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Transcrição:

0248/07/2015 merck

O QUE É A TIROIDE? A tiroide é uma glândula de secreção endócrina, ou seja, tem como função produzir as hormonas tiroideias, que são diretamente libertadas para a circulação sanguínea. epiglote COMO É REGULADO O NÍVEL DE HORMONAS TIROIDEIAS? A quantidade de hormonas produzidas pela tiroide é controlada por uma outra glândula cerebral chamada glândula pituitária ou hipófise. Uma outra parte do cérebro o hipotálamo contribui para esta regulação. Assim, o hipotálamo envia informação para a hipófise e a hipófise, por seu turno, controla o funcionamento da tiroide. cartilagem da tiroide Hipotálamo tiroide traqueia veias da tiroide Fig. 1 - Morfologia da Tiroide ONDE SE LOCALIZA? A tiroide encontra-se localizada na base do pescoço, imediatamente por baixo da laringe. Reveste a parte anterior da traqueia, sendo constituída por dois lóbulos, assemelhando-se a uma borboleta. QUAL A FUNÇÃO DAS HORMONAS TIROIDEIAS? As hormonas da tiroide, T 3 e T 4, controlam o funcionamento de diversos órgãos e interferem diretamente no crescimento, ciclo menstrual, fertilidade, sono, raciocínio, memória, temperatura do corpo, batimentos cardíacos, eliminação de líquidos, funcionamento intestinal, força muscular e controlo do peso corporal. Se os níveis destas hormonas no sangue se encontrarem baixos, o seu corpo funciona mais lentamente originando uma condição clínica que se denomina hipotiroidismo. Se, pelo contrário, existir um aumento dos níveis das hormonas tiroideias no sangue, a atividade do organismo aumenta, conduzindo ao hipertiroidismo. Hormonas da tiroide Fig. 2 - Eixo Hipotálamo-Hipófise-Tiroide Hipófise TRH: Hormona libertadora da tirotrofina TSH: Hormona estimulante da tiroide A glândula tiroide, a hipófise e o hipotálamo trabalham em conjunto no controlo da quantidade de hormonas tiroideias que circulam no seu corpo. Quando o nível de T 3 e T 4 no sangue diminui, a hipófise produz a hormona estimulante da tiroide denominada TSH. Esta hormona estimula a tiroide a produzir mais hormonas, a fim de regular os níveis das mesmas no sangue. Da mesma forma, quando os níveis de T 3 e T 4 no sangue são elevados, a hipófise responde a este aumento através da diminuição da produção de TSH. Pode-se imaginar a tiroide como sendo um forno que produz hormonas e a hipófise como sendo o termóstato que regula o forno.

A tiroide é, assim, um maestro do corpo humano, pois através da produção de hormonas tiroideias, função pela qual é responsável, regula as mais diversas funções vitais para o organismo. DOENÇAS DA TIROIDE A disfunção da tiroide pode provocar vários problemas. Como as hormonas tiroideias estão envolvidas em muitos processos do corpo, uma desregulação dos seus níveis acaba por afetar vários sistemas do organismo, numa grande variedade de sintomas que muitas vezes não associamos à tiroide. No entanto, as doenças da tiroide podem ser diagnosticadas e tratadas para que nenhuma complicação se desenvolva a longo prazo. Ao conhecer o funcionamento desta glândula e quais os sintomas associados às disfunções da tiroide, vai conseguir um melhor controlo da sintomatologia, conhecer o seu corpo e agir mais rapidamente. Um controlo diário dos sintomas vai também permitir ao seu médico identificar e monitorizar sinais e sintomas da doença que são pouco percetíveis numa consulta esporádica. O QUE É O HIPOTIROIDISMO? O hipotiroidismo diz respeito a uma doença em que a produção de hormonas tiroideias é insuficiente para que o organismo funcione normalmente. Quais são as causas? Doença autoimune (Tiroidite de Hashimoto). Remoção cirúrgica da tiroide. Tratamento com Iodo radioativo. Tratamentos para o hipertiroidismo em dose excessiva. Congénito (malformação anatómica ou defeito no fabrico de hormonas). Medicação que altera a função tiroideia. Outras tiroidites. Um baixo nível de hormonas da tiroide faz com que vários processos do organismo sejam mais lentos e desencadeia uma série de sintomas desagradáveis: Aumento de peso e edema ( inchaço devido à retenção de líquidos no corpo). Pode incluir edema palpebral Cabelo enfraquecido/queda de cabelo Bócio (aumento do volume da tiroide) Obstipação Diminuição da função cognitiva Irregularidades menstruais Infertilidade/Problemas no desenvolvimento fetal na grávida Dislipidemia (alteração dos níveis de colesterol e triglicéridos) Intolerância ao frio Pele seca Mialgias (dores musculares) Mixedema ( inchaço resultante da acumulação de líquidos no tecido subcutâneo) Depressão e Letargia (perda de sensibilidade e movimento) Anemia

Em geral, quanto mais baixos são os níveis de hormonas tiroideias, mais severos serão os sintomas. Há sintomas simples que podem passar despercebidos, como o peso ligeiramente acima do normal ou enfraquecimento do cabelo, sintomas esses que podem ser revertidos com uma terapêutica correta para o hipotiroidismo. Para além disso, há casos em que os sintomas do hipotiroidismo aparecem lentamente, ao longo de meses ou mesmo anos. Um controlo rigoroso dos sintomas permite-lhe ter uma noção da eficácia do tratamento a longo prazo, fornecendo paralelamente dados mais precisos ao seu médico. Registe ativamente os seus sintomas e análises neste diário! Hipotiroidismo Congénito O hipotiroidismo congénito surge à nascença (cerca de 1 em cada 4.000 bebés nascem com malformações na tiroide, ou mesmo sem esta). Neste caso, os sintomas são mais evidentes, incluindo apatia e letargia, atraso de crescimento, atraso mental e macroglossia (crescimento anormal da língua). O QUE É O HIPERTIROIDISMO? O hipertiroidismo diz respeito a qualquer condição em que o nível das hormonas da tiroide esteja elevado no organismo. Quais são as causas? O hipertiroidismo resulta mais frequentemente da sobreprodução de hormonas pela tiroide. A doença de Graves, de origem imunitária (autoimune), é a causa de hipertiroidismo mais frequente, ocorrendo sobretudo em mulheres jovens. Outra causa frequente deriva da ingestão excessiva de hormona tiroideia no tratamento do hipotiroidismo, conhecida por Hipertiroidismo iatrogénico. Bócio nodular tóxico (nódulos tiroideus que produzem excesso de hormona tiroideia de forma autónoma e desregulada). Outras causas (tiroidites diversas, induzido por medicamentos contendo iodo, entre outras). O aumento de hormonas da tiroide no organismo faz com que muitos processos naturais do corpo tendam a acelerar-se. Que sintomas se podem esperar no hipertiroidismo? Perda de Peso Arritmias, fibrilhação auricular Bócio (aumento do volume da tiroide) Diarreia Diminuição da densidade mineral óssea (risco de osteoporose) Irregularidades menstruais Infertilidade Nervosismo e tremor Perturbação do sono Alterações da visão (fotofobia, diplopia) ou exoftalmia (olhos salientes e inflamados, ocorre na doença de Graves) Intolerância ao calor, sudorese e mãos húmidas Hipertensão Miopatia (fraqueza muscular, dores musculares e fadiga) Dermopatia e mixedema pré-tibial (pele espessa, irregular, inchada, avermelhada, geralmente na face anterior das pernas). Ocorrem no hipertiroidismo por doença de Graves Queda de cabelo e unhas enfraquecidas A terapêutica para o hipotiroidismo pode desencadear o aumento exagerado das hormonas da tiroide e deve ser monitorizado com cuidado. Não deixe de estar alerta para os sintomas do hipertiroidismo!

O tratamento do hipotiroidismo faz-se com terapêutica de substituição hormonal da tiroide, por forma a simular o normal funcionamento deste órgão. A terapêutica mais comum é a levotiroxina, uma hormona tiroideia sintética. INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A TOMA DE LEVOTIROXINA ser realizados por um médico. Nas mulheres com hipotiroidismo ou problemas de tiroide a gravidez deve ser devidamente planeada. Deve garantir-se que a gravidez ocorre já com níveis adequados de hormonas tiroideias. Logo que se confirme uma gravidez numa mulher com hipotiroidismo, devem ser realizados controlos analíticos hormonais para permitir um adequado ajuste de dose e acompanhamento desta situação durante a gravidez. Durante a gravidez, especialmente durante a primeira metade da gravidez, os controlos analíticos devem ser mais regulares. A levotiroxina é uma hormona tiroideia sintética própria para o tratamento de doenças e anomalias da glândula tiroideia. A substância tem o mesmo efeito que as hormonas tiroideias segregadas naturalmente. É importante que siga as instruções dadas pelo médico assistente. Idealmente, a levotiroxina deve ser tomada em jejum, pelo menos 30 minutos antes do pequeno-almoço. A absorção pode ainda ser maximizada se tomada 60 minutos antes ou, por exemplo, ao deitar sem alimentos. Vários medicamentos podem inibir a absorção de levotiroxina, designadamente: suplementos de cálcio, ferro, inibidores da bomba de protões, colestiramina, quelantes do fósforo, antiácidos com alumínio e sucralfato. A ingestão concomitante de fibras alimentares reduz a absorção de levotiroxina. Caso se tenha esquecido de tomar levotiroxina e não esteja perto da hora da próxima toma, deve tomar logo que possível. Se estiver perto da hora da próxima toma, não tome uma dose a dobrar, tome a dose normal recomendada pelo médico. Nos dias de doseamento de hormonas tiroideias, recomenda-se que a toma de levotiroxina seja posterior à colheita de sangue. Faça controlos analíticos regulares de forma a evitar sub ou sobredosagem. No mínimo, pelo menos uma vez por ano é necessário fazer análises, mas em muitas situações os doseamentos devem ser com intervalos menores, a definir pelo seu médico. Se estiver grávida ou pretender engravidar, não deixe de tomar levotiroxina, fale com o seu médico pois a dose pode ter de ser alterada. Se estiver a amamentar, continue a tomar levotiroxina conforme receitada pelo médico. A quantidade do medicamento excretada no leite materno é tão reduzida que não afeta o bebé. O mais comum durante a gravidez é a dose de levotiroxina ter de ser aumentada em cerca de 30 a 50% relativamente à dose habitual prévia à gravidez, mas os ajustes de dose devem A dose de medicação apenas pode ser ajustada pelo seu médico, não altere a sua dosagem mesmo que os sintomas possam sugerir necessidade de ajuste de dose. Em caso de dúvida fale com o seu médico. HO O O ONa H NH x H 2 O 2 Fig. 3 - Estrutura molecular da levotiroxina sódica

DADOS PESSOAIS E HISTORIAL CLÍNICO Nome Data de Nascimento / / Causa da doença da tiroide: Hipotiroidismo congénito Cirurgia da tiroide: tiroidectomia total ou hemitiroidectomia esquerda/direita Terapêutica com iodo radioativo Medicação que altera a função tiroideia Data do diagnóstico: / / Data da cirurgia: / / Tipo de cirurgia hemitiroidectomia tiroidectomia total Data da citologia / / Doença hipofisária Adenoma tóxico História Familiar Pai Bócio multinodular tóxico Doença de Graves Cancro da tiroide Mãe Medicamentos para tratar o hipertiroidismo Tiroidite subaguda Tiroidite de Hashimoto Outras informações relevantes Outras tiroidites:

MEDICAÇÃO Nome Medicamentos para a tiroide Outros medicamentos

REGISTO O registo periódico dos exames realizados permite obter uma fotografia geral da sua saúde e é um passo importante para a gestão e o controlo da doença. Mantenha sempre um registo atualizado do seu diário! AVALIAÇÃO E MONITORIZAÇÃO DA FUNÇÃO DA TIROIDE Pode ser necessário fazer análises hormonais com maior frequência, sobretudo durante o início do tratamento do hipotiroidismo. Hormonas Tiroideias DATA: / / DATA: / / DATA: / / DATA: / / TSH (mu/l) T 3 (ng/dl/nmol/l) T 3 livre (pg/dl/pmol/l) T 4 livre (ng/dl/pmol/l) Outros Exames para a Tiroide* DATA: / / DATA: / / DATA: / / DATA: / / *Exemplos: ecografia, citologia, cintigrafia

SINTOMAS E SINAIS Marque com um x ou o número de vezes, se sentir algum dos sintomas descritos nas tabelas. Esta lista inclui sintomas/sinais que podem eventualmente estar relacionados com a doença tiroideia ou o desajuste da terapêutica. Peso Edemas Queda de cabelo Pele seca Intolerância ao frio Obstipação Letargia Depressão Irregularidades menstruais Bócio Dores Musculares Mixedema Arritmias, fibrilhação auricular Diarreia Nervosismo e tremor Perturbação do sono Alterações da visão Fraqueza muscular, fadiga Intolerância ao calor, sudorese, mãos húmidas Unhas enfraquecidas MÊS: MÊS: MÊS: MÊS: SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4

OUTRAS ANÁLISES/EXAMES Preencha a tabela com os valores das medições em cada semana Pressão Arterial Pressão arterial sistólica máxima (mmhg) MÊS: MÊS: MÊS: MÊS: SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Pressão arterial diastólica mínima (mmhg) Valores de pressão arterial normais: Pressão arterial sistólica: 120-129 mmhg (deve ser inferior a 140 mmhg). Pressão arterial diastólica: 80-84 mmhg (deve ser inferior a 90 mmhg). Nos doentes hipertensos com mais de 80 anos podem ser admissíveis valores de pressão arterial sistólica até 150-160 mmhg. Frequência Cardíaca Batimentos por minuto (BPM) MÊS: MÊS: MÊS: MÊS: SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Nos adultos normais, o coração bate regularmente a uma frequência de 60 a 100 vezes por minuto (palpado no punho, no pescoço ou noutro local em repouso). Colesterol e Triglicéridos Colesterol total (mg/dl) Colesterol HDL (mg/dl) Colesterol LDL (mg/dl) Triglicéridos (mg/dl) MÊS: MÊS: MÊS: MÊS: SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Glicemia Glicemia em jejum (mg/dl) MÊS: MÊS: MÊS: MÊS: SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Valores normais para a glicemia de jejum para indivíduos não diabéticos <110 mg/dl. Para diabéticos são desejáveis valores inferiores a 130 mg/dl em jejum.

REGISTO DO PESO Marque com um x o retângulo correspondente ao seu peso em cada uma das semanas. Calcular Índice de Massa Corporal (IMC) Peso (kg) IMC = altura Altura x altura Altura (m) Classificação IMC Baixo Peso <18,5 Normal 18,5-24,9 Excesso de peso 25,0 Pré-obesidade 25,0-29,9 Obesidade Classe I 30,0-34,9 Obesidade Classe II 35,0-39,9 Obesidade Classe III 40 MÊS: MÊS: MÊS: MÊS: SEMANA SEMANA SEMANA SEMANA PESO (KG)O 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 125 124 123 122 121 120 119 118 117 116 115 114 113 112 111 110 109 108 107 106 105 104 103 102 101 100 99 98 97 96 95 94 93 92 91 90 89 88 87 86 85 84 83 82 81 80 79 78 77 76 75 74 73 72 71 70 69 68 67 66 65 64 63 62 61 60 59 58 57 56 55 54 53 52 51 50 49 48 47 46 45

BIBLIOGRAFIA American Thyroid Association. Hyperthyroidism A Booklet for patients and their families. 2013. American Thyroid Association. Hypothyroidism A Booklet for patients and their families. 2013. Direção-Geral da Saúde. Orientação nº 002/2011 de 14/01/2011. Diagnóstico e Classificação da Diabetes Mellitus. Direção-Geral da Saúde. Orientação nº 026/2011 de 29/09/2011 atualizada a 19/03/2013. Abordagem Terapêutica da Hipertensão Arterial. Direção-Geral da Saúde. Orientação nº 039/2011 de 30/09/2011 atualizada a 26/12/2012. Prescrição de Exames Laboratoriais para Avaliação e Monitorização da Função Tiroideia. Guyton & Hall, Tratado de Fisiologia Médica, 11ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier Editora. 2006, pp. 931-942. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. O que são as Arritmias Cardíacas? 2011. [consult. 2015-06-16]. Disponível em: http://www. portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/harvard/cora%c3%a7%c3%a3o/arritmias+cardiacas+audio.htm NEDO - Núcleo de Endocrinologia Diabetes e Obesidade. Cálculo do IMC. 2015. [consult. 2015-06-16]. Disponível em: http://www.nedo.pt/imc.asp Recomendações da ESH/ESC para o Tratamento da Hipertensão Arterial. Revista Portuguesa de Hipertensão e Risco Cardiovascular, 2014;39:27-43.