TÉCNICAS RADIOLÓGICAS APLICADAS NOS ESTUDOS DAS INSTABILIDADES

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Transcrição:

TÉCNICAS RADIOLÓGICAS APLICADAS NOS ESTUDOS DAS INSTABILIDADES FEMOROPATELARES Abelardo Raimundo de Souza* INTRODUÇÃO A articulação femoropatelar é de fundamental importância para o aparelho extensor, pois recebe uma força de metade do peso do corpo durante a marcha normal em terreno plano, e uma força sete vezes maior que o peso do corpo ao agachar ou correr. A presença de dor femoropatelar pode o correr como queixa relacionada ao esporte em torno de 10% a 33%. Em relação às queixas no joelho de um modogeral corresponde a 20% a 40%. Há algum tempo existia uma certa dificuldade por parte dos estudiosos de joelho que era como classificar as doenças femoropatelares. Da mesma forma as técnicas radiológicas existentes e aplicadas na obtenção das imagens para estudos dessa articulação ficavam a desejar. Com o desenvolvimento tecnológico e a formação de profissionais da radiologia cada vez mais capacitados junto a outras experiências adquiridas deixando os cirurgiões de joelho amparados e, que, finalmente pudesse firmar com segurança as diferentes condutas terapêuticas, podendo portanto ser mais bem classificadas e tratadas. Estudo radiológico convencional Incidências: - AP. Panorâmico dos MMII posição ortostática com apoio bipodálico; 1 / 6

- PERFIL Absoluto dos joelhos com apoio monopadálico e flexão de 30º; - AXIAL de Patela bilateral. TÉCNICA: Nas incidências AP. (anteroposterior) panorâmico dos MMII o profissional das técnicas radiológicas deve fazer uma breve avaliação das condições morfológicas do paciente com a finalidade de posicionar e escolher o filme ideal para o exame, em seguida colocar o paciente em posição ortostática junto ao buck mural sobre um anteparo ou escada, em posição anatômica com apoio bipodálico Fig.1. O raio deve ser direcionado para o pólo inferior da patela e para o centro do filme, a uma distância F.F. de + ou 1.10 cm. Nesta incidência Fig.2, avalia-se eixos dos MMII, como: Valgismo ou varismo, espaço articular, presença de processos degenerativos e uma impressão inicial sobre a altura da patela e também é útil para visibilizar eventuais centro de ossificação acessória. INCIDÊNCIA LATERAL (perfil absoluto dos joelhos). Paciente em posição ortostática lateral junto ao buck mural sobre um anteparo fazendo apoio monopadálico com flexão do joelho aproximadamente de 30º., raio central deve incidir no pólo inferior da patela e para o centro do filme 18X24 a uma distância F.F. de + ou 1.10cm. Esta incidência é útil para determinar falência ligamentar e altura da patela, que é mensurado pelo método de Insall e Salvati Fig.4, onde se mede o comprimento do ligamento patelar sobre a maior medida diagonal da patela, cujos valores normais variam de 0.8 a 1.2, saindo desse padrão, encontra-se uma patela baixa ou alta. ou pelo método de Deschamps Fig.4.1 Um outro método que também se pode utilizar é o de Blackburne e Peel, que expressa a razão do comprimento articular da patela sobre o valor da distância da superfície articular da tíbia e a superfície articular da patela. Essa relação varia de 0.54 a 1.56. As incidências laterais dos joelhos são úteis também na avaliação da morfologia troclear, cuja linha troclear lateral deve terminar bem próximo à linha troclear medial, sem cruzar a central. 2 / 6

AXIAL DE PATELA Paciente em DDH (decúbito dorsal horizontal) fazendo flexão do joelho a ser radiografado em aproximadamente 30º, pede-se que o paciente segure o filme apoiado sobre sua coxa e o raio central deve ser projetado para o tendão patelar, observando a sombra da patela projetada rente a linha média do filme 13X18. deverá ser feita uma boa colimação dos raios para que não haja dispersão de raios X, E que possa ser dividido o filme para as duas incidências. As imagens obtidas por estas incidências são excelentes para avaliar a articulação patelotroclear. É útil para traçar o ângulo de congruência articular que varia de -6 a + ou -11º e também o desvio da patela em relação a tróclea. 3 / 6

TOMOGRAFIA TÉCNICA da do báscula ângulo COMPUTADORIZADA da de patela congruência articular Após filtro até plano porção - PROTOCOLO Medidas Paciente Pés Apoio Quadríceps Selecionar mostrar para topograma de em mais plantar cortes osso, rotação da em um elevada entrada báscula TA-GT relaxados posição INICIAL: arco o inicia-se fazer primeiro externa de da no da 2 DDH aspecto TAT gantry-feet planos ao patela em nível (tuberosidade 15º arco de cortes first epífise romano DOS com inicia-se anterior proximal JOELHOS formado 5mm pela da de pela tíbia). espessura porção fossa e termina média intercondiliana. e 5mm da logo patela de após espaço e O passar deve segundoe usar seguir pela 4 / 6

MEDIDAS o linhas posteriores travessa medido. Para arco deve para se a fazer aspecto ser DA patela essas dos utilizada BÁSCULA às côndilos ao medidas, arco meio. e romano femurais, que DA E da a para primeira deve PATELA: báscula formado que em ser linha seguida possa paralela pela patela deve ser fossa deve a formado ser primeira intercondiliana, ser selecionar passada um e elevada ângulo tangenciado a uma imagem até a segunda ser seguida fechar medido os que bordoso deve linha melhor ângulo uma que utilizar mostre terceira a ser 3 MEDIDAS devera mostre a côndilos primeira e cujo Para mensuração, paralela valor as o sobrepor e femurais, ponto medidas normal a DA segunda, terceira TA-GT: a mais as primeira é de imagens linha segunda elevado TA-GT por 13mm. sai linha último escolhidas deve do linha ponto tuberosidade deve ser deve ser então utilizado mais que passada sair elevado medir melhor anterior recursos garganta tangenciando a mostre distância da da TAT de tíbia. da o software também tróclea arco entre Daí os romano bordos será a perpendicularmente segunda tomógrafo, utilizado posteriores com e terceira 3 imagem linhas onde a primeira dos alinha para que 5 / 6

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