INTENÇÃO DE CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA PARA O NATAL DE 2016 Outubro 2016
INTRODUÇÃO Oito em cada dez empresários não contrataram e não pretendem contratar mão de obra adicional para o final do ano. Número de vagas temporárias deverá chegar a 27.227 O último trimestre do ano traz grande expectativa para os setores de comércio e serviços. É tempo de ampliar o estoque e a diversidade de itens disponíveis, caprichar na exposição, investir em estrutura e na contratação de pessoal tudo para atender ao aumento da demanda típico do Natal. Entretanto, boa parte do empresariado brasileiro não parece estar animada com o potencial das vendas de fim de ano. Afinal, 2016 tem sido um ano bastante conturbado, com inflação elevada, aumento do desemprego e deterioração da renda e do poder de compras das famílias. E ainda que se tenha uma expectativa de melhora, a sua efetivação deve acontecer somente em 2017. Esse contexto, por sua vez, reflete diretamente na confiança dos empresários e dos consumidores. Os impasses políticos e o clima de incerteza em relação à conjuntura econômica acabam impactando o resultado das vendas. Assim, muitos empresários esperam resultados ruins ou, no máximo, equiparáveis àqueles observados em 2015 para as vendas de fim de ano. Embora tenha diminuído o percentual dos que estão pessimistas, esse dado não chega a ser necessariamente positivo, considerando que as vendas do comércio varejista ao longo de todo o ano passado, por exemplo, apresentaram a maior queda desde 2001, de acordo com a série histórica das pesquisas do IBGE. A pesquisa Intenção de contratação de mão de obra para o Natal de 2016 conduzida pelo SPC Brasil e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas busca investigar, justamente, as expectativas de vendas, bem como a possiblidade de contratação de mão de obra para último trimestre, além de avaliar percepções gerais sobre o mercado e planos de investimento para o Natal. De modo geral, os empresários de varejo e serviços parecem entender que os baixos resultados sobre o consumo e vendas serão inevitáveis, impactando diretamente nas perspectivas de investimento na estrutura e contratações que antecedem o Natal deste ano. 2
EXPECTATIVA DE VENDAS PARA O FINAL DO ANO 31% acreditam em vendas piores que as de 2015 neste fim de ano. A expectativa é de queda de 4,6% nas vendas Três em cada dez empresários ouvidos na pesquisa acreditam que as vendas de fim de ano serão piores em 2015 (31,4%), sobretudo no setor de serviços (35,4%), com queda de 13,4 p.p. no dado geral em relação ao ano anterior. Por outro lado, aumentou o percentual daqueles que esperam vendas no mesmo patamar passando de 28,2% em 2015 para 35,6% em 2016 enquanto 22,9% acreditam em resultados melhores (contra 19,8% em 2015). Considerando apenas aqueles que imaginam haver uma piora nas vendas, as principais justificativas estão relacionadas à fatores ligados à falta de emprego, corrosão no poder de compra e a uma conjuntura econômica ruim, de modo geral: 23,7% mencionam o desemprego, enquanto 17,1% citam as mudanças na política/ cenário econômico atual embora, neste último caso, tenha havido queda de 14,7 p.p. em relação a 2015. Ao mesmo tempo, quem acredita em vendas ruins neste fim de ano também fala no orçamento apertado das famílias (13,8%, com crescimento de 7,4 p.p. em relação ao ano passado) e nos juros elevados (11,6%, com aumento de 5,7 p.p. em relação ao ano passado). Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o pessimismo de parte do empresariado tem razão de ser: Os números atuais da economia brasileira não são muito animadores. O desemprego, hoje, é uma sombra que paira sobre muitas famílias, e as pessoas ficam temerosas de gastar, o que é um fator de desestímulo considerável para as vendas de fim de ano. Além disso, é preciso considerar que o poder de compra das pessoas caiu bastante, o que também contribui para a retração do consumo. Muitos brasileiros ainda sentem os efeitos da crise, e por isso tenderão a agir com cautela na hora das compras. Em contrapartida, o que pensam os empresários que esperam melhora nos negócios? Neste caso, a justificativa mais mencionada tem a ver com as mudanças na política/cenário econômico atual, que passou de 5,3% em 2015 para 17,4% em 2016. Além disso, 16,6% citam as vendas acima das expectativas nas últimas datas comemorativas, acreditando que no final de ano os resultados também devem superar as expectativas, enquanto 8,8% falam em mais crédito disponível. 3
MOTIVOS PARA AS PERCEPÇÕES DOS RESULTADOS DE VENDAS PARA O FIM DO ANO Desemprego 23,7% Mudanças na política/ cenário econômico atual 17,1% 10,3% 9,8% Inflação alta/diminuição do poder de compra das famílias Vendas abaixo das expectativas Orçamento apertado das famílias 13,8% Juros elevados 11,6% PIORES 3,2% Inadimplência alta 2,1% Escassez de crédito Mudanças na política/ cenário econômico atual 17,4% 8,1% Aumento do poder de compra das famílias Vendas acima das expectativas nas últimas datas comemorativas e acredito que no final de ano minhas vendas também superarão 16,6% Mais crédito disponível 8,8% MELHORES 6,5% Juros baixos 4,8% Mais pessoas empregadas 4,6% Famílias com maior planejamento financeiro Oito em cada dez empresários ouvidos na pesquisa garantem que não demitiram ninguém nos últimos três meses (83,4%), sobretudo nas empresas de pequeno porte (86,2%), que possuem de zero a quatro funcionários. Outros 6,0% demitiram uma pessoa, enquanto 2,8% demitiram dois funcionários. Os principais motivos alegados para as demissões foram a redução na folha de pagamento, embora precisasse do funcionário (44,8%); a mão de obra ociosa, devido à redução nas atividades da empresa (24,9%, aumentando para 37,0% no setor de serviços); e o fato de estar insatisfeito com o trabalho da pessoa demitida (22,2%). Considerando o faturamento dos últimos três meses, a avaliação predominante é de que o resultado ficou dentro do esperado (50,4%), com crescimento de 11,6 p.p. em relação ao ano passado. Ao mesmo tempo, pouco mais de um terço dos empresários ouvidos admite que o faturamento foi pior que o esperado (36,5%), ainda que tenha havido queda de 11,1 p.p. na comparação com o observado em 2015, e apenas 8,8% disseram que os resultados foram melhores (contra 5,5% em 2015). 4
Considerando faturamento dos últimos três meses: 50,4% 36,5% 8,8% Dentro do esperado Pior que o esperado Melhor que o esperado Para aqueles que tiveram vendas piores que o esperado nos últimos três meses, as razões mais citadas foram o desemprego (53,6%, com aumento de 7,1 pontos percentuais em relação a 2015), a inflação alta/ diminuição do poder de compra das famílias (39,5%) e o orçamento apertado das famílias (36,5%, com aumento de 9,4 p.p em relação a 2015). Já os empresários que obtiveram resultados melhores nos últimos três meses creditam esta situação, sobretudo, às vendas acima das expectativas nas últimas datas comemorativas - dias das mães, namorados, pais etc. (20,9%), Além disso, é significativo o percentual dos que mencionam as mudanças na política/ cenário econômico atual (15,8%, com aumento de 12,8 p.p em relação a 2015), bem como aqueles que falam nos juros baixos (14,3%, com aumento de 13,5 p.p em relação a 2015). A expectativa média de queda das vendas nas empresas no final deste ano quando comparadas às vendas de 2015 é de 4,6%. 83,4% Não demitiram ninguém nos últimos três meses, sobretudo nas empresas de pequeno porte (86,2%) A expectativa média de queda das vendas nas empresas no final deste ano quando comparadas às vendas de 2015 é de 4,6% 5
INVESTIMENTO NA EMPRESA E CONTRATAÇÃO DE MÃO DE OBRA Apenas dois em cada dez empresários vão investir no estabelecimento para o Natal Somente dois em cada dez empresários dos setores de comércio e serviços entrevistados pretendem investir no estabelecimento para o período do Natal (22,2%), com queda de 4,4 p.p. em relação ao observado em 2015, embora haja perspectivas ligeiramente melhores no comércio varejista (27,9%) e nas capitais (26,9%). As três estratégias de investimento principais para fazer frente às demandas do Natal serão a ampliação do estoque (44,7%, aumentando para 52,5% no comércio varejista), o aumento na variedade de produtos/ serviços (36,8%, com queda de 17,6 p.p. em relação a 2015) e o investimento na divulgação da empresa (27,7%, aumentando para 35,8% nas capitais). DE QUE FORMA IRÁ INVESTIR NO SEU NEGÓCIO RESPOSTAS (RM) 2015 2016 Ampliando estoque 36,6% 44,7% Aumentando a variedade de produtos/serviços 54,4% 36,8% Investindo na divulgação da empresa 28,7% 27,7% Contratando mais funcionários para atender a demanda 17,9% 17,6% Investindo na infraestrutura da empresa 18,7% 17,6% Treinando sua equipe 6,0% 11,1% Investindo no sistema de delivery 1,4% 3,4% Outros 2,0% 7,5% 6
Em contrapartida, aqueles que não pretendem investir justificam sua decisão, principalmente, dizendo que não acreditam ser necessário, pois não veem aumento significativo na demanda (49,8%, com aumento de 7,7 p.p em relação a 2015). Além disso, 11,8% estão desanimados com o resultado das vendas deste ano (com queda de 3,8 p.p em relação a 2015), enquanto 9,0% mencionam a falta de capital para investimento (com queda de 5,8 p.p em relação a 2015). POR QUE NÃO VAI INVESTIR RESPOSTAS (RU) 2015 2016 Não acredita ser necessário investir pois não vê aumento significativo na demanda Está desanimado com o resultado das vendas deste ano, não acredita que seja necessário 42,1% 49,8% 15,6% 11,8% Falta de capital para investimento 14,8% 9,0% Falta de capital de giro 6,1% 8,3% Aumento dos encargos trabalhistas 1,9% 4,5% Dificuldade de negociação com fornecedores 1,4% 2,4% Dificuldade de conseguir crédito para financiar o investimento 1,3% 2,1% Falta de mão de obra qualificada 1,7% 1,5% Outros 8,9% 2,2% 46,6% dos empresários que não pretendem contratar acreditam que conseguirão atender à demanda de clientes no fim do ano. Dentre os que pretendem contratar, a maior parte será feita de modo informal Comprovando a expectativa geral de que o período do Natal não deve trazer aumento significativo no movimento de clientes e nos negócios em relação ao ano passado, 84,6% dos empresários entrevistados garantem que não contrataram funcionários para o fim do ano e nem pretendem fazê-lo (contra 88,5% em 2015, representando uma queda de 3,9 p.p.). Outros 10,6% garantem que não contrataram, mas ainda vão contratar (contra 7,1% em 2015), enquanto 3,9% já contrataram e ainda vão contratar mais pessoas. Por outro lado, entre os empresários que esperam vendas melhores neste fim de ano o percentual de não contratação cai para 73,5%. 84,6% Garantem que não contrataram funcionários para o fim do ano e nem pretendem fazê-lo 7
A expectativa dos empresários que não pretendem contratar novos funcionários está baseada, principalmente, na crença de que não será necessário: 46,6% dizem estar satisfeitos com a equipe, ela consegue atender perfeitamente o volume de clientes. Ao mesmo tempo, 13,2% justificam dizendo que o movimento no final do ano diminui/não aumenta, ao passo em que 12,2% garantem não possuir verba disponível para a contratação (contra 9,4% em 2015). A fim de responder às demandas de fim de ano sem contratar, 45,9% dos entrevistados não irão alterar a forma de trabalho/não acreditam que haverá aumento significativo de clientes (com queda de 6,0 p.p em relação a 2015). Por outro lado, 10,8% pretendem aumentar o número de horas trabalhadas por dia da atual equipe (com queda de 3,8 p.p em relação a 2015), enquanto 9,6% não irão alterar a forma de trabalho/a qualidade do atendimento será comprometida (contra 6,4% em 2015). ESTRATÉGIA PARA ATENDER A DEMANDA SEM NOVAS CONTRATAÇÕES RESPOSTAS (RU) 2015 2016 Não irá alterar a forma de trabalho/não acredita que terá um aumento significativo de clientes Irá aumentar o número de horas trabalhadas por dia da atual equipe Não irá alterar a forma de trabalho/ a qualidade do atendimento será comprometida Irá aumentar o número de dias trabalhados por semana da atual equipe 51,9% 45,9% 14,6% 10,8% 6,4% 9,6% 1,9% 3,9% Dentre os empresários que pretendem contratar novos funcionários, a principal razão mencionada é suprir a demanda que aumenta neste período do ano (63,2%), seguida da alta rotatividade dos funcionários (14,7%) e da constatação de que o mercado está cada vez mais competitivo e é necessário investir na qualidade dos serviços (10,6%). 8
Seis em cada dez empresários que precisarão de novos funcionários pretendem contratar de uma a cinco pessoas (67,3%), sobretudo nas capitais (92,6%). A média geral encontrada é de 2,0 colaboradores, sem diferença estatística em relação ao ano anterior (2,2). Vale destacar que aumentou drasticamente o percentual de indecisos: 28,2% ainda não sabem/preferem não responder quantos funcionários deverão contratar (com aumento de 27,3 p.p em relação a 2015) o que sugere que parte do empresariado está cautelosa, à espera das reações do mercado para que possa tomar uma decisão a respeito. Dentre aqueles que pretendem contratar, a maior parte será feita de modo informal (37,9%), principalmente no setor de serviços (46,0%). Outros 30,6% garantem que as contratações serão formalizadas pela própria empresa (aumentando para 39,6% no comércio varejista e 48,3% nas capitais), enquanto 23,1% vão optar pelos terceirizados (aumentando para 28,4% no interior). DENTRE AQUELES QUE PRETENDEM CONTRATAR 37,9% 30,6% 23,1% Será feita de modo informal Serão formalizadas pela própria empresa Serão terceirizadas Considerando as possíveis contratações de mão de obra temporária, a pesquisa indica que 40,7% dos empresários ouvidos pretendem contratar de uma a cinco pessoas, com queda expressiva em relação ao ano anterior (65,0%). A média geral será de 1,9 temporários por empresa. Ao mesmo tempo, 33,7% ainda não sabem/preferem não responder quantos temporários irão contratar percentual significativamente mais alto que o encontrado em 2015 (3,0%) enquanto 23,8% garantem que nenhuma das novas contratações será temporária, principalmente no comércio varejista (30,8%) e nas capitais (36,2%). Levando em conta apenas as contratações temporárias, 47,9% desses funcionários não serão efetivados, ao passo em que 25,0% dos empresários mencionam a intenção de efetivar de uma a cinco pessoas. 9
Para o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, Honório Pinheiro, esse dado reforça a necessidade de ampliar o debate sobre as leis trabalhistas: É preciso modernizar a legislação brasileira, de maneira a oferecer mais oportunidades formais de trabalho nas quais todos - empresários e trabalhadores - possam sair ganhando. A rigidez das leis trabalhistas é um entrave que contribui para agravar a crise econômica, sobretudo num momento em que o país sofre com os altos níveis de desemprego. Finalmente, considerando o número total de empresas das capitais e os segmentos investigados no estudo, pode-se estimar que serão criadas 27.227 mil vagas temporárias neste final de ano, aproximadamente. Isso significa que, pelo segundo ano consecutivo, o mercado de trabalho temporário apresenta retração na comparação com o que era visto em 2014, antes do agravamento da crise reflexo direto das turbulências políticas e das condições econômicas desfavoráveis, contexto que acaba impactando negativamente os negócios. Para reverter esse quadro é fundamental restaurar a confiança do empresariado, investindo em uma pauta clara de medidas que estimulem o empreendedorismo, favoreçam a criação de mais postos de trabalho e possam aumentar os níveis de consumo, interrompendo o ciclo recessivo que tomou conta do país nos últimos dois anos. Pode-se estimar que serão criadas 27.227 mil vagas temporárias neste final de ano 10
CONCLUSÕES 31,4% dos empresários acreditam que as vendas de fim de ano serão piores em 2016, 35,6% esperam vendas no mesmo patamar, enquanto 22,9% acreditam em resultados melhores. Considerando apenas aqueles que imaginam haver uma piora nas vendas, as principais justificativas são: o desemprego (23,7%), as mudanças na política/cenário econômico atual (17,1%), o orçamento apertado das famílias (13,8%) e os juros elevados (11,6%). Justificativas dos que esperam melhora nas vendas: mudanças na política/cenário econômico atual (17,4%), vendas acima das expectativas nas últimas datas comemorativas, acreditando que no final de ano os resultados também devem superar aqueles obtidos no ano passado (16,6%) e mais crédito disponível (8,8%). 83,4% não demitiram nos últimos três meses. E os principais motivos para as demissões foram a redução na folha de pagamento, embora precisasse do funcionário (44,8%); a mão de obra ociosa, devido à redução nas atividades da empresa (24,9%); e o fato de estar insatisfeito com o trabalho da pessoa demitida (22,2%). Considerando o faturamento dos últimos três meses: 50,4% acreditam que o resultado ficou dentro do esperado. 36,5% dos empresários ouvidos admite que o faturamento foi pior que o esperado e apenas 8,8% disseram que os resultados foram melhores. Para aqueles que tiveram vendas piores nos últimos três meses, as razões mais citadas foram o desemprego (53,6%), a inflação alta/ diminuição do poder de compra das famílias (39,5%) e o orçamento apertado das famílias (36,5%). Os empresários que obtiveram resultados melhores nos últimos três meses creditam esta situação às vendas acima das expectativas nas últimas datas comemorativas - dias das mães, namorados, pais etc. (20,9%); às mudanças na política/cenário econômico atual (15,8%) e aos juros baixos (14,3%). 22,2% pretendem investir no estabelecimento para o período do Natal. 11
As três estratégias de investimento principais para fazer frente às demandas do Natal serão a ampliação do estoque (44,7%), o aumento na variedade de produtos/serviços (36,8%) e o investimento na divulgação da empresa (27,7%). Aqueles que não pretendem investir justificam sua decisão dizendo que não acreditam ser necessário, pois não veem aumento significativo na demanda (49,8%). 84,6% não contrataram funcionários para o fim do ano e nem pretendem fazê-lo. 10,6% garantem que não contrataram, mas ainda vão contratar, enquanto 3,9% já contrataram e ainda vão contratar mais pessoas. Justificativas daqueles que não pretendem contratar: 46,6% dizem estar satisfeitos com a equipe, ela consegue atender perfeitamente o volume de clientes; 13,2% dizem que o movimento no final do ano diminui/não aumenta, ao passo em que 12,2% garantem não possuir verba disponível para a contratação. A fim de responder às demandas de fim de ano sem contratar, 45,9% dos entrevistados não irão alterar a forma de trabalho/não acreditam que haverá aumento significativo de clientes. 10,8% pretendem aumentar o número de horas trabalhadas por dia da atual equipe, enquanto 9,6% não irão alterar a forma de trabalho/a qualidade do atendimento será comprometida. Dentre os empresários que pretendem contratar mão de obra adicional, a principal razão mencionada é suprir a demanda que aumenta neste período do ano (63,2%), seguida da alta rotatividade dos funcionários (14,7%) e da constatação de que o mercado está cada vez mais competitivo e é necessário investir na qualidade dos serviços (10,6%). 67,3% dos que precisarão de novos funcionários pretendem contratar de uma a cinco pessoas, sendo que a média geral é de 2,0 funcionários. 28,2% ainda não sabem/preferem não responder quantos funcionários deverão contratar. Dentre aqueles que pretendem contratar, a maior parte será feita de modo informal (37,9%). Outros 30,6% garantem que as contratações serão formalizadas pela própria empresa, enquanto 23,1% vão optar pelos terceirizados. Considerando as possíveis contratações de mão de obra temporária, a pesquisa indica que 40,7% pretendem contratar de uma a cinco pessoas. A média geral será de 1,9 temporários por empresa. 33,7% ainda não sabem/preferem não responder quantos temporários irão contratar; 23,8% garantem que nenhuma das novas contratações será temporária. 47,9% dos temporários não serão efetivados; 25,0% dos empresários mencionam a intenção de efetivar de uma a cinco pessoas. Considerando o número total de empresas das capitais e os segmentos investigados no estudo, serão criadas 27.227 mil vagas temporárias neste final de ano, aproximadamente. 12
METODOLOGIA Público-alvo: empresários e gestores responsáveis pela contratação de mão de obra de empresas de serviços e comércio varejista localizadas nas capitais e interior do país; Método de coleta: pesquisa realizada via C.A.T.I (Computer Assisted Telephone Interviewing Entrevista Telefônica Assistida por Computador); Tamanho amostral da Pesquisa: 1.168 casos, gerando margem de erro no geral de 3,0 p.p. para um intervalo de confiança a 95%; Data de coleta dos dados: 25 de agosto a 12 de setembro de 2016. 13