AULA 27 02/06/2010 CAP. 33 MANKIW DEMANDA AGREGADA E OFERTA AGREGADA. Três fatos chaves sobre flutuações econômicas

Documentos relacionados
Flutuações Econômicas no Curto Prazo OA e DA CAPÍTULO 33

12 Flutuações de Curto Prazo

Demanda e oferta agregadas

FlutuaçõesEconômicasde Curto Prazo. Flutuações Econômicas de Curto Prazo. Três Fatos Sobre Flutuações. Flutuações PIB real. Flutuações - Investimento

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DISCIPLINA: ECONOMIA ALUNOS: LEANDRO SUARES, LUIS FELIPE FRANÇA E ULISSES

Influência das políticas monetária e fiscal sobre a demanda agregada.

A diferença entre o curto e o longo prazo

Variáveis Macroeconômicas nas Economia Aberta. 30. Teoria Macroeconômica das Economia Abertas. Mercado de Fundos. Mercado de Fundos.

Segundo Período, Prof. Dr. Wilson Luiz Rotatori Corrêa. Lista de Exercícios II GABARITO RESPONDA AS QUESTÕES ABAIXO JUSTIFICANDO A SUA RESPOSTA:

A diferença entre o curto e o longo prazo

[80] O efeito multiplicador em questão pressupõe que a economia esteja em desemprego.

Introdução à Macroeconomia. Danilo Igliori Ciclos e Flutuações

Macroeconomia. 5. O Mercado de Bens e Serviços. Francisco Lima. 2º ano 1º semestre 2012/2013 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial

Macroeconomia. 5. O Mercado de Bens e Serviços. Francisco Lima. 2º ano 1º semestre 2013/2014 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial

Economia. Demanda agregada e Oferta agregada. Introdução à. N. Gregory Mankiw. Tradução da 6a. Edição norte-americana

Qdx= Px, que é a simples multiplicação da função para mil indivíduos.

Macroeconomia para executivos de MKT. Lista de questões de múltipla escolha

Macroeconomia Aplicada - Notas de Aula Professor: Waldery Rodrigues Júnior

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA

é maior (menor) do que zero. Assim, o multiplicador em (c) será maior se b 1 é grande (investimento é sensível à renda),

INSS Economia Macroeconomia Keynesiana Fábio Lobo

Inflação: Causas e Custos 28. Inflação: Causas e Custos

Fig. 1-1 Procura e oferta agregadas no longo prazo. Produto (Y)

Economia. Modelo Clássico. Professor Jacó Braatz.

Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3, 4 e 7

Moeda, taxas de juros e taxas de câmbio

Modelos de determinação da renda: o Modelo Clássico

Terceira Lista de Exercícios Macro II (Solução)

Exercícios de Macroeconomia

Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (PIB)

Aula 07 Modelo IS-LM Parte I

Expectativas: ferramentas básicas

MOEDA, TAXAS DE JUROS E TAXAS DE CÂMBIO TÓPICOS DO CAPÍTULO

Escassez: problema econômico central de QUALQUER sociedade

3. Qual o significado geral da Análise IS-LM? 4. O que vem a ser a curva IS? Quais os fatores ou variáveis que a deslocam?

ECONOMIA. Macroeconomia. Escola Clássica Parte 04. Prof. Alex Mendes

1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.2. Modelo Clássico e o Processo Cumulativo de Wicksell

1. Teoria Quantitativa da Moeda 1.2. Modelo Clássico e o Processo Cumulativo de Wicksell

Produção e Taxa de Câmbio no Curto Prazo

O Mercado Monetário, a Taxa de Juros e a Taxa de Câmbio

Expectativas, produto e política econômica

MACROECONOMIA Teste Intermédio

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE CARGOS DA UFF RJ EDITAL N 216/ 2018

Curso de Revisão e Exercícios

Taxas de câmbio e o mercado de câmbio: enfoque de ativos

EAE-206 Teoria Macroeconômica I Prof. Márcio I. Nakane Lista de Exercícios 4 Mercado de trabalho e AS AD. 1. Blanchard, cap.

TEMA: Paridade da Taxa de Juros Determinação da Taxa de Câmbio sob Câmbio Flutuante

CAPÍTULO 18. Abertura dos mercados de bens e dos mercados financeiros. Olivier Blanchard Pearson Education

Introdução. à Macroeconomia. Mensuração do PIB

TAXAS DE CÂMBIO E O MERCADO DE CÂMBIO: ENFOQUE DE ATIVOS

Demanda Agregada salários e preços rígidos

Aula 26 - TP002 - Economia 31 /05/2010 Capítulo 32 MANKIW (2007) continuação...

Teoria Econômica II: Macroeconomia. Economia Fechada. Além, A.C., Macroeconomia, SP: Elsevier, 2010 Capítulos 3, 4 e 7

IFSC Câmpus Lages Economia Microeconomia Profª. Larisse Kupski

1E207 - MACROECONOMIA II

O mercado de bens em uma economia aberta CAPÍTULO 19. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Modelo Clássico de Determinação da Renda. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

Lista de Exercícios (3) A lista poderá ser elaborada em grupo com até 3 componentes Bom Estudo!!!

Introdução à Macroeconomia. Danilo Igliori

Aula 3 - Modelo Keynesiano Simples

EAE0111 Fundamentos de Macroeconomia. Lista 1. Prof: Danilo Igliori

Ajustando o Balanço de Pagamentos

6. Quais os fatores ou variáveis que a deslocam? Quais os fatores ou variáveis que alteram sua inclinação?

PRO Introdução à Economia

CAPÍTULO. Progresso tecnológico, salários e desemprego. Olivier Blanchard Pearson Education

MACROECONOMIA I. Licenciatura em Economia 2004/2005. Prova complementar 11 Fevereiro Normas e Indicações:

UFRJ Economia Internacional Prof. Alexandre B. Cunha P1 2017/1. Resolva 2 (duas) das 3 (três) questões.

Elasticidade e Suas Aplicações

Parte 1: Oferta, demanda e equilíbrio de mercado. Parte 2: Elasticidades. O conceito de utilidade marginal. Microeconomia - Prof. Marco A.

ECONOMIA. Macroeconomia. Modelo IS/LM/BP Parte 01. Prof. Alex Mendes

Elasticidade e Suas Aplicações

Capítulo 11. Keynesianismo: a macroeconomia da rigidez dos salários e preços. Alexandre Nunes Esalq/USP

Aula 8 Modelo IS-LM II Demanda Agregada. Curso de Relações Internacionais

Algo sobre metas de inflação e Produto e taxa de câmbio no curto prazo

MACROECONOMIA I. Licenciatura em Economia 2006/2007. Exame Época Especial - 11 Setembro Normas e Indicações: Bom trabalho!

Demanda por moeda e preferência pela liquidez

CINCO DEBATES SOBRE POLÍTICA MACROECONÔMICA

LEC206 - MACROECONOMIA II

Capítulo 6. Política Macroeconómica no curto prazo com câmbios fixos. Política macro de curto prazo

Universidade Federal de Pelotas Disciplina de Direito e Economia Professor Rodrigo Nobre Fernandez. Lista de Exercícios 3 - Gabarito

1E207 - MACROECONOMIA II

Introdução à Macroeconomia. Danilo Igliori Economia Aberta

QUESTÕES DE MACROECONOMIA. CONCURSOS BACEN 2005, 2009 e 2003 ÁREA GERAL CESPE

O Básico sobre a Oferta e a Demanda. Anotações de Aula Professor Adriano Paranaiba 1

Curso de Extensão: Noções de Macroeconomia para RI (Demanda)

Demanda por moeda e preferência pela liquidez

Economia. Teoria macroeconômica da economia aberta. Introdução à. N. Gregory Mankiw. Tradução da 6a. edição norte-americana

ECONOMIA MICRO E MACRO

Demanda Agregada. Políticas Monetárias e a Demanda Agregada. Demanda Agregada. Teoria da Preferência da Liquidez

Macro aberta: coceitos básicos

O SETOR EXTERNO Bibliografia: capítulo 6 de Bacha (2004), p. 151 a 158; 165 a 175; 177 e 178. Aula 7

Faculdade de Economia do Porto Ano Lectivo de 2005/2006. LEC 201 Macroeconomia I. A Macroeconomia no Curto Prazo: Modelo Keynesiano Simples

Curva LM. A curva LM: os pontos sobre ela, à sua direita e à sua esquerda

Aula 23 Tema: Política monetária: distorções e regra de Taylor

Renda e produto de equilíbrio

2 Funcionamento de Mercados em concorrência perfeita

Setor Externo: Otimismo Incipiente

EAE-206 Teoria Macroeconômica I Prof. Márcio I. Nakane Lista de Exercícios 3 IS LM. 1. Blanchard, cap. 5, exercício 2,

Transcrição:

AULA 27 02/06/2010 CAP. 33 MANKIW DEMANDA AGREGADA E OFERTA AGREGADA. Três fatos chaves sobre flutuações econômicas 1- Flutuações econômicas são Irregulares e Imprevisíveis São chamadas de ciclo de negócios. Quando o PIB real cresce, empresas descobrem que os clientes são abundantes e que os lucros são crescentes. Quando o PIB cai, a maioria das empresas passa a ter problemas. O termo ciclo de negócios parece dar a impressão que as flutuações seguem um padrão previsível, entretanto não o são. 2- Maioria das Variáveis Macroeconômicas flutua junto O PIB é usado para monitorar as crises. Não é o único indicador, mas diversos indicadores flutuam junto, como renda pessoal, lucro das empresas, etc. Quando entram em recessão, os investimentos se reduzem bastante. O investimento empiricamente é 1/7 do PIB, mas respondem por 2/3 do declínio do PIB. Lembrando sempre que o PIB=I+C+G+EL 3- Com a queda na produção o desemprego cresce. As variações na produção de bens e serviços estão estreitamente correlacionadas com variações na utilização da força de trabalho. Quando o PIB cai, normalmente aumenta o desemprego. Outro fato interessante é com relação à taxa de desemprego. Ela normalmente não chega a zero. Nos EUA historicamente sempre flutua de 5 a 6% em épocas onde não existem crises. Essa taxa é conhecida como taxa natural de desemprego. DEMANDA AGREGADA preço dado. É a quantidade de bens e serviços demandados na economia a qualquer nível de 1

Figura pg 730 (MANKIW 2007) Por que tem inclinação negativa? Tudo mais constante, uma queda no nível de preços tende a aumentar a quantidade demandada de bens e serviços. (mostrar na curva). Porque a queda no nível de preços aumenta a quantidade demandada de bens e serviços? Y=C+I+G+EL Y=PIB C=CONSUMO I=INVESTIMENTO G=GOVERNO EL=EXPORTAÇÕES LIQUIDAS Cada um destes contribui para a demanda de bens e serviços. Para saber por que é negativa, temos de examinar como o nível de preços afeta a quantidade demandada de bens e serviços. Imagine que as despesas do governo sejam fixadas pela política. Já consumo, investimento e exportações liquidas dependem das condições econômicas. O que acontece quando os preços caem? Não desloca a curva 1- NÍVEL DE PREÇOS E CONSUMO: O EFEITO RIQUEZA O valor nominal do dinheiro é fixo. ($1,00 será $1,00), mas seu valor real não. Quando os preços caem, esse dinheiro fica mais valioso porque pode ser usado para comprar mais bens e serviços. Incentiva as pessoas a gastarem mais no curto prazo. Uma queda de preços enriquece os consumidores, o que por sua vez os incentiva a gastar mais. O aumento nas despesas de consumo significa uma maior quantidade demandada de bens e serviços. Em resumo: maiores preços fazem as pessoas gastarem menos. 2

2- NÍVEL DE PREÇO E INVESTIMENTO: O EFEITO TAXA DE JUROS O nível de preços é um dos determinantes da quantidade demandada de moeda. Quanto menor o nível de preços, menos moeda as famílias necessitarão manter para comprar os bens e serviços que desejam. Pessoas diminuem a quantidade de moeda que possuem e colocam em títulos ou poupança que rendem juros. Isso faz com que a taxa de juros se reduza, uma vez que mais dinheiro faz o preço do dinheiro se reduzir. O nível de preços é diretamente proporcional com a quantidade de moeda demandada pelas famílias. A medida em que o nível de preço cai, as famílias investem mais em ativos, empurrando a taxa de juros para baixo, o que incentiva a tomada de empréstimos (para investimentos) que aumentará a demanda por bens e serviços. Um menor nível de preços reduz a taxa de juros, incentivando uma maior despesa com bens de investimento e, por meio disso, aumenta a quantidade demandada de bens e serviços. 3 - NÍVEL DE PREÇOS E EXPORTAÇÕES: O EFEITO TAXA DE CÂMBIO: Como acabamos de ver, um menor nível de preços reduz a taxa de juros. Reagindo a isso, alguns investidores dos EUA procurarão maiores retornos, investindo no exterior. Por exemplo, a medida em que os juros dos títulos do governo americano diminuem, um fundo poderia vender títulos americanos e comprar títulos de outro país. Ao fazer isso, o ele aumenta a quantidade de dólares no mercado dos EUA, o que causa um aumento da oferta de dólares. Como os preços caíram e cada dólar compra menor quantidade de ativos estrangeiros, os bens estrangeiros tornam-se mais caros, reduzindo as importações americanas e aumentando as exportações liquidas. Isso aumenta a demanda por bens e serviços internos. Quando uma queda no nível de preços nos EUA provoca uma queda na taxa de juros americana, a taxa de câmbio real se deprecia e essa depreciação estimula as exportações líquidas dos Estados Unidos, aumentando assim, a quantidade demandada de bens e serviços. no consumo: Em resumo: 3 razões para que uma queda do nível de preços acarrete um aumento 3

1- os consumidores se sentem mais ricos o que estimula a demanda por bens de consumo. 2- A taxa de juros cai, o que estimula a demanda por bens de investimento. 3- A taxa de câmbio se deprecia, o que estimula a demanda por exportações liquidas. Por essas três razões a curva de demanda tem inclinação negativa. Por que a curva se desloca? Importante: Variações apenas nos preços significam deslocamentos ao longo da curva. 1- Deslocamentos decorrentes do consumo Imagine que de repente todo mundo comece a ficar mais preocupado com a poupança para a aposentadoria e reduza o seu consumo corrente. Como a quantidade demandada é menor para qualquer quantidade, a curva se desloca para a esquerda. Imagine que um boom no mercado de ações deixe as pessoas mais ricas e menos preocupadas com a poupança. O aumento significa aumento de consumo de bens e serviços para qualquer nível de preços dado. Qualquer acontecimento que altere o quanto as pessoas desejam consumir para qualquer nível de preços desloca a curva de demanda agregada. Exemplo: tributação. Quando o governo reduz os impostos,inventiva as pessoas a gastar mais, de modo que a curva se desloca para a direita. O contrário também é válido. 2- Deslocamentos decorrentes do Investimentos: Imagine que uma nova linha de computadores revolucionários faz as empresas investirem mais do que investiam antes. Elas começam a demandar o novo computador, o que antes não faziam. Isso desloca a demanda. Do contrário, se as expectativas forem pessimistas, as empresas não mais investem e a curva é deslocada. Política fiscal também ajuda, por exemplo, um incentivo fiscal para o investimento aumenta o investimento a qualquer taxa de juros dada. 3- Deslocamentos decorrentes das compras do Governo 4

É o meio direto pelo qual os formuladores de políticas deslocam a curva de demanda. O que ocorre se o governo decidir reduzir a compra de armamentos? Desloca a demanda para a esquerda. O que ocorre se o governo fazer mais estradas? Desloca para a direita. 4- Deslocamentos decorrentes das exportações liquidas: Se a Europa passa por uma recessão compra menos bens do Brasil. Isso reduz as exportações líquidas brasileiras, e desloca a curva de demanda agregada da economia para a esquerda. Se a Europa se recupera da recessão, desloca a curva para a direita. Isso porque vão demandar menos bens brasileiros. Também as exportações liquidas se alteram por causa do câmbio. Se especuladores elevem o valor do real no mercado de câmbio.a apreciação do real faria com que os bens brasileiros ficassem mais caros, deslocando a curva de demanda agregada para esquerda. A CURVA DE OFERTA AGREGADA Mostra a quantidade total de bens e serviços que as empresas produzem e vendem a um dado nível de preços. A curva de Oferta Agregada tem uma inclinação que depende do horizonte de tempo. Por que a curva de Oferta é vertical no LP? No Longo prazo é vertical pois o nível de preços não afeta a quantidade de bens e serviços que podem ser produzidos. O trabalho, capital, recursos naturais e tecnologia dependem da quantidade ofertada destes bens. A redução ou aumento dos preços no LP não cria fatores novos. O longo prazo é aplicação da dicotomia clássica: variáveis nominais não alteram em nada o equilíbrio. Moeda é neutra, não cria recursos e fatores de produção no longo prazo. No Longo prazo a economia gravita em torno de sua taxa natural de produção. 5

Por que a curva se desloca no Longo Prazo? Deslocamentos decorrentes do trabalho Aumento da imigração de estrangeiros. Mais pessoas possibilitam a uma economia produzir mais, uma vez que significam mais recursos. Exemplo: reforma do seguro desemprego incentivasse trabalhadores a procurar emprego. Deslocamentos decorrentes do capital Ocorre um aumento no número de máquinas ou diplomas universitários. (o raciocínio é semelhante tanto para o capital humano quanto o capital físico. Em resumo, mais capital, maior possibilidade de aumentar a produção). Recursos Naturais Alterações climáticas, descobertas de novas fontes de minérios ou restrições a fontes de exploração de matérias primas alteram a disponibilidade de recursos e fazem com que uma economia possa produzir mais ou menos bens. Conhecimento tecnológico Uma tecnologia nova faz com que a mesma quantidade de recursos gerem mais bens ou serviços finais. Isso é explicado no sentido em que a tecnologia atua de forma a poupar recursos, ou aplicá-los com maior eficiência no processo produtivo. NO CURTO PRAZO ENTRETANTO... A oferta possui inclinação positiva. No período de 1 a 2 anos, o aumento do nível geral de preços tende a elevar a quantidade ofertada de bens e serviços, e uma queda no nível tende a reduzir a quantidade. Existem basicamente 3 teorias que visam explicar esses movimentos de curto prazo: 6

Teoria dos Salários Rígidos: Os salários se ajustam lentamente, são rígidos no C.P. Como os salários não se ajustam automaticamente do nível de preços anterior, um menor nível de preços torna o emprego e a produção menos lucrativos, de modo que as empresas reduzem a quantidade de bens e serviços que ofertam. Os salários são rígidos porque existem diversas questões políticas e sociais que impedem a alteração dos salários, como a existência de um salário mínimo, restrições às demissões, pressões sindicais, etc. Teoria dos preços rígidos Preços também se ajustam lentamente, pois alterar os preços gera um custo de menu, que vem a ser o tempo necessário para trocar os preços e publicá-los em materiais como catálogos e cardápios por exemplo. Imagine que os preços baixem. Uma empresa pode não baixar os preços, e pode ficar para trás, reduzindo produção e emprego. Nem todos os preços se ajustam na mesma velocidade eno mesmo montante no curto prazo. Teoria das percepções equivocadas A alteração dos preços pode confundir as percepções dos consumidores e fazer eles comprarem mais ou menos de determinados produtos. Os cultivadores de trigo percebem antes uma queda no preço do trigo do que em outros produtos, o que induz a uma redução da área plantada. Caso os salários nominais se reduzam, os trabalhadores podem achar que somente o salário se reduziu, mas não o preço de outros bens, e decidem não trabalhar por determinado nível de preços. Deslocamentos de curto prazo: Os mesmos que deslocam a curva no Longo Prazo deslocam no Curto Prazo. Além disso, no curto prazo a curva é deslocada por expectativas de preços. Caso as expectativas dos preços sejam diferentes, os agentes se comportam de forma diferente. 7

Resumo Tabela pg 742 MANKIW (2007) Equilíbrio no Longo Prazo No longo prazo a economia está em equilíbrio quando encontra-se na situação da Figura da pg 743 do livro do MANKIW. Deslocamentos da D.A. - Uma recessão: Gráfico pg 744 MANKIW (2007) Desloca demanda agregada para DA2. Isso causa uma produção aquém da natural. Por estarem demandando menos, o preço se reduz automaticamente, e desloca a oferta agregada, uma vez que altera as percepções dos consumidores. O efeito de LP é um efeito nominal, e não real. A QUEDA NO NÍVEL DE PREÇOS ALTERA SALÁRIOS, PREÇOS E PERCEPÇÕES, E FAZ COM QUE A ECONOMIA NO LONGO PRAZO RETORNE À PRODUÇÃO NA TAXA NATURAL. COMO SOLUÇÃO, O GOVERNO PODE AUMENTAR AS COMPRAS, AUMENTANDO A DEMANDA AGREGADA, E FAZER VOLTAR TUDO AO NORMAL. 8