Densidade e resistência a penetração de solos cultivados com seringueira sob diferentes manejos

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Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 - CAPES MATRIZES

Transcrição:

Densidde e resistênci penetrção de solos cultivdos com seringueir so diferentes mnejos Adrin Aprecid Rion *, José Frederico Centurion, Mri Aprecid Pesso d Cruz Centurion 2 e Gener Tdeu Pereir 3 Deprtmento de Solos e Aduos, Fculdde de Ciêncis Agráris e Veterináris, Universidde Estdul Pulist, Vi de Acesso Professor Pulo Dontto Cstellne, km 5, 4870-000, Joticl, São Pulo, Brsil. 2 Deprtmento de Produção Vegetl, Fculdde de Ciêncis Agráris e Veterináris, Unesp, Vi de Acesso Professor Pulo Dontto Cstellne, km 5, 4870-000, Joticl, São Pulo, Brsil. 3 Deprtmento de Ciêncis Exts, Fculdde de Ciêncis Agráris e Veterináris, Unesp, Vi de Acesso Professor Pulo Dontto Cstellne, km 5, 4870-000, Joticl, São Pulo, Brsil. *Autor pr correspondênci. e-mil: rion@yhoo.com.r RESUMO. Estudou-se influênci de diferentes prátics de mnejo do solo, como grdgem, utilizção de roçdor e distriuição de duo verde perene (Puerri phseoloides) n entrelinh d seringueir (Heve rsiliensis) sore resistênci do solo à penetrção, vlid em diferentes profundiddes do Ltossolo Vermelho distrófico, textur rgilos. A moderdo culinítico hipoférrico, relevo plno () do município de Joticl, SP, e do Argissolo Vermelho-Amrelo distrófico rúptico, T, A moderdo, textur rei médi, fse florest tropicl superenifóli e relevo suve onduldo (), loclizdo em Tpuã, SP. Utilizou-se o penetrômetro de impcto, otendo-se os vlores de resistênci dinâmic pr s profundiddes de 0-0,, 0,-0,2, 0,2-0,3 e 0,3-0,4 m e, no momento de determinção d resistênci do solo, coletrm-se mostrs de solo pr determinção d umidde grvimétric e d densidde do solo pr cd prcel experimentl, cujos resultdos indicrm miores vlores de resistênci do solo à penetrção e densidde do solo, lém de menores vlores de umidde grvimétric n cmd superficil do mnejo com roçdor pr mos os solos. Plvrs-chve: penetrômetro de impcto, mnejo, densidde do solo, umidde, heve rsiliensis. ABSTRACT. Density nd resistnce to the penetrtion of ruer-tree cultivted soil under different mngements. The influence of different mngement griculturl prctices such s disk hrrowing, mowing nd use of perennil green fertilizer (Puerri phseoloides) etween rows of ruer-trees (Heve rsiliensis) ws studied on the penetrtion resistnce of the soil. It ws evluted in different depths in Ltossolo Vermelho distrófico textur rgilos A moderdo culinítico hipoférrico relevo plno (LE) in the rurl re of Joticl nd in " Argissolo Vermelho -Amrelo distrófico rúptico, T, A moderdo, textur rei médi, fse florest tropicl superenifóli e relevo suve onduldo" () in the rurl re of Tpuã, Stte of São Pulo, Brzil. Tretment effects were evluted on the resistnce to soil penetrtion developed y the cone, nd the vlues of the dynmic resistnce for the depths of 0-0,0-20, 20-30 e 30-40 cm were otined. Soil smples were collected to evlute grvimetric moisture nd ulk density for ech experimentl plot, t the sme time the soil penetrtion resistnce ws mesured. The results indicted higher levels of penetrtion resistnce, ulk density nd lower vlues of soil moisture in the upper lyers of the plots tht received mowing mngement. The vlues of mechnicl resistnce, shown y the LE in ll depths, were higher thn the criticl limit for the development of roots, which my limit the development of the ruer-tree roots on every depth. Key words: impct penetrometer, mngement, ulk density, moisture, heve rsiliensis. Introdução O desenvolvimento ds rízes d seringueir (Heve rsiliensis) está diretmente relciondo às condições físics ideis do solo, como o erção, drengem e retenção de umidde dequd, permitindo mior explorção do sistem rdiculr d plnt por volume de solo. Act Scientirum: Agronomy Mringá, v. 25, n., p. 3-7, 2003

4 Rion et l A resistênci do solo à penetrção é um ds crcterístics físics do solo que exprime o gru de compctção e, conseqüentemente, fcilidde de penetrção ds rízes no solo. Trlhos de pesquis têm mostrdo relção diret entre resistênci do solo à penetrção e densidde do solo (Beltrme et l., 98; Cstro,995; Borges et l., 999); de cordo com Borges et l. (999) ltos vlores de densiddes do solo reduzem os espços vzios, umentndo resistênci mecânic dos solos e, em conseqüênci, prejudicm o desenvolvimento do sistem rdiculr ds culturs. Por outro ldo, umidde do solo é um prâmetro importnte n quntificção d resistênci à penetrção, pois há elevd dependênci dos resultdos com relção o conteúdo de águ no solo. Beltrme et l. (98) verificrm que, pr um vrição d umidde do solo, ocorre vrição no sentido contrário n resistênci do solo à penetrção, pois o teor de águ intervém modificndo coesão entre s prtículs do solo. Tormen (998), o nlisr resistênci à penetrção de um Ltossolo Roxo so plntio direto e convencionl, verificrm que, qunto menor umidde volumétric do solo, mior resistênci, cujo fto eles triuírm o menor efeito lurificnte d águ o redor ds prtículs em solos com menor teor de umidde. Deste modo, o presente trlho tem por ojetivo vlição d resistênci do solo à penetrção em dois solos (Ltossolo e Argissolo), mos cultivdos com seringueir, so três tipos de mnejo n entrelinh: grdgem, roçdor e duo verde perene (Puerri phseoloides). Mteril e métodos Conduzirm-se dois experimentos: um em Ltossolo Vermelho distrófico textur rgilos (Tel ) A moderdo culinítico hipoférrico relevo plno (), no município de Joticl, Estdo de São Pulo (Ltitude: 2ºS 5 W; longitude: 48ºS 8 W; ltitude 595 m) e outro em um Argissolo Vermelho-Amrelo distrófico rúptico, T, A moderdo, textur rei médi (Tel ), fse florest tropicl superenifóli e relevo suve, em Tpuã, Estdo de São Pulo (ltitude: 20ºS 57 W; longitude: 49ºS 03 W; ltitude 545 m), mos com seringueir plntd em 992. O experimento foi instldo em locos o cso, presentndo três trtmentos crcterizdos pelo mnejo n entrelinh (espçmento de 7,0 m): grdgem, utilizção de roçdor e plicção de Puerri phseoloides. Os sistems de mnejo instldos têm sido utilizdos desde 992, com implntção d cultur. A roçdor foi utilizd pr o controle de ervs dninhs n entrelinh d seringueir. A grdgem foi relizd com grde pesd no Ltossolo Vermelho () e grde leve no Podzólico Vermelho-Amrelo (). Tel. Composição grnulométric dos solos estuddos* Prof.(m) Solo Composição Grnulométric. TF. (g kg - ) Arei Gross Arei fin Silte Argil 0-0,5 20 250 00 440 0,5-0,43 Ltossolo 80 230 90 500 0,43-0,72 Vermelho 50 20 70 570 0,72-,02 50 20 60 580,02-,07+ 60 220 60 560 0-0,2 60 670 30 40 0,2-0,4 Argissolo 30 640 40 90 0,4-0,58 Vermelho- 20 540 30 30 0,58-0,95 Amrelo 0 480 30 380 0,95-,30 30 570 40 260,30-,60 0 580 20 290 As determinções de resistênci do solo à penetrção form relizds no no de 999 com penetrômetro de impcto modelo IAA/Plnlsucr /Stolf em 8 pontos determindos totlmente o cso ns profundiddes de 0-0, m; 0,-0, 2 m; 0,2-0,3 m; 0,3-0,4 m em cd trtmento em mos os experimentos, num totl de 92 pontos. O penetrômetro de impcto com um diâmetro de se de cm foi introduzindo perpendiculrmente à superfície do solo. De cordo com Stolf (99), hste do prelho penetr no solo trvés do impcto do êmolo (4 kg) que ci de um ltur constnte, em qued livre, contndo-se o número de impctos necessários pr que o prelho penetre por meio d pont cônic um determind distânci. As nálises dos ddos de penetrômetro de impcto (impctos/cm) em resistênci dinâmic do solo (MP) form relizds de cordo com seguinte fórmul propost por Stolf (99): R=(5,6 +6,89 x N) x 0; onde: N - número de impctos/decímetro; R-resistênci do solo-mp. Determinrm-se umidde grvimétric e densidde do solo (Método do nel volumétrico; Emrp, 979) ns profundiddes de 0-0,, 0,-0,2, 0,2-0,3 e 0,3-0,4 m, no momento ds determinções d resistênci do solo à penetrção, pr cd prcel experimentl, em mostrs retirds n entrelinh d seringueir, ns profundiddes de 0-0,, 0,-0,2, 0,2-0,3 e 0,3-0,4 m, sendo que pr cd profundidde form retirds oito mostrs por trtmento, por experimento, totlizndo 92 mostrs. As nálises de vriânci dos resultdos referentes à resistênci do solo à penetrção form relizds comprndo-se os trtmentos, por profundidde. Aplicou-se o teste de Tukey pr comprção de médis, considerndo-se somente o efeito d resistênci, e testndo-se o teste de Tukey em nível Act Scientirum: Agronomy Mringá, v. 25, n., p. 3-7, 2003

Resistênci penetrção de solos cultivdos com seringueir 5 de 5% de proilidde pr comprção de médis, com o uso d umidde grvimétric, como covriável. Adotou-se este procedimento porque lterções no conteúdo de águ no solo provocm modificções n resistênci (Correchel et l., 997). Resultdos e discussão Os resultdos de resistênci do solo à penetrção presentdos n Figur indicm miores vlores n cmd superficil (0-0, m) do trtmento com utilizção de roçdor pr o e pr o, exemplo de Silv et l. (997), os quis citm que mecnizção intensiv oriund do mnejo dos pomres de citrus; com o uso de máquins promove compctção, sendo est compctção cusd pelo efeito de forçs mecânics no solo, diminuindo o volume ocupdo pelos poros e umentndo resistênci do solo à penetrção d mtriz do solo; lém disso, o número de mcroporos diminui, cusndo redução d tx de infiltrção e drengem d cmd compctd, porque os mcroporos são mis efetivos no trnsporte de águ qundo o solo está sturdo. Resistênci do solo à penetrção, MP 3 2,5 2,5 0,5 0 () roçdor puerri Figur. Resistênci à penetrção (MP) otid pr os diferentes trtmentos nos solos estuddos. Médis seguids por um mesm letr não diferem entre si pelo teste de Tukey, 5% de proilidde Os vlores de resistênci do solo à penetrção do n cmd de 0-0, m não presentrm diferençs esttisticmente significtivs, pesr do trtmento com roçdor ter presentdo miores vlores solutos de resistênci do solo à penetrção. Esss diferençs não significtivs esttisticmente entre s médis dest crcterístic nlisd, nos três mnejos empregdos, podem ser explicds pelos elevdos coeficientes de vrição otidos ns nálises dos ddos, nos quis o CV(%) foi de 42,85% no trtmento roçdor pr profundidde de 0-0, m. Coeficiente de vrição elevdo (4,08), pr resistênci do solo à penetrção n cmd superficil, tmém foi encontrdo por Cstro (995) em Ltossolo Roxo, pr cultur nul, sendo que nest cmd, pesr do prepro com escrificdor ter presentdo mior vlor de grde resistênci do solo à penetrção(2,2 kgf cm -2 ) em relção o plntio direto (2,05 kgf cm -2 ) e plntio convencionl (,26 kgf cm -2 ), os ddos não diferirm significtivmente, semelhnte os resultdos otidos neste trlho. Verificou-se que o mnejo com utilizção de roçdor, cujos vlores de resistênci do solo à penetrção form os miores n cmd superficil de 0-0, m, tmém foi pr ess cmd nos dois solos estuddos o que presentou os miores vlores de densidde do solo (Figur 2) em relção o mnejo com grdgem e com plicção de Puerri, tnto pr o como pr o. Densidde do solo, kg dm -3,6,4,2 () c roçdor puerri Figur 2. Vlores de densidde do solo pr o Ltossolo Vermelho e o Argissolo Vermelho-Amrelo ns diferentes profundiddes dos solos. Médis seguids por um mesm letr não diferem entre si pelo teste de Tukey, 5% de proilidde Os resultdos de densidde do solo otidos são semelhntes os otidos por Cstro (995). Este utor, determinndo resistênci do solo à penetrção, oteve s mesms tendêncis dos ddos de densidde do solo em diferentes sistems de prepro. Beltrme et l. (98) firmm que, pr um mudnç n densidde, ocorre um mudnç no mesmo sentido d resistênci do solo à penetrção, isto é, há um relção diret entre densidde do solo e resistênci do solo à penetrção. Em relção à umidde do solo, estes mesmos utores citm que o umento d umidde do solo cus um redução n resistênci do solo à penetrção, concordndo com os resultdos qui otidos (Figur 3). Segundo eles, o teor de umidde intervém, modificndo coesão entre s prtículs do solo. Comprndo os vlores de resistênci do solo à penetrção em tods s profundiddes pr mos os solos, verificou-se que máxim resistênci foi encontrd n profundidde 0,2-0,3 m, em todos os sistems de mnejo, crcterizndo um cmd compctd formd pelo uso deste implemento. Beutler (999) tmém verificou um máxim resistênci do solo n profundidde de 0,2-0,3m com o uso de rdo de discos, concordndo com os resultdos otidos neste trlho. grde Act Scientirum: Agronomy Mringá, v. 25, n., p. 3-7, 2003

6 Rion et l Umidde Grvimétric, kg kḡ 0,3 0,5 0 c () c roçdor puerri Figur 3. Vlores de umidde do solo pr o Ltossolo Vermelho e Argissolo Vermelho-Amrelo ns diferentes profundiddes dos solos. Médis seguids por um mesm letr não diferem entre si pelo teste de Tukey, 5% de proilidde De cordo com Srvsi (994), é comum se encontrr solos com um cmd compctd no fundo dos sulcos de rção e grdgem. Vieir et l. (989) denominm est cmd de pé de rdo ou pé de grde e triuírm su formção o uso de quse todos os implementos grícols, qundo operdos em condições de solo úmido. A resistênci do solo à penetrção tem sido utilizd como prâmetro importnte n determinção ds condições físics pr o crescimento ds plnts trvés d su relção com o crescimento ds rízes. Tylor et l. (966), trlhndo qutro tipos de solos com estrutur deformd, considerm como resistênci mecânic do solo impeditiv o crescimento e desenvolvimento de rízes, o vlor de 2,0 MP. A interpretção conjunt d resistênci à penetrção com porosidde de r e disponiilidde de águ é denomind, por Silv (998) como Intervlo Hídrico Ótimo (IHO). Tormen e Rollof (996), considerndo um índice de cone de 2,0 MP como impeditivo o crescimento de rízes do solo, verificrm que, n umidde pdrão de 0,34 kg kg - pr Ltossolo Vermelho distrófico, não ocorreu impedimento o crescimento de rízes. Tormen (998) encontrou, pr o Ltossolo Vermelho distroférrico que resistênci do solo à penetrção de 2,0 MP determinou o conteúdo de águ do solo no limite inferior do IOH. Tomndo-se como referênci esses vlores, oservou-se que os vlores de resistênci do solo pr o n cmd de 0,2-0,3 m pr todos os trtmentos (Figur ) podem ser considerdos impeditivos o desenvolvimento rdiculr d cultur d seringueir. Pr o, entretnto, não houve vlores considerdos críticos pr o desenvolvimento rdiculr d cultur d seringueir. Conclusão. o mnejo com roçdor foi o que presentou os miores vlores de resistênci do solo à grde penetrção, densidde do solo e menores vlores de umidde n cmd superficil (0-0, m) dos solos estuddos; 2. o Ltossolo Vermelho presentou vlores superiores o limite crítico considerdo impeditivo o desenvolvimento de rízes n cmd de 0,2-0,3 m em todos os sistems de mnejo; 3. o Argissolo Vermelho-Amrelo presentou menores níveis de resistênci do solo à penetrção em relção o Ltossolo Vermelho, não presentndo vlores cim do limite crítico considerdo. Referêncis BELTRAME, L.F.S. et l. Estrutur e compctção n permeilidde de solos do Rio Grnde do Sul. Rev. Brs. Cienc. Solo, Cmpins, v.5, p.45-49, 98. BEUTLER, A.N. Produtividde de culturs e triutos físicos de Ltossolo Vermelho-Escuro fse cerrdo so diferentes sistems de mnejo. 999. Dissertção (Mestrdo)-Universidde Federl de Lvrs, Lvrs, 999. BORGES, A.L. et l. Alterção de proprieddes físics e tividde microin de um Ltossolo Amrelo álico pós cultivo com fruteirs perenes e mndioc. Rev. Brs. Cienc. Solo, Viços, v.23, p.09-25, 999. CASTRO, O. M. Comportmento físico e químico de um ltossolo Roxo em função do seu prepro n cultur do milho (Ze mys l.). Tese (Doutordo) Escol Superior de Agricultur Luiz de Queiroz, Universidde de São Pulo, Pircic, 995. CORRECHEL, V. et l. Resistênci de um Ltossolo Roxo em dois sistems de prepro do solo. In: XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO. Rio de Jneiro, 997 (Resumos). EMBRAPA-Empres Brsileir de Pesquis Agropecuári- Serviço Ncionl de Levntmento e Conservção dos solos. Mnul de Métodos de nálises de solo. Rio de Jneiro, 979. não pgindo. SARVASI, F.O.C. Dinâmic d águ, erosão hídric e produtividde ds culturs em função do prepro do solo. Dissertção (Mestrdo)- Escol Superior de Agricultur Luiz de Queiroz, Universidde de São Pulo, Pircic, 994. SIA, A.P. et l. Distriuição de poros de Argissolo Vermelho-Amrelo so pomres de lrnj: um ordgem multivrid. In: XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO. Rio de Jneiro, 997 (Resumos). SIA, I.F. Efeitos de sistems de mnejo e tempo de cultivo sore proprieddes físics de um Ltossolo.: Dissertção (Mestrdo) Universidde Federl do Rio Grnde do Sul, Porto Alegre 998. STOLF, R. Teori e teste experimentl de fórmuls de trnsformção dos ddos de penetrômetro de impcto em resistênci do solo. Rev. Brs. Cienc. Solo, Cmpins, v.5, p.249-252, 99. Act Scientirum: Agronomy Mringá, v. 25, n., p. 3-7, 2003

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