"Aos meus amigos profissionais de Educação Física, apaixonados pela profissão como eu. Aos meus familiares e minha esposa minha grande e fiel companheira."
Apresentação Este ebook tem como premissa ajudar profissionais de educação física que utilizam a recreação como ferramenta de trabalho, aumentando a gama de atividades dos mesmos. Oito atividades para serem utilizadas em qualquer espaço e com o mínimo de materiais. Ter a noção de que os jogos podem ser utilizados como ferramentas de aplicação de conteúdos, fazem com que o profissional de educação física ganhe destaque em suas diversas áreas de atuação. Desde a escola até o treinamento empresarial, o recreador pode desenvolver temas diversos, tornando discussões e apresentações de conteúdos até então realizadas de forma tediosa, em atividades dinâmicas e prazerosas. O livro I do almanaque é o início de uma coleção voltada as atividades recreativas. Fique a vontade para desfrutar e divulgar.
1. Jogo do Não Atividade de interação onde o objetivo do recreador é de incentivar o contato entre as pessoas fazendo com que sejam superadas a timidez e a convivência em grupo, oportunizando novas descobertas sobre si e seus companheiros. Objetivos: Trabalhar a dicção, Superação de timidez, desenvolvimento de inteligências múltiplas, interação sociabilização, ritmo e discernimento de ações. Materiais: Equipamento de som. Prática: O jogo consiste no deslocamento dos participantes conforme o ritmo musical oferecido aos mesmo, na parada da música o indivíduo irá procurar o primeiro e mais próximo a ele e começar a conversar com o mesmo. A cada parada deve ser procurado um novo parceiro, após algumas trocas o condutor, inicia a regra de que os participantes ficam proibidos de dizer a palavra não, onde todos começam com 5 pontos e a cada palavra não dita, o mesmo perde um ponto dando ao seu companheiro.
Após algumas paradas o recreador insere a nova regra onde estão proibidas as palavras sim, não e talvez, começando uma nova pontuação. Por último todos devem se deslocar imitando um animal e a cada novo deslocamento o animal irá mudar. Ao final instiga-se sobre quem fez mais ou menos pontos. 2. Alfabeto Vivo Jogo de atenção e de resposta rápida estimulando a tomada de ação através das normativas da atividade. Estimulação da memória.
Objetivos: raciocínio lógico e rápida resposta, tomada de decisões, memorização da grafia correta das palavras. Materiais: Sem materiais. Prática: O grupo é colocado em uma roda com um objeto ao centro da mesma. O recreador explica que irá falar uma palavra e o objetivo dos participantes é tentar chegar o mais rápido possível ao centro da roda sendo que só podem se deslocar aqueles que tiverem a primeira letra de seu nome inserida na palavra dita pelo condutor, seguindo a ordem. Exemplo: A palavra é AMOR, primeiro deslocam-se aqueles que tiverem a seu nome iniciando com a letra A, depois aqueles que tiverem com a letra M e assim sucessivamente. Após o grupo ter compreendido a atividade, inicia-se então uma competição entre equipes, onde os pontos marcados serão conforme o número de participantes que tocarem ao centro da roda, conforme a palavra.
3. Jogos Dramáticos Os jogos dramáticos servem a temática de aproveitar a expressividade de cada indivíduo respeitando seus anseios, mas trabalhando com seu autoconhecimento. Objetivos: Superação de limites, expressão corporal, criatividade, integração. Materiais: Sem materiais. Prática: O recreador irá propor ao grupo o jogo dramático chamando a quantidade de indivíduos que forem precisos para compor os personagens de sua história sendo importante não divulgar em um primeiro momento quais serão os personagens e qual a história, somente dizer que precisa de 2 pessoas para ficar aqui, mais 4 para ficar acolá, deixando para que os indivíduos se disponham a compor estes pequenos grupos.
Após a formação dos personagens o resto do grupo também cumprirá um papel dando clima ao ambiente, por exemplo, ser uma floresta, ou o mar, ou o céu. O recreador então começa a contar a história fazendo com que os personagens encenem as ações contadas por ele e assim até o final da história. O papel do recreador é importantíssimo pois é ele que vai dar o tom na atividade, colocando situações engraçadas ou temáticas que envolvam o grupo, fazendo com que todos os presentes participem de alguma forma da atividade.
4. Jogo do BANG Os jogos de mãos são jogos populares muito presentes nas brincadeiras infantis. Importantes para manutenção das tradições, bem como para o desenvolvimento de ritmo e coordenação. Objetivos: Coordenação, atenção, ritmo, tomada de decisão. Materiais: Sem materiais. Prática: O jogo do Bang, apresentado nesta prática, tem como premissa o desenvolvimento da coordenação motora, além da tomada de decisões. Os participantes são inicialmente divididos em duplas frente a frente. No primeiro momento trabalha-se com o ritmo do jogo que parte de duas batidas das mãos nas coxas de si mesmo seguido de uma palma, fazendo o TUM TUM PA, pode-se associar a música do QUEEN, para ficar mais fácil a compreensão, num segundo momento ao invés da palma, eles farão qualquer movimento, solicitando
que seja o mais esquisito possível. Após este trabalho de ritmo serão inseridos os movimentos que são 3: Carregar (cleck), Atirar (pá), Proteger (rú). Os movimentos são executados depois da batida na perna sendo que só poderão ser feitos um a cada vez. Para a execução dos movimentos devem ser seguidas as regras de que para atirar só pode se carregar a arma antes, e os movimentos de se proteger e carregar podem ser feitos quantas vezes quiser. Marca-se o ponto a cada vez que o oponente atirar e o oponente estiver carregando ou atirando, neste último caso os dois marcam pontos.
5. Jogo da Velha Gigante Jogo com perfil de interatividade e desenvolvimento de grupo. Adaptação de um jogo de tabuleiro para grandes grupos. Objetivos: Tomada de decisão, análise de problemas, integração, raciocínio lógico. Materiais: Fita crepe larga, pedaços de papelão em formato de X e O. Prática: O jogo é montado com um tabuleiro gigante com formato de hashtag no chão, a uma distância de no mínimo 3 metros ficam as duas equipes divididas atrás de uma linha. O jogo se processa como da forma habitual onde cada jogador coloca uma peça ou x ou o. A diferença deste é que cada grupo é um dos elementos e sairá um integrante do grupo por vez para colocar o seu respectivo símbolo ou retirar o do oponente. As saídas são simultâneas e o próximo só sai depois do retorno do anterior.
A equipe que primeiro fizer a linha ou diagonal, faz um ponto. existem inúmeras variações para este jogo, colocando mais de um elemento e dividindo o grupo em mais equipes, com isso aumentando o tabuleiro, pode se também modificar a forma de deslocamento até o tabuleiro. 6. Vôlei Gigante Sentado Em um misto do vôlei tradicional, do vôlei sentado e do vôlei agarrado, este jogo tem como premissa a inclusão bem como o desenvolvimento de coordenação através da restrição de movimentos.
Objetivos: Atividade de inclusão, desenvolvimento de coordenação motora, domínio motor, integração. Materiais: Bolão gigante, rede de vôlei ou corda. Prática: O jogo é feito em uma quadra regular de voleibol, sendo que dependendo do número de participantes pode-se diminuir a área de jogo. Outro ponto importante deste jogo é ser feito com uma bola gigante, que favorece a todos terem uma proximidade de jogabilidade. As regras são iguais ao de jogo de vôlei, sendo que ao invés do toque os participantes agarrarão a bola e terão de fazer 3 passes antes de passar a bola para o outro lado.
A ideia é de inserir novas regras aos poucos, fazendo com que haja uma maior interação no estilo, proibir de passar a bola para o mesmo colega, passar a bola para participante de outro sexo, dividir o espaço da mesma equipe em quadrantes, entre outras adaptações. 7. A Teia Jogo cooperativo com a premissa do desenvolvimento pessoal e em grupo na tomada de decisão. Materiais: Rolo de 100m de barbante, balde Objetivos: Instigar a solução de problemas, desenvolver o senso de integração, trabalho em grupo. Prática: Os participantes serão divididos em duplas, cada dupla será amarrada, por um barbante com uma distancia de no mínimo 4 metros entre eles.
Será colocado um balde no meio de um círculo de 3 metros de diâmetro, havendo outro círculo de mesmo tamanho a 15 metros de distância do primeiro. O objetivo do grupo é transportar o balde de um círculo a outro, sem tocar com as mãos no balde e envolvendo todas as pessoas do grupo no transporte. Importante o papel do recreador para estimular a solução do problema e trabalhar a temática do jogo ressaltando a importância e papel de cada um. 8. Ponte de Corda Jogo Cooperativo, muito utilizado para trabalhar as questões de envolvimento do grupo e a importância de cada membro.
Materiais: Corda resistente de 35 metros. Objetivos: Trabalho em grupo, solução de problemas, discussão e posicionamento sobre os pares. Prática: O recreador fornece ao grupo uma corda, com medida de em torno de 25 metros. O objetivo do grupo é de passar no mínimo 2 pessoas, de um lado a outro em um espaço de 10 metros, sem encostar os pés no chão e utilizando a corda como ponte. Quanto maior o grupo, mais pessoas devem passar pela ponte. Nesta atividade o recreador cumpre um papel importantíssimo nesta atividade pois ele que irá fomentar o espírito de equipe e ressaltar a importância de cada um para as tarefas, não existe uma forma errada de executar esta tarefa mais a mais fácil que se conhece é de dobrar a corda em duas e a cada 80cm deve ser feito um nó forte, fazendo em torno de 10 a 12 nós. Isso fará com que a corda fique com diversos losangos, dividindo as pessoas em diversos grupos para segurar os losangos fica mais fácil sendo feito menos força para segurar enquanto as pessoas passam por cima.
Importante o recreador finalizar a atividade ressaltando que nosso dia a dia é cheio de nós e que isso deve ser encarado de forma anos fortalecer e não de desistir. Outro ponto a ser abordado é a questão das fibras da corda, quanto mais fibras mais resistente será a corda, da mesma forma pode ser feita esta analogia com o grupo onde cada pessoa é uma das fibras e quanto mais fibras e mais entrelaçadas elas estiverem mais forte será a corda e a ponte.
Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho ou manter contato com o professor mande um email para: jackedfisica@hotmail.com Prof. Jackson Douglas é profissional de educação física, especialista em metodologia da educação física, recreador a mais de 15 anos.