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Julho outro mês de preços baixos

Transcrição:

BOLETIM CUSTOS E PREÇOS Julho de 2013 Milho: O mês de julho foi marcado por preços em baixa no mercado doméstico e poucos negócios. Em Sorriso/MT apresentaram queda de 15,0% em relação ao mês junho, sendo comercializado a R$ 13,79 a saca. Comparado com mesmo período do ano passado, os preços recuaram 35,3%. Em Unaí/MG, o grão foi cotado a R$ 22,17 a saca, redução de 4,7% em relação ao mês anterior. Com relação a junho de 2012, a queda foi de 7,7%. Em Londrina/PR a saca foi comercializada, em média, a R$ 21,21, 11,0% menor que o praticado no mês passado. Em Lucas do Rio Verde/MT os preços chegaram a R$ 9,85, com desvalorização de 13,70% em um mês. Nas demais regiões os preços estiveram entre leves oscilações, quase estáveis. A tendência geral é que os preços continuem baixos até o final do ano, pois a colheita da safrinha ainda não atingiu 50% e já existe milho sobrando nas regiões produtoras. De acordo com o Cepea/Esalq, no acumulado parcial deste ano (da última semana de dezembro/12 até o final de julho), o recuo no preço chega a 29,2% no mercado disponível (preço pago ao produtor) e a 31% no de lotes (negociação entre empresas). Segundo levantamento preliminar da consultoria Safras e Mercados, para a safra 2013/14, que começa a ser plantada em setembro, o cereal tende a ocupar 5,282 milhões de hectares na região Centro-Sul do país, 10% menos do que o cultivado no ano passado. Prevê, ainda, em redução de 6,2% na área da segunda safra do grão, que é cultivada no inverno. Quanto às exportações, poucos embarques foram realizados em julho. Contudo, estimase que já foram realizados contratos para que até o final de agosto sejam embarcadas cerca de 3,50 milhões de toneladas de milho. A concorrência com a Ucrânia e a Argentina, bem como a continuidade das exportações de soja têm afetado uma participação maior do Brasil no comércio internacional do grão. A competição do milho brasileiro no mercado internacional também está limitada pela retomada dos Estados Unidos nas vendas externas a partir de setembro. No relatório de oferta e demanda divulgado em julho o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para baixo a produção norte-americana de milho. A expectativa é de que sejam colhidas 354,35 milhões de toneladas de milho em 2013/2014, frente as 355,74 milhões de toneladas estimadas anteriormente. Os estoques de milho em 2012/2013 foram de 18,53 milhões de toneladas nos Estados Unidos. A estimativa para os estoques de passagem mundiais de milho, para a safra 2013/2014, está em 150,97 milhões de toneladas, o que representa um aumento de

22,2% em relação ao da safra 2012/2013. O consumo mundial passou de 863,91 para 932,43 milhões de toneladas, aumento de aproximadamente 8%. A previsão da relação estoque/consumo, em julho, ficou no mesmo patamar da média registrada nas últimas cinco safras, 16,2%. Soja: No mês de julho o mercado brasileiro registrou perdas acentuadas e generalizadas nos referenciais de preços. Ocorreram pequenas negociações isoladas e com pequenos volumes. Nas principais praças pesquisadas o preço do grão foi segurado pela valorização da moeda americana. Em Sorriso/MT, a saca de soja foi comercializada, em média, a R$55,45, o que representa um pequeno crescimento de 0,4% em relação ao mês passado, quando o produto estava cotado em R$ 55,24. Com relação ao mesmo período do mês anterior a queda foi de 18,5%. Em Londrina/PR, o preço manteve-se estável, entretanto, se comprado com julho de 2012 os preços apresentaram, em média, uma redução de 15,4%. De acordo com levantamento anual realizado pela consultoria Safras & Mercado, a safra 2013/2014, que começa a ser semeada no final de setembro, deverá apresentar um aumento de 3,7% na área plantada, passando de 27,91 milhões para 28,95 milhões de hectares, sétimo ano consecutivo de aumento no plantio do grão. Considerando comportamento normal do clima e manutenção do nível tecnológico nas lavouras, prevê um aumento da produtividade, passando de 2.949 kh/ha da safra atual para 3.046 kg/ha. Combinando estas variáveis chegou-se a um potencial médio de produção no país de 88.172 mil toneladas de soja, que corresponde a um aumento de 7,4% sobre as 82.125 toneladas produzidas em 2013. Dentro desta perspectiva o quadro de oferta e demanda do complexo soja se apresenta mais folgado do que o atual em termos de estoque de passagem. Estima-se que os estoques finais de soja aumentem se 3.022 mil para 6.194 mil toneladas. No cenário internacional, o mês de julho foi marcado por oscilações mistas nos principais indicadores, sem tendência definida. As previsões climáticas para o desenvolvimento das lavouras norte-amenricanas e o forte movimento de vendas por parte de produtores no mercado físico foram os principais destaques. Para a safra mundial 2013/2014, os estoques finais de soja estão estimados em 74,12 milhões de toneladas, aumento de 20,5% em relação aos volumes registrados na safra anterior. A estimativa de consumo passou de 258,85 para 270,53 milhões de toneladas. Consequentemente a relação estoque/consumo ficou em 27,4%, valor superior a 2,7 pontos percentuais à média registrada nas últimas cinco safras. Feijão: O mês de julho foi marcado pela pouca oferta de feijão carioca de melhor qualidade. Em Unaí/MG o feijão carioca foi comercializado a R$ 220,83 a saca de 60 quilos, 1,2% inferior ao registrado em junho. Entretanto, com relação ao mesmo período do ano anterior apresentou aumento de 38,9%. O preço pago ao produtor, em São Paulo, aumentou 11% com relação ao mês anterior, passando de R$ 161,00 para R$ 178,00 a saca de 60 quilos. Entretanto, no Paraná o preço ficou 3% inferior ao registrado no mês passado, passando de R$ 168,00 para R$

163,00 a saca de 60 quilos e, na Bahia, a queda foi de 11%, sendo cotado a R$ 248,00. Em Minas Gerias, o preço médio no mês de julho ficou em R$ 211,00 a saca de 60 quilos, valor 5% abaixo do registrado no mês anterior que era de R$ 223,00 a saca. Em Goiás os preços também caíram com relação ao mês de junho, passando da média de R$ 231,00 para R$ 214,00 a saca de 60 quilos. Como a colheita em algumas regiões está ganhando força e com o produto de melhor qualidade, a tendência é que os preços comecem a recuar. Para o feijão preto, o mercado continua sustentando os níveis de R$ 165,00 a saca de 60 kg. Comparado com o valor pago em julho de 2012, apresentou aumento de 40%, quando estava cotado a R$ 117,50. Levantamento feito pela Safra & Mercados de intenção de plantio para a primeira safra 2013/2014, indica que a área a ser cultivada com a leguminosa deve ser de aproximadamente 1,167 milhão de hectares, apenas 0,4% acima da área da temporada anterior, que foi de cerca de 1,163 milhão. A produção deverá aumentar 0,7% passando de 1,173 milhão de tonelada para 1,181 milhão em 2013/2014. Café: Nos últimos dias de julho a forte onda de frio que castigou o Sul, o Sudeste e parte do Centro-Oeste do país, gerou preocupações quanto aos danos que poderiam ser causados nas lavouras de café, o que deu certa firmeza ao mercado. Entretanto, a baixa incidência de geada nos cafezais do País, não ocasionou danos significativos às lavouras, fazendo com que o mercado voltasse a trabalhar em queda. De acordo com o Cepea/Esalq, no mercado interno, as cotações do café arábica e robusta acumularam perdas de 0,47% e 1,17%, respectivamente. Assim, o mercado permaneceu calmo com pouco interesse comprador nos preços pretendidos pelos produtores. Em Luís Eduardo Magalhães/BA, o preço do produto manteve-se praticamente estável, com a saca sendo cotada a R$ 275,95 contra R$ 273,47 em junho. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, entretanto, o preço do produto caiu 24,9%. A cotação média da saca de café em Ribeirão do Pinhal/PR aumentou 2,6% em comparação com o mês de junho, sendo comercializada a R$ 281,43. Em Iúna/ES, a cotação da saca de café caiu 3,2%, sendo comercializada a R$ 251,76. Se comparado com o mesmo mês do ano anterior, houve uma queda de 21,3% no preço da saca de café. Em Santa Rita do Sapucaí/MG, a saca do produto foi comercializada a R$ 275,95, 0,9% mais barata que no mês anterior. Levantamento do Safras & Mercado indica que a colheita está ligeiramente atrasada em relação ao mesmo período do ano passado, foram colhidos 32,72 milhões de sacas de 60 quilos, o que corresponde a 62% da produção prevista para 2013/2014. Ainda no cenário interno continua a expectativa dos produtores quanto ao anúncio de leilões de opções públicas e liberação de recursos para as linhas de financiamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). Quanto ao café conilon, o desempenho do mercado internacional foi influenciado por fatores técnicos baixistas, como a continuidade das vendas da Indonésia e o desempenho das exportações do Vietnã. Conforme relatório divulgado pelo Escritório

Geral de Estatísticas do Vietnã, os embarques do café do país cresceram 2,3% em volume e 2,2% em receita em julho em relação ao mês de junho. Quando comparado a junho de 2012, as vendas vietnamitas despencaram 35%, com cafeicultores segurando as vendas a espera de preços melhores. A expectativa é que as exportações totalizem 90 mil toneladas em julho ou 1,5 milhão de sacas de 60 quilos, acumulando uma receita de US$ 190 milhões. O país já embarcou 21,167 milhões de sacas de café, desde o início da safra. Algodão: No mês de julho, a cotação média do algodão no mercado brasileiro, R$ 70,48/@, acumulou alta de 5% em relação ao mês passado (R$ 67,17/@) e de 36% com relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 51,80/@). Essa grande diferença entre a cotação atual e a registrada no ano passado deve persistir no segundo semestre, devido principalmente à redução da produção nacional, a alta dos preços internacionais e a desvalorização cambial. Nas duas praças pesquisadas houve um aumento de 9% no preço da arroba da fibra. Em Luís Eduardo Magalhães/ BA o preço da arroba passou de R$ 67,37/@ para R$ 67,98/@m e em Campo Verde/MT, de R$ 62,28/@ para R$ 66,58. De acordo com pesquisa de intenção de plantio, realizada por Safras & Mercado, a área plantada na safra 2013/2014 deve chegar a 1,116 milhão de hectares, 23% superior à safra anterior. Com isto, ao a produção de pluma no país deverá alcançar 1,554 milhão de toneladas, um avanço de 23,3% em relação à safra 2012/2013. No mercado externo, os preços dos contratos de algodão negociados na Bolsa de Nova Iorque apresentaram aumento de 1,06%, com uma cotação média de US$ 86,02 Cents/lbs. O mercado físico esteve pouco aquecido, com pequenas valorizações nas cotações. Os estoques de passagem mundiais para 2013/2014 estão estimados em 20,54 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 11,9% em relação à safra passada. A previsão de consumo aumentou 2,2%, passando de 23,38 para 23,9 milhões de toneladas no mesmo período. Desta forma, a relação estoque/consumo ficou em 83,95%, valor muito maior que a média das últimas cinco safras, que é de 57,9%. Arroz: Em julho, a cotação média do arroz em casca na cidade de Uruguaiana/RS, foi de R$ 33,11 a saca de 50 kg, o que representa um aumento de 2,0% se comparado com o mês passado. No mês, os preços ficaram praticamente estáveis no estado, cotados, em média, a R$ 34,28 a saca de 50 quilos. Comparado com o mês anterior, houve um aumento de 2,7% quando estava cotado a R$ 33,38 e, com relação ao mesmo período do ano anterior houve uma valorização de 13,2%. Em Santa Catarina e no Paraná, regiões produtoras de irrigado, os preços se mantiveram estáveis com relação ao mês de junho, porém, apresentaram aumentos de 16,8 % e 25%, respectivamente, com relação ao ano anterior. No Estado do Mato Grosso, o preço médio do arroz longo fino ficou em R$ 37,00 a saca de 60 quilos, 8,8% mais alto que o registrado em junho (R$ 34,00). Para o mercado atacadista de São Paulo houve retração em todas as qualidades de cereal. De acordo com o levantamento de intenção de plantio, realizado por Safras & Mercado, a área cultivada em 2013/2014 deverá aumentar 0,9% com relação à safra anterior, passando de 2, 393 milhões de hectares para 2,413 milhões.

Segundo relatório do USDA as exportações de arroz tailandês nos primeiros sete meses do ano somaram 1,833 milhão de toneladas, 34,8% abaixo do volume exportado neste período do ano passado (2,812 milhões de toneladas). Com relação ao mês de julho, a Associação de Exportadores de Arroz da Tailândia informou que houve uma queda de 53,2% na exportação do produto, de 123,4 mil toneladas contra 263,9 mil toneladas em julho de 2012. De acordo com a Associação Alimentícia do Vietnã, nos primeiros sete meses do ano o país exportou 3,83 milhões de toneladas de arroz, e no mês de julho as exportações atingiram 347,5 mil toneladas. As previsões dos estoques de passagem mundiais do cereal na safra 2013/2014 apresentaram elevação de 2% em relação à safra anterior, ficando em 108,02 milhões de toneladas. A estimativa do consumo mundial registrou aumento de 1,4%, passando de 469,28 para 476,06 milhões de toneladas. Com isso, a relação estoque/consumo ficou em 22,7%, mesmo patamar das últimas cinco safras. Cacau: A cotação da arroba de cacau em Ilhéus/BA e em Gandu/BA apresentou um aumento de 7,3% em relação ao mês passado, sendo comercializado a R$ 75,09/@. Com relação ao mesmo período de 2012 houve um aumento de 2,6% na cotação do produto. Os mercados de cacau, no final do mês julho, reagiram fortemente aos relatórios das Bolsas de Nova York e de Londres, que indicaram grandes vendas especulativas. Segundo analistas não houve notícias fundamentais de relevância que justifique a queda, o comportamento está dentro da normalidade do mercado, que funciona sob especulação. Boi: Nos últimos dias de julho, a queda de temperatura e o enfraquecimento das vendas de carne no mercado atacadista da Grande São Paulo, resultaram em pequenas quedas nas cotações do boi gordo em diversas regiões do país. Em São Paulo, o preço do boi gordo registrou ligeira baixa nos últimos dias, 0,07%, sendo cotado a R$ 103,08. Entretanto, no acumulado parcial do mês, registra alta de 2,6%. No mês, a arroba do boi foi cotada, em média, a R$ 90,79 em Mato Grosso, 3,4% a mais que o preço registrado em junho e 10,1% mais caro que julho de 2012. Em Goiás, o preço médio da arroba aumentou 5,2% com relação ao mês anterior, com uma cotação média de R$ 91,98. Dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior indicam que as exportações de carne bovina, no primeiro semestre deste ano, somaram 807,9 mil toneladas, 20,7% a mais que no mesmo período do ano passado, quando foram de 669,6 mil toneladas. A receita com as exportações de carne neste período, US$ 2,69 bilhões, foram 14,8% superiores às do ano passado quando foram exportados US$ 2,34 bilhões.