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Transcrição:

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA EMENTA: É OBRIGATÓRIA O REGISTRO DE AMBULATÓRIO NOS CONSELHOS DE MEDICINA, AINDA QUE A FINALIDADE DA EMPRESA SEJA DIVERSA DA PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA. Interessado: Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas Assunto: Registro de empresas que possuem ambulatórios em suas dependências, cuja finalidade social não é prestação médica Nota Técnica nº 196/2001. Expedientes CFM nº 4196/2001 e 2408/2001 Aprovada em Reunião de Diretoria do dia 11/10/2001. I DOS FATOS Trata-se de nova dúvida encaminhada pelo Sr. Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas acerca da obrigatoriedade do registro nos Conselhos de Medicina de empresas mantenedoras de ambulatórios, cuja finalidade social não seja prestação de serviços médicos. A mesma solicitação foi feita pela Assessoria Jurídica do CREMEGO, esta questionando especificamente acerca da existência de jurisprudência acerca da matéria suso referida. Inicialmente, urge esclarecer que a matéria em epígrafe já foi parcialmente analisada na Nota Técnica nº 30/2001, o qual também teve sua solicitação pelo Egrégio Conselho do Amazonas. Vale a transcrição do referido parecer, a qual já aprovada pela Diretoria do CFM: EMENTA: SOLICITAÇÃO DE PARECER PELO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DO AMAZONAS ACERCA DE COBRANÇA DE ANUIDADE DE EMPRESAS FILIADAS À CIEAM CENTRO DE INDÚSTRIA DO ESTADO DO AMAZONAS Interessado: Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas Assunto: Cobrança de Anuidade Nota Técnica nº 030/2001. 1

I DOS FATOS Trata-se de dúvida encaminhada pelo Sr. Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas acerca da cobrança de anuidades das empresas associadas ao CIEAM Centro de Indústria do Estado do Amazonas. O questionamento tem gênese em correspondência enviada àquele regional pelo Sr. Presidente do CIEAM pela qual afirma que suas empresas associadas não devem sofrer tributação, tendo em vista que não prestam serviços médicos, tendo objetivo social diverso da prestação de assistência médica. Assim argumenta:... Prestar serviços é oferecer um utilidade a alguém, mediante remuneração. Por certo, as entidades privadas que desenvolvem atividade de Medicina ou operam planos privados de assistência à saúde estão sujeitos a registro nos Conselhos Regionais de Medicina e Odontologia, conforme o caso, quando o atendimento de seus usuários seja meramente ambulatorial. Diversamente, as empresas que tenham por objeto a produção industrial de bens corpóreos (produtos industrializados), como é o caso das empresas fabricantes de produtos industrializado na Zona Franca de Manaus, nossas associadas, devem sujeitarse apenas a cadastramento, a exemplo do que ocorre com os órgão públicos, tão somente para viabiliza a fiscalização do exercício regular da Medicina pelos profissionais do setor... Diante dos argumentos suso expedidos, o responsável pelo CIEAM afirma que todas as suas associadas não registrar-se-ão nos Conselho de Medicina, negando-se ao pagamento da tributação. Sendo assim, questiona o Sr. Presidente do CRM AM qual atitude deve ser tomada. II PARECER Em parecer pretérito (Nota Técnica nº 538/2000 - AJ) esta Assessoria Jurídica já se posicionou acerca da cobrança de anuidade pelos Conselhos Regionais de Medicina, esclarecendo os casos de registro e cadastrado das empresas, sendo que no primeiro gera tributação e no último não. Nos diversos questionamentos respondidos deixou-se bem claro que o fato gerador da tributação imposta pelos 2

Conselhos de Medicina, e albergada em leis específicas, é a prestação do serviço médico, independente do local onde ocorra, salvo em caso de órgão público (princípio da reciprocidade). Todavia, no presente expediente não é possível a esta Assessoria Jurídica prever a ocorrência ou não da prestação do serviço médico pelas associadas na CIEAM, posto que não foi trazido na consulta de forma clara sequer o objetivo social das empresas., ou mesmo se existe prestação de assistência médica dentro dessas empresas. Vale dizer, que se há efetivamente a prestação de serviço médico dentro dessas empresas, tais como ambulatórios ou Medicina do Trabalho, caracterizado está o fato gerador, devendo a empresa registrar-se e pagar a anuidade. É ainda mister esclarecer que as empresas associadas do CIEAM não podem ser tratadas como entidades públicas como deseja seu Presidente na carta dirigida ao CRM AM. Na própria missiva já se aclara o caráter privado de suas associadas. Sendo assim, neste caso, o Princípio da Reciprocidade que garante a imunidade das empresas pública não vale para as associadas do CIEAM. Cumpre ainda esclarecer nesta Nota Técnica, que havendo constatação inequívoca de prestação de serviços médicos dentro das empresas associadas da CIEAM, a única forma jurídica de compelir a cobrança da anuidade, em caso de negativa das mesmas, é a inscrição delas na Dívida Ativa da União, com o conseqüente processo de execução fiscal, caso as empresas já se encontrem pelo menos cadastradas no Regional. Por outro lado, não havendo sequer o cadastro, são necessárias outras providências, tais como denúncia junta a Vigilância Sanitária, e ao próprio Ministério Público local, cientificando aos referidos órgãos o exercício irregular da medicina. III CONCLUSÃO Pelo exposto, corroborando entendimento desta Assessoria Jurídica em parecer pretérito, a prestação do serviço médico é o fator gerador da tributação (anuidade) e independe do local onde ocorra. As empresas associadas do CIEAM que possuam locais de prestação de serviços médicos dentro de suas dependência devem pagar anuidade ao Conselho Regional de Medicina, sob pena de serem inscrita na dívida ativa da União. É o que nos parece, S.M.J. Brasília DF, 13 de fevereiro de 2001 Turíbio Pires de Campos Assessor Jurídico 3

Nota técnica 0302001 anuidade cobrança Entretanto, alguns fatores novos foram trazidos na nova solicitação do regional, os quais merecem apreciação nesta Nota Técnica. I DO PARECER Inicialmente, mister faz-se esclarecer que o registro das empresas prestadoras de assistência á saúde nos conselhos de fiscalização tem imposição legal nas Lei nº 6.839/80 e na Lei nº 9.656/98, em seus artigos 1º e 8,I, respectivamente. Sendo assim, dúvida não há com relação à obrigatoriedade do registro das empresas cuja finalidade é a prestação de serviços médicos (assistência à saúde) nos Conselhos de Medicina. Por outro lado, a gênese dos problemas apresentados está na obrigatoriedade do registro de empresas que possuem ambulatórios em suas dependências, mas que não têm como finalidade social a prestação de serviços médicos. O artigo 1º da Lei nº 6.839/80 estabelece que o registro de empresas e a anotação dos profissionais legalmente habilitados, delas encarregados, serão obrigatórios nas entidades competentes para a fiscalização do exercício das diversa profissões, em razão da atividade básica ou em relação àquela pela quem prestem serviços a terceiros. Estabelece, outrossim, o artigo, por raciocínio inverso, a obrigatoriedade da fiscalização por parte do órgão competente dos profissionais e empresas que prestam ou utilizam-se de serviços médicos (no caso específico dos conselhos de medicina). Conforme já foi abordado na Nota Técnica 030/2001, acima colacionada, o fato gerador da tributação (cobrança da anuidade) é a prestação do serviço médico, independente do local onde o mesmo é prestado. Entendo neste caso, sem dúvida, que há efetiva prestação de serviços médicos nos ambulatórios existentes nestas empresas, apesar de não serem ela prestadoras de assistência à saúde, e possuírem finalidade social diversa. Por sua vez, se há prestação de serviços médico ambulatoriais, por conseqüência há necessidade de fiscalização. E, concluindo o axioma, há necessidade de registro dessas empresas. É essa a teleologia do artigo 1º da lei nº 6.839/80, garantir que exista fiscalização da prestação do serviço médico pelo órgão competente. Ora, se há obrigatoriedade de fiscalização, por conseqüência, há obrigatoriedade do registro, e também o pagamento da anuidade, que visa possibilidade a própria fiscalização. É um silogismo simples. 4

Contudo, imperioso torna-se fazer uma pequena ressalva com relação ao valor a ser cobrado dessas empresas a título de anuidade. Pela Resolução nº 1.606/2000, a qual institui a anuidade para o ano tributário de 2001, estabelece que a cobrança do tributo de pessoa jurídica deve ser baseado em seu capital social. Dispõe o artigo 3º da referida resolução que: Art. 3º - A anuidade de pessoa jurídica para o exercício de 2001 será cobrada de acordo com as seguintes classes de capital social: Até 4.175,00 R$ 234,78 Acima de 4.175,01 até 25.000,00 R$ 386,69 Acima de 25.000,01 até 108.550,00 R$ 553,80 Acima de 108.550,01 até 471.325,00 R$ 1.245,71 Acima de 471.325,01 até 2.254.500,00 R$ 2.802,08 Acima de 2.254.500,01 R$ 4.199,78 Ou seja, a cobra-se das pessoas jurídicas baseado em seu capital social. Todavia, pedimos venia para opinar em assunto alhures ao solicitado, e que foge da competência desta Assessoria Jurídica, por se tratar de decisão administrativa, entendemos que esta forma de cobrança quando para serviço prestado em ambulatório de empresa cuja finalidade não é a prestação de assistência médica é incorreta. Por outro lado, talvez seja essa a grande questão referente a negativa de registro dessas empresas. Valer-se do capital social de uma empresa de tecnologia (por exemplo CCE), que é obrigada por lei a ter ambulatório em suas dependências, para aferir o valor da anuidade leva a um descontentamento inegável pela empresa. Ademais, por vezes estas empresas que possuem apenas um único ambulatório em sua dependências pagam valores maiores do que empresas que prestam serviços médicos, e têm capital social menor. Apesar de tal matéria não ser da alçada desta Assessoria Jurídica, entendemos que a mesma deva ser novamente analisada, posto poder ser o motivo da negativa dos registros. Sugerimos, por fim, caso aceita nossa sugestão, seja editada uma nova resolução, a qual tratará tão-somente dos casos de registos de empresas que não possuem como finalidade social a prestação de assistência médica. II CONCLUSÃO Por todo exposto, mantemos o entendimento de que o registro das empresas que possuem ambulatório em sua dependência e não têm finalidade social prestação de serviços médicos é obrigatório, e devem pagar anuidades, à luz do artigo 1º da Lei nº 6.839/80. 5

Entretanto, entendemos que a forma de cálculo da anuidade, baseada no capital social, é imprópria, devendo sofrer revisão pelo CFM. Em resposta ao questionamento da assessoria jurídica do CREMEGO, em busca aos tribunais pátrio, não encontramos jurisprudência específica com relação a obrigatoriedade de registro de ambulatório. De qualquer forma, assim que surgirem decisões acerca desta matéria, encaminharemos para o Regional. É o que nos parece, S.M.J. Turíbio Pires de Campos Assessor Jurídico Giselle Crosara Lettieri Gracindo Chefe da Assessoria Jurídica 6