ACIENTE DE TRABALHO COMO A PERÍCIA O CARACTERIZA Julius Caesar Ramalho Supervisor Médico Pericial Chefe do Serviço de Saúde do Trabalhador GEX Vitória ES
EQUIPE PERITOS MÉDICOS PREVIDENCIÁRIOS: 89 SUPERVISORES MÉDICOS PERICIAIS: 04 ASSISTENTES SOCIAIS: 26 ORIENTADORES PROFISSIONAIS: 15
ATUAÇÃO 31 AGÊNCIAS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 09 AGÊNCIAS SEM PERITOS MÉDICOS 17 AGÊNCIAS SEM ASSISTENTES SOCIAIS SISTEMA INTEGRADO DE ATENÇÃO A SAÚDE SIASS PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA REABILITAÇÃO PROFISSIONAL EQUIPES FIXAS EM 10 AGÊNCIAS JUNTAS DE RECURSOS
ATIVIDADES PERÍCIAS MÉDICAS ADMINISTRATIVAS AVALIAÇÃO MÉDICA NO BPC PERÍCIAS DE ACRÉSCIMOS DE 25% PERÍCIAS DE PENSÃO POR MORTE ESTABELECIMENTO DE NEXO TÉCNICO AVALIÇÃO DE ISENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA ANÁLISE DE REVISÕES ADMINISTRATIVAS
ATIVIDADES ANÁLISE DE RECURSOS ASSISTÊNCIA TÉCNICA A PFE VISITA TÉCNICA APOSENTADORIA ESPECIAL AVALIAÇÃO DO POTENCIAL LABORATIVO AVALIAÇÃO SOCIAL NO BPC ATIVIDADES INERENTES AO SS (ARTIGO 88 DA LEI 8213/91)
ATIVIDADES REQUERIMENTO DE PENSÃO TALIDOMIDA A PARTIR DE 22/04 AVALIAÇÃO MÉDICA E SOCIAL PARA APOSENTADORIA ESPECIAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ASSISTÊNCIA TÉCNICA ÀS JUNTAS DE RECURSOS
AÇÕES EM 2013 PERÍCIAS ADMINISTRATIVAS: 139.998 PERICIA INICIAL: 75.120 PERICIA INICIAL H/D: 426 PERICIA DE PRORROGAÇÃO: 45.629 PERICIA DE PRORROGAÇÃO H/D: 115 PERICIA DE RECONSIDERAÇÃO: 17.593 PERICIA DE RECONSIDERAÇÃO H/D: 22 REVISÃO EM 2 ANOS: 441 Concedidos: 58,82% Indeferidos: 41,18% INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS DO SIGMA
AÇÕES EM 2013 AVALIAÇÕES SOCIAIS DE BPC: 6.950 REABILITAÇÃO PROFISSIONAL EM PROGRAMA PROFISSIONAL: 1.065 REALIZANDO CURSOS: 169 EM ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL: 896 REABILITADOS: 645 RETORNO IMEDIATO AO TRABALHO: 65 NÃO NECESSITAM DE RP: 106 INFORMAÇÕES EXTRAÍDAS DO SIGMA
MISSÃO DA PERÍCIA MÉDICA RECONHECER A PRESENÇA DE INCAPACIDADE LABORATIVA ESTABELECER DESDE QUANDO E ATÉ QUANDO A MESMA PROVAVELMENTE IRÁ PERMANECER ESTABELECER SE A INCAPACIDADE LABORATIVA DECORRE DE DOENÇAS RELACIONADOS AO TRABALHO
Pilares da Perícia Médica Perícia médica
Nexos Técnicos Previdenciário Profissional / do Trabalho Doença Equiparada a Acidente de Trabalho Epidemiológico
Tipos: NTP - Nexo Técnico Previdenciário O segundo tipo de nexo poderia se chamar Nexo Técnico Individual e incluir: 1. Doença Equiparada a Acidente de Trabalho 2. Acidente de Trabalho Típico e de Trajeto
Tipos: NTP - Nexo Técnico Previdenciário Profissional / do Trabalho Doença Equiparada a Acidente de Trabalho Epidemiológico
NTP - Profissional do trabalho (Listas A e B, anexo II do RPS e Inciso I do Art. 20 da Lei 8.213) Características: Dado a CID, Presunção Absoluta Siderose (J63.4) - Exposição ocupacional a poeiras de ferro. Trabalho é agente patogênico necessário. Não cabe contestação na APS, recurso sem efeito suspensivo.
A doença profissional e a doença do trabalho são juridicamente iguais, por isso caminham juntas como um único tipo de nexo técnico. Não cabe contestação na APS, apenas recurso à Junta de Recurso.
PERITO RESPON- DE QUE SIM: NEXO ESTABELE- CIDO. MARCADOS AUTOMATI- CAMENTE: NÃO SIM
A ABA DE CON- CLUSÃO MOS- TRA CLARAMEN- TE QUAL O NEXO ESTABELECIDO.
Tipos: NTP - Nexo Técnico Previdenciário Profissional / do Trabalho Doença Equiparada a Acidente de Trabalho Epidemiológico
NTP - Doença Equiparada a Acidente de Trabalho ( art. 20, 2º, da lei 8.213/1991) Características: Análise caso a caso, na especificidade do trabalhador individual 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho. Infecção urinária em trabalhadora cujos achados indicam organização do trabalho que não permite (ou constrange) pausas...
Nexo Técnico Previdenciário Individual com 02 vertentes: 1.Doença Equiparada a Acidente de Trabalho ( 2º, art. 20, da Lei 8.213/1991) e 2. Acidente de Trabalho Típico (art. 19) e de Trajeto (art. 21 da Lei 8.213).
OPERADORA DE TELEMARKETING: ITU: a mulher tem a uretra mais curta que o homem roupas íntimas de tecidos sintéticos comportamento sexual. O empregador não participa desses fatores de risco para o aparecimento de infecção urinária em sua trabalhadora. Empregador colocou programa no computador: 1. tempo de duração das ligações 2. quantidade de ligações realizadas 3. quantas vezes foi acionado o supervisor
Desempenho: maior a chance de ser demitida. ela resolve não mais beber água: diminuir suas idas ao banheiro e passar a atender mais ligações.
Com o objetivo de conseguir o maior número possível de clientes investidores, através de contato telefônico, ela descobre que se não for ao banheiro, faz 4 ou mais ligações que os demais empregados. No caso de nossa operadora, o perito poderá estabelecer nexo entre a doença (infecção urinária) e o trabalho (operadora de telemarketing), de acordo com o 2, do Art. 20, da Lei 8213/99. É importante salientar que esse tipo de nexo é excepcional. Não cabe a contestação da empresa na APS, apenas recurso ao CRPS, sem efeito suspensivo.
O NEXO INDIVIDUAL É O SEGUNDO TIPO DE NEXO APRESENTADO AO PERITO E É PERGUNTADO: A INCAPACIDADE É DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRABALHO (TÍPICO/TRAJETO)? A INCAPACIDADE É DECORRENTE DE DOENÇA EQUIPARADA A ACIDENTE DE TRABALHO? AMBAS PERGUNTAS EQUIVALEM-SE AO NEXO TÉCNICO INDIVIDUAL.
SE O PERITO RESPONDER SIM À 1ª QUESTÃO, A SEGUNDA VIRA AUTOMATICAMENTE NÃO. NÃO PODE OCORRER A RESPOSTA SIM E SIM PARA AS DUAS PERGUNTAS. É POSSÍVEL RESPONDER NÃO E NÃO A AMBAS. AS DUAS PERGUNTAS EQUIVALEM-SE AO NEXO TÉCNICO INDIVIDUAL RESPONDENDO SIM À PRIMEIRA
COMO FOI RESPONDIDO SIM NO 1º ITEM, OU SEJA, A INCAPACIDADE É DECORRENTE DE ACI- DENTE DE TRABALHO (TÍPICO OU TRAJETO), A ABA DE CONCLUSÃO APARECERÁ ASSINALADA: NEXO INDIVIDUAL - ACIDENTE DE TRABALHO. A ISENÇÃO DE CARÊNCIA APARECE AUTOMATICAMENTE ASSINALADA
RESPONDENDO SIM À SEGUNDA
ASSINALANDO-SE SIM NA SEGUNDA QUESTÃO, O 1º ITEM JÁ APARECE ASSINALADO NÃO TRATA-SE DE NEXO INDIVIDUAL POR DOENÇA EQUIPARADA A ACIDENTE DE TRABALHO A ABA DE CONCLUSÃO APARECERÁ COMO SE SEGUE
NEXO INDIVIDUAL - DOENÇA OCUPACIONAL A ISENÇÃO DE CARÊNCIA APARECE AUTOMATICAMENTE ASSINALADA AGORA O LAUDO MOSTRA COM CERTEZA QUAL O NEXO ESCOLHIDO PELO PERITO PARA FUNDAMENTAR A CONCLUSÃO
A Vistoria Técnica é muito relevante em perícia médica. A Diretoria de Saúde do Trabalhador (DIRSAT) tem o entendimento que os médicos peritos têm que estar capacitados a realizar todas as tarefas inerentes à sua função.
Com as novas mudanças, se a dúvida quanto ao nexo persistir, faz- se necessária a vistoria do posto de trabalho. Ou o perito poderá confirmar o nexo, propiciando à empresa o direito de recorrer.
Se a vistoria se fizer indispensável, o perito médico pode encaminhar um memorando ao SST, relatando a necessidade de inspeção ao posto de trabalho na empresa. A OI INSS/Dirben 89/04 dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pela Perícia Médica na vistoria a Local de Trabalho.
Tipos: NTP - Nexo Técnico Previdenciário Profissional / do Trabalho Doença Equiparada a Acidente de Trabalho Epidemiológico
PROPOSIÇÕES Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador, MPS/MS/MTE o governo federal promoveu o encontro preparatório da III Conferência Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador 2004. Conselho Nacional de Previdência Social: Resolução 1.269, de 15/02/2006 aprovação da metodologia do NTEP e do FAP. Medida Provisória nº 316, de 11/08/2006, convertida na Lei 11.430, de 26/12/2006. Decreto 6.042, de 12/02/2007.
O Decreto 6042/2007 incluiu na lista B do anexo II do Decreto 3048/99, as associações CID/CNAE, para reconhecimento do NTEP. Portanto o NTEP já é Lei desde 2006.
Resolução CFM 1.488 Alegações Art. 2º - Para o estabelecimento do nexo causal entre os transtornos de saúde e as atividades do trabalhador, além do exame clínico (físico e mental) e os exames complementares, quando necessários, deve o médico considerar:... IV - os dados epidemiológicos;...... VII - a identificação de riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos, estressantes e outros;... IX - os conhecimentos e as práticas de outras disciplinas e de seus profissionais, sejam ou não da área da saúde.
Características: NTP - Epidemiológico (Parte Nova da Lista B, anexo II do RPS) Dado o CID e CNAE, Presunção Relativa Transporte rodoviário e diabetes: o trabalho é fator contributivo suficiente; sozinho ele pode levar à doença, mas não detém a exclusividade, já que elementos estranhos ao trabalho também podem provocar o doecimento Cabe contestação na APS, recurso com efeito suspensivo
Dado uma determinada CID e um determinado CNAE (Classificação Nacional das Atividades Econômicas), pode haver uma presunção relativa de correlação entre a doença apresentada e a atividade do segurado. Dirigir ônibus pode provocar diabetes? Desconhecemos que exista na literatura médica estudo relacionando a atividade de motorista com a fisiopatologia da diabetes. Mas por que na parte nova da lista B, que o Decreto 6042/07 inseriu no Decreto 3048/99, aparece a relação diabete com o CNAE de transporte rodoviário?
Na verdade, a diabetes pode estar relacionada a este ramo de atividade, sem necessariamente ser sua origem causal. Será que a maioria dos motoristas de ônibus é sedentária, não faz uma dieta saudável por causa das viagens ou trabalhos em turno e tem tendência a obesidade? Fatos estes que poderiam contribuir para o aumento da prevalência da diabetes nesses trabalhadores? Não temos essas respostas, mas o fato é que essa associação existe e foi inserida na matriz do NTEP.
O NTEP é, portanto, um nexo de presunção relativa sendo menos robusto do que os outros nexos citados anteriormente. Cabe, assim, tanto contestação na APS quanto, se indeferido, o recurso ao CRPS e com efeito suspensivo (o benefício volta da espécie acidentária para a espécie previdenciária). Benefício Travesti
NTEP estudo de coorte conduzido pelo MPS. Analisadas as causas de todos os benefícios por incapacidade, concedidos pelo INSS aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2004. Análise constatou que determinadas causas de afastamento ocorrem com elevada frequência em algumas atividades econômicas em comparação a outras.
Cruzaram-se os dados de afastamento (CID) com as atividades econômicas dos empregadores ou contratantes dos segurados empregados e trabalhadores avulsos. Da população inicial extraiu-se uma amostra de segurados sem a doença (pois presume-se que o trabalhador começou a trabalhar com exame admissional de apto) e após algum tempo desenvolveu uma doença.
Está em anexo do Decreto 3048, o cruzamento CID e o CNAE, para reconhecer o nexo epidemiológico. Essa matrix para reconhecimento do NTEP foi inserida no SABI.
Anexo II do Decreto 3.048/99 Lista C São indicados intervalos de CID-10 em que se reconhece Nexo Técnico Epidemiológico, na forma do 3o do art. 337, entre a entidade mórbida e as classes de CNAE indicadas, nelas incluídas todas as subclasses cujos quatro dígitos iniciais sejam comuns.
INTERVALO CID-10 CNAE F10-F19 0710 0990 1011 1012 1013 1220 1532 1622 1732 1733 2211 2330 2342 2451 2511 2512 2531 2539 2542 2543 2593 2814 2822 2840 2861 2866 2869 2920 2930 3101 3102 3329 3600 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4221 4292 4299 4313 4319 4321 4329 4399 4520 4912 4921 5030 5212 5221 5222 5223 5229 5231 5232 5239 5250 5310 6423 7810 7820 7830 8121 8122 8129 8411 8423 8424 9420 F20-F29 0710 0990 1011 1012 1013 1031 1071 1321 1411 1412 2330 2342 2511 2543 2592 2861 2866 2869 2942 3701 3702 3811 3812 3821 3822 3839 3900 4120 4211 4213 4222 4223 4291 4292 4299 4312 4391 4399 4921 4922 4923 4924 4929 5212 5310 6423 7732 7810 7820 7830 8011 8012 8020 8030 8121 8122 8129 8423 9420
SE TODOS OS NEXOS ANTERIORMENTE CITADOS (NEXO PROFISSIONAL/TRABALHO E NEXO INDI- VIDUAL NÃO FORAM APLICADOS PELO PERITO E, HAVENDO CRUZAMENTO CID/CNAE, O SABI OFERECE A APLICAÇÃO DO NTEP: APARECE: HÁ ELEMENTOS MÉDICO-PERICIAIS PARA A NÃO APLICAÇÃO DO NTEP?
Trata-se de uma pergunta negativa onde se a resposta for sim, o perito não está aplicando o NTEP e se for não, está aplicando o NTEP. Se for aplicado o NTEP o empregador pode contestar na APS. A aba de conclusão fica assim:
O PERITO ASSINALOU QUE NÃO. O NTEP FOI APLICADO, ESTANDO ASSINALADOS, NA ABA DE CONCLUSÃO, O NEXO EPIDEMIOLÓGICO E A ISENÇÃO DE CARÊNCIA.
O PERITO ASSINALOU QUE SIM. O NTEP NÃO FOI APLICADO. NA ABA DE CONCLUSÃO CONSTA A NÃO APLICAÇÃO DO NEXO EPIDEMIOLÓGICO E A NÃO ISENÇÃO DE CARÊNCIA. 0 QUESITO SOBRE ISENÇÃO DE CARÊNCIA ESTÁ HABILITADO, POIS PODERÁ SER UM BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO COM DOENÇA QUE ISENTA DE CARÊNCIA (PORTARIA INTERMINISTERIAL MPS/MS).
ABRE-SE A JANELA PARA A JUSTIFICATIVA DA NÃO APLICAÇÃO DO NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓ- GICO PREVIDENCIÁRIO. O SABI OFERECEU A APLICAÇÃO DO NTEP (CNAE X CID). O PERITO DEVE JUSTIFICAR A SUA NÃO APLICAÇÃO.
MUITO OBRIGADO! Julius.ramalho@inss.gov.br