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Transcrição:

Rev. bras. zootec., 29(6):2080-2086, 2000 (Suplemento 1) Diferentes Fontes Protéicas em Dietas para o Caracol Gigante (Achatina fulica) na Fase de Crescimento Carmino Hayashi 1 *, Claudemir Martins Soares 2, Vilson Roberto Boscolo 3, Eliana Maria Galdioli 2, Valéria Rossetto Barriviera Furuya 4 RESUMO - Com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes fontes protéicas em dietas para o caracol gigante (Achatina fulica) na fase de crescimento, realizou-se experimento com duração de 75 dias, utilizando 320 animais com peso inicial médio de 7,56±0,11 g, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos e quatro repetições. As dietas isocalóricas, isocálcicas e com 20,00% de proteína bruta foram formuladas de forma a terem a farinha de carne e ossos (FCO), farelo de soja (FS), farelo de girassol (FG) ou a levedura desidratada (LD) como fonte protéica. Os animais alimentados com dietas contendo FS e FG apresentaram valores de peso final médio, ganho de peso médio e peso em carne superiores aos alimentados com dietas com FCO ou LD. Os menores valores de porcentagem de concha foram observados com o uso de FS ou FG. Com relação à conversão alimentar e a taxa de eficiência protéica os animais alimentados com FG tiveram melhores índices que os alimentados com LD, porém não diferiram dos demais tratamentos. O custo em dieta/kg ganho dos animais alimentados com FG foi inferior ao dos alimentados com LD, entretanto ambos os tratamentos não foram diferentes do FCO ou FS. O rendimento de carcaça e a taxa de sobrevivência não foram afetados pelos diferentes tratamentos. Concluiu-se que, entre as fontes protéicas utilizadas, FS e FG são mais adequadas para a confecção de dietas para criação do caracol gigante. Palavras-chave: Achatina fulica, caracol gigante, fontes protéicas, helicicultura Different Protein Sources on Diets to Giant Snail (Achatina fulica) during the Growth Phase ABSTRACT - A 75-d trial was carried out to evaluate the effects of different protein sources on diets to giant snail (Achatina fulica) during growth phase. Three hundred and twenty animals with mean initial weight of 7.56 g were used and distributed in a completely randomized design with four treatments and four replicates. The diets isocaloric, isocalcic and with 20,00% of crude protein were formulated to contain meat and bone meal (MBM), soybean meal (SM), sunflower flour (SF) and dry yeast (DY) as protein sources. Animals fed diets containing SM and SF showed better values of average final live weight, average weight gain and meat weight than the ones fed diets containing MBM and DY, while lower values were observed for shell percentage when using SM and SF. Feed:gain ratio and protein efficiency rate of the animals fed SF based diet showed higher values than the ones fed DY, however they did not differ from the other treatments. The cost by kg of gain of the animals feed with SF was lower than that received diet with SM; therefore they were not different of the MBM or SM treatments. The carcass yield and survival rate were no affected by the treatments. The SM and SF protein sources were more adequate for Achatina fulica diets. Key Words: Achatina fulica, giant snail, heliciculture, protein source Introdução A alimentação é um dos itens que mais agrega valor ao custo de produção nos sistemas de criação intensiva, uma vez que estes exigem o uso de rações completas para se obter índices de desenvolvimento e produção satisfatórios dos animais. Os alimentos protéicos são de custo elevado em relação aos alimentos energéticos e geralmente têm elevada participação percentual nas dietas. Existem variações de custo dos alimentos protéicos, em função da natureza dos mesmos, sendo que os de origem animal, como a farinha de carne, são de custo elevado em comparação aos de origem vegetal. O farelo de soja, devido ao seu valor biológico, perfil aminoacídico e disponibilidade, é a fonte protéica mais utilizada em dietas para monogástricos entretanto apresenta oscilações sazonais quanto a sua disponibilidade e preço. Recentemente, tem-se testado fontes protéicas alternativas como o farelo de girassol e 1 Professor Titular - Departamento de Biologia/Universidade Estadual de Maringá. E-mail: chayashi@uem.br 2 Biólogo - Departamento de Biologia/UEM. E-mail: cmsoares@uem.br 3 Curso de Graduação em Ciências Biológicas - DBI/UEM. 4 Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos ContinentaisDBI/UEM. E-mail: furuya@wnet.br * Av. Colombo, 5790, CEP 87020900, Jd Universitário, Maringá - PR, Brasil.

HAYASHI et al. 2081 leveduras, a fim de substituir parcial ou totalmente o reprodução, manejo e nutrição, destacando-se os de farelo de soja dependendo da espécie e categoria HAYASHI et al. (1997a), HAYASHI et al. (1997b), animal, uma vez que, em função das oscilações de HAYASHI et al. (1998) e SOARES et al. (1999). preço deste último, o uso de um alimento alternativo O uso de dietas artificiais na helicicultura possibilita melhor crescimento dos animais, higienização do pode reduzir custos de produção em épocas de preços altos do farelo de soja. ambiente de criação e facilidade de armazenamento O farelo de girassol, um subproduto da indústria (RIBAS, 1986). Entretanto, na helicicultura tem sido de extração do óleo da semente, tem sido utilizado empregado o uso de dietas empíricas, misturas com como fonte protéica alternativa na alimentação animal, rações elaboradas para aves e fontes de cálcio ou devido a seu elevado teor protéico (29,00 a 45,00%). dietas à base de restos vegetais (SOARES et al., Entretanto, o alto nível de fibra bruta (14,00 a 32,00%) 1999). O uso de ração completa proporciona bons e a deficiência em lisina limitam seu uso em dietas índices de conversão alimentar dos escargots (RIBAS, para monogástricos (VILLAMIDE e SAN JUAN, 1986), apesar de não existirem dados para a confecção 1998), uma vez que seu conteúdo de proteína bruta de rações adequadas para a criação destes caracóis (PB) é inversamente relacionado com o nível de fibra comestíveis (HANSSEN, 1989). bruta, o que varia com o processamento empregado São raras as pesquisas com intuito de estudar para a extração da casca e do óleo (PEZZATO, 1995). os aspectos nutricionais para o A. fulica. A levedura desidratada, proveniente de destilaria HAYASHI et al. (1998) avaliaram a utilização de de álcool de cana de açúcar (Saccharomyces diferentes níveis de cálcio em dietas para esta cerevisae), apesar de apresentar elevado nível espécie na fase de crescimento, indicando o nível protéico e proteína de alto valor biológico de 6,00% de cálcio como o mais adequado. (GHIRALDINI e ROSSELL, 1997), tem sua inclusão MONNEY (1994) observou que indivíduos de em dietas limitada, devido à presença de parede celular rígida (RUMSEY et al., 1990) e ao elevado nível de associado a vegetais tiveram crescimento mais A. fulica que receberam ração com 16,00% de PB, nitrogênio não-protéico em função dos altos níveis de elevado, e atingiram a maturidade reprodutiva mais ácidos nucléicos (BERTO, 1997). Entretanto, tem-se rapidamente que animais alimentados somente com preconizado o seu uso, em baixas percentagens nas ração ou vegetais com dieta. dietas como suplemento vitamínico por esta ser rica, Estudo visando determinar a exigência em proteína em vitaminas do complexo B. Existem vários métodos para o caracol gigante (Achatina fulica) foi realizado de secagem de levedura, sendo que o método spray por SOARES et al. (1999), que, utilizando dietas com dry trás uma série de vantagens quando comparado ao 12,00; 15,00; 18,00; e 21,00% de PB, para animais com métodos convencionais, resultando em um produto de peso inicial de 4,05 g e cultivados até o peso de abate, qualidade superior, pois neste método a temperatura observaram efeito quadrático dos níveis de PB sobre máxima durante o processo de secagem e o tempo de ganho de peso, conversão alimentar e porcentagem de exposição são menores, quando comparado à secagem concha indicando 18,28% de PB como exigência para por rolo rotativo (RHEINBOLDT et al., 1987; o caracol gigante na fase de crescimento. MOREIRA et al., 1998; MOREIRA et al., 1999; e Dessa forma, estudos que visam determinar as SCAPINELLO et al., 1999). exigências nutricionais das diferentes espécies de O caracol gigante (Achatina fulica), introduzido escargot cultivadas, assim como a utilização dos no Brasil no final da década de 1980, adapta -se bem diferentes alimentos disponíveis para a elaboração de ao arraçoamento intensivo, apresentando crescimento dietas, serão de grande valia para a consolidação da rápido e excelente conversão alimentar (HAYASHI helicicultura. et al., 1998). Possui características desejáveis para Este trabalho foi conduzido com o objetivo avaliar o cultivo no Brasil, em virtude de ser altamente o efeito de dietas, tendo a farinha de carne e ossos, o prolífero, rústico e adaptado ao clima tropical, quando farelo de soja, o farelo de girassol ou a levedura comparado aos escargots franceses pertencentes desidratada como fonte protéica sobre o desempenho, ao gênero Helix como o petit griss (Helix aspersa) as características de carcaça e a viabilidade econômica do caracol gigante, assim como determinar as e o gross griss ( Helix aspersa máxima). Entretanto, são poucos os estudos relacionados a sua fontes protéicas mais adequadas.

2082 Rev. bras. zootec. Material e Métodos Este experimento foi realizado no Laboratório de Zoologia Aplicada, do Departamento de Biologia - CCB da Universidade Estadual de Maringá no período de 06 de dezembro de 1998 a 21 de fevereiro de 1999. Foram utilizados 320 animais com peso vivo inicial médio de 7,56±0,11 g distribuídos em 16 caixas com paredes de alvenaria com 1,00 x 0,50 x 0,30 m de comprimento, largura e altura, respectivamente, com tampa constituída de moldura de madeira e o restante de tela (1-mm), fundo de terra em solo tipo Latossolo Roxo Distrófico, em um delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos e quatro repetições. As dietas experimentais foram formuladas de modo a serem isoprotéicas (20,00% PB), isoenergéticas, isocálcicas e isoaminoacídicas para lisina e metionina + cistina, diferindo quanto à fonte protéica utilizada: farinha de carne e ossos, farelos de soja e girassol ou levedura desidratada (Tabela 1). A levedura desidratada utilizada foi uma levedura de recuperação, proveniente de uma usina de álcool de cana-de-açúcar, seca pelo método spray dry. Para a confecção das dietas, os alimentos milho, farelo de soja, farelo de girassol e farinha de carne e ossos foram moídos em moinho tipo faca com peneira de 1,00 mm de abertura. Após a mistura dos ingredientes, as dietas foram mantidas sob refrigeração a aproximadamente 5,00ºC. O arraçoamento e o fornecimento de água foram à vontade, sendo que diariamente os comedouros eram monitorados, adicionando-se ração quando necessário. Realizou-se pulverização com água por meio de um sistema de microaspersão para a manutenção de umidade adequada. Foram avaliadas as variáveis peso final médio, ganho de peso médio, peso em carne, rendimento de carcaça, porcentagem de concha, conversão alimentar e taxa de eficiência protéica, sendo esta última calculada segundo a expressão de JAUNCEY e ROSS (1982). Determinou-se também o custo em dieta por quilograma ganho em peso vivo (viabilidade econômica), de acordo com BELLAVER et al. (1985), além da taxa de sobrevivência. Ao final do experimento, os animais receberam fubá de milho e água a vontade por 72 horas, sendo então tomadas as medidas de pesos. Foram abatidos 15 animais de cada unidade experimental, de acordo com a metodologia descrita por BARRIER (1982). Durante o abate, os animais foram colocados em solução de 8:1:1 de água, vinagre e sal de cozinha, respectivamente, por cinco minutos, mediante movimento da mesma, sendo esta operação realizada duas vezes para retirar o muco. Posteriormente, os animais foram lavados em água corrente e colocados em água fervendo por cinco minutos, e novamente lavados, sendo então retirada a concha com o auxílio de uma agulha de crochê e das vísceras. Determinou-se a porcentagem de concha em relação ao peso vivo. A determinação da porcentagem de concha e do rendimento de carcaça dos animais de cada unidade experimental foi realizada segundo as seguintes expressões descritas por SOARES et al. (1999): Porcentagem de concha % Cch = Pc/Pv x 100 em que %Cch é porcentagem de concha; Pc, peso médio das conchas; e Pv, peso médio dos animais vivos. Rendimento de carcaça RC = Pt - (Pm + Pc + Pvc)/Pt x 100 em que RC é rendimento de carcaça; Pt, peso do animal vivo; Pm, peso perdido durante a retirada do muco; Pc, peso da concha; e Pvc, peso das vísceras. Os valores das temperaturas máxima e mínima e de umidade relativa do ar às 9, 15 e 21 h de todos os dias no período em que se realizou o experimento foram obtidos na Estação Meteorológica da Universidade Estadual de Maringá e estão apresentados na Figura 1. Os valores médios obtidos para estes parâmetros foram de 25,27±5,34ºC e 75,03±13,84%, respectivamente. Para as análises estatísticas dos dados, aplicou-se análise de variância a 5% de probabilidade e, em caso de diferenças estatísticas, os dados foram submetidos ao teste Tukey utilizando-se o programa computacional SAEG (Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas), descrito por EUCLYDES (1983).

HAYASHI et al. 2083 Tabela 1 - Composição percentual e química das dietas experimentais com diferentes fontes protéicas (% matéria natural) 1 Table 1 - Chemical and percent composition of experimental diets with different protein sources (% as fed) 1 Fonte protéica Protein source Ingrediente (%) Farinha carne e ossos Farelo de soja Farelo de girassol Levedura desidratada Ingredient Meat and bone meal Soybean meal Sunflower meal Dried yeast Farinha de carne e ossos 31,51 - - - Meat and bone meal Farelo de soja - 38,23 - - Soybean meal Farelo de girassol - - 42,34 - Sunflower meal Levedura desidratada - - - 45,83 Dry yeast Milho 59,44 26,86 21,19 17,24 Corn Calcário 1,98 6,90 7,54 7,29 Limestone Fosfato bicálcico 5,13 14,63 13,48 14,17 Dicalcium phosphate Óleo de soja 0,00 11,93 13,99 13,96 Soybean oil DL-metionina (99%) 0,49 0,40 0,00 0,49 DL-methionine L-lisina (78,4%) 0,43 0,05 0,43 0,00 L-lisine Sal comum 0,50 0,50 0,50 0,50 Salt common Mistura min. e vit. 0,50 0,50 0,50 0,50 Mineral and vitamin mix BHT 0,02 0,02 0,02 0,02 Valores calculados Calculated values EM/aves (kcal/kg) 2860 2860 2860 2860 ME/chicken Cálcio (%) 6,00 6,00 6,00 6,00 Calcium Fósforo (%) 3,00 3,00 3,00 3,00 Phosphorous Extrato etéreo (%) 5,35 13,11 18,24 15,44 Ether extract Fibra bruta (%) 1,53 2,80 5,31 1,15 Crude fiber Lisina (%) 1,20 1,20 1,20 1,30 Lisine Metionina+cistina (%) 1,00 1,00 1,00 1,00 Methionine+cistine Proteína bruta (%) 20,00 20,00 20,00 20,00 Crude protein Custo kg (R$) 3 0,556 0,627 0,544 0,514 Cost 1 De acordo com os valores tabelados de ROSTAGNO et al. (1994). 2 Premix mineral e vitamínico de poedeiras comerciais. Composição por quilograma de produto: vit. A - 2.250.000 UI; vit. D 3-400.000,00 UI; vit. E - 2.000,00 mg; vitamina K 3-500,00 mg; vit. B 1-250,00 mg; vit. B 2-1.000,00 mg; vit. B 12-2.500,00 mcg; ác. nicotínico (nicotinic acid) - 3.750,00 mg; ác. fólico (folic acid) - 75,00 mg; colina (choline) - 50.000,00 mg; biotina (biotin) - 5,00 mg; ác. pantotênico (pantothenic acid) - 1.750,00 mg; ferro (iron) - 12.500,00 mcg; cobre (cupper) - 1.500,00 mg; manganês (manganese) - 12.500,00 mg; zinco (zinc) - 15.000,00 mg, cobalto (cobalt) - 125,00 mg; iodo (iodine) - 188,00 mg; selênio (selenium) - 35,50 mg; antioxidante (antioxidant) - 25.000,00 mg; veículo q.s.p - 1.000,00 mg. 3 Preços (R$/kg): farinha de carne e ossos: 0,60; farelo de soja: 0,43; farelo de girassol: 0,25; levedura desidratada: 0,15; milho: 0,36; calcário: 0,18; fosfato bicálcico: 1,36; óleo de soja: 0,89; DL-metionina (99%): 8,30; L-lisina (78,4%): 6,50; sal comum: 0,21 mistura mineral e vitamínica: 2,00 (data: 06/01/2000) 1 Based in table values of ROSTAGNO et al. (1994). 3 Prices (R$/kg) Meat and bone meal: 0.60; soybean meal: 0.43; Sunflower meal: 0.25; Dry yeast: 0.15; Corn 0,36; Limestone: 0.18; Dicalcium phosphate: 1.36; Soybean oil: 0.89; DL-methionine: 8.30; L-lisine: 6.50; Salt 0.21; Mineral and vitamin mix: 2.00 (date: 01/06/2000)

2084 Temperatura ( o C) Temperature Umidade relativa ( % ) Relative humidity 40 32 24 16 8 Rev. bras. zootec. 0 1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 100 80 60 40 20 Time (dias) Time (days) Time (dias) Time (days) Resultados e Discussão Máxima Mínima 09:00 15:00 21:00 0 1 5 9 13 17 21 25 29 33 37 41 45 49 53 57 61 65 69 73 77 Figura 1 - Valores de umidade relativa do ar às 9, 15 e 21 h e temperaturas máxima e mínima durante o período experimental. Figure - Values of air relative humidity at 9 a.m., 3 p.m. and 9 p.m., minimum and maximum temperature during the experimental period. Os resultados referentes às características de desempenho e carcaça e custo em dieta/kg ganho do caracol gigante submetidos a dietas com as diferentes fontes protéicas estão apresentados na Tabela 2. Os animais alimentados com dietas contendo farelo de soja ou farelo de girassol apresentaram valores de peso final médio, ganho de peso médio e peso em carne superiores (P<0,05) aos dos alimentados com dietas com farinha de carne e ossos ou levedura desidratada, indicando que estas fontes são mais adequadas para o desenvolvimento do caracol gigante. Resultados semelhantes foram obtidos para o escargot francês (Helix aspersa var. máxima) por MARKS e JESS (1994), os quais relataram que dietas para suínos contendo farelo de soja proporcionam melhores resultados que outras contendo leite em pó, farinha de peixe ou uréia como fonte protéica. Estes resultados podem estar relacionado com o fato de os escargots serem herbívoros na natureza (MELO et al., 1991; LOBÃO et al., 1988), aproveitando com maior eficiência alimentos de origem vegetal que os de origem animal. Outro fator a ser considerado é quanto à variação no teor de fibra das dietas, uma vez que os farelos de girassol e soja proporcionam maiores porcentagem de fibra que a farinha de carne ou levedura desidratada. Por ser herbívoro, a dieta natural dos escargot deve ser rica em fibra. Dessa forma, ao se formular uma dieta artificial, deve-se ater ao teor deste nutriente. Animais herbívoros geralmente necessitam de determinada porcentagem de fibra na dieta para a formação do bolo fecal. Conforme reportado por MADAR e THORNE (1987), o teor de fibra altera a motilidade e o trânsito do alimento pelo trato digestivo, assim como a atividade das enzimas digestivas, e, dessa forma, pode interferir no aproveitamento dos nutrientes da dieta. Foram observados os menores valores (p<0,05) de porcentagem de concha com o uso de farelo de soja e farelo de girassol, o que indica que estes animais estavam em melhor estado nutricional que os dos demais tratamentos. Buscando determinar a exigência de proteína para o A. fulica, SOARES et al. (1999) observaram que dietas com maiores níveis de proteína proporcionaram aos animais menores valores deste parâmetro, relacionando este fato com o grau de nutrição dos mesmos. Os valores observados para conversão alimentar e taxa de eficiência protéica dos animais alimentados com farelo de girassol foram melhores que os dos animais alimentados com dietas contendo levedura desidratada, entretanto ambos tratamentos não diferiram dos tratamentos com farelo de soja e farinha de carne e ossos. Os valores de conversão alimentar estiveram entre 0,98 e 1,48, o que concorda com o destacado por HAYASHI et al. (1998) e RIBAS (1986), que verificaram excelente conversão alimentar nestes animais. O fato de os animais que receberam dietas com levedura desidratada terem apresentado ganho de peso inferior ao dos alimentados com dietas contendo farelo de soja ou farelo de girassol e pior conversão alimentar em comparação à dos alimentados com farelo de girassol pode estar relacionado à presença de parede celular rígida nas leveduras, conforme destacado por RUMSEY et al. (1990), e ao elevado nível de nitrogênio não-protéico, em função dos altos níveis de ácidos nucléicos (BERTO, 1997), propriedades que acarretariam redução no aproveitamento do alimento

HAYASHI et al. 2085 Tabela 2 - Valores médios das características de desempenho e custo por quilograma ganho do caracol gigante (Achatina fulica) submetido à dietas com diferentes fontes protéicas 1 Table 2 - Average values of performance characteristic and cost of diet by kilogram gain of giant snail (Achatina fulica) fed diets with different protein sources Fonte protéica Protein source Ingrediente (%) Farelo carne e ossos Farelo de soja Farelo de girassol Levedura desidratada CV (%) Ingredient Meat and bone meal Soybean meal Sunflower meal Dried yeast Peso inicial (g) 7,58 7,55 7,56 7,53 0,78 Initial weight Peso final (g) 15,60 b 27,02 a 28,33 a 16,65 b 12,70 Final weight Ganho de peso (g) 8,02 b 19,46 a 20,77 a 9,11 b 19,39 Weight gain Peso em carne (g) 5,63 b 9,48 a 10,24 a 5,74 b 15,69 Meat weight Rendimento de carcaça (%) 32,16 32,07 31,71 30,99 4,39 Carcass yield Concha (%) 14,33 a 10,97 b 10,40 b 15,37 a 8,55 Shell Conversão alimentar 1,20 ab 1,08 ab 0,98 b 1,48 a 15,86 Feed:gain ratio Taxa de eficiência protéica 4,16 ab 4,78 ab 5,13 a 3,46 b 14,10 Efficiency protein rate Sobrevivência (%) 100,00 100,00 100,00 100,00 0,00 Survival rate Custo/kg ganho 0,669 ab 0,678 ab 0,532 b 0,761 a 15,87 Cost/kg gain (R$) 1 Valores, na linha, seguidos por letras diferentes diferem pelo teste Tukey (P<0,05). 1 Values, within a row, followed by different letters are different by Tukey test (P<.05). e dificuldade de excreção dos resíduos nitrogenados pelo animal, respectivamente. Rendimento de carcaça e sobrevivência não foram afetados (P>0,05) pelas diferentes fontes protéicas utilizadas. Em relação ao custo/kg ganho, os animais alimentados com dieta contendo farelo de girassol apresentaram menor valor (p<0,05) que os alimentados com dieta com levedura desidratada. Entretanto, os valores desta característica para os animais de ambos os tratamentos não diferiram (P>0,05) em relação aos alimentados com as dietas contendo a farinha de carne e ossos e/ou farelo de soja como fonte protéica. Conclusões Nas condições em que foi realizado o experimento, conclui-se que entre as fontes protéicas utilizadas o farelo de soja e farelo de girassol são as mais adequadas para a confecção de dietas para a criação do caracol gigante. Referências Bibliográficas BARRIER, J. 1982. A criação do caracol. Lisboa: Litexa Portuga. 143p. BELLAVER, C., FIALHO, E.T., PROTAS, J.F.S. 1985. Radícula de malte na alimentação de suínos em crescimento e terminação. Pesq. Agropec. Brasil., 20(8):969-974. BERTO, D.A. Uso de levedura desidratada na alimentação de suínos. In: SIMPÓSIO SOBRE TECNOLOGIA DA PRODU- ÇÃO E UTILIZAÇÃO DE LEVEDURA DESIDRATADA NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL, 1997, Campinas. Anais... Campinas: CBNA, 1997. p.85-106. EUCLYDES, R.F. 1983. Manual de utilização do programa SAEG (Sistema para Análises Estatísticas e Genéticas). Viçosa: UFV. 59p. GHIRALDINI, J.A., ROSSEL, C.E. Caracterização e qualidade de levedura desidratada para a alimentação animal. In: SIMPÓSIO SOBRE TECNOLOGIA DA PRODUÇÃO E UTILIZAÇÃO DA LEVEDURA DESIDRATADA NA ALI- MENTAÇÃO ANIMAL, 1997, Campinas. Anais... Campinas, 1997. p.27-50. HANSSEN, J.E. 1989. Criação prática de escargots. São Paulo: Nobel. 113p. HAYASHI, C., FURUYA, V.R.B., GALDIOLI, E.M. et al. Desempenho do escargot Achatina fulica, cultivados sob diferentes manejos. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE

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