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Transcrição:

Neste informativo, apresentamos um resumo do artigo "Programa 10S e a crise de imagem", escrito por José Ailton Baptista da Silva, membro da American Society for Quality, e publicado na edição de dezembro de 2007 da revista Banas Qualidade. visa: O programa 10S brasileiro, que ampliou e aperfeiçoou o programa 5S japonês, é uma proposta que Despertar a responsabilidade social das pessoas e das organizações; Recuperar valores éticos e morais; Buscar a melhoria na utilização, arrumação e limpeza dos ambientes; Aumentar a qualidade e a produtividade; Desenvolver o espírito de equipe; Cuidar da saúde e segurança; Treinar os colaboradores; Diminuir perdas e desperdícios. O programa 10S também contribui para diminuir a possibilidade de ocorrência de crises de imagem. A forma como a imagem de qualquer organização é cultivada pelos seus líderes, percebida pelos que a compõem, e como é transmitida para clientes, fornecedores, prestadores de serviços, governo e toda a sociedade, é influenciada pelos valores éticos, morais e culturais praticados e disseminados durante a realização das atividades do dia-a-dia. É necessário antecipar as crises de imagem, pois podem destruir a credibilidade conquistada junto aos clientes e parceiros. Até chegar ao 10S, algumas etapas foram desenvolvidas: 5S: criado no Japão, após a Segunda Guerra Mundial, pelo japonês Kaoru Ishikawa sob influência da Filosofia Confucionista, que destaca que o trabalho e o estudo são fundamentais, e do Budismo. o 1ºS Seiri (Senso de Utilização) o 2ºS Seiton (Senso de Ordenação) o 3ºS Seisoh (Senso de Limpeza) o 4ºS Seiketsu (Senso de Saúde e Segurança) o 5ºS Shitsuke (Senso de Autodisciplina) 8S: desenvolvido pelo professor José Abrantes, propondo 3 novos sensos. o 6ºS Shikari Yaro (Senso de Determinação e União) o 7ºS Shido (Senso de Treinamento)

o 8ºS Setsuyaku (Senso de Economia e Combate aos Desperdícios) 9S: sugeriu um novo senso como necessidade brasileira. o 9ºS Shisei Rinri (Senso dos Princípios Morais e Éticos) 10S: após a análise das práticas de gestões das organizações, foi acrescentado o 10ºS o 10ºS Sekinin Shakai (Senso de Responsabilidade Social) É ideal que as empresas que querem melhorar seus resultados implantem o 10S integralmente. Também pode ser implantado um S de cada vez, iniciando-se por um levantamento que indique qual S é prioritário no momento. Para saber se o programa está ou não sendo eficaz, é preciso realizar uma avaliação, acompanhando os critérios definidos para cada S. Um plano de implantação deve ser desenvolvido para o acompanhamento do programa 10S. O modelo 5W1H é o ideal, destacando: AÇÃO (O que fazer) (WHAT) RESPONSÁVEL (Quem) (WHO) PRAZO (Quando) (WHEN) LOCAL (Onde) (WHERE) JUSTIFICATIVA (Por que) (WHY) PROCEDIMENTO (Como fazer) (HOW) Dessa forma pode-se melhorar os resultados, destacar-se em seu ramo de atividade e prevenir-se contra crises de imagem que possam atingir sua organização ou seu setor. Fonte: José Ailton Baptista da Silva, Banas Qualidade, Dezembro/07. p.78 doutorcep@datalyzer.com.br

Nesta edição do informativo Dr. CEP, iremos atender a uma solicitação de um visitante de nosso site que solicitou-nos mais informações sobre a carta de controle X-S. Envie também suas dúvidas para nós! No informativo do mês de dezembro de 2006, que pode ser acessado no endereço http://www.datalyzer.com.br/site/suporte/administrador/info/arquivos/info63/63.html, exemplificamos a criação de uma carta de controle por variável X-AM (Média Amplitude Móvel), que é utilizada para tratar dados individuais, ou seja, processos em que o tamanho do subgrupo de amostras é igual a 1. Já as cartas X-R (Média e Amplitude) e X-S (Média e Desvio-padrão) são mais robustas que a carta X-AM e trabalham com subgrupos que possuem mais de uma amostra. Estas duas cartas trabalham com o princípio da normalidade das distribuições amostrais. Esse princípio diz que a distribuição das médias das amostras pode ser distribuída normalmente mesmo que a distribuição dos dados individuais não o seja. Segundo Costa Neto (1992, p. 48) uma amostra de quatro ou cinco elementos já é suficiente para considerar a distribuição das médias das amostras como uma distribuição normal. Considere os seguintes subgrupos de amostras para o exemplo de desenvolvimento de uma carta X-S que possui limite de especificação igual a 2,50, e superior igual a 3,5 e alvo igual a 3,0: Subgrupo 1 Subgrupo 2 Subgrupo 3 Subgrupo 4 Subgrupo 5 2,54 2,50 2,57 2,97 3,26 2,33 3,10 2,69 2,64 2,98 3,38 2,86 3,44 2,83 2,67 3,20 2,94 2,52 3,30 3,10 2,97 3,15 2,69 3,45 3,45 Observe que foram coletadas 25 amostras divididas em 5 subgrupos. O primeiro passo é calcular a média do processo, que corresponde à soma de todas as amostras dividida pelo número de amostras: X = 2,54 + 2,33 + 3,38 + 3,20 + 2,97 + 2,50 +... + 3,26 + 2,98 + 2,67 + 3,10 + 3,45 = 2,94 25 O próximo passo é calcular o desvio-padrão de cada subgrupo, que é dado pela seguinte fórmula: X1 representa cada amostra do subgrupo X representa a média das amostras do subgrupo n representa o número de amostras do subgrupo Antes, observe que é necessário calcular a média de cada subgrupo: Média do Subgrupo 1 = (2,54 + 2,33 + 3,38 + 3,20 + 2,97) / 5 Média = 2,884 Média do Subgrupo 2 = (2,50 + 3,10 + 2,86 + 2,94 + 3,15) / 5 Média = 2,91

Média do Subgrupo 3 = (2,57 + 2,69 + 3,44 + 2,52 + 2,69) / 5 Média = 2,782 Média do Subgrupo 4 = (2,97 + 2,64 + 2,83 + 3,30 + 3,45) / 5 Média = 3,038 Média do Subgrupo 5 = (3,26 + 2,98 + 2,67 + 3,10 + 3,45) / 5 Média = 3,092 O desvio-padrão de cada subgrupo é calculado em relação à média do subgrupo: S1 = (2,54 2,884) 2 + (2,54 2,884) 2 + (2,54 2,884) 2 + (2,54 2,884) 2 + (2,54 2,884) 2 5 1 S1 = 0,118336 + 0,306916 + 0,246016 + 0,099856 + 0,007396 S1 = 0,195 S1 = 0,441 4 O mesmo processo deve ser feito para calcular o desvio-padrão dos subgrupos 2, 3, 4 e 5, cujos resultados são os seguintes: S2 = 0,257 S3 = 0,375 S4 = 0,333 S5 = 0,295 Após calcular o desvio-padrão de cada subgrupo, deve ser calculado o desvio-padrão médio do processo, que é dado pela seguinte fórmula: k representa o número de subgrupos Portanto, o desvio-padrão médio é igual a: S = 0,441 + 0,257 + 0,375 + 0,333 + 0,295 = 0,3402 5 Após calcular o desvio-padrão médio do processo, resta apenas calcular os limites de controle das cartas X e S. Limites de Controle da Carta X X representa a média do processo S representa o desvio-padrão médio do processo n representa o número de amostras do processo A3 representa um fator relacionado ao número de amostras do subgrupo UCL = Limite Superior de Controle LCL = Limite Inferior de Controle

Limites de Controle da Carta S S representa o desvio-padrão médio do processo n representa o número de amostras do processo B4 representa um fator relacionado ao número de amostras do subgrupo B3 representa um fator relacionado ao número de amostras do subgrupo UCL = Limite Superior de Controle LCL = Limite Inferior de Controle Os fatores A3, B3 e B4 são conhecidos a partir da seguinte tabela:

Portanto, percebe-se que o valor do fator A3 para 5 amostras é 1,427, o valor de B3 é 0,000 e o valor do fator B4 é igual a 2,089. Com todos os valores já conhecidos, o próximo passo é calcular os limites das cartas X e S, conforme as fórmulas que foram citadas anteriormente. Limites de Controle da Carta X UCLx = X + A3(n). S UCLx = 2,94 + 1,427. 0,3402 UCLx = 3,425 LCLx = X - A3(n). S LCLx = 2,94-1,427. 0,3402 LCLx = 2,455 Limites de Controle da Carta S UCLs = B4(n). S UCLs = 2,089. 0,3402 UCLs = 0,711 LCLs = B3(n). S LCLs = 0,000. 0,3402 LCLs = 0,000 Para finalizar o desenvolvimento da carta X-S, os gráficos devem ser construídos. Para facilitar essa etapa, utilizamos o software para CEP Datalyzer Spectrum. Observe a figura abaixo: Até o próximo mês, pessoal!