SALA DE ESPERA DO PROGRAMA DE MASTOLOGIA: ESPAÇO INTERATIVO PARA INTERVENÇÕES EDUCATIVAS EM SAUDE DA MULHER 1

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Transcrição:

SALA DE ESPERA DO PROGRAMA DE MASTOLOGIA: ESPAÇO INTERATIVO PARA INTERVENÇÕES EDUCATIVAS EM SAUDE DA MULHER 1 CORTES, Thuane Bandeira; ARAÚJO, Nádja Leyne Ferreira de; JÚNIOR, Ruffo de Freitas; MATOS, Mariana Valentes; PAULA, Maria Elyza de Oliveira; SANTOS, Mayriê Mauryza Ribeiro dos; SOUSA, Claúdia Maria de; VASCO Vanessa Romeiro; ALMEIDA, Nilza Alves Marques. Universidade Federal de Goiás FEN Thuanebc_@hotmail.com Palavras Chaves: Educação em Saúde. Câncer de Mama. Extensão Universitária. Justificativa/ Base teórica O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente de câncer entre as mulheres, respondendo por 22% de casos novos a cada ano. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento, representando um problema de Saúde Pública. No Brasil, o câncer de mama ocupa o segundo lugar em incidência, sendo ultrapassada apenas pela neoplasia de pele do tipo não melanoma. É a maior causa de mortalidade por câncer na população feminina nas regiões Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste. (BRASIL, 2010). As taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados, pois quando diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom (INCA, 2010). De acordo com o Instituto Nacional do Câncer no Brasil, estima-se para 2010, válido para 2011, 49.240 novos casos de câncer de mama, sendo 2.690 para a região Centro-Oeste. Para o Estado de Goiás, estima-se 1070 casos novos de câncer de mama, sendo 360 para Goiânia (51,87 casos/100 mil mulheres) (INCA, 2010). *Resumo revisado pela Coordenadora da Ação de Extensão e Cultura, código FM 94: Nilza Alves Marques Almeida - Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás.

Diante deste panorama, com o intuito de colaborar em ações de prevenção e detecção precoce do câncer de mama para redução da mortalidade em Goiânia, a Liga da Mama (LM) do Programa de Mastologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (PM/HC/UFG), tem realizado atividades educativas junto à comunidade durante o desenvolvimento do projeto de extensão Grupo Educacional Previna-se. A Liga da Mama está vinculada a Faculdade de Medicina (FM) e ao Programa de Mastologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (PM/HC/UFG) e conta com docentes da Faculdade de Medicina e de Enfermagem e acadêmicos de medicina, enfermagem, psicologia e fisioterapia. Realiza várias também atividades de promoção, prevenção e detecção precoce do câncer de mama em alguns municípios do Estado de Goiás. Por meio do projeto Grupo Educacional Previna-se, acadêmicas de enfermagem da Liga da Mama, desde 2004, desenvolvem intervenções educativas direcionadas à promoção da saúde da mulher na sala de espera do PM/HC. A Liga da Mama é composta por acadêmicos de medicina, enfermagem e psicologia que atuam sob a supervisão de docentes vinculados ao PM. As intervenções educativas objetivam estimular as usuárias do serviço a adotarem comportamentos de promoção e de prevenção de agravos à saúde; favorecer a troca de experiências entre elas; estimular a aceitação e adesão ao tratamento entre as portadoras de câncer de mama e favorecer o envolvimento da comunidade (usuárias, família, Associação de Portadores de Câncer de Mama APCAM) no serviço; assim como, favorecer o desenvolvimento de habilidades educativas entre os acadêmicos e a equipe multiprofissional envolvida no atendimento. As ações de educação em saúde, referentes aos métodos de prevenção e detecção precoce do câncer de mama direcionada à população feminina, têm sido apontadas como indispensáveis e carentes de intensificação, diante as evidências de que o processo de informação ainda não é satisfatório ou a prevenção não é praticada pela maioria das mulheres (MARINHO, 2002; FREITAS JUNIOR et al., 2006). Para a educação em saúde é necessária uma abordagem reflexiva que considere a compreensão do sujeito no seu contexto social, de acordo com suas

crenças, valores e saberes, para que lhe seja favorecida a autonomia do cuidado com sua saúde (FRANCIONE; COELHO, 2004; BRANCO, 2005). Os saberes populares devem ser considerados com vistas a aproximá-los dos saberes científicos (FERNANDES; NARCHI, 2002). Assim, as estratégias de educação em saúde precisam estimular a adoção de medidas de prevenção primária que contribuem para a redução da incidência de câncer de mama e de prevenção secundária que propiciam a detecção precoce da doença, com consequente melhoria de seu prognóstico (THULER, 2003). Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem da Liga da Mama, em intervenções educativas na sala de espera do Programa de Mastologia do Hospital das Clinicas da Universidade Federal de Goiás. Metodologia: As intervenções educativas do projeto Grupo Educacional Previna-se são realizadas por acadêmicas de enfermagem da LM na ocasião de espera das usuárias para consulta com a equipe multidisciplinar do Programa de Mastologia. As participantes são usuárias do serviço, referenciadas pela Secretaria Municipal de Saúde para avaliação diagnóstica, tratamento, acompanhamento e aconselhamento sobre câncer de mama. As intervenções educativas são realizadas antes do inicio do atendimento, entre as 12 e 14 horas, das 2ª 4ª e 5ª feiras. O planejamento das palestras e oficinas é realizado previamente, a partir dos temas definidos pelas usuárias do serviço, que também avaliaram cada atividade após sua finalização quanto a relevância, a compreensão e a satisfação em relação às informações oferecidas. As acadêmicas receberam orientação docente e supervisão de enfermeiras do serviço. Durante as atividades, busca-se incentivar e conscientizar as usuárias do serviço quanto aos hábitos saudáveis para melhoria da qualidade de vida e sobre a importância da prevenção e detecção precoce do câncer de mama. Resultados e Discussão:

As atividades educativas aconteceram na sala de espera do PM nas 2ª 4ª e 5ª feiras, entre 12:30 e 13:30. Os temas abordados foram Climatério e Menopausa, Auto- exame das mamas, Osteoporose, HPV, Amamentação, Exercício físico e saúde, Diabetes Mellitus, Candidíase, Influenza A subtipo H1N1, Hipertensão, Métodos contraceptivos, Exame colpocitológico (COP), Infecção do trato urinário (ITU), Saúde da Mulher e Obesidade e Câncer de mama. Nas intervenções educativas foram utilizadas várias estratégias como jogos interativos, figuras, folders e materiais didáticos como a mamamiga. Em cada atividade, obteve-se participação de 10 a 20 mulheres, totalizando em 111 mulheres. As mulheres mostraram-se bem participativas, levantaram questionamentos durantes os temas abordados, compartilham experiências e conhecimentos sobre os conteúdos. As atividades desenvolvidas foram avaliadas pelas participantes como relevantes por oferecerem informações que as motivaram a assumir cuidados de prevenção com a saúde. Foram garantidas informações de fácil compreensão e de interesse para a mulher. Para as acadêmicas, as ações desenvolvidas neste projeto promoveram ganhos para a formação resultantes da: (1) interação ensino-serviço-comunidade nas atividades de extensão; (2) troca de experiências com a comunidade; (3) trabalhar em equipe multiprofissional e realizar ações de promoção da saúde junto à comunidade. Conclusão: Este projeto de parceria entre ensino-serviço possibilitou desenvolvimento de estratégias direcionadas às necessidades das usuárias do PM e tem contribuído para a formação profissional direcionada ao atendimento integral e humanizado. Além de favorecer as acadêmicas conhecimentos e habilidades para falar em público. As usuárias do serviço em geral relatam a importância do programa para elas e como contribui positivamente para a melhoria do cuidado com sua saúde. Relatam também que é uma oportunidade para esclarecer dúvidas enquanto esperam pelo atendimento médico ouvindo as palestras, se sentem mais confortáveis, menos ansiosas e bem acolhidas.

Referências: BRASIL. Ministério da saúde. Instituto nacional do câncer INCA. Estimativas da incidência e mortalidade por câncer. Rio de Janeiro, INCA, 2010. INCA (Instituto Nacional de Câncer). CONSENSO. Controle do Câncer de Mama. Documento de Consenso. Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Câncer (INCA). 2004. INCA (Instituto Nacional de Câncer). Estimativas da incidência e mortalidade por câncer. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde; 2010 [on line]. Disponível:http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/mama /cancer_mama.acessado em 01 de setembro de 2010. MARINHO, L.A.B.; COSTA-GURGEL, M.S.; CECATTI, J.G.; OSIS, M.J.D. O Papel do auto-exame mamário e da mamografia no diagnóstico precoce do câncer da mama. Rev. Cienc. Méd. Campinas, vol. 11, n.3, set/dez, 2002. FREITAS-JÚNIOR, R. et al. Conhecimento e prática do auto-exame de mama. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 52, n. 5, p.337-341, out. 2006. FRANCIONI, F.F.; COELHO, M.S. A superação do deficit de conhecimento no convívio com uma condição crônica de saúde: a percepção da necessidade da ação educativa. Texto Contexto Enfermagem. 2004 Jan- Mar, vol. 13, n. 1, p.157. FERNANDES, R.A.Q; NARCHI, N.Z. Conhecimento de gestantes de uma comunidade carente sobre os exames de detecção precoce do câncer cérvicouterino e de mama. Rev Bras Cancerol. 2002, vol.48, n.2, p.223 30. THULER, L.C. Considerações sobre a prevenção do câncer de mama feminino. Revista Brasileira de Cancerologia, 2003, vol.49, n.4, p 227-238. ALMEIDA, A.M.; MAMEDE, M.V., PANOBIANCO, M.S., PRADO, M.A.S.; CLAPIS, M.J. Construindo o significado da recorrência da doença: a experiência de mulheres com câncer de mama. Revista Latino-americana de Enfermagem. 2001, set-out, vol.9, n.5, p.63-9.