Curso de Enfermagem para EBSERH 2016 Aula 02: FUNDAMENTOS DO EXERCÍCIO DA ENFERMAGEM O q dos concursos oqdosconcursos@gmail.com
1. NOÇÕES GERAIS A área da enfermagem segundo Wanda de Aguiar Horta é a ciência e a arte de assistir o ser humano em suas necessidades básicas e torná-lo independente destas necessidades quando for possível através do autocuidado. 2. TÉCNICAS BÁSICAS DE ENFERMAGEM E CUIDADO COM AS ELIMINAÇÕES 2.1 Sinais vitais FREQUÊNCIA CARDÍACA DOR FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA PRESSÃO ARTERIAL TEMPERATURA A aferição dos sinais vitais é uma prática comum na assistência à saúde. É importante na tomada de decisões sobre as intervenções. 2.1.1 Temperatura É mantida entre a produção e a perda de calor pelo organismo no ambiente e deve-se ao mecanismo controlado pelo hipotálamo. 1. (PREF. VILA VELHA-ES/2012) Ao avaliar a evolução de um paciente, o Enfermeiro constata que, no decorrer de dois dias, sua temperatura flutuou vários graus, sem que tenha alcançado o normal entre as flutuações. Isso indica que este paciente está apresentando febre: A) contínua. B) remitente. C) reincidente. D) intermitente. E) persistente. 2
Fisiologia da febre: Subfebril: até 37.5ºC Febre moderada: de 37.5 a 38.5ºC Febre alta ou elevada: acima de 38.5ºC Tipos: Recorrente: período de temperatura normal que dura 24 horas ou semanas, interrompido por períodos de temperatura elevada, sem grandes oscilações. Remitente: febre diária com variações de mais de 1ºC, sem períodos de apirexia. Prolongada: quando a duração é maior do que 10 dias. Valores de referência: Axilar: 35,8 C a 37 C Bucal: 36,3 C a 37, 4 C Retal: 37 C a 38 C Na verificação da temperatura retal, o posicionamento é em decúbito lateral esquerdo (SIMS): 1,5 cm em lactentes e 4 cm em adultos. GABARITO B 2.1.2 Pulso ou Frequência Cardíaca O pulso é sentido pela expansão da parede arterial síncrona com o batimento cardíaco. A expansão é devida a distensão súbita da parede arterial originada pela ejeção ventricular na aorta e sua transmissão aos vasos periféricos. Pulso arterial: ejeção ventricular esquerda Pulso venoso: enchimento ventricular direito 3
2. (PREF. SERRA-ES/2011) Quais são os valores considerados normais da frequência cardíaca e frequência respiratória do recém-nascido, em repouso, acordado? A) 70-110 bpm e 35 irpm. B) 80-150 bpm e 30 irpm. C) 100-180 bpm e 35 irpm. D) 100-220 bpm e 25 irpm. E) 120-150 bpm e 25 irpm. Sinais vitais em RN: Frequência Cardíaca Recém-nascidos: 120 a 140 bpm Lactente: 100 a120 bpm Adolescente: 80 a 100 bpm Frequência respiratória: 30-40 incursões por minuto. GABARITO C 3. (AOCP EBSERH/UFMS/2014) Durante o exame físico da criança, é importante a verificação da frequência respiratória. Assinale a alternativa que corresponde à frequência respiratória normal, segundo a Organização Mundial da Saúde, para uma criança de 05 anos de idade. A) Até 60 mrm. B) Até 10 mrm. 4
C) Até 40 mrm. D) Até 70 mrm. E) Até 80 mrm. GABARITO C Outros valores de referência: Adultos: 60 100 bpm Crianças: 80 120 bpm 2.1.3 Pressão Arterial É a medida da pressão exercida pelo sangue na parede das artérias. A pressão arterial depende da força de contração do coração, da quantidade de sangue circulante e da resistência dos vasos. O posicionamento do braço causa mudanças substanciais na pressão arterial, sistólica e diastólica. Quando o indivíduo está sentado, manter o braço abaixo do nível do coração aumenta a pressão arterial sistólica, medida com a técnica auscultatória, em até 8 mmhg para os normotensos e 23 mmhg para os hipertensos. Já, a pressão diastólica aumenta em até 7 mmhg e 10 mmhg, respectivamente. Quando o indivíduo está na posição supina, observa-se que a pressão arterial também varia de acordo com o posicionamento do braço, isto é, se está posicionado sobre o colchão ou na altura do átrio direito. A pressão arterial, tanto a sistólica quanto a diastólica, tendem a ser mais elevadas quando o braço está sobre o colchão. 5
Referências das Tabelas: SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSAO; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA.VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 2010, vol.95, n.1, suppl.1, pp. I-III. ISSN 0066-782X. http://dx.doi.org/10.1590/s0066-782x2010001700001. 6
4. (SESAU-RN/2010) Segundo o Manual de Hipertensão arterial e Diabetes do Ministério da Saúde, o limite escolhido para definir Hipertensão Arterial é o de: A) igual a 150/90 mmhg quando encontrado em, pelo menos, uma aferição. B) maior que 150/90 mmhg quando encontrado em, pelo menos, duas aferições. C) igual ou maior que 150/100 mmhg quando encontrado em, pelo menos, duas aferições, realizadas consecutivamente. D) igual ou maior que 160/100 mmhg quando encontrado em, pelo menos, duas aferições, realizadas em momentos diferentes. E) igual ou maior que 140/90 mmhg, quando encontrado em, pelo menos, duas aferições, realizadas em momentos diferentes. GABARITO E 5. (CKM/CAPELA DO ALTO/2014) Na verificação da pressão arterial, no momento da deflação, acontece a diminuição gradativa da pressão no sistema, ocasionando uma sucessão de sons ou ruídos, denominados sons de Korotkoff, que são audíveis ao nível da artéria braquial e vão sofrendo modificações de intensidade e qualidade. Pode-se afirmar, assim, que a pressão arterial sistólica equivale a que fase dos sons de Korotkoff? A) Fase V. B) Fase VI. C) Fase III. D) Fase II. E) Fase I. Os sons de Korotkov ou sons de Korotkoff são os sons ouvidos durante a medição da pressão arterial através de meios não-invasivos. 7
Referência da imagem: http://image.slidesharecdn.com/pressoarterial-121110045813- phpapp02/95/presso-arterial-9-638.jpg?cb=1352523547 GABARITO E 6. (CESGRANRIO/SEPLAG/2011) Ao aferir os sinais vitais de um paciente do sexo masculino, 22 anos, sendo admitido na Unidade, os dados foram: T. 36,5; P. 120 bpm; e R 26 rpm. Na evolução de enfermagem, esse paciente apresenta-se A) afebril, taquicárdico e taquipneico B) afebril, taquicárdico e eupneico C) afebril, bradicárdico e taquipneico D) febril, bradicárdico e taquipneico E) febril, normocárdico e eupneico GABARITO A 8
2.1.4 Respiração O oxigênio inspirado entra no sangue e o dióxido de carbono (CO2) é expelido, com frequência regular. A troca gasosa ocorre nos alvéolos pulmonares. Terminologia: Eupneia: respiração normal; Dispneia: respiração difícil, trabalhosa ou curta. Pode ser súbita ou lenta e gradativa; Ortopneia: incapacidade de respirar normalmente, exceto na posição ereta; Taquipneia: respiração rápida, pouco profunda; Bradpneia: respiração lenta; Apneia: ausência de respiração; Cheyne-Stokes: respiração em ciclos, que aumenta e diminui a profundidade, com períodos de apneia. É observada em pacientes com ICC ou lesão cerebral; Kussmaul: inspiração profunda seguida de apneia e expiração suspirante; Biot ou atáxica: superficiais durante dois ou três ciclos. Seguidos por períodos irregulares de apneia; Apnêustica: fase inspiratória prolongada seguida por apneia. É vista em lesão de tronco e ponte; Hiperventilação neurogênica central: incursões acima de 25, regular e profunda. Observada em lesões de mesencéfalo; Deprimida: respiração superficial, lenta e ineficaz. Ocorre em depressão bulbar por drogas. 9
2.1.5 Dor A Agência Americana de Pesquisa e Qualidade em Saúde Pública e a Sociedade Americana de Dor descrevem a dor como o quinto sinal vital que deve sempre ser registrado ao mesmo tempo e no mesmo ambiente clínico em que também são avaliados os outros sinais vitais, quais sejam: temperatura, pulso, respiração e pressão arterial. A dor pode ser definida como uma experiência subjetiva que pode estar associada a dano real ou potencial nos tecidos, podendo ser descrita tanto em termos desses danos quanto por ambas as características. Independente da aceitação dessa definição, a dor é considerada como uma experiência genuinamente subjetiva e pessoal. Disponível em: SOUSA, Fátima Aparecida Emm Faleiros. Dor: o quinto sinal vital. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 10, n. 3, p. 446-447, June 2002. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0104-11692002000300020&lng=en&nrm=iso>. 7. (SESACRE-AC/2013) A dor que se origina nos órgãos abdominais, mas é percebida em outro ponto, é denominada: A) fantasma. B) referida. C) horizontal. D) somática. E) cutânea. Dor fantasma: é referida no membro ou em parte do membro amputado. Dor referida: Ocorre quando fibras nervosas de regiões de densa inervação (como a pele) e fibras nervosas das regiões menos densamente inervadas convergem nos mesmos níveis do cordão espinhal. Dor somática: sensação dolorosa rude, exacerbada ao movimento (dor "incidental"). É aliviada pelo repouso, é bem localizada e variável, conforme a lesão básica. Dor cutânea: devido a lesão da pele ou dos tecidos superficiais, bem descrita, localizada e de curta duração GABARITO B 10
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