa Inês castrados, identificados e vermifugados contra endoparasitos. As dietas continham relação volumoso:concentrado de 60:40, em que o volumoso utilizado foi feno de Tifton 85 e o concentrado constituído de milho moído, farelo de soja e/ou farinha de resíduo de camarão, uréia, calcário. As dietas continham diferentes fontes de proteína, o farelo de soja (FS) e a farinha de resíduo de camarão (FRC). Houve um período de 15 dias de adaptação dos animais às baias e a dieta. Posteriormente os animais foram distribuídos aleatoriamente nos tratamentos que consistiram de crescentes níveis de substituição do FS pela FRC, sendo: 100% de FS e 0% de FRC, 75% de FS e 25% de FRC, 50% de FS, 50% de FRC e 25% de FS e 75% de FRC. O período experimental foi de 03 dias, sendo as observações realizadas durante 24h sendo dividida em dois períodos diurno (5:00 as 17:00) e noturno (17:00

as 5:00), através da observação focal direta dos animais a cada 5 minutos, as variáveis observadas foram: tempo de alimentação, tempo de ruminação, tempo de ócio e ingestão de água. Os dados coletados foram tabulados e transformados em percentual do total das atividades realizadas. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial (4x2), sendo 4 níveis de farinha de resíduo de camarão e 2 períodos de observação, num total de 16 unidades experimentais. Os dados foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%. RESULTADOS E DISCUSSÃO Observou-se diferença significativa (P<0,05) para o tempo de ingestão de alimentos entre os períodos de observação (diurno/noturno) (Tabela 1). No entanto não foi observada diferença significativa (P>0,05) entre os níveis de inclusão da farinha de resíduo de camarão (Tabela 1). Durante o período diurno os animais destinaram em média maior tempo ao consumo de alimento, concordando com a afirmativa de Dulphy & Faverdin (1987), segundo estes autores geralmente, a ingestão de alimentos ocorre de modo mais intenso durante o dia. Tabela 1. Percentual de tempo gasto com as atividades comendo, ruminando, bebendo e ócio, em função dos e períodos e dos percentuais de substituição do FS pela farinha de resíduo de camarão. Nível de substituição do FS por FRC Atividades Períodos 0 25 50 75 Média Diurno 18,3 19,5 16,2 18,4 18,1 a Comendo Noturno 14,2 16,2 15,6 15,0 15,2 b Média 16,3 A 17,8 A 15,9 A 16,7 A Ruminando Diurno 32,6 30,9 35,4 29,8 32,2 a Noturno 30,2 30,4 28,3 25,2 28,5 b Média 31,4 A 30,7 A 31,9 A 27,5 A Bebendo Diurno 1,1 1,5 1,4 1,1 1,3 a

Noturno 1,2 0,8 0,2 0,3 0,6 b Média 1,15 A 1,2 A 0,8 A 0,7 A Diurno 47,9 48,1 46,9 50,8 48,4 b Ócio Noturno 54,5 52,5 55,9 59,4 55,6 a Média 51,2 A 50,3 A 51,4 A 55,1 A Médias seguidas de letras diferentes, minúsculas nas linhas e maiúsculas nas colunas, diferem estatisticamente a 5% pelo Teste Tukey. Observou-se diferença significativa (P<0,05) para o tempo destinado a ruminação entre os períodos de observação. No período diurno os animais destinaram em média maior tempo a atividade de ruminação indicando que os animais estavam em conforto térmico durante este período. Damasceno et al. (1999) afirmam que há preferência dos animais em ruminar principalmente nos períodos menos quentes do dia. Não foi observada diferença significativa (P>0,05) para o tempo de ruminação entre os níveis de inclusão da farinha de resíduo de camarão. Os níveis de inclusão da farinha de resíduo de camarão não influenciaram o tempo de ruminação, provavelmente por não alterar a composição de fibra bruta da dieta total dos animais. De acordo com Van Soest (1994) o comportamento de ruminação é influenciado pela natureza da dieta e parece ser proporcional ao teor de parede celular dos alimentos volumosos. Verificou-se diferença significativa (P<0,05) para o tempo de ingestão de água entre os períodos de observação (Tabela 1). No período diurno os animais ingeriram mais água. A maior ingestão de água no período diurno esta ligada ao fato dos animais terem consumido mais alimento neste período. Não foi observada diferença significativa (P>0,05) para o tempo de ingestão de água entre os níveis de inclusão da farinha de resíduo de camarão. Não foi observada diferença significativa (P>0,05) no tempo destinado ao ócio entre os níveis de inclusão da farinha de resíduo de camarão. Houve diferença significativa (P<0,05) para o tempo destinado ao ócio entre os períodos de observação (Tabela 1). Os animais permaneceram em média, maior tempo em ócio

durante a noite. O fato do tempo de ócio durante a noite ter sido maior é porque os animais dão preferência a realizar a atividade de descanso durante o período noturno, deixando o período diurno para realizar as atividades de ingestão de alimento e ruminação. CONCLUSÕES Os níveis de inclusão de FRC não afetam comportamento ingestivo dos animais. Os resultados encontrados no presente estudo demonstraram que os ovinos dão preferência em realizar as atividades de ingestão de alimento, água e ruminação durante o dia, deixando para entrar em ócio à noite. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARDOSO, A. R., CARVALHO, S., GALVANI, D. B., PIRES, C. C., GASPERIN, B. G., GARCIA, R. P. A. Comportamento ingestivo de cordeiros alimentados com dietas contendo diferentes níveis de fibra em detergente neutro. Ciência Rural, Santa Maria, v.36, n.2, p.604-609, mar-abr, 2006. DAMASCENO, J. C., BACARI JUNIOR, F.; TARGA, L. A. Respostas comportamentais de vacas holandesas, com acesso a sombra constante ou limitada. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 34, p 709, -705, 1999. DULPHY, J.P., FAVERDIN, P. 1987. L'ingestion alimentaire chez les ruminants: modalités et phénomènes associés. Reprod. Nutr. Dévelop., 27(1B):129-155. VAN SOEST, P.J. Nutritional ecology of the ruminant. Cornel:Ithaca, 1994. 476p.