Zika Vírus: subjetividades e decisões reprodutivos

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Transcrição:

Zika Vírus: subjetividades e decisões reprodutivos Autora : Margareth Arilha, Núcleo de Estudos de População Elza Berquó/Unicamp Co Autores: Saulo Passos, Depto de Pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí; Estela Gazeta, Depto de Pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí; Manoela Rodrigues, Faculdades Anchieta; Márcia Machado Borges, Depto de Pediatria da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Stephano Gomes Pereira Sarmento, Depto de Ginecologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Mayara Souza, enfermeira. (Equipe Projeto Zika Vírus - Polo FMJ)

Introdução A epidemia do Zika Vírus é um fato hoje no Brasil e em vários países do mundo, de complexidade crescente, desde seu surgimento, e de grande impacto sobre a situação de saúde das mulheres gravidas e de seu desenvolvimento gestacional. As reações físicas que algumas das mulheres grávidas tem apresentado frente aos efeitos da Zika ainda são pouco conhecidas, e sua incidência sobre a integridade do feto foi indicada no Brasil, mas ainda não explicada. Parte dos bebes atingidos tem sido observados como portadores de um conjunto de problemas que não se restringem apenas a redução do perímetro cerebral, mas apresentam outros problemas tais como problemas auditivos, oculares, calcificações no corpo, inclusive intracranianas, dilatação ventricular do sistema nervoso central, acentuadas lesões de córtex, excesso de pele de couro cabeludo, artrogriposes, dentre inúmeros outros, ampliando a possível extensão do dano. Por esta razão, fala-se em Síndrome da Zika Congênita. De uma maneira geral, os esforços de investigação tem se debruçado sobre a natureza do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti do ponto de vista das ciências biológicas, ou os efeitos sobre o feto, como a Síndrome da Zika Congênita, deixando de lado aspectos associados á saúde integral das mulheres, incluindo a saúde mental e os determinantes sociais da enfermidade, especialmente as desigualdades de gênero, raça e socioambientais em que vivem as mulheres que engravidaram e/ou abortaram. Este trabalho, de maneira inovadora, inclui o olhar sobre as mulheres, suas preocupações e angústias, frente ao desconhecido e abre uma janela de oportunidades para que se possa operar com todas as novas vertentes que forem surgindo no processo, como é o caso das distintas modalidades de transmissão, inclusive sexual. Propõe-se a investigar, de maneira colaborativa com os demais componentes da pesquisa, o impacto da evidência da existência da infecção, da Síndrome de Zika Congênita (diagnosticada durante gestação ou parto, ou pôs parto ou de abortamentos), sobre o universo psíquico das mulheres participantes da pesquisa no Ambulatório de Saúde da Mulher do Hospital Universitário da cidade de Jundiaí. 2

Material e Métodos O estudo qualitativo em questão se desenvolve na cidade de Jundiaí, a partir da realização de uma coorte de 500 mulheres, que vem pequisando as modalidades de transmissão da infecção e seu impacto sobre o desenvolvimento das crianças nascidas nesse contexto. Jundiaí que faz parte do Aglomerado Urbano de Jundiaí, reúne uma população de aproximadamente 700 mil habitantes, com uma grande tendência à conurbação. Dentre os 7 municípios que compõem a AUJ, Jundiaí é o maior deles, com mais de 50% da população total, hoje de acordo com os dados do Censo de 2010, estabelecida em 370.126 habitantes. A região dispõe de 147 estabelecimentos de saúde, 24.509 unidades escolares, numa área de 1.269.572 Km quadrados. De acordo com os dados do Censo 2010, pode-se afirmar que 94,6% dos nascimentos ocorridos em mulheres de 10 anos ou mais, ocorreram em regiões urbanas do Aglomerado, sendo que 60% deste total de nascimentos ocorreu entre as mulheres sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto, e apenas 7% ocorreu entre as mulheres com superior completo. O Brasil carece de estudos que informem e atualizem a natureza dos vínculos subjetivos que as mulheres vem construindo com a maternidade na contemporaneidade, especialmente quando se considera que o evento reprodutivo se concretiza num cenário de novos processos infecciosos e que trazem danos contundentes aos fetos, e em cidades que apresentam um ritmo de mudanças estruturais importantes como é o caso de Jundiaí e região. Mostram incremento da escolaridade, entrada no mercado de trabalho, rápido crescimento, mas que se enfrentam com o deterioro das condições econômicas do pais e particularmente dos municípios, com prejuízo na implementação de políticas públicas, inclusive socioambientais. Estudos quali-quanti mais sólidos foram desenhados no final dos anos 90, e não refletem ainda mudanças havidas no pais no início deste século, menos ainda nos últimos 12 anos. Da mesma maneira, não há estudos atualizados sobre maternidade e decisões reprodutivas desenhados com amostra robusta em serviço, como é a que se apresenta neste trabalho, 500 casos, com coleta de amostras de fluidos corporais que serão analisadas, para a mãe, antes e durante o parto, e para o bebe ainda durante o processo de nascimento e alojamento conjunto. Entrevistas semi-abertas serão realizadas com mulheres em situação hospitalar, semi abertas, e posteriormente 100 entrevistas domiciliares serão realizadas com mulheres em situação que tiveram filhos nascidos com a síndrome ou não, e também mulheres com abortamento. 3

Resultados O trabalho vem investigando, do ponto de vista psíquico e psicossocial, as seguintes questões centrais :a) Que impactos psíquicos a presença do risco da infecção pelo Zika e/ou da Síndrome da Zika Congênita em recém nascidos, poderia acarretar na constituição da subjetividade feminina em sua relação com a maternidade?, b) Que impactos psicossociais a dimensão conjugal, familiar e comunitária poderia sofrer, considerados os variados determinantes sociais (especialmente, gênero, raça, contextos socioambientais) com o risco da infecção pelo Zika e/ou com a presença do quadro de Síndrome da Zika Congênita em recém nascidos? Os principais eixos de análise tem sido : a) a constituição da história de vida das mulheres, noção de sujeito estabelecida em si mesma, subjetividades, compreendendo e caracterizando os discursos e significantes que apresentam sobre a maternidade e a relação que estabelecem com a gestação/feto/filho nascido na nova perspectiva vivida, b) tipo de vínculos estabelecidos com o parceiro/pai? c) contexto/apoios ou adversidades em que vive, considerando-se situação familiar, de seu entorno, de sua comunidade? d) relação com a vida produtiva e) sua percepção de direitos. Alem de informações sobre a investigação como um todo, serão apresentados em detalhe, dois casos de mulheres positivas para ZIKAVIRUS e que apresentaram nascimentos com microcefalia, um deles apresentando toda a configuração da síndrome completa congênita. Um dos objetivos é o de mostrar de que maneira a enfermidade pode ser enfrentada por mulheres de distintos estratos sociais, mostrando o impacto dos determinantes sociais da saúde na determinação de configurações psíquicas e sociais distintas e com diferentes impactos sobre as historias de vida individuais, conjugais e familiares. Conclusões O trabalho em questão tem a seu favor o fato de abordar uma epidemia desconhecida, e ser portanto, considerado de alta relevância para a saúde pública nacional e internacional. Não obstante, para além das ciências médicas e biológicas, epidemias desta natureza necessitam da colaboração da contribuição das ciências humanas para serem entendidas em sua complexidade. Os maiores desafios estão associados a compreender aspectos sócio culturais que as mulheres ou casais, 4

famílias e comunidades apresentam diante da possibilidade do resultado positivo frente a Zika, e posteriormente como lidam com o impacto da enfermidade em suas vidas, considerando as determinações de gênero e raça, especialmente. Os resultados do trabalho são de interesse imediato da sociedade, e deverão ser apresentados em processos que permitam a opinião pública assimilar de maneira consistente e rápida os dados obtidos e sua operacionalização para mudança de comportamentos e atitudes sociais e individuais e transformados em políticas públicas. Bibliografia. ALONSO, S.; GURFINKEL, A.; BREYTON, D. Figuras clínicas do feminino no mal estar contemporâneo. São Paulo, SP: Escuta, 2002. ARÁN, M. Lacan e o feminino: algumas considerações críticas. Natureza Humana, São Paulo, SP, v. 5, n. 2, p. 293-327, 2003. ARILHA, M. et al. Diálogos transversais em gênero e fecundidade: articulações contemporâneas. Campinas, SP: Editora Librum, 2012. ; BERQUÓ, E. Cairo+15: trajetórias globais e caminhos brasileiros em saúde reprodutiva e direitos reprodutivos. In: ABEP; UNFPA. Brasil, 15 anos após a Conferência do Cairo. Belo Horizonte, MG: ABEP, 2009. CAETANO, A.; AMORIM, F. Classe social, reprodução e contracepção no Brasil contemporâneo. In: ARILHA, M. et al. Diálogos transversais em gênero e fecundidade: articulações contemporâneas. Campinas, SP: Editora Librum, 2012. IBGE. Síntese de Indicadores Sociais 2012. Rio de Janeiro, RJ, 2012. IBGE. Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro, RJ, 2010. MAKSOUD, I. Estigma e discriminação: desafios da pesquisa e das políticas públicas na área de saúde. Physis, Rio de Janeiro, RJ, v. 24, n. 1, p. 311-321, 2014. ROA, M. Zika vírus outbreak: reproductive health and rights in Latin America. The Lancet, London, v. 387, p. 843, 2016. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1016/s0140-6736(16)00331-7>., J. S. et al. Microcephaly in northeast Brazil: a review of 16 208 births between 2012 and 2015. Bulletin of the World Health Organization, New York, NY, 2016. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.2471/blt.16.170639>. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guillain. Geneva, 2016. Disponível em: <http://www.who.int/mediacentre/factsheets/guillain-barresyndrome/en/,>. Acesso em: 16 mar. 2016.. Microcephaly. Geneva, 2016. Disponível em: http://www.who.int/emergencies/zika- virus/microcephaly/en,>. Acesso em: 16 mar. 2016.. Zika virus infection: step by step guide on risk communications and community engagement. Washington: Pan American Health Organization; Geneva: 5

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