ATIVIDADES COM OS ARTIGOS DE COMUNICAÇÃO & EDUCAÇÃO ~ ~ 0 2 1

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Transcrição:

A AUTORA Ruth Ribas Itacarambi Professora pesquisadora da Escola do Futuro - USP. Doutora pela Faculdade de Educação da USP. ATIVIDADES COM OS ARTIGOS DE COMUNICAÇÃO & EDUCAÇÃO ~ ~ 0 2 1 s Parâmetros Curriculares Nacionais, na publicação destinada aos temas transversais, trata do tema pluralidade cultural. Segundo essa publicação, a temática da pluralidade cultural diz respeito ao conhecimento e à valorização de características étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais que convivem em nosso país. A presença da diversidade é um elemento essencial na construção da identidade nacional e tem a Ética como elemento definidor das relações sociais e interpessoais. Falar de respeito à diversidade cultural é muito diferente de estar acomodado com a desigualdade social que existe atualmente em nosso país. A escolha dos artigos para a primeira atividade em sala aula, nesta edição, tem como um dos objetivos discutir as manifestações culturais, o respeito às diferentes culturas, a desigualdade social e a influência da tecno- logia na cultura. Escolhemos os artigos: Multiculturalismo e identidade: o papel dos meios de comunicação e da escola, de A. P. Quariim de Moraes, Escola e Televisão: para além dos antagonismos, de Iara Vieira Guimarães e Ciberespaço e violência simbólica, de Paulo da Silva Quadros. A segunda atividade dá continuidade à discussão sobre as manifestações culturais, entre elas o teatro e sua relação com a escola. Os artigos que serão trabalhados são: Escola e Televisão: para além dos antagonismos e Venturas e desventuras do teatro brasileiro, de Izaías Almada. PRIMEIRA ATIVIDADE Temas a serem desenvolvidos: os meios de comunicação e a escola diante da realidade multicultural; a relação ou contraposição entre multiculturalismo e identidade;

Atividades com os artigos de Comunicação & Educação no 21 a violência nos meios de comunicação; o significado da evolução tecnológica para a humanidade. Os alunos, em pequenos grupos, fazem a leitura do artigo: Multiculturalismo e identidade: o papel dos meios de comunicação e da escola, grifando os termos desconhecidos. Em particular, devem procurar no dicionário da língua portuguesa o significado de: cultura, multiculturalismo, identidade, comunicação e escola. Com as informações do dicionário, consultarão os professores de História e Português para escolher o mais adequado para compreender o texto. Em seguida, o professor que está desenvolvendo a atividade registra no quadro de giz e/ou em cartaz os termos desconhecidos, as várias versões obtidas dos termos indicados e discute o significado de cada um deles no contexto do artigo. Após esta etapa os alunos poderão voltar ao texto e resumir a opinião do autor sobre: a aparente contradição entre o multiculturalismo e identidade; a influência do acelerado desenvolvimento tecnológico nas diferentes culturas; e o papel da escola e da comunicação: a serviço da inclusão ou da exclusão social? Antes de prosseguir com o estudo, o professor pode sugerir que os alunos façam uma ~esaui sobre as diferentes I 1 culturas e origens étnicas Com as informações organizadas, os alunos, agora mobilizando seus conhecimentos de História e Geografia, poderão verificar a diversidade cultural de sua região e a existência ou não de desigualdade social, fazendo uma estudo comparativo com outras regiões do Brasil e de outros países. Com a análise da formação histórica do Brasil, o professor pode mostrar a presença e resistência de alguns grupos -indígena, africano, europeu e asiático - que encontraram meios de preservar sua identidade cultural. Voltando ao texto, os alunos poderão retomar a questão considerada central pelo autor: o enorme descompasso entre a fantástica evolução tecnológica da humanidade no século atual e a tradução dessas importantes conquistas em termos de equivalente, efetiva e universal promoção humana. Com esta questão posta, o professor, apoiado na introdução do texto de Quadros: Ciberespaço e violência simbólica, poderá fazer a reflexão sobre a exclusão social em nosso país, retomando com os alunos o papel da escola e o significado da democratização dos meios de comunicação. Para subsidiar o debate, sobre os meios de comunicação, o professor poderá propor aos alunos que façam, durante determinado período, anotações, observando a violência nos programas prediletos de televisão e de rádio; nos - jogos - eletrônicos; na Internet; nos jornais e nas revistas a que tenham acesso. Esse trabalho pode ser interessante inclusive, para que o professor compreenda o que existentes em sua comunidade. o aluno p,,ebe como violência. Utilizando-se dos conhecimentos de Matemática e Geografia, os alunos poderão registrar estas informações em gráficos e mapas localizando sua região. Segundo Quadros, educal; instruil; preparar não são metas, nem interesse desses veículos, voltados mais ao entretenimento de massa, adaptando interesses mercadológicos às necessidades das de-

Comunicação & Educação, São Paulo, (21): 127 a 131. maio/ago. 2001 mandas carentes. O espaço da violência, segundo o autor, preenche o vazio preconizado pela falta de alternativa socioeconôrnica dos jovens da sociedade atual. Para estudar o espaço ocupado pela violência simbólica nos meios de comunicação, o professor poderá propor que os alunos, em pequenos grupos, se organizem de modo que cada grupo escolha acompanhar a programação de um canal de TV aberta ou TV a cabo ou uma rádio, num horário pré-determinado, durante uma semana. Por exemplo, no horário considerado nobre das 20:OO às 22:OO. O acompanhamento deverá ser feito com um roteiro de registro. Veja a sugestão abaixo: Com este quadro preenchido, os alunos, informações sobre a existência de temas violentos, como é abordado pelo texto, nos seguintes recursos: videogames existentes nas lojas da região, filmes em cartaz nos cinemas da cidade, vídeos das locadoras da região e, se for possível, consultar sites da Internet. Estas informações colocadas em tabelas poderão ser afixadas na sala de aula junto com o quadro de dados sobre a mesma problemática da televisão elou rádio. Com as informações coletadas pelos alunos, o professor, apoiado no texto Escola e televisão: para além dos antagonismos, retoma a discussão sobre a relação entre escola e televisão evoluindo para a relação entre televisão e sociedade. As discussões feitas nos grupos deverão ser TV - canal... Programa Dia Horário Temática violenta sim Não Registro do temalassunto tratado nos grupos, poderão fazer uma síntese dos principais temas veiculados pela televisão, no horário escolhido e desse modo analisar as situações de violência e a forma de apresentação na programação. Esta síntese poderá ser registrada em cartazes e afixada na sala de aula. Em seguida os alunos nos grupos poderão ler o itens: Explosão da violência simbólica e Geração digita1:perigosproeminentes, do artigo: Ciberespaço e violência simbólica. Após a leitura, os mesmos grupos se organizarão para buscar registradas e as conclusões serão afixadas junto com as tabelas. Com todas estas informações, é importante que os alunos se preocupem com e tomem consciência da violência existente na comunidade mundial, mas também que tenham uma visão crítica dos textos apresentados. Assim, sugerimos que, mobilizando os conhecimentos de Português, os alunos façam uma redação sobre o tema ou escrevam uma carta a um amigo, posicionandose: concordando ou discordando da opinião dos autores dos artigos lidos.

Atividades com os artigos de Comunicação & Educação no 21 Para a conclusão, o professor deverá voltar ao tema multiculturalismo, acrescentando os conceitos de cibercultura e cultura das redes, que são abordados no final do artigo de Quadros. Para explorar estes conceitos com seus alunos poderá apoiar-se nos estudos de Pierre Levy, citados pelo autor do artigo. É bom lembrar que é neste novo espaço-ciberespaço - resultado da relação entre o real e o virtual -que surgem as infinitas possibilidades de concretização de sonhos, ideais e projetos de um mundo mais justo e humanizado. Estes dependem das ações que serão desenvolvidas pela sociedade visando à construção de valores éticos e de cidadania, sem exclusão social. SEGUNDA ATIVIDADE Sugerimos que se trabalhe nesta segunda atividade com os artigos: Escola e Televisão: para além dos antagonismos, de Iara Vieira Guimarães e Venturas e desventuras do teatro brasileiro, de Izaías Almada. Temas a serem desenvolvidos: o mundo real e o mundo das imagens; a narrativa como linguagem essencial da televisão; gosto popular: televisão, teatro? Os artigos arrolados servem de subsídio para o professor organizar a atividade dos estudantes. Alguns parágrafos serão selecionados para leitura e reflexão em sala de aula. O primeiro artigo a ser trabalhado é: Escola e televisão: para além dos antagonismos. Indicamos a leitura de toda a pri- meira parte que vai até o intertítulo Escola e transfonnagão social. Os estudantes, em grupos, fazem a leitura do item e grifam os termos desconhecidos. Estes termos são registrados no quadro e seus significados são procurados no dicionário. O professor faz uma síntese do significado dos termos no contexto do artigo. No primeiro momento, o professor poderá tratar da força das imagens. Assim, pede para que os alunos releiam o segundo e o terceiro parágrafos do item selecionado e analisem a frase: A imagem é tida como verdadeira pela visão que se tem dela. Sugerimos que para ilustrar esta afirmativa o professor faça uma simulação com imagens e textos e depois só com recortes de imagens'. Por exemplo: 1. Mostrar uma foto sobre uma manifestação popular para um grupo de alunos e para outro grupo ler o texto sobre o mesmo assunto. Após esta ação, pedir para todos os alunos escreverem sobre o que foi apresentado. 2. Depois os alunos, em pequenos grupos, recebem outras imagens e fazem os recortes que acharem necessários para uma nova montagem da imagem e, entre os grupos, trocam seus recortes. Cada grupo com o novo recorte deverá identificar a realidade tratada. Após esta atividade, os alunos voltarão ao artigo para relerem o sexto parágrafo. O professor poderá insistir na afirmação de que: o que chega ao telespectador nada mais é do que um relato, um ponto de vista do editor do programa. 1. Os professores interessados em mais informações sobre a importância da televisão ler: WHITE, Robert. Televisão como mito e ritual. Comunicação & Educação. São Paulo: CCA-ECA-USPModerna, n. 1 e 2,199411995,

Comunicação & Educação, São Paulo, (21):127 a 131, maiolago. 2001 No momento seguinte o professor poderá explorar as diferentes linguagens da televisão e, em particular, a narrativa como linguagem essencial. Para isso, deverá voltar ao parágrafos: 5 e 11 do artigo, propor a leitura e discussão em pequenos grupos. Os alunos, mobilizando seus conhecimentos de Português, deverão identificar o que caracteriza uma narrativa e selecionar um programa elou comercial e analisar a sua estrutura narrativa. Esta atividade poderá ter como fechamento um painel das várias situações analisadas. Para trabalhar o tema gosto popular: televisão, teatro? o professor poderá perguntar aos alunos se costumam ir ao teatro, se sim qual a última peça a que assistiram e onde, ou se sabem as peças de teatro em cartaz em sua cidade. O objetivo desta pergunta é trazer o teatro para dentro da sala de aula e discutir sua dramaturgia. Para isso sugerimos que os alunos leiam os itens: Gosto popular e qualidade dramatúrgica do artigo: Venturas e desventuras do teatro brasileiro, de Izaías Almada. Os alunos, mobilizando seus conhecimentos de História, poderão caracterizar a política e as medidas econômicas de cada década citada nos itens selecionados do artigo e com seus conhecimentos de Arte complementar as informações e a caracterização do teatro nessas décadas. Como fechamento do trabalho o professor poderá discutir a relação entre teatro e televisão na sociedade atual. E se for pertinente à sua área de conhecimento, poderá organizar uma peça de teatro problematizando os temas discutidos em arnbas as atividades, para ser apresentada para todos os alunos da escola. E, talvez, encerrar a discussão elou a peça com a frase de Brecht, citada pelo autor no início do artigo.