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Transcrição:

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA COMARCA DE URGENTE FULANO DE TAL, brasileiro, casado, agricultor, inscrito no CPF nº, portador da RG nº, residente e domiciliado na, interior do município de, por seu advogado, instrumento de mandato em anexo, inscrito na OAB nº, estabelecido com escritório no endereço infra entabulado, chega, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor contra o, instituição financeira formada por sociedade de economia mista, inscrita no CNPJ nº, com sede na cidade de, e agência na rua, nesta cidade de, forte no que estabelece o Código de Processo Civil Brasileiro, notadamente os art. 798 e seguintes, e nos fatos que passa a relatar. DOS FATOS O Requerente entregou por meio de endosso-mandato algumas duplicatas, emitidas contra clientes seus para cobrança pelo Requerido. Todos são pessoas que comumente fazem aquisição de produtos junto ao Requerente, quais sejam,, residente no, neste município;, residente na ;, residente no ;, residente nesta cidade e, residente no. Os títulos são de diversos valores, pagáveis em. As duplicatas mercantis atreladas aos títulos são as de nº, respectivamente. Durante esta semana, verificando que o pagamento não havia acontecido, comunicou o Requerido para que não apresentasse os títulos de crédito junto ao Tabelionato local para protesto, posto que todos são clientes de longa data, pessoas de grande confiança, dos quais o Requerente sabe que não terá problemas para receber.

No entanto, mesmo assim, o Requerido efetuou a apresentação dos títulos de crédito, o que poderá acarretar sérios problemas junto a seus clientes, ora devedores. Importante apontar que nesta oportunidade junta documento no qual consta textualmente que em operações de desconto impago até o vencimento, será reembolsado ao banco o valor dos títulos mais os encargos tão logo o exigir, independente de protesto. O banco efetuará o crédito/débito na conta de livre movimentação.... Isto comprova que o endosso é um mandato e não uma transferência, tanto que a instituição financeira, com o não pagamento do título, poderá se reembolsar do adiantamento efetuado ao Requerente. DO MÉRITO Nossa legislação prevê a utilização de medida extrema urgente para prevenir situação de risco e prejuízo, não só para si perda da clientela mas de terceiros, os clientes, e isso está consubstanciado no art. 798 do Código de Processo Civil, como transcreve infra. Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação. extraem disso tudo. Duas razões jurídicas para se efetuar a sustação do protesto se A primeira é que com a negativa do credor original, ora Requerente, de efetuar o protesto do título entregue por endosso-mandato ao Requerido, aquele não pode protestar tais títulos. Importante observar que o Requerido possui unicamente um mandato para efetuar a cobrança, mas que a discricionariedade do protesto ou não fica retida com o credor originário. O mandato não dá autonomia para o Requerido agir contra o interesse do Requerente. Isso é bem entendido e apontado pela jurisprudência dominante. Vejamos. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE TÍTULOS CUMULADA COM SUSTAÇÃO DE PROTESTO. DUPLICATAS PAGAS. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. CONTRATO DE COBRANÇA. ENDOSSO-MANDATO. ILEGITIMIDADE PASSIVA, IN CASU. (...) 2. Nos casos em que a instituição financeira firma com o credor contrato de mandato, endossa o título e procede à sua cobrança na condição de mandatária endosso mandato, age, de tal modo, não em nome próprio mas sim do mandante.

Nestes casos, os danos perpetrados ao devedor ou a terceiro em razão das providências para cobrança, afora comprovado erro imputável à instituição financeira, recaem sobre o endossante/mandante. Evidente, pois, em tais situações, a ilegitimidade passiva do banco. (...). 5. Reconhecida a ilegitimidade passiva da instituição financeira apresentante do título a protesto. Art. 267, VI, do CPC. PRELIMINAR AFASTADA. APELO DESPROVIDO. UNÂNIME. (Apelação Cível Nº 70022703409, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Iris Helena Medeiros Nogueira, Julgado em 13/02/2008) AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA COM PEDIDO DE SUSTAÇÃO DE PROTESTO DE DUPLICATA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. NÃO COMPROVADO EXCESSO DOS PODERES RECEBIDOS PELO BANCO A ENSEJAR RESPONSABILIDADE CIVIL. Banco que recebe duplicata por endosso-mandato não assume, na qualidade de simples apresentante, responsabilidade decorrente do ato, figurando como mero intermediário, sendo parte ilegítima passiva na demanda de indenização de danos morais decorrente de protesto indevido. Ausência de qualquer indício de que tivesse o Banco conhecimento de irregularidade em relação ao título. Precedentes jurisprudenciais. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA ACOLHIDA, EXTINTO O FEITO RELATIVAMENTE AO BANCO. APELO PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70021804430, Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Helena Ruppenthal Cunha, Julgado em 14/11/2007) Veja, Excelência, que o primeiro caso acima versa sobre indenização por dano moral, intentada contra a instituição apresentante (caso do Requerido) e o credor originário (caso do Requerente), no qual ficou excluída do polo passivo a instituição financeira por ser unicamente apresentante, agindo unicamente em nome do mandante. O segundo caso não é diferente, ou seja, confirma que o banco é unicamente apresentante, não possuindo discricionariedade sobre a vontade do credor originário. Ora, neste caso, o mandante não querendo que o protesto se efetive, isso não pode acontecer, uma vez que sabe que terá plenas condições de receber dos clientes sem constrange-los ao protesto. Parece evidente que se o credor originário é o Requerente, contra sua vontade não pode haver protesto de seus clientes. O Requerente é quem possui o senhorio, a determinação acerca de tal situação, não cabendo a quem tem exclusivamente o mandato de cobrança e apresentação, querer realizar o protesto contra a vontade deste. O credor originário é o credor principal. Sem este e suas atitudes de comércio inexistiria o título de crédito e, assim, sendo o Requerido unicamente instituição que exerce atividade-meio, não tem esta o condão de exercer mando sobre a situação.

Obviamente que, havendo ajustes financeiros entre o credor originário e a instituição mandatária, tal situação deverá ser dirimida exclusivamente entre estes, jamais utilizando terceiros ou forçando situações indesejadas para que tal ajuste aconteça. Isso fica claro do ajuste juntado com esta inicial, no qual o Requerido recebe os títulos para cobrança e ajusta com o Requerente que, em caso de falta de pagamento, este (Requerente) ficará responsável pelo pagamento, uma vez que haviam valores adiantados, com cobrança de encargos. Importante observar que nesta região existe uma cultura muito forte contra cobranças que, embora previstas em nossa legislação, são fortes e excessivas. Assim, o Requerente teme perder clientela com a efetivação do protesto e com o milindre de seus clientes. A segunda, é que o Requerente e o Requerido possuem negociações entre si e tais títulos de crédito estão no meio de tais negócios, no entanto, havendo desinteresse de o credor originário em protestar os clientes, deve o Requerido ajustar a situação diretamente com o Requerente, jamais com terceiros, uma vez que isso prejudicará seus clientes, que deixarão de comprar junto a este. Como todos são clientes de longa data e que já ficaram em débito para com o Requerente, pagando suas dívidas em final de safra, entende que desta vez não será diferente, ou seja, sabe que sem o protesto todos ajustarão seus débitos assim que tiverem condições, permanecendo clientes do Requerente, viabilizando a continuidade de seu mister, qual seja fornecimento de produtos agrícolas para os agricultores deste município. Pensar diferente é inviabilizar a atividade mercantil do Requerente, que depende da clientela para manter-se e gerar empregos e renda. Para a instituição financeira, ora Requerida, a situação é meramente uma atividade matemática, quando muito uma atividade mecânica de enviar os títulos para protesto, forçando o pagamento, o que é muito diverso da visão do Requerente, que preocupa-se com o conceito que tem que manter junto aos agricultores. Consigna que pretende ingressar posteriormente com ação ordinária para impedimento de protesto de seus clientes, tendo os motivos já apontados. DOS PRESSUPOSTOS PARA CAUTELAR Como pode denotar-se, o periculum in mora é evidente, posto que os clientes do Requerente, terão os títulos levado a protesto e, após, seu nome inscrito no rol dos maus pagadores, com a remessa para inclusão no, acarretando inúmeros prejuízos, que não são necessários enumerá-los, por já serem do pleno conhecimento de Vossa Excelência. Mas, também é importante apontar que com a inclusão no rol de maus pagadores, ficarão impedidos de negociar com instituições de crédito e outras que ofereçam crédito, que é imprescindível para o custeio agrícola. Ou seja, com o apontamento,

fatalmente ficarão impedidos de atuar na agricultura, voltando-se contra o Requerente, o que quer evitar com esta demanda. Quanto ao fumus boni juris, entende estar demonstrado, com as citações legais e justas apontadas supra, especialmente a observação de que o Requerido é unicamente o mandatário, e nessa condição não possui discricionariedade sobre os títulos de crédito que envio a protesto em nome do Requerente. CONCLUSÃO Isto posto, REQUER: I. O deferimento de medida liminar, inaudita altera pars, para determinar a sustação de protesto de títulos emitidos por em favor do Requerente, apresentados pelo Requerido junto ao Tabelionato de Protesto de ; II. III. IV. A citação do Requerido, para, querendo, contestar a presente ação cautelar preparatória de sustação de protesto, sob pena de revelia e confissão; A condenação do Requerido a eximir-se de protestar os títulos de crédito emitidos por em favor do Requerente, pelos motivos supra elencados, com a consequente condenação nos ônus sucumbenciais, inclusive honorários advocatícios; A produção de todas as provas em Direito admitidas e que se fizerem necessárias; Estima à causa o valor de alçada. NN. TT. P. DEFERIMENTO, de de. OAB nº