CONTROLE DE PERDAS ATRAVÉS DA MICROMEDIÇÃO OTIMIZADA

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CONTROLE DE PERDAS ATRAVÉS DA MICROMEDIÇÃO OTIMIZADA Engª Lina Cabral adani ; Eng e Tecn Maurício André Garcia 1 Resumo Neste trabalho é apresentada a empresa municipal de economia mista SANASA-CAMPINAS Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A, situada no município de Campinas SP, cidade com 968.172 habitantes (Censo 2000), enfocando a Gerência de Controle de Perdas e os programas permanentes que contribuíram para a redução do Índice de Perdas de Distribuição (IPD) de 37,7% em 1994 para 26,6% em 2001, destacando as atividades desenvolvidas no Setor de Micromedição, que juntamente com o Programa de Redução de Pressão, tiveram papeis fundamentais no sucesso da Redução de Perdas da SANASA CAMPINAS. Também é apresentada a tabela Sustentabilidade do Programa de Controle de Perdas, onde relacionamos os recursos financeiros investidos a cada ano, bem como os benefícios alcançados (economia de água), concluindo-se que o Programa é auto sustentável, pois apresenta um resultado positivo superior a R$ 52.000.000,00 em oito anos, além dos benefícios indiretos, como por exemplo, abastecimento contínuo sem racionamento ou rodízios. Abstract This work presents the results of several continuous measures taken by the management of the Department of Water Loss Control ("Controle de Perdas") of SANASA, the Water and Sewage Company of Campinas, São Paulo, Brazil. Campinas has a population of 968,172 (2000 census), and Sanasa is a mixed economy firm ("economia mista"). These measures resulted in a reduction of water loss from 37.7% in 1994 to 26.6% in 2001. In particular, the activities of the Micro Measurement Sector ("micromedição") and the Pressure Reduction Program have had a fundamental role in this reduction of water loss. Also a table which relates the investment to the benefits (water economy) of these measures, by year, is given. It shows that the program is auto-sufficient, giving a positive result of R$ 52.000.000,00 in eight years, beyond some indirect benefits like continuous service without rationing. Palavras-Chave: Micromedição, Redução de Pressão, auto sustentável.

INTRODUÇÃO: A SANASA Campinas tem um corpo técnico dedicado e permanente responsável pelo monitoramento das informações, diagnósticos das causas e pela implantação de ações, para a prevenção e combate às perdas no sistema de produção e distribuição de água, coordenado pela Gerência de Controle de Perdas, que é dotada de orçamento próprio e subordinada à Diretoria Técnica. Os volumes macromedidos, captados, produzidos e os micromedidos, são apurados mensalmente, analisados e comparados com outros dados como: volumes estimado, recuperado e operacional; quantidade de rompimentos nas redes e ramais; sazonalidade; e outros eventos que, juntos, compõem o conjunto de informações necessárias para avaliação dos Índices de Perdas de Distribuição (IPD) e Perdas de Faturamento (IPF) da Empresa, em tempo real. Através deste monitoramento / análise para tomada de decisão, é definido o direcionamento das atividades; executadas modificações em processo; priorizadas as ações, a fim de eliminar as Perdas e Desperdícios, com o apoio integrado entre as áreas Técnica / Operacional, Comercial e Financeira / Administrativa da Empresa, que participam do processo e acompanham as ações e resultados. Partes dos resultados financeiros obtidos com as reduções de perdas, são disponibilizados no orçamento da Gerência, para incrementar ações, retroalimentando o Programa. Campinas faz parte da região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que é formada por 62 municípios (58 no Estado de S.P. e 4 no Estado de M.G.), abrangendo 15.200 Km² e com uma população estimada em 4 milhões de pessoas. Esta região enfrenta problemas com a escassez e a qualidade da água, uma vez que atualmente há a reversão de apenas 30 m³/s, pelo Sistema Cantareira, para abastecer uma população correspondente a 55% da população da região Metropolitana de São Paulo. Abaixo apresentamos as principais características da SANASA-CAMPINAS: Localização - Município de Campinas - 100 Km da Capital 3º em população do Estado de São Paulo; Território : 887 Km²; População : 968.172 Censo 2.000; Captação de água bruta superficial : Rio Atibaia = 94% - 8.585.286 m³/mês (média 2.001); Rio Capivari = 6% - 547.997 m³/mês (média 2.001); Outorga de água - Portaria D.A.E.E. nº 625/97 : até 2.007 = 4,22 m³/s (100%); Atual = 3,5 m³/s (81,59%); Atendimento: 98% da população atendida por rede de água ; 88% da população atendida por rede de esgoto; 100% A + E (previsão até 2.004); Tratamento de esgoto = 10% (atual); = 70% (previsão até 2.004); Estações de tratamento de água = 5 unidades Capacidade de produção = 14.256.000 m³/mês Produção atual = 8.475.840 m³/mês

Reservatórios Semi-enterrados = 31 unidades Elevados = 32 unidades Capacidade total de reservação = 123.870 m³ Total de redes de distribuição = 3.400 Km Redes em PVC = 49,05% Redes em CA = 37,39% Redes em FºFº = 12,00% redes em FºGº = 0,28% redes em PEAD = 0,74% redes em DeFoFo = 0,54% Nº de Ligações de água = 207.597 de esgoto = 184.872 Nº de Economias de água = 352.371 de esgoto = 302.009 Pressões nas redes = 10 a 140 mca Figura 1: Quantidade de ligações Nº ligações água Nº economias água Categoria Categoria Categoria Categoria Residencial Comercial Pública Industrial Total Geral 182.267 23.576 1033 639 207.515 318.064 32.396 1.272 639 352.371 Nº ligações esgoto 161.947 21.523 839 563 184.872 Nº economias esgoto 270.515 30.092 839 563 302.009 Relação água /esgoto 88,85 % 91,29 % 81,22 % 88,11 % 89,09 % As características apresentadas acima, demonstram que as condições para a prestação do serviço de distribuição de água no município de Campinas não são favoráveis, muito pelo contrário, são bastante adversas, pois existem grandes variações de pressões, redes de água antigas e de materiais frágeis (37% de Cimento Amianto) e muitos ramais em ferro galvanizado, que contribuem para aumentar os índices de perdas, porém com o empenho e comprometimento das áreas envolvidas a SANASA CAMPINAS conseguiu reduzir os Índices de Perdas de Distribuição (IPD) de 37,7% em 1994 para 26,6% em 2001. Abaixo relacionamos os programas permanentes implantados que contribuíram para o sucesso do Programa de Redução de Perdas da SANASA, e os a serem implantados a médio prazo:

PROGRAMAS E IMPLANTADOS E CONTÍNUOS: Macromedição; Micromedição (será apresentado a seguir); Cadastro Técnico; Telemetria e Telecomando; Sistemas Informatizados; Setorização de Áreas; Redução de Pressão ; Controle do Funcionamento das Ventosas ; Detecção de Vazamentos não Aparentes; Conserto de Vazamentos Aparentes; Troca de Redes e Ramais; Teste de Recebimentos de Redes Novas; Vistorias em Reservatórios e Poços de Sucção; Contabilização de Abastecimentos Especiais; Contabilização das Perdas de Água de Processo, Comunicação de vazamentos (08007721195); PROGRAMAS A IMPLANTAR (médio prazo): Redes de Distribuição e Ligações Soldada (Ex. PEAD); Instalação de lacres em 100% dos hidrômetros; Instalação de 100% dos hidrômetros na posição correta; Intercâmbio de Informações do Cadastro Técnico Geoprocessamento; Poluidor / Pagador, acréscimo na cobrança do esgoto. DIAGNÓSTICO DAS PERDAS: Figura 2: Componentes das Perdas : Base SANASA 2.001 IPF = 25,0% IPD = 26,6% Perdas Físicas 14,6% + Perdas não Físicas 12% Inerente das Redes 9,9% Descargas, Romp. + Naturais e Provocados 7% + 4,7% Submedição Fraudes 5%

CREDIBILIDADE DOS DADOS: Equipamentos com especificação técnica normatizada; Instalação correta; Aferição / manutenção preditiva; Avaliação do desempenho dos equipamentos; Transmissão dos dados por sensores em tempo real, para o C.C.O. (Centro de Controle Operacional) e áreas técnicas. Telemetria e Telecomando ; Banco de dados histórico ( tendências ); Diagnóstico dos dados; Contabilização dos volumes das ETA s e CRD s dentro do mês civil; Conversão das leituras dos hidrômetros proporcionalmente dentro do mês civil. CREDIBILIDADE DOS ÍNDICES APURADOS: Macromedição permanente = 100% Hidrometração das ligações = 100% Eficiência na hidrometração = 99,6% Controle de todas as atividades informatizadas e armazenadas em banco de dados histórico. MICROMEDIÇÃO: A SANASA CAMPINAS possui aproximadamente 210.000 hidrômetros instalados, utiliza somente medidores de água velocimétricos, 70% são do tipo multijato e 30% monojato, sendo que a idade média gira em torno de 4 anos e 80% possuem tempo de instalação inferior a 5 anos (atendendo a Portaria 246 do INMETRO). A partir do ano de 1997, o Setor de Micromedição da SANASA CAMPINAS, passou por uma reformulação completa visando aumentar a confiabilidade dos volumes registrados mensalmente pelos hidrômetros, diminuir as perdas provocadas por sub medição, combater as irregularidades/fraudes em ligações de água, recuperar receitas perdidas com o uso de fontes alternativas de abastecimento de água, aumentar a qualidade dos medidores novos adquiridos e conseqüentemente melhorar a imagem da SANASA CAMPINAS junto a população. Com estas finalidades foram implementadas algumas atividades novas e intensificadas outras, relatadas abaixo: MANUTENÇÃO DE HIDRÔMETROS: Manutenção Preditiva: No ano de 1997 a Sanasa Campinas realizou aproximadamente 9.500 manutenções de hidrômetros, sendo que o critério de seleção foi o tempo de instalação, variando entre 5 e 10 anos e abrangendo todo o município de Campinas, porém os resultados obtidos não foram favoráveis, levando-nos a conclusão de que simplesmente substituir hidrômetros por tempo de instalação acarreta em trocas desnecessárias, porém segundo a Portaria do INMETRO n 246 de 17 de Outubro de 2000, as verificações periódicas devem ser realizadas nos hidrômetros em uso em intervalos não superiores a cinco anos.

Diante desta situação a Sanasa Campinas, contratou os serviços de um consultor, PhD em Matemática, para desenvolver um algoritmo capaz de selecionar os medidores de água que apresentavam, ao longo do tempo, variações significativas nos consumos que justificassem as substituições e que não eram percebidas pelos métodos tradicionais de análise. O método para seleção dos hidrômetros consiste em utilizar uma Regressão Linear, para definir uma linha reta normalizada pela média dos consumos históricos, cuja inclinação representa o percentual de variação em m 3 / mês. Também é definido um nível de confiabilidade da variação, que varia entre 0 e 1, sendo 0 nenhuma confiabilidade e 1 total confiabilidade. Assim, uma vez definida a inclinação da reta, é possível estimar o percentual de retorno (índice de eficiência) após a substituição com grande confiabilidade. No ano de 1998, foram substituídos aproximadamente 9.200 medidores para comprovação da eficiência do método, sendo que os resultados obtidos foram os melhores entre todas as modalidades de manutenções. Até o momento a Sanasa - Campinas já realizou aproximadamente 30.000 manutenções preditivas sendo que os resultados continuam com os mesmos índices de aumento após as trocas. A SANASA CAMPINAS dispõe de um banco de dados informatizado com todas as informações cadastrais e de consumo de todos os Clientes desde 1992, portanto como foram substituídos em 2001 todos os medidores com tempo de instalação superior a 10 anos, podemos monitorar 100% dos medidores desde sua instalação, com isto a SANASA obteve os seguintes benefícios: Possibilidade de substituição de hidrômetros com problemas no menor tempo possível, evitando perdas de receita devido a erros de medição; Aumento da vida útil de determinados medidores com médias de consumos regulares; Atendimento da portaria 246 do INMETRO, que recomenda verificações periódicas a cada 5 anos, neste caso estaremos monitorando a performance dos medidores mensalmente; Melhoria no atendimento a reclamações de Clientes quanto aos medidores de água, uma vez que dispomos de gráficos com todos os consumos históricos desde a instalação do hidrômetro.

Figura 3: Gráfico que apresenta um caso real típico. Notas: 1) Eixo vertical: consumo em m3; 2) Eixo horizontal: tempo em meses; 3) Cada ponto representa um mês de consumo; 4) Linha azul inclinada representa a variação de consumo; 5) Linha vermelha vertical representa o mês da substituição do hidrômetro; 6) No final do ano de 1995 o medidor começou a apresentar problemas e houve redução no consumo que não foi percebida pela Sanasa, no período de 07/1996 a 01/1998 foram registrados consumos abaixo do mínimo (10m3) e após a troca do hidrômetro em 02/1998 os consumos voltaram ao normal, em torno de 40 m3/mês. Em seguida, apresentamos um gráfico com a somatória de todas as manutenções preditivas realizadas no ano de 1998, onde foram alinhados os meses das trocas e considerados para apuração dos resultados, 05 meses anteriores e 05 meses posteriores a troca. Estamos apresentando apenas as manutenções realizadas no ano de 1998, para demonstrar que a somatória de consumo dos 9.200 clientes aumentou e permanece estável mesmo após 36 meses.

Figura 3 A : Gráfico com a somatória dos consumos antes e após as trocas de hidrômetros M3 200000 150000 100000 50000-20 -10 0 10 20 30 Datas Abaixo apresentamos os resultados das manutenções preditivas realizadas em 1998. Quantidade de substituições: 9.200; Custo de cada substituição: R$ 30,00 ( serviço terceirizado material + mão de obra); Custo total : R$ 276.000,00 Aumento de volume após as substituições: 35.655 m 3 (21%); Aumento de faturamento após as substituições: R$ 58.000,00 /mês (20%); Retorno do Investimento: 4,8 meses Manutenção Preventiva: No ano de 2001 foram substituídos todos os medidores com mais de 10 anos de instalação, devido à necessidade de monitoramento dos consumos através do Sistema Informatizado utilizado no Programa de Manutenção Preditiva. Em situação normal a Sanasa somente realiza Manutenções Preventivas em medidores com diâmetros a partir de 1, pois estes são classificados como ESPECIAIS (programa apresentado a seguir) e de acordo com a política de redimensionamento de medidores adotada pela Sanasa, estes equipamentos devem trabalhar em vazões altas próximas da nominal, com a finalidade de diminuir ao máximo as perdas por submedição, porém há um desgaste prematuro dos componentes internos e para evitar que venham a comprometer o faturamento os mesmos são substituídos em períodos pré determinados, independentemente de suas condições. O tempo previsto para realização da manutenção preventiva está descrito na tabela de dimensionamento que será apresentada mais adiante, e são justificados devido aos altos valores arrecadados mensalmente pelos hidrômetros ESPECIAIS. Caso a SANASA CAMPINAS optasse pela substituição de todos os medidores ESPECIAIS

uma vez por ano o custo dos equipamentos seria de aproximadamente R$ 289.229,23, que representa apenas 0,4% do valor por eles arrecadado Manutenção Corretiva: Tem a finalidade de corrigir problemas apresentados pelos medidores que impedem seu funcionamento normal. Na SANASA CAMPINAS são substituídos aproximadamente 2.000 medidores por mês, tais como: quebrados, embaçados, avariados, vazandos, a pedido dos clientes, etc, segundo informações oriundas dos leituristas ou do setor de análise, sendo que a fatura do mês da troca é emitida levando em consideração o volume registrado pelo novo medidor, para tanto as trocas devem necessariamente ocorrer no mínimo 15 dias antes da próxima leitura. Não é cobrada média de consumo no mês da troca. Abaixo apresentamos os resultados médios das manutenções corretivas: Quantidade de substituições: aprox. 130.000 (período de 1996 a 2001) Aumento médio de volume: 301.000 m 3 /mês (9,2%) Aumento médio faturamento: R$ 50.000,00 (0,52%) Retorno Investimento : 15 meses. LABORATÓRIO DE HIDROMETRIA: No ano de 1999 a Sanasa - Campinas promoveu com recursos da CEF, uma reformulação completa na sua Oficina de Hidrômetros (até 1997 os medidores eram recuperados), de modo a transformá-la em um Laboratório de Hidrometria capaz de realizar todos os ensaios previstos nas Normas ABNT e também possibilitar o credenciamento junto ao INMETRO. A partir de 12/08/1999 o Laboratório de Hidrometria da Sanasa passou a ser credenciado pelo INMETRO, respaldando todas as atividades relacionadas abaixo: Ensaios para recebimento de lotes de medidores novos: Os lotes são inspecionados por amostragem, conforme as normas ABNT, e caso apresentem qualquer problema os mesmos são devolvidos; No edital de licitação está previsto que não será permitida 02 reprovações consecutivas ou 03 aleatórias, sob pena de rescisão unilateral do contrato e suspensão temporária do cadastro de fornecedores; Desde 1999 já foram verificados vários problemas com lotes de medidores de água, de diversos fabricantes, sendo todos devolvidos; Este procedimento é de fundamental importância para assegurar a qualidade dos medidores adquiridos. Ensaios a pedido dos Clientes; Prestação de serviço realizada para esclarecimento de dúvidas quanto a confiabilidade dos medidores. Ensaios para pesquisas e desenvolvimento de novos equipamentos; Ensaios por amostragem de medidores diversos retirados do campo. Nota: Antes do credenciamento junto ao INMETRO, recebemos um lote de medidores unijato onde não foi possível realizar o ensaio Hidrostático previsto nas Normas ABNT, apenas os ensaios de erros de indicação. Após algum tempo os medidores foram instalados e começaram a apresentar problemas de vazamentos e através do nosso Sistema Informatizado (Banco de Dados) conseguimos levantar quais eram exatamente

os endereços onde os mesmos foram instalados e após coleta de amostras em campo foi possível detectar que havia um problema de fabricação, o fornecedor foi acionado e concordou com a substituição total do lote instalado sem ônus para a SANASA CAMPINAS. Este problema foi solucionado graças ao Laboratório Credenciado no INMETRO. Figura 4: Foto do Laboratório de Hidrometria realizando ensaios para recebimento de lote. REDIMENSIONAMENTO DE HIDRÔMETROS: A partir de 1998 a Sanasa - Campinas elaborou uma nova tabela para dimensionamento de medidores de água, que diminuiu consideravelmente os diâmetros dos medidores a serem instalados. Esta tabela possibilitou a realização do Programa de Redimensionamento de Hidrômetros implantado pela Sanasa. A utilização da nova tabela contribuiu para diminuir as perdas provocadas por submedição, pois o dimensionamento prioriza a medição em detrimento da vida útil dos medidores. Abaixo apresentamos um quadro dos Clientes Especiais ES, com as quantidades de medidores instalados em 1997 e as quantidades atuais (Fev/2002), após o redimensionamento. Figura 5: Tabela com as quantidades de medidores ESPECIAIS. 1997 FEV/2002 Diâmetro Quantidade Valor Custo Diâmetro Quantidade Valor Custo Hidrômetro Ligações Hidrômetro Investimento Hidrômetro Ligações Hidrômetro Investimento 1" 925 115,50 106.837,50 1" 946 127,05 120.189,30 1 1/2" 934 184,80 172.603,20 1 1/2" 217 203,28 44.111,76 2" 400 588,52 235.408,00 2" 165 647,37 106.816,38 3" 28 768,07 21.505,96 3" 18 844,88 15.207,38 4" 12 880,00 10.560,00 4" 3 968,00 2.904,00 6" 4 1570,00 6.280,00 6" 0 0 0

553.194,66 289.229,23 Resultados: Quantidade de redimensionamento: 2.368; Investimento total (material + mão de obra) : R$ 215.000,00 Aumento de volume mensal: 9.077 m 3 ; Aumento de faturamento mensal: R$ 39.012,80; Retorno do Investimento: 5,5 meses Diminuição dos custos para manutenção dos medidores a partir de 1 : R$ 263.965,43 CONSUMIDORES ESPECIAIS: A SANASA CAMPINAS considera consumidores especiais, todos aqueles que possuem hidrômetros com diâmetro a partir de 1, pois estes Clientes são aproximadamente 1.354(0,64% do total de ligações de água da Sanasa) e representam 37,13% do faturamento total da empresa (mês de referência FEV/2002). Portanto para os consumidores especiais ES, a Sanasa dá um tratamento especial do ponto de vista da micromedição, ou seja, os medidores são substituídos em períodos pré determinados, independentemente se o equipamento ainda apresente condições de operação. Também fazemos um monitoramento dos consumos após a leitura e antes do faturamento, que consiste em analisar o comportamento dos volumes registrados mensalmente pelos medidores e caso ocorra alguma variação significativa é realizada uma vistoria no local para detectar possíveis problemas, que se confirmado o hidrômetro é substituído no ato. Tal atividade tem a finalidade de garantir o faturamento da empresa e evitar que problemas nos medidores venham a gerar prejuízos financeiros. PADRONIZAÇÃO DAS LIGAÇÕES DE ÁGUA: No ano de 1997, a SANASA CAMPINAS implantou um novo padrão de ligação de água ¾, que consiste na instalação pelo cliente, de uma caixa de proteção de hidrômetro na divida frontal ou lateral de seu lote. As caixas de proteção, fabricadas em aço carbono com tratamento anticorrosivo, são adquiridas pela SANASA CAMPINAS e exigidas aos clientes no momento das solicitações das ligações de água, remoções de cavalete, vistorias para liberação de Certificado de Conclusão de Obras (Habite-se) ou sempre que for confirmada uma fraude no abastecimento de água. Após a instalação da caixa, o cliente entra em contato com a SANASA CAMPINAS pelo telefone 08007721195 e informa um número de protocolo, neste momento é questionado se todos os detalhes previstos no folheto que acompanha a caixa, foram atendidos e caso positivo é disparado um serviço para a área responsável pela execução da ligação. O cliente instala a caixa (que possui saída para a direita ou para esquerda) sem a tampa, que após a execução do serviço é instalada e lacrada pela SANASA CAMPINAS. No ano de 1999 a Sanasa padronizou também as ligações com DN a partir de 1, utilizando os mesmos preceitos do padrão ¾, porém adotando uma caixa de alvenaria construída na divisa do lote, que é lacrada após a conclusão da ligação. O novo padrão adotado pela SANASA CAMPINAS, trouxe vários benefícios, tais como: Acesso sistemático e integral à ligação de água / hidrômetro; Eliminação dos casos de impossibilidade de leitura, corte e manutenção;

Diminuição dos tempos de atendimento e execução das ligações de água; Facilidade para substituição do ramal predial, não precisa quebrar muro ou pisos internos, fonte de incidentes com moradores; Evita que os funcionários venham a serem atacados por cães; Evita que os clientes venham a serem enganados por pessoas que possam se passar por funcionários da Sanasa e cometer delitos; Diminui a incidência de fraudes/violações nos hidrômetros, com a instalação dos lacres numerados; Instalação dos medidores de maneira correta, evitando inclinações e atendendo às determinações da Portaria 246 do INMETRO. Atualmente a SANASA CAMPINAS conta com aproximadamente 60.000 (30%) caixas de proteção instaladas, sendo que sempre que é realizado qualquer serviço que necessite a substituição do ramal predial, é negociada com o cliente a instalação do novo padrão. Também a SANASA CAMPINAS, como forma de incentivar a adesão ao padrão, não cobra os custos dos serviços de remoção da ligação para o novo padrão, apenas o custo da caixa que está em torno de R$ 40,00. Vários municípios já utilizam padrão similar ao da SANASA CAMPINAS, como Valinhos, Araraquara, Poços de Caldas e outros estão em fase de implantação como Jundiaí, Americana e Porto Alegre. Também encontram-se em fase de estudo para implantação grandes companhias de saneamento, como a SABESP e a COPASA, que caso adotem o padrão contribuirão certamente para diminuir os custos de fabricação da caixa. Figura 6: Foto de suporte de madeira existente no Setor de Atendimento a clientes da SANASA CAMPINAS, para orientação quanto à instalação da caixa de proteção.

PROGRAMA DE CONTROLE E REGULARIZAÇÃO DE LIGAÇÕES DE ÁGUA: Irregularidades / Fraudes: A partir de janeiro de 2001 o Setor de Micromedição da SANASA CAMPINAS, passou a atuar também no combate à irregularidades / fraudes, utilizando o Sistema Informatizado para Monitoramento de Consumos, são selecionados todos os casos que apresentam reduções significativas ou consumos incompatíveis com a atividade e que já foram analisados no Programa de Manutenção Preditiva de Hidrômetros, para vistorias em campo. As fraudes encontradas são regularizadas fisicamente e o cliente é notificado a comparecer à SANASA CAMPINAS para negociação na Gerência de Cobranças. Em todos os casos são apurados os prejuízos financeiros provocados pelas fraudes para cobrança retroativa, são aplicadas as multas correspondentes (acumulativas) e também é exigida a remoção da ligação para o padrão atual. Figura 7: Tabela com os resultados do programa, referente ao ano de 2001: Irregularidade Aumento de Cobrança Encontrada Faturamento Retroativa Qtde (R$) (R$) Fontes Alternativas 42 43.344,98 1.791.346,14 Caminhão Pipa 11 3.638,23 128.845,15 Lig resid. p/ abastecer comércio 134 8.917,15 658.670,64 Lig resid. p/ abastecer indústria 02 176,59 4.238,04 Ligação clandestina (água) 18 5.980,60 275.392,54 Ligação clandestina (esg) 01 234,19 6.557,32 Ligação sem hidrômetro 03 1.457,54 61.849,68 Derivação clandestina 21 7.644,52 319.580,35 Hidrômetro violado 101 18.786,93 461.239,05 Hidrômetro Invertido 20 7.472,89 174.162,96 Violação de corte 18 5.244,17 65.390,26 TOTAL 420 102.897,79 3.947.272,13 Fontes alternativas de abastecimento de água: Este programa visa cadastrar e regularizar, de acordo com a Lei Municipal n 9724 de 28 de abril de 1998, os Clientes da Sanasa que passaram a utilizar qualquer tipo de fonte alternativa para abastecimento de água, com a finalidade de recuperação de parte do faturamento perdido, através da cobrança pelo lançamento de efluentes nas redes coletoras da Sanasa. Também onde há interesse por parte do cliente e também existam condições técnicas, a SANASA CAMPINAS autoriza a instalação de um sistema de medição de esgoto, composto de uma Calha Parshall padronizada e calibrada associada a um medidor ultrassônico de nível. Este sistema já está sendo utilizado em algumas empresas no município de Campinas. Abaixo apresentamos os resultados do programa, referente ao mês de: 02/2002 Quantidade de usuários cadastrados: 318

Volume medido e cobrado esgoto: 20.798 m³ Volume de água medido para cobrança de esgoto: 61.156m 3 Volume estimado para cobrança de esgoto: 2.645 m³ Volume total de esgoto cobrado: 84.599 m 3 Valor faturado mensalmente (esgoto): R$ 565.537,39 Total de água da Sanasa consumida pelos usuários de F.A.: 49.172m 3 Valor faturado mensalmente (água da Sanasa): R$ 339.621,69 Valor total faturado mensalmente: R$ 905.159,08 Programa de Lacração de Hidrômetros e Caixas de Proteção: A SANASA CAMPINAS iniciará em 2002 o Programa de Lacração de Hidrômetros e Caixas de Proteção, que consiste na instalação de 02 tipos de lacres distintos, a saber: Lacres para cavaletes tradicionais: fabricados em policarbonato, com logotipo da SANASA CAMPINAS e numeração seqüencial estampados em baixo relevo, cuja instalação será feita através de arame de aço galvanizado revestido por plástico, impedindo a retirado do hidrômetro do cavalete; Lacres para caixas de proteção: fabricados em alumínio e aço galvanizado, apresenta grande resistência mecânica, possui logotipo da SANASA CAMPINAS e numeração seqüencial estampados em baixo relevo na cor branca para contrastar com a cor azul do corpo do lacre, sua finalidade é impedir a abertura da tampa da caixa. Em todos os casos de violação de lacres, serão aplicadas multas e exigidas as remoções das ligações para o padrão atual. Figura 8 Fotos dos tipos de lacres utilizados pela SANASA CAMPINAS PESQUISAS DE DESENVOLVIMENTO: Em andamento: Índice de Submedição: Atualmente a SANASA CAMPINAS está desenvolvendo uma pesquisa de campo para levantamento do índice de submedição em medidores de água ø ¾, sendo

que o estudo consiste em levantar o perfil de consumo dos clientes através de Data Loggers e aferir os medidores retirados no Laboratório de Hidrometria. Já foram concluídos os trabalhos em dois setores da cidade, Jardim Garcia e Res. São José, cujos resultados estão apresentados abaixo: Figura 9: Quadro de Índice de Submedição Setores de Abastecimento Res. São José Jd. Garcia Número Clientes 576 imóveis 537 imóveis Tipo Rede Distribuição Polipropileno Cimento Amianto Tipo Ramal Predial PEAD Ferro Galvanizado Idade Bairro 3 anos 30 anos Tipo Habitação Popular Horizontal Popular Horizontal Submedição Total -7 % - 13 % Sistema de Monitoramento de Consumos Telemetria Existem atualmente 06 grandes consumidores da SANASA CAMPINAS sendo monitorados, através do Sistema instalado no Setor de Micromedição, com a finalidade de detectar qualquer variação de consumo no menor tempo possível, inclusive vazamentos internos. O Sistema de Monitoramento consiste na instalação de uma Unidade Remota junto ao medidor de água do cliente, que recebe as informações de consumo e transmite diariamente via moldem para a central da SANASA. O objetivo da SANASA CAMPINAS é atender até 2004 todos os consumidores ESPECIAIS, possibilitando a implantação de tarifas horosazonais. A serem implantados: Pesquisas com medidores classe metrológica C magnético; Pesquisas com medidores ø ¾ x 1,5 m³ / h, classe B ; Pesquisas com medidores volumétricos; Pesquisas com medidores com relojoaria inclinada. CONCLUSÃO: A SANASA CAMPINAS no ano de 1994 apresentava Índice de Perdas de Distribuição (IPD) de 37,7 e para diminuir este índice existia várias alternativas de atuação, entre elas a substituição de redes e ramais, opção adotada por diversas Cias de Abastecimento de Água, porém no caso de Campinas esta solução mostrou-se inviável no momento, pois temos aproximadamente 1.000 KM de extensão de redes de água de Cimento Amianto, cujos custos para realização dos serviços substituição giravam em torno de R$ 100.000.000,00, além dos problemas envolvidos nesta atividade, como por exemplo, regiões muito adensadas e com trânsito intenso onde ocasionariam muitos transtornos.

Diante desta situação a SANASA CAMPINAS, optou pelos Programas de Redução de Pressão e Otimização da Micromedição, além priorização dos processos envolvidos. Estas atividades já relatadas propiciaram uma redução do IPD a um nível satisfatório e postergaram investimentos e aumentaram a vida útil das redes de água. A meta da SANASA CAMPINAS é atingir um IPD de 25% nos próximos anos e para tanto serão necessários investimentos para substituição de redes e ramais prediais, porém no período de 1994 até 2001 foram investidos no Programa de Redução de Perdas recursos financeiros em torno de R$ 45.000.000,00 valor bem inferior ao custo estima para a substituição das redes de Cimento Amianto. A seguir apresentamos uma tabela que demonstra a sustentabilidade do Programa de Redução de Perdas da SANASA CAMPINAS, na qual pode-se observar os recursos financeiros investidos, sejam financiados ou próprios, e o retorno obtido apenas com a economia de água, fato que comprova que o Programa é auto suficiente, pois apresenta resultado positivo superior a R$ 52.000.000,00, além do benefícios indiretos como por exemplo abastecimento contínuo sem racionamento ou rodízio, mesmo no ano de 2001, onde houve em nossa região um período de estiagem muito intenso e a qualidade da água do nosso manancial esteve muito comprometido.

Figura 10: Tabela Sustentabilidade do Programa

Figura 11 Tabela de dimensionamento de hidrômetros MARÇO TABELA DE DIMENSIONAMENTO DE HIDRÔMETROS 2001 N o r m a A B N T FAIXA DE CONSUMO CARACTERE DN Qnom ( m3/mês ) MP * MEDIDORES ( Pol. ) ( m3/h ) Mínima Máxima ( ANOS ) CONEXÃO TAQUIMÉTRICO A 3/4" 1,5 0-360 - Monojato C 1" 3,5 361-1.200 3 ROSCA Multijato E 1 1/2" 10 1.201-2.000 3 F ** 2' 15 300-8.000 2 FLANGE Woltmann G 2" 15 2.001-8.000 2 J 3" 40 8.001-20.000 1 K 4" 60 20.001-40.000 1 L 6" 150 40.001-100.000 1 FLANGE