Local Conference Call TRACTEBEL ENERGIA S/A Nac. Resultados do 2º Trimestre de 2007 15 de Agosto de 2007 10h AM Horário Local Operadora: Bom dia. Esta é a teleconferência da Tractebel Energia. Todos os participantes estão conectados apenas como ouvintes e mais tarde será aberta a sessão de perguntas e respostas, quando serão dadas as instruções para participação. Caso seja necessária a ajuda de um operador durante a teleconferência, basta teclar asterisco zero. Cabe lembrar que esta teleconferência está sendo gravada. Agora, passo a palavra ao Sr. Antonio Previtali, Gerente de Relações com Investidores da Tractebel Energia. Por favor, Sr. Previtali, pode prosseguir. Sr. Antonio Previtali: Bom dia, senhoras e senhores. Sejam bem-vindos à teleconferência da Tractebel, onde serão discutidos os resultados do segundo trimestre de 2007. Essa apresentação, acompanhada de slides, será transmitida simultaneamente pela internet, através do site www.tractebelenergia.com.br, na sessão Investidores. Nele, os senhores poderão obter cópia do release de resultados da Companhia. Antes de prosseguir, quero esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas dos negócios da Companhia, devem ser tratadas como previsões, dependentes da conjuntura econômica do país, do desempenho e da regulamentação do setor elétrico, além de outras variáveis e, portanto, estão sujeitas a mudanças. Hoje conosco aqui em Florianópolis, está Marc Verstraete, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Inicialmente, o Marc comentará o desempenho da Tractebel Energia no segundo trimestre de 2007. Logo após estará, respondendo às questões que eventualmente sejam formuladas. Agora, eu passo a palavra ao Marc Verstraete. Por favor, Marc, pode prosseguir. Sr. Marc Verstraete: Bom dia a todos, hoje nós vamos apresentar aqui o resultado do 2º tri, eu proponho aqui dividir a minha palestra em três partes a primeira parte falar um pouco sobre a estratégia da empresa e o balanço de energia; a segunda parte o crescimento e os novos projetos e a terceira parte sobre o resultado do 2º tri. Então, nós podemos abrir a apresentação na página 8, onde nós ilustramos o cenário de oferta e demanda de energia, ao lado esquerdo do slide, onde nós
temos o mercado de energia e a diferença entre a oferta e a demanda. Isso é o balanço apresentado pela EPE, aonde você pode ver que até 2010... 2011, na verdade, tem uma oferta maior, que é uma demanda, e não entrando nenhuma usina nova em operação, isso pode mudar a partir de 2012, e na linha em azul, você tem os preços médios dos leilões de Energia Nova e existente. Então, você pode observar uma curva com preços aumentando ao longo dos anos, e do lado direito desse mesmo slide, nós temos a situação da energia descontrada da Tractebel Energia, onde você poder ver que em 2007 nós temos somente 43 MW descontratada, em 2008/2009 temos 4,5/4,6% da nossa energia descontratada, ou seja, até 2010 a empresa está quase totalmente contratada, para começar a ficar descontratada em 2010, aonde nós temos 10%, e 24% a partir de 2011. Na página seguinte, na página 9, nós temos a nova posição, o novo balanço de energia, a posição no final de junho, onde passando rapidamente aqui, a primeira linha temos os recursos próprios, você pode ver que esses recursos eles vão diminuir ano que vem, em função de uma de uma portaria da Aneel, reduzindo a garantia física das termelétricas, para aumentar depois em 2009, quando a usina de São Salvador e a termelétrica de São João devem entrar em operação parcialmente e totalmente em 2010, com o novo aumento de recursos próprios. A segunda linha temos as compras para revenda, em torno de 500 MW médios esse ano e 416 ano que vem. E depois nós temos as vendas dessa energia, nós podemos vender através de leilão do governo, aqui nós temos aberto todos os leilões que nós participamos, tanto de Energia Nova, quanto Energia Velha, ele já existente, e também as vendas bilaterais, que são vendas para consumo de horas livres e antigos contratos com distribuidoras, dando as vendas totais e o saldo, é justamente a energia descontratada, já mencionado no slide anterior. Embaixo desse balanço, nós mostramos também o preço médio de venda, uma projeção para 2007 e 2008, e o preço médio de compra, também para 2007 e 2008. Algumas observações nesse balanço, aqui novidades, como eu já falei, nós temos São Salvador e a termelétrica de São João, vou comentar depois, entrando em operação em 2009, e nós também passamos a desconsiderar o retorno da energia proveniente do contrato com a CIEN, antigamente no balanço antigo, essa energia voltava em 2009, hoje nós retiramos isso do nosso balanço de energia. Bom... vamos passar para a segunda parte da apresentação que é o crescimento, onde nós também temos algumas novidades. A primeira novidade é a compra da usina de São Salvador, que nós compramos da nossa controladora SUEZ, hoje o projeto pertence à Tractebel Energia, nós iniciamos a construção o ano passado, a construção está indo muito bem, e a projeção é de entrar com essa usina em operação no 1º tri de 2009. Nós sabemos que nós vendemos a energia no leilão do governo a partir de 2011, então, vamos ter quase dois anos aqui de energia livre para venda.
Na página 12, nós comentamos o nosso mais novo projeto, que é a usina de São João, nós vendemos no primeiro leilão de Fontes Alternativas 23 MW médios. Aqui, o que está acontecendo? Nós temos uma... nós formamos um consórcio com o grupo Dedini Açúcar e Álcool, onde a Tractebel Energia vai ter 63% do projeto e eles 37%, nós vamos possuir uma termelétrica de 70 MW, o combustível vai ser o bagaço de cana-de-açúcar, e o excesso de energia, 23 MW médios, vai ser... foi vendido através desse leilão. O Capex total do projeto em torno de R$ 190 milhões, 1/3 equity e 2/3 financiamento do BNDES, e nós vendemos a energia a R$ 141 por MWh. Essa usina deve entrar em operação em abril de 2009, quando inicia a safra. Na página 13, continuamos aqui com o nosso Projeto Estreito - Estreito é uma grande hidrelétrica, 1.087 MW médio, pertence a SUEZ, onde eles têm uma participação de 40% no projeto, aqui nós já temos o canteiro de obras instalados, as obras civis estão em negociação, e a idéia é vender a energia no próximo leilão de Energia Nova, está previsto... bom ainda não tem data definida, mas deve ser talvez no 3º tri desse ano, e a usina deve entrar em operação então em 2010. E falando de projetos, na página 14, nós temos uma usina a carvão, na divisa do Rio Grande do Sul e Uruguai, na reserva de Candiota, onde tem carvão em abundância e a um preço baixo, porque é uma mina a céu aberto, é uma usina de 340 MW médios, e nós estamos aqui em discussões avançadas com o governo de Uruguai, para ver se eles teriam interesse em comprar essa energia, uma outra solução seria vender a energia aqui no Brasil. O investimento total do projeto é em torno de US$ 850 milhões. Bom... agora podemos passar para a terceira parte, que é o resultado do 2º tri. Então, vamos lá, na página 16, nós temos a receita líquida, aqui são dados acumulados do 1º semestre, então nós podemos ver que a receita líquida aumentou 8,6% em relação ao 1º semestre do ano passado, e o Ebitda aumentou 2,7%, atingiu 839. O Ebitda sofreu um pouco no 2º tri, e eu vou comentar depois o porquê. Na página 17 nós temos a margem Ebitda, que ficou com o 1º semestre de 2007 em torno de 60%, contra 63 no ano passado. O lucro líquido, por sua vez, atingiu 472 milhões. Lembramos que no ano passado, em função da venda do projeto de Jacuí, a empresa teve um lucro não-recorrente de 116 milhões, que nós não tivemos esse ano. Esse ano, no 1º semestre, por outro lado, nós tivemos juro sobre capital próprio, que também ajudou na redução de tributos, então comparando... retirando esses efeitos, o aumento do lucro líquido foi de 6%. Agora vamos falar um pouco, na página 18, nós comparamos alguns dados do 2º tri do ano passado, o 1º tri desse ano e o 2º tri de 2007.
Então algumas observações: uma primeira observação, a receita líquida no 2º tri desse ano aumentou 10% em relação ao 2º tri do ano passado, não está aqui nesse slide. Isso, basicamente, em função do preço médio da energia vendida, que aumentou quase 10%, como vocês podem ver, foi R$ 98 por MWh, contra 90 no ano passado. O Ebitda, porém, ele ficou menor, tanto que no 1º tri desse ano, quanto 2º tri do ano passado. E alguns impactos aqui nesse Ebitda menor, nós temos a energia comprada de terceiros, que atingiu... que foi de R$ 70 milhões nesse tri, contra R$ 60 milhões no 2º tri do ano passado. Aqui nós temos dois efeitos o primeiro efeito é uma quantidade de energia comprada maior e, também, como uma parte dessa energia, nós compramos a curto prazo, o PLD maior nesse ano, no 2º tri também impactou essa despesa. A segunda parte são as transações na CCEE, elas atingiram 91 milhões, contra 38 milhões no 2º tri do ano passado, que deu um aumento de 53 milhões. Esse aumento de 53 milhões, nós temos dois efeitos aqui: o primeiro efeito é a usina de Arjona, o que acontece com Arjona? A Arjona é uma usina a gás no Mato Grosso do Sul, que por ordem de mérito, por razões energéticas, não deveria estar sendo despachado, porém, foi em 2006, por quê? Porque na cidade de Campo Grande, onde a usina está localizada, você tinha algumas restrições de transmissão, e era necessário despachar a usina para gerar energia na cidade, como ela não era despachada por razões energéticas, e não por ordem de méritos, todo o custo do combustível, todo o custo que a empresa tinha com essa geração, ele era reembolsado através da CCEE, na verdade. Então, o que deu aqui um... o que deu aqui um impacto de 20 milhões de receita na CCEE no 2º tri de 2006. Em 2007, linha de... novidade, no final de 2006, algumas linhas de transmissões começaram a funcionar na cidade e hoje a usina não está sendo despachada mais, então, essa receita que a gente tinha na conta da CCEE no ano passado não existe mais, isso dá um impacto de R$ 20 milhões. E, além disso, nós temos a exposição, a substituição dessas termelétricas, onde no 2º tri desse ano, o despacho das usinas foi bem menor do que no ano passado, no 2º tri. O resultado disso é que a gente teve que comprar mais energia aos poucos, e também a um preço mais elevado, se você quer ver, no sudeste, por exemplo, o preço spot no 2º tri de 2007 foi R$ 65 por MWh, contra 47 no mesmo período do ano passado, um aumento de... em torno de 50%, então, isso impactou essas despesas. O terceiro item que é o combustível, ele foi menor do que no ano passado, basicamente porque, como eu já falei, esse ano a usina de Arjona não é despachada, então, não temos a compra de gás natural. E por último nós temos os royalties a compensação financeira pela utilização de recursos hídricos ela atingiu R$ 26 milhões esse ano, contra R$ 6 milhões no mesmo período do ano passado. Isso simplesmente porque o despacho da hidrelétrica foi bem menor... bem maior, desculpe, esse ano do que no ano passado - ano passado onde nós tivemos uma seca aqui no sul país. Aqui cabe uma observação, essa despesa maior de royalties, na verdade, é compensada
pela receita de MRE na conta com o CCEE, então, isso... os dois se anulam... quase. Então, isso é o Ebitda. Depois se nós passarmos para o lucro líquido, o lucro líquido atingiu 230 milhões, então, maior do que os 189 milhões no 2º tri do ano passado. Nós tivemos aqui, basicamente, dois efeitos, despesas financeiras menores, 47 milhões contra 73 milhões no mesmo período do ano passado, impactados aqui por dois efeitos: o primeiro efeito foi a valorização do real frente à cesta de moedas da nossa dívida moeda externa - e também uma despesa de juros menores, porque a dívida também reduziu também em função de reembolso. E o segundo efeito, além dessa despesa financeira menor, foram os tributos, eles também foram menores, aqui 24% versus 34% no ano passado, devido ao juro sobre capital próprio, que nós contabilizamos no 2º tri desse ano. Continuando a apresentação na página 19, você tem a situação do endividamento da empresa, então, a dívida total aumentou no 2º tri de 2007 em comparação ao final do ano passado, trata de 1.650 bilhão, aqui o aumento é devido a uma emissão em debêntures que nós fizemos no 2º tri de 350 milhões. A dívida líquida é de 1.2 bilhão. Nós observarmos aqui uma redução também da dívida em moeda estrangeira, e um pequeno aumento do indicador dívida total sobre Ebitda. Na página 20, alguns comentários sobre o Capex, nós temos em 2007 um Capex bem elevado 96 milhões nas usinas existentes depois nós temos São Salvador São Salvador 304 milhões e mais 10 milhões na termelétrica de São João. Ano que vem devemos ter um Capex também elevado com o Projeto Estreito, e 40 milhões também para São João. E depois para terminar, na página 21 a boa notícia, o Conselho decidiu ontem de distribuir 95% do lucro do 1º semestre desse ano, que deu um dividendo de 0,69 por ação, e um dividend yield de 3,7% para esse semestre, então, 6 e... quase 7% anualizado. Agora queria abrir aqui a sessão de perguntas e respostas. Então, por favor. Sessão de Perguntas e Respostas Operadora: Com licença, senhoras e senhores, iniciaremos agora a sessão de perguntas e respostas. Para fazer uma pergunta, por favor, digitem asterisco 1 (*1). Para retirar a sua pergunta da lista, digitem asterisco 2 (*2). Nossa primeira pergunta vem do Sr. Sérgio Tamashiro do Itaú. Sr. Sérgio Tamashiro: Bom dia a todos. Marc, apesar de você já ter explicado aí bastante, fazendo esses vários comentários aí sobre essa compra de energia no 2º trimestre, eu queria ver se você pudesse fazer algum tipo assim de
segmentação, só para a gente conseguir entender o que foi desse custo, não sei se é dos 90 ou dos R$ 70 milhões, o que foi especificamente efeito de William Arjona, o que vocês não despacharam e tiveram que comprar. E se vocês pudessem depois separar também o quão que é o efeito para exportação da Argentina. Você menciona no Press Release que a exportação ela deu uma receita adicional de 32... acho que R$ 32 milhões apenas em junho, o que isso daqui representou de aumento de custo? Se você pudesse separar pelo menos por esses efeitos, tá? E a segunda pergunta é com relação à descontratação de energia, estou vendo aqui para 2010 em diante, principalmente que você tem uma quantidade muito grande, já começaram a ser assinado esses contratos, e a que preço e a que prazos? Sr. Marc Verstraete: Ok. A primeira pergunta, o efeito Arjona, a receita que nós tivemos na conta com a CCEE, porque a CCEE é uma mistura de receitas e despesas, aí você tem receita do MRE, pode ser uma despesa também, você tem, no nosso caso aqui, Arjona, que é cabo de serviço de sistema, e o reembolso das nossas despesas, porque a usina foi despachada por razões elétricas, e você tem todo o custo de substituição de termelétrica, compra de energia pronta, o PLD. Aqui Arjona no 2º tri de 2006, essa receita foi de R$ 20 milhões que nós não tivemos em 2007, então, o efeito foi 20 milhões, e isso é na conta da CCEE. Por outro lado, Arjona, ela também tem um custo de compra de gás natural, que no 2º tri de 2006 foi de 13 milhões, e em 2007 deixou de existir. Então isso são os dois efeitos Arjona. Depois o efeito... a exportação... em julho, nós começamos a exportar em junho desse ano, ainda estamos exportando em julho, e devemos exportar também, já exportamos, na verdade, em julho, e estamos exportando em agosto, acho que em setembro acaba, vamos ver... aí vai depender da estratégia dos argentinos, mas, em julho a exportação deu uma receita de 35 milhões, incluindo Argentina e Uruguai, e uma... isso foi a receita, 35 milhões, e uma despesa de compra de carvão de R$ 25 milhões. Além disso, você tem, claro, você tem mais alguns custos, tem que recuperar a usina, vai ter mais manutenção, etc., então, o efeito líquido não é totalmente o 35 menos o 25, mas, para ter uma idéia de ordem de grandeza, em junho foi nessa linha. Sr. Sérgio: Desculpe só interromper, esses 25 milhões de compra do carvão, ele está na linha de combustíveis para produção de energia elétrica ou em que outra linha? Sr. Marc: Ele está na linha combustível. Sr. Sérgio: Combustível... então, quer dizer, do gás, que aqui no combustível deu 30 milhões no trimestre inteiro... quer dizer, 5 milhões foi apenas de gás e 25 foi de carvão? Sr. Marc: Não... Tamashiro, é isso mesmo, tem um pouco de óleo combustível também, mas é basicamente isso.
Sr. Sérgio: Tá. Ok. Sr. Marc: E sua segunda pergunta, contratação em 2010. Em 2010, na verdade, quando você pegar o nosso balanço de energia, você não pode esquecer o seguinte: aqui nós estamos mostrando todos os contratos existentes, assinados, firmados na data de hoje. Claro que nós temos contratos que vão vencer, por exemplo, em 2008/2009/2010 com clientes industriais, e muitos desses clientes vão querer renovar com a Tractebel energia, então, hoje nós ainda não estamos... a gente não está preocupado com a contratação dessa energia, sabendo que um percentual, que esperamos elevado desses clientes existentes, vão querer renovar com a empresa, então, nós estamos aqui segurando um pouco essa contratação. Sr. Sérgio: Sim, mas exa tamente aqui ele ocorre do outro lado, como é que vocês estão... não estão preocupados, quer dizer, a crise de preço vai estar subindo ou cliente livre está exatamente pensando do lado oposto: puxa vida, eu tenho que renovar agora, porque o preço vai estar subindo, e ele não está dando... mostrando essa preocupação, isso daí que eu queria sentir, falar olha, realmente ele está querendo adiantar a renovação dele e, mesmo assim ele já está prevendo olha, ele está passando o preço aqui atual dele de R$ 90,00, aceitando um preço de R$ 120 na recontratação em 2010. Queria saber se isso daqui está acontecendo? Sr. Marc: Isso... exatamente isso que está acontecendo, uma preocupação grande por parte do cliente industrial, e dois, uma finalização em termos de preço, em torno de R$115/ R$ 120 por MWh em 2010/2011 hoje. Sr. Sérgio: Ok. Tá bom, obrigado. Operadora: Nossa próxima pergunta vem do Sr. Anderson Frei da JP Morgan. Sr. Anderson Frei: Oi, bom dia. Ainda na questão do custo de compra de energia no trimestre, eu só... para mim acho que não ficou muito claro, de repente, porque eu estava vendo aqui a exposição máxima de vocês, acredito que é 450 MW ali em relação às termelétricas. Mas, antes no trimestre, se vocês tivessem que comprar todos esses 450 ao preço médio, mesmo que fosse o preço médio de sudeste, que foi mais alto até do que o do sul, eu não consigo enxergar uma despesa aí que seria maior do que 70 milhões no trimestre, aí vocês reportaram na linha algo em torno de 160, eu queria se vocês pudessem dar até um pouquinho... o breakdown um pouco melhor aí dessas duas linhas que é a energia comprada de terceiros e despesas no CCEE. Obrigado. Sr. Antonio Previtali: Desculpa Anderson, você se referiu à energia elétrica comprada de terceiros?
Sr. Anderson: Isso, e as despesas também com energia ali de... aquela despesa que vocês chamam de transações no âmbito da CCEE, imagino que ali também tenha a energia comprada. Sr. Marc: Mas a energia comprada de terceiros, isso não tem nada a ver com a exposição à substituição das termelétricas, e realmente é uma energia de trading, de comercialização, que você pode ver no nosso balanço de energia na linha compra para revenda, em 2007 devemos comprar em torno de 500 MW médios para revender, então, lá dentro você tem isso, além da... praticamente isso, por que ele... Sr. Anderson: Então toda compra contratada vai ali, e toda compra spot vai na linha do CCEE, certo? Sr. Marc: Exatamente. Então você não pode misturar os dois. Sr. Anderson: Tá jóia, obrigado. Operadora: Nossa próxima pergunta vem do Sr. Márcio Prado do Santander. Sr. Márcio Prado: Bom dia. Bom dia a todos, eu queria fazer uma pergunta simples em relação ao balanço de energia, só para entender um pouco melhor, em relação ao que foi divulgado na parte recursos próprios, do segundo tri em relação ao primeiro, a gente vê uma queda de 116 em recursos próprios 2009/2010, 116 MW médios, e de 160, 2011/2012, queria saber se isso é totalmente relacionado à CIEN, essa queda de lastro? E, segunda pergunta, eu queria fazer um follow-up em cima da pergunta que o Tamashiro fez, entender um pouco melhor como é que vocês estão vendo, principalmente a parte da comercializadora, a demanda justamente para esses anos entre 2009 e 2011, um pouco... o feeling mesmo mais do mercado, como vocês estão vendo isso mais no dia a dia? Sr. Antonio: Márcio, é o Previtali. Com relação à linha de recursos próprios no balanço, na verdade, o único decréscimo é de 2007 para 2008, como o Marc disse, em razão da portaria 303 do Ministério de Minas e Energia, que reduziu a energia firme de termelétricas nossas. Depois, ela cresce de 2008 para 2009, por conta da integralidade de São João, e quase integralidade de São Salvador, integralidades essas que estão completas, que estão registradas em 2010, e aí permanece, então a única queda é de 7 para 8. Sr. Márcio: Não... perfeito, Previtali, só... eu estou comparando em relação ao balanço que foi divulgado no 1º tri. Aí no 1º tri você tinha... Sr. Antonio: Ah, o anterior...
Sr. Márcio: Por exemplo, 2009 você tinha 3291, agora tem 3146; e 2011 tinha 3435 e tem 3175 agora. Sr. Antonio: Porque a gente retirou CIEN. Sr. Márcio: É, então, dá para dar um pouco mais de... é excesso de conservadorismo retirar CIEN totalmente? Como é que... Sr. Antonio: O que aconteceu com CIEN, é que a gente queria dar uma sinalização clara que a gente estava e continua batalhando pelo retorno do contrato, um contrato interessante para a gente, houve uma ruptura unilateral, nós continuamos atuando para reverter a situação atual, mas, a gente identificou que todas as análises estavam expurgando o retorno de CIEN, então, a gente entendeu que seria mais justo ter uma linguagem próxima, mais próxima da linguagem dos analistas, então, foi nessa linha. Sr. Márcio: Perfeito. Sr. Antonio: Mas continua como eu digo... Sr. Marc: E também dada à situação energética no próprio país, na Argentina isso se tornou menos... essa volta se tornou menos provável do que ela era há alguns meses atrás, vamos dizer. Sr. Márcio: Perfeito. Existe no contrato alguma multa que a empresa possa fazer jus, caso ele seja definitivamente rompido? Sr. Antonio: Existe, na verdade, a gente durante algum tempo, enquanto houve uma redução da energia firme da parte desse contrato, a parte da demanda, a gente vinha aplicando as penalidades, porque originalmente era um contrato de 300 MW, e como você lembra, foi reduzido primeiramente para 72, antes de cair para zero. Então... desde então a gente já vinha aplicando as penalidades decorrentes dessa redução. Sr. Marc: E que hoje já soma mais de R$ 100 milhões, mas aí nós estamos fazendo... estamos deixando isso na contabilização paralela. Sr. Márcio: Não... perfeito. Isso tem passado... isso não tem passado pelo demonstrativo de resultado não, né? Sr. Marc: Não, não dá. Seria muito agressivo da nossa parte fazer isso. Sr. Márcio: Perfeito. Está no balanço? Sr. Marc: Não.
Sr. Márcio: Também não. E aí em relação à segunda pergunta, eu posso... só um sentimento de vocês principalmente em relação à comercializadora, como está a procura por contratos entre 2009 e 2011? E se, Previtali, você poderia só voltar rapidamente o contrato com a Argentina, para a gente ter uma idéia aqui se é PLD mais 200, se você pudesse só... Sr. Antonio: Com relação à contratação de energia futura, reforço o que o Marc disse, é uma demanda muito grande por parte dos consumidores livres, eles estão bastante assustados com o cenário futuro de preços mais elevados, a própria Associação dos Consumidores Livres tem feito bastante lobby no sentido de buscar mais energia que possa ser destinada ao atendimento deles e, como o Marc disse, a gente... Sr. Márcio: Mas, quer dizer, entre o 1º e o 2º tri, dadas às vendas bilaterais que vocês reportaram no balanço energético, vocês não fizeram mais nenhuma venda? É assim que eu deveria interpretar? Sr. Antonio: Sim. Sr. Marc: Correto. Sr. Antonio: Correto. E com relação às exportações para a Argentina e o preço, hoje está havendo ainda, está em curso uma negociação do preço que está sendo aplicado para exportação, no início, o preço para junho, que, portanto consta no nosso resultado do 2º tri, essa exportação foi valorada ao custo declarado de geração das termelétricas que estão atendendo a Argentina. E já para o início de julho, portanto, isso vai ter reflexo no resultado do 3º tri, houve um acerto entre as empresas geradoras passíveis de exportação - o governo argentino e o governo brasileiro no sentido de aumentar esse preço de venda, que passou a ser então PLD mais o custo declarado de geração. Sr. Márcio: Perfeito, entendi. Sr. Antonio: Então a gente vai ter uma receita, vamos dizer, mantida todas as outras variáveis inalteradas, a gente vai ter uma receita por MWh exportado maior no... Sr. Márcio: No 3º tri. Sr. Antonio: No 3º tri do que foi no 2º. Sr. Márcio: Obrigado. Obrigado Previtali. Operadora: Nossa próxima pergunta vem da Sra. Carolina Dores da Morgan Stanley.
Sra. Carolina Dores: Bom dia. A minha primeira... a minha pergunta assim, em relação aos projetos de cogeração... trimestre passado vocês reportaram que estavam estudando a 55 MW médios, 23 vocês já venderam com a usina de São João. Queria saber se vocês continuam interessados em cogeração, e como vocês vêem esse mercado? Sr. Marc: Nós continuamos sim, nós acabamos agora de firmar essa primeira parceria com o setor de açúcar e álcool, e eu acho que também nós somos a primeira empresa a fazer isso do nosso setor, e nós temos todo o interesse em replicar esse modelo, que estamos iniciando conversas com outras usinas para continuar a nossa estação nesse mercado, mas, não tem nada concreto hoje em dia. Sra. Carolina: E como... na verdade, vocês têm contratos de longo prazo para o suprimento de bagaço de cana, e quantos milhões de toneladas são necessários por ano? Sr. Marc: Aqui, a idéia é a seguinte: ele vai... nós vamos construir a usina de geração a termelétrica e ele vai produzir... ele vai fornecer o combustível, que é o bagaço, ele vai fornecer a água, ele vai disponibilizar a terra também para cultivar e vai ser construída a termelétrica, e ele vai receber toda a energia que ele vai precisar no processo final dele, e aí o excesso de energia que é o 23 MW médios, nesse caso, vai para Tractebel Energia durante 15 anos, que é o prazo do contrato, e nós... bom, agora já vendemos essa energia, agora quantas toneladas por ano, eu não fico devendo a resposta. Sra. Carolina: Tá bom então, obrigada. Sr. Marc: De nada! Operadora: Com licença, senhoras e senhores, lembrando que para fazer uma pergunta, por favor, digitem asterisco (*) um (1). Novamente, caso queiram fazer uma pergunta, por favor digitem asterisco (*) um (1). Encerramos neste momento a sessão de perguntas e respostas, gostaria de passar a palavra ao Sr. Marc Verstraete para as considerações finais. Por favor, pode prosseguir. Sr. Marc: Eu queria agradecer a atenção de todo mundo, lembrar que nós ficamos aqui à disposição, o Previtali, o time dele e eu também, para responder perguntas adicionais, e lembrar também que amanhã de manhã a empresa vai estar em São Paulo na Apimec, e amanhã à tarde no Rio, e onde nós vamos ter também a presença do Zaroni, nosso presidente, grande conhecedor do mercado, então, caso vocês queiram fazer perguntas adicionais, seria uma excelente oportunidade de poder conversar e trocar idéias com ele. Obrigado pela atenção.
Operadora: A teleconferência da Tractebel Energia está encerrada. Agradecemos a participação de todos e tenham um bom dia. Obrigada.