Patologia pulmonar. Doenças intersticiais. Alunos 5º semestre. Prof. Jane Maria Ulbrich. Prof. Adjunta do Departamento de Patologia Famed/Ufrgs

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Transcrição:

Doenças intersticiais Alunos 5º semestre Prof. Jane Maria Ulbrich Prof. Adjunta do Departamento de Patologia Famed/Ufrgs Material utilizado em sala de aula com alunos

Doenças intersticiais Doenças Ocupacionais Toxicidade às drogas Pneumonias intersticiais idiopáticas Doenças Primárias Doenças do tecido conjuntivo

Doenças intersticiais Bases morfológicas Fibrose Inflamação Distribuição Intensidade Natureza inflamação Natureza fibrose

Doenças intersticiais Padrões distintos mas não específicos. Confusão entre terminologia clínico-radiológica, tomográfica e a anatomopatológica. Lung Pathology

Padrão pneumonia intersticial usual Doença fibrose pulmonar idiopática Quadro clínico: acomete homens/mulheres (igual proporção), raça branca e na faixa etária 50-60 anos. Apresentação insidiosa, normalmente com mais de 06 meses antes do diagnóstico, com dispnéia progressiva e tosse seca. No exame físico: presença de estertores crepitantes tipo (velcro) em bases, baqueteamento / hipocratismo digital, taquipnéia,sinais de hipertensão pulmonar. O óbito ocorre cerca de 05 anos após o início dos sintomas e 02 anos após diagnóstico.

Padrão pneumonia intersticial usual RX tórax Infiltrado reticular difusos mas com predomínio na periferia e base. Tomografia do tórax Lesões sub pleurais e inferiores) c/ presença de bronquiectasias de tração e faveolamento. Presença de regiões vidro despolido = áreas de maior celularidade /atividade Medicinanet Lake D Morrison Doenças intersticiais e fibróticas Medicinanet Lake D Morrison Doenças intersticiais e fibróticas

Fibrose pulmonar idiopática Características histopatológicas Focos de fibrose intersticial subpleurais e/ou parasseptais Focos fibroblásticos Distribuição não uniforme Heterogeneidade tumoral Remodelamento Inflamação leve a moderada J Bras Pneumol. 2008;34(9):715-744

Valor preditivo de sobrevida em fibrose pulmonar idiopática Am J Respir Care Med vol 164, pp1171-1181, 2001.

Pneumonia intersticial usual Doenças em que pode ocorrer este padrão: Fibrose pulmonar idiopática Colagenose Toxicidade à droga pneumotox.org Pneumonite por hipersensibilidade crônica Asbestose Síndrome de Hermansky-Pudlak

Padrão de pneumonia intersticial não específica Distribuição uniforme Inflamação leve a moderada do interstício Fibrose variável Não-fibrosante Fibrosante

Pneumonia intersticial não-específica Doenças em que pode ocorrer este padrão: Pine idiopática Colagenose Toxicidade à droga Pneumonite por hipersensibilidade Pneumonite induzida por droga Infecção Imunodeficiências Medicinanet Lake D Morrison Doenças intersticiais e fibróticas

Patologia pulmonar Pneumonia em organização Distribuição multifocal Proliferação de tecido fibromixóide fruxo em espaços intraalveolares e bronquíolos Inflamação crônica intersticial

Pneumonia organizante Doenças em que pode ocorrer este padrão. Processo idiopático Dad na fase de organização Reações organizantes por infecções, aspirações, fumo, drogas Colagenoses Alveolite alérgica extrínseca Doença pulmonar eosinofílica

Pneumonia organizante Doenças em que pode ocorrer este padrão. Processo idiopático Dad na fase de organização Reações organizantes por infecções, aspirações, fumo, drogas Colagenoses Alveolite alérgica extrínseca Doença pulmonar eosinofílica

Padrão de dano alveolar difuso www.medicinanet.com.br Revista Brasileira de Terapia Intensiva Vol. 20 Nº 2, Abril/Junho, 2008

Padrão de dano alveolar difuso Fase exsudativa Fase exsudativa Fase proliferativa Scielo.com.br J Bras Pneumol. 2008;34(2):67-73 Anatpat.unicamp.br Itarget.com.br

Padrão de dano alveolar difuso Doenças em que pode ocorrer este padrão: Pneumonia intersticial aguda Infecção. Colagenose Toxicidade à droga Inalação tóxica. Uremia Sepse Choque Trauma Doença fulminante de etiologia desconhecida, que ocorre em adultos previamente hígidos.

Bronquiolite respiratória Acúmulo de macrófagos pigmentados em bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos circunjacentes. Fibrose peribronquiolar leve. Inflamação linfo-histiocitária. Rimarks

Bronquiolite respiratória Doenças em que pode ocorrer este padrão: Doença tabaco-associada Bronquiolite respiratória associada a doença intersticial

Pneumonia intersticial descamativa Acúmulo de macrófagos intra-alveolares. Distribuição homogênea. Inflamação crônica intersticial escassa e fibrose leve e difusa.

Pneumonia intersticial linfocítica Infiltrado intersticial difuso das áreas envolvidas Distribuição predominante em septo alveolar Infiltrado constituído por linfócitos, plasmócitos e macrófagos Hiperplasia linfóide Ausência de comprometimento de todo trajeto dos linfáticos, pneumonia organizante, comprometimento pleural e de linfonodos, de granulomas.

Pneumonia intersticial linfocítica

Doenças Intersticiais Diagnóstico preciso

Classificação Histológica e Clínica das Pneumonias Intersticiais Idiopáticas Padrão Doença Pneumonia Intersticial Usual Fibrose Pulmonar Idiopática Pneumonia Intersticial Não Específica Pneumonia Intersticial Não Específica Pneumonia em Organização Pneumonia Organizante Criptogênica Dano Alveolar Difuso Pneumonia Intersticial Aguda Bronquiolite Respiratória Bronquiolite Respiratória Associada a Doença Intersticial Pulmonar Pneumonia Intersticial Descamativa Pneumonia Intersticial Linfocítica Pneumonia Intersticial Descamativa Pneumonia Intersticial Linfocítica Pneumonia Intersticial Não Classificável Pneumonia Intersticial Não Classificável

Padrão granulomatoso Diagnósticos diferenciais Sarcoidose Alveolite alérgica extrínseca Reação à droga Talcose Pneumoconiose Síndrome de Sjogren Rimarks Ferreira Slideplayer

Alveolite alérgica extrínseca/pneumonia de hipersensibilidade crônica Doença intersticial pulmonar difusa secundária a inalação de antígenos orgânicos. Constituída em 10 a 15% dos casos por granulomas frouxos e mal formados, usualmente bronquiolocêntricos, com extensão do processo inflamatório para o septo alveolar. Combinação de hipersensibilidade de tipo III e IV. Quadro clínico: febre, tosse e dispnéia Desencadeantes: Contato com: mofo, mofo de feno, bagaço de cana, de cevada, de queijo ou com poeira de cortiça, grão de café, excrementos de pássaros, detergentes de baixa qualidade (não-industriais) J Bras Pneumol. 2008;34(9):715-744

Alveolite alérgica extrínseca Quadro clássico: 10 a 15% dos casos

Sarcoidose Definição: doença granulomatosa multisistêmica de etiologia desconhecida, mais comumente atingindo pessoas jovens e apresentando habitualmente adenopatias hilares bilaterais, infiltração pulmonar e lesões cutâneas ou oculares. Epidemiologia: acomete o adulto jovem (20-40 anos), c/predominância em mulheres e da raça negra. Etiologia desconhecida (hipótese de relação c/ tuberculose).

Sarcoidose No quadro histopatológico usualmente se encontram granuloma de cels. epitelióides sem necrose caseosa (granuloma sarcóide). A maior parte dos granulomas regridem sem sequelas, mas quando ocorre evolução desfavorável ocorre proliferação de fibras reticulares c/hialinização e fibrose. J Bras Pneumol. 2008;34(9):715-744

Sarcoidose Granulomas de padrão sarcóide no parênquima pulmonar periférico. Ziehl-Nielsen e Grocott para pesquisas de baar e fungos: negativos

Sarcoidose Doença multisistêmica podendo comprometer simultaneamente vários órgãos e ter as mais variadas manifestações clínicas. Sintomas gerais: febre, fadiga e perda de peso. Sarcoidose torácica: alterações presentes em mais de 90% dos casos podendo apresentar tosse seca, dispnéia e dor torácica. O envolvimento pulmonar é classificado em: Tipo zero (5 a 10% casos): RX tórax normal e aparentemente só há doença extratorácica. Tipo I (40 a 60% casos): linfadenomegalia hilar bilateral, forma mais freqüente da doença, paciente c/poucas manifestações ou assintomático. Tipo II (25 a 35% casos): associação de linfadenomegalia hilar bilateral + infiltrado pulmonar (prefere os 1/3 médios e peri hilares). Tipo III (5 a 15% casos): alterações exclusivas do parênquima pulmonar. Envolvimento pulmonar difuso e bilateral, podendo evoluir p/fibrose pulmonar (sarcoidose progressiva).

Sarcoidose extra-torácica: Sistema linfóide: 1/3 pacientes c/linfonodos periféricos palpáveis. Coração: 5% apresentam envolvimento sistêmico (arritmias, bloqueios e morte súbita). Pele: 25% apresentam eritema nodoso ou outras alterações. Ocular: uveíte (mais freqüente). Endocrina: hipercalemia (2-10%) e hipercalciúria (30%) Renal: nefrocalcinose, calculose renal e insuficiência renal. Exame radiológico: Rx tórax (infiltrado reticular difuso mas com predomínio nas periferias e bases). Tomografia do tórax (lesões sub pleurais e inferiores) c/ presença de bronquiectasias de tração e faveolamento. Presença de regiões vidro despolido = áreas de maior celularidade /atividade)

Sarcoidose Diagnóstico: 01- História e exame físico: atenção p/os locais mais acometidos (pulmões, pele e olhos) 02- Radiografia Tórax 03- Avaliação da imunidade celular (teste tuberculínico) 04- Pesquisa BAAR/fungos no escarro 05- Calcemia e calciúria de 24hs. 06- Prova função pulmonar 07- Eletrocardiograma 08- Biópsia (principal método diagnóstico) 09-Teste de KVEIM 10- Lavado bronco alveolar: CD4/CD8 (4:1) 11- Biópsia transbrônquica: granulomas não caseosos/ valor preditivo positivo (100%). Pesquisas de baar e fungos

Sarcoidose Diagnóstico de exclusão! 1- Sarcoidose 2- Alveolite alérgica extrínseca 3- Reação a drogas 4- Infecções (micobactérias e fungos) 5- Pneumoconiose- Beriliose 6- Processos granulomatosos necrosantes não-infecciosos Granulomatose de Wegener Sindrome de Churg Straus Granulomatose sarcóide necrosante 7- Drogadição intravenosa 8- Doença veno-oclusiva

Faveolamento pulmonar Pulmão em estagio terminal. Mais frequente em: _Pneumonia Intersticial Usual _Sarcoidose J Bras Pneumol. 2008;34(9):715-744

Faveolamento pulmonar Pulmonar Pathology

Diagnóstico das doenças intersticiais Adequada escolha do local a ser diagnosticado: zona com lesão Início: Transbrônquica Excluir lesões de distribuição linfática Céu aberto Vídeo assistida

Versão original publicada na obra Fochesatto Filho L, Barros E. Medicina Interna na Prática Clínica. Porto Alegre: Artmed; 2013.

Versão original publicada na obra Fochesatto Filho L, Barros E. Medicina Interna na Prática Clínica. Porto Alegre: Artmed; 2013.

Leiam o Robbins.