[ESTUDO REFERENTE À ENCF - JOELHO]

Documentos relacionados
16º Imagem da Semana: Radiografia do Joelho

Médico Cirurgia de Joelho

Lesões Traumáticas dos Membros Inferiores

ENDOPRÓTESES DE JOELHO ORIGINAL RJG

RESUMO DOS 120 ANOS DA EEAP OSTEOSSARCOMA DE FÊMUR DISTAL COM FRATURA DE ENDOPRÓTESE NÃO CONVENCIONAL: REVISÃO DE LITERATURA E RELATO DE CASO

Propedêutica Ortopédica e Traumatológica. Prof André Montillo

Esta patologia ocorre quando existe um stress na epífise de crescimento próximo a área da tuberosidade tibial.

Profº André Montillo

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Jônatas Catunda de Freitas

Propedêutica Ortopédica e Traumatológica

PREFEITURA MUNICIPAL DE MIRACEMA 2014 MÉDICO ORTOPEDISTA PLANTONISTA PROVA OBJETIVA

O PRESENTE ESTUDO É DIRECIONADO AO ALUNO DO SEXTO ANO PARA DAR NOÇÕES MÍNIMAS DE ORTOPEDIA- TRAUMATOLOGIA

UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO UNI - RIO

Dr. Ricardo Anatomia dos membros inferiores junho site recomendado para estudar anatomia KENHUB

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESDADO DO RIO DE JANEIRO - UNIRIO Hospital Universitário Gaffrée e Guinle - HUGG. Revisão Ortopedia

Traumatologia e Ortopedia

PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA ORTOCURSO JOELHO CURSO PREPARATÓRIO PARA O TEOT 30 de Abril de 2016

PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA ORTOCURSO JOELHO CURSO PREPARATÓRIO PARA O TEOT 30 de Abril de 2016

Exame do Joelho. -A maior das junturas sinoviais do corpo humano, bem como uma das mais complexas e discutidas.

Reunião de casos. LUCAS MERTEN Residente de RDI da DIGIMAX (R1)

RADIOLOGIA ORTOPÉDICA E INTERPRETAÇÃO texto simplificado

Imagens para prova prática diagnóstico por imagem Professora: Juliana Peloi Vides

Tendinopatia Patelar

STADO DE MATO GROSSO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE DA REGIÃO DO VALE DO PEIXOTO

ALTERAÇÕES DAS CURVAS DA COLUNA VERTEBRAL

Ossos da Perna Vista Anterior

Estudo por imagem do trauma.

SISTEMA ÓSSEO - COMPLICAÇÕES

Cintilografia Óssea com 99mTc-MDP na suspeição do câncer de próstata.

TÉCNICAS RADIOLÓGICAS APLICADAS NOS ESTUDOS DAS INSTABILIDADES

FDG PET no Câncer de Pulmão: Influências das doenças granulomatosas

Traumatologia. Distúrbios do Aparelho Locomotor tendo como Etiologia Sempre o TRAUMA, não importando a sua Magnitude.

Ligamento Cruzado Posterior

Mauricio Zapparoli Departamento de Clínica Médica Hospital de Clínicas Universidade Federal do Paraná. DAPI Diagnóstico Avançado por Imagem

Metatarsalgias. Prof. Dr. Helencar Ignácio Dr. Márcio G Figueiredo

Estudo do Sistema Musculo-Esquelético

Métodos de imagem em ortopedia

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA SOBRE OSTEOSSARCOMA, VISANDO QUALIFICAR A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM¹

Luxação Congênita do Quadril (Displasia Acetabular) Doença de Legg-Perthes-Calvet Epifisiólise. Prof André Montillo UVA

Lesões Traumáticas da Cintura Escapular. Prof. Reinaldo Hashimoto

FUNDAMENTOS E CLÍNICA EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA I. Profº Ms. Marcos Antonio P. Brito 6ºTermo UniSalesiano Araçatuba

FRATURA POR ESTRESSE CUNEIFORME LATERAL UMA FRATURA RARA

Lesões ortopédicas do posterior em pequenos animais

LESÕES ÓSSEAS POR ESTRESSE NO ATLETA. Daniel Zimmermann Stefani

USG intra-op necessária mesmo com boa Tomografia e Ressonância?

Valor dos métodos de diagnóstico por imagem na avaliação das reações/fraturas de estresse (*)

EXAME Instruções

Médico Cirurgia de Coluna

Radiografia, cintilografia

Oncologia. Caderno de Questões Prova Discursiva

Conceitos Gerais de Osteologia, Artrologia e Miologia.

Indicações. Pré-operatório. Estudo Radiológico. Fraturas da tíbia:

Deformidades no crescimento

Protocolo de Tomografia para Membros Superiores

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM. Profa Dra Sandra Zeitoun UNIP

Métodos de imagem em ortopedia

Biópsia nos tumores ósseos

CALO EXTERNO CALO INTERNO

O Fixador Verona Fix Dinâmico Axial é um sistema monolateral e um método de correção onde é realizada uma osteotomia de abertura gradual da tíbia OAG.

Traumatologia Infantil. O Esqueleto da Criança Não É O Esqueleto do Adulto em Miniatura

XXIV Reunião Clínico - Radiológica. Dr. RosalinoDalazen.

RIOT 2019/20. Presidente SBOT-CE: Dr. Atualpa Junior Vice-presidente SBOT-CE: Dr. Leonardo Drumond

Músculos do membro inferior. Carlomagno Bahia

DECRETO Nº 750/2014. O PREFEITO DE BARREIRAS ESTADO DA BAHIA, ANTONIO HENRIQUE DE SOUZA MOREIRA, no uso de suas atribuições, e

MS/DATASUS 26/03/ :00:19 E

SISTEMA ÓSSEO OSSOS OSSOS 04/05/2017 RADIOGRAFIA ESTRUTURA OSSO LONGO

Lesões do ligamento cruzado anterior (LCA)

Terapia conservadora da mama em casos multifocais/multicêntricos

Pubalgia. Fig. 1 fortes grupos musculares que concentram esforços na sínfise púbica.

Técnicas em Ortopedia Fixação das fraturas do planalto tibial com parafusos canulados

Existem algumas enfermidades ósseas de causas desconhecidas, ou ainda, não muito bem definidas. Dentre essas, vale ressaltar:

Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha.

Os membros inferiores são formados por cinco segmentos ósseos, que apresentamos a seguir. Todos os ossos desses segmentos são pares.

SIMPÓSIO DE CIRURGIA GERAL

Protocolo de Atendimento de Luxações do Pé e Tornozelo

Radiologia do crânio e face

Lesão do Ligamento Cruzado Posterior (LCP)

Métodos de imagem nos tumores ósseos

Músculos do Quadril e Coxa. Profa. Dra. Cecília H A Gouveia Departamento de Anatomia, ICB, USP

SCORE. SCORE total knee prosthesis cemented or cementless. Técnica Cirúrgica Mecânica

PRÓTESE NÃO CONVENCIONAL

MS/DATASUS 23/08/ :28:03 E

(73) Titular(es): (72) Inventor(es): (74) Mandatário:

PS 24 - MÉDICO I - Ortopedia e Traumatologia: Cirurgia do Pé e Tornozelo. Pág. 1

Lesões Meniscais. Anatomia. Tipos de Lesões

Imagem da Semana: Radiografia e Ressonância Magnética (RM)

Módulo: Câncer de Rim Metastático

DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA ARTROSE Diagnóstico- Prevenção - Tratamento

/-.+/-.+/-.+/-.+-+./- +/. / / -.+ PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICO ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

CISTO ÓSSEO ANEURISMÁTICO EM METATARSO RELATO DE CASO

Baumer. Líder no Brasil. Forte no mundo.

Artroplastia de Ombro TRATAMENTO POR ARTROPLASTIA NAS FRATURAS DO ÚMERO PROXIMAL INDICAÇÃO. partes? rachadura da

INTRODUÇÃO AO SISTEMA ESQUELÉTICO

AVALIAR A ANATOMIA DE SUPERFÍCIE DO MEMBRO PÉLVICO DO CÃO.

Miologia. Mio Músculo Logia Estudo Quatrocentos músculos esqueléticos 40 50% da massa corporal.

Universidade Federal do Maranhão

DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO DO PET CT ONCOLÓGICO NO PLANSERV.

XIII Reunião Clínico - Radiológica. Dr. RosalinoDalasen. LUCAS MERTEN Residente de RDI da DIGIMAX (R1)

Transcrição:

2011 IMPOL Instrumentais e Implantes Samuel de Castro Bonfim Brito [ESTUDO REFERENTE À ENCF - JOELHO] Casos apresentados neste estudo foram operados e pertencem à Fundação Pio XII Hospital do Câncer de Barretos. Resumidamente as técnicas cirúrgicas.

Endoprótese de Fêmur Distal ENDOPRÓTESE NÃO CONVENCIONAL FABRONI Paciente de 23 anos de idade, do sexo feminino, deu entrada no serviço para avaliação de tumoração de joelho esquerdo. Oligoassintomática sem bloqueio articular, sem dor local. Nas radiografias da origem, apresentava lesão osteoblástica paresteal no cavo poplíteo do fêmur, figuras abaixo: Radiografia de joelho esquerdo em perfil. Radiografia de joelho esquerdo em ântero-posterior Sequências ponderadas em T2 adquiridas pela RM apresentava lesão periosteal em cavo poplíteo, com invasão da medular óssea, porém com feixe vásculo-nervoso livre. Ressonância magnética de joelho esquerdo. 2

Tomografia computadorizada mostrando tumoração osteoblástica periostal com invasão da medular, figura abaixo: ENDOPRÓTESE NÃO CONVENCIONAL FABRONI Tomografia computadorizada de joelho esquerdo. Realizada biópsia com agulha, porém o anatomopatólogico foi inconclusivo. Então nova biópsia incisional foi realizada com o diagnóstico de OSTEOSSARCOMA PAROSTAL. Na cintilografia óssea, lesão é monostótica e TC de tórax apresentava-se normal. Conduta: Indicado então pelo estadiamento uma ressecção com margem oncologica distal de fêmur e reconstrução com endoprótese não-convencional de joelho articulado. Cirurgia: Incisão lateral ampla englobando o trajeto da biópsia. 3

Abertura ampla lateral exposiçãoo da superfície articular fêmuro-tibial e patelo-femural. Liberação do feixe vásculonervoso Peça cirúrgica demonstrando a ressecção com margem oncológica. 4

Endoprótese Não-Convencional confeccionada sob medida para o paciente Endoprótese já posicionada no leito cirúrgico com cimentação ao nível do fêmur e planalto tibial. 5

Flexão articular intra-operatória. Paciente encontra-se muito bem em cinco anos de pós-operatório, sem recidiva local e livre de metátesess pulmonares. Radiografia de pós-operatório 6

Endoprótese Parcial de Tíbia Proximal ENDOPRÓTESE NÃO CONVENCIONAL FABRONI Paciente do sexo feminino, 12 anos, encaminhada ao serviço já em quimioterapia no protocolo para SARCOMA DE EWING apresentando, como queixa, dor em perna esquerda de forte intensidade incapacitada para deambulação. Ao exame físico, tumoração em região proximal de perna esquerda. Radiografias de perna esquerda, revelando lesão osteoblástica em região metafisária e parte da diáfise proximal de tíbia, associada à reação periostal e fratura patológica. Figuras abaixo: Radiografia de perna esquerda evidenciando a lesão óssea de caráter blástica comprometendo a metáfise e a parte proximal da diáfise de tíbia. Radiografia de perna esquerda. 7

A ressonância magnética evidencia grande lesão óssea caracterizada por marcado hipersinal intramedular, associada à fratura patológica e à invasão de partes moles. A aquisição sagital revela discreta infiltração da placa de crescimanto e pequeno comprometimento da epífise, entretanto não há sinais de comprometimento articular. Imagem sagital de RM ponderada em STIR demonstrando a lesão óssea com marcado aumento do sinal acometendo a tíbia proximal Imagem coronal de RM ponderada em T2 com saturação de gordura, que da mesma forma a sequência STIR, evidencia esta lesão óssea com hipersinal em relação ao osso normal e às estruturas de partes moles adjacentes. Conduta: A escolha da reconstrução foi endoprótese parcial proximal de tíbia esquerda, pois a epífise já estava comprometida pelo tumor, portanto a margem oncológica foi a ressecção ao nível articular e quanto à parte distal, segue o mesmo padrão de ressecção com quatro centímetros da zona sã. 8

CIRÚRGIA: ENDOPRÓTESE NÃO CONVENCIONAL FABRONI Incisão ampla com a abertura e a liberação de toda a parte distal do fêmur e a liberação com margem oncológica de toda a porção proximal de tíbia. Imagem que demonstra com o joelho em flexão a liberação articular e parte da ressecção com margem oncológica em tíbia. Correlação da medida da prótese já previamente confeccionada com o nível da osteotomia em tíbia. 9

Leito cirúrgico, já realizada a ressecção com margem oncológica proximal de tíbia, em que se observa que o tendão patelar distal pôde ser preservado para sua reinserção. Detalhe da reconstrução ligamentar com a fáscia. Realizada a reconstrução ligamentar bilateral passando a fáscia através de orifícios na prótese. 10

Reinserção do tendão patelar na prótese. Peça cirúrgica demonstrando a ressecção com margem oncológica. Radiografia pós-operatória controle no qual se observa a congruência articular. 11

Radiografia de perna controle pósno qual se observa operatório cimentação distal da prótese. Paciente evolui bem, deu continuidade à quimioterapia no hospital de origem. 12

Bibliografia: PENNA, Valter. ATLAS CIRÚRGICO DOS TUMORES MÚSCULO-ESQUELÉTICOS. São Paulo: 1ª Edição, Lemar 2010. Endoprótese de fêmur distal Osteossacorma Parostal - Pág.121-129 Endoprótese parcial de tíbia proximal Sarcoma de Ewing Pág.219-227 13