A retomada do mercado livre de energia

A retomada do mercado livre de energia Antonio José de Freitas

Tópicos O mercado livre no mundo: comparativo com o Brasil Visão geral e contexto atual do mercado livre Mercado livre x mercado cativo: oportunidades e gestão de riscos

Visão Geral: Estrutura Setor Elétrico no Mundo União Europeia: Mercado 100% livre Regulação da economia dos monopólios Transparência Rede de transmissão e distribuição regulado por meio de concessões Setor Público realiza a tarefa de fiscalização e planejamento da transmissão Estado Unidos: cada estado possui um critério próprio Califórnia: Similar à estrutura brasileira (elegibilidade para participar do mercado livre) Nova York: Desde a década de 90 pratica a livre comercialização Texas: Similar à estrutura europeia

Visão Geral: Estrutura Setor Elétrico no Mundo América Latina Argentina: Mercado Fechado em 2013 México: Ainda com predominância estatal, mas em processo de abertura Brasil e Chile: Elegibilidade no mercado livre a partir de 3MW e 2MW, respectivamente Ásia Japão: Adotou estrutura mais flexível após o acidente em Fukushima Índia: Fase de transição de um ambiente extremamente regularizado para maior flexibilização China: Mercado fechado; verticalizado e monopolista

RANKING INTERNACIONAL DE LIBERDADE NO SETOR ELÉTRICO

RANKING AMÉRICA LATINA DE LIBERDADE NO SETOR ELÉTRICO

EUA: Variação de preços e tarifas de energia em 16 anos (1997/2013)

Momento atual e oportunidades no Mercado Livre Preços favoráveis ao ML com realismo tarifário do ACR > 800 consumidores exercendo a portabilidade (mar/16) Simplificação da medição para migração ao ML 30% da energia das hidroelétricas vão para o ML Aprovação do comercializador varejista Leilões ACL/ACR em fase de definição pelo MME Excedente de GD para o ML Pano de Fundo: Queda no consumo, excesso de oferta, crédito escasso

Overview Mercado Livre Fonte: Abraceel / CCEE

Evolução das tarifas elétricas (cativo) Tarifas Brasil com PIS/COFINS e sem ICMS e Inflação Inclui: os efeitos nas cotas (MP688) e aumento do cambio Não inclui: efeitos de concessões renovadas de T e GSF Fonte: Abraceel/Thymos Medida Provisória nº 579 promove uma redução de tarifas em um momento de custos elevados; Térmicas estão acionadas desde outubro de 2012 (40 meses) a um custo entre 3 e 5 bilhões/mês; Custos não são repassados aos consumidores cativos em 2013/2014 (CDE + CTA ACR). Em 2015 há uma política de realidade tarifária; Preços estão e devem permanecer estáveis no mercado livre até 2019; Indústria com portabilidade da conta de luz iniciaram uma forte migração, em 2015, para o mercado livre. Movimento deve permanecer nos próximos anos; PL 1917, quando aprovado, reduzirá preços para as indústrias menores;

Preço Médio da parcela energia (cativo)

Ainda há pressões de custos no Ambiente Regulado Conta ACR Repasse, até 2019, dos aportes do TN e empréstimos bancários contraídos em 2013 e 2014: R$ 50 bilhões Bandeiras Tarifárias Custos mensais de Geração Termelétrica e ESS GSF (em repactuação) Indexação CCEARs CCEARs são indexados ao IPCA por até 35 anos IPCA para 2015 é de 10,71% Elevação no custo da energia nova nos Leilões do ACR Fonte: Abraceel

Preços no Mercado Livre 48,3% 40,7%

Perspectiva econômica na formação de preços Aumento de Consumo levando a diminuição de folga, o que causou um incremento de preço spot em 2014/15 Fonte: PSR

Perspectiva econômica na formação de preços Excedente de oferta estrutural, pressionando preços spot para baixo Fonte: PSR

E então, vale a pena o Livre? Benefício acumulado Mercado Livre (2003/2015) E o futuro?

Compartilhando uma visão sobre o tema A gestão de energia elétrica depende: de conhecimento dos fatores que impactam na formação do seu preço; requer domínio das variáveis de entrada (clima, oferta, demanda, restrições de geração e transmissão, aspectos regulatórios, dentre outras) e dos diversos modelos matemáticos envolvidos (Newave, Decomp, Newdesp, Gevazp, Previvaz, etc). do estabelecimento de estratégias que otimizem a relação risco/retorno com base em fundamentos que permitam a tomada de decisão de acordo com a cultura de risco de cada empresa. Para alcançar esse domínio, são necessários: profissionais capacitados acesso aos modelos matemáticos ou seus outputs acesso ao histórico de cenários e as previsões climatológicas domínio regulatório do setor O tema não é trivial. Sem o know-how e as ferramentas necessárias, há um potencial aumento do risco e/ou uma redução na captura das oportunidades de economia.

Perguntas que uma empresa deve considerar para definir como e se deve avançar Como a minha empresa quer trabalhar a commodity energia? Qual a minha cultura de risco? Como responder as perguntas: Que preço eu devo buscar? Qual indexador utilizar? Quanto de energia devo negociar? Com quem devo negociar? Esse é um bom momento para fazer essa negociação? Se não, quando será? Quanto devo investir em tempo, recursos humanos e financeiros para me especializar? Faz sentido ter suporte externo de alguém confiável? Se sim, em que modelo?

Que riscos existem? Como mitigar? Sub ou sobre contratação (exposição ao spot) Definição do produto (volume, flexibilidade, sazonalidade, modulação, prazo de contratação, indexação, garantias financeiras) Perfil do vendedor Avaliação de crédito e solidez financeira Fonte Brix

Conclusões e Considerações O Mercado Livre é uma realidade no Brasil e está crescendo No Mercado Livre as empresas conseguem uma melhor gestão de preços, se comparado ao Cativo Há economia na mesa ao migrar para o Livre É necessário uma gestão séria e profissional ao optar pela migração

Muito Obrigado! Antonio Freitas (11) 4949-9051 antonio.freitas@eeig.com.br