CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS ESTADO DO PARANÁ

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Transcrição:

COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO JULGAMENTO DE RECURSO ADMINISTRATIVO TOMADA DE PREÇOS Nº. 03/2013 Processo nº. 161.2013 Objeto: Contratação de empresa especializada para execução de serviços técnicos de arquitetura e engenharia para elaboração do projeto arquitetônico do novo anexo da Câmara Municipal de São José dos Pinhais. Recorrente: Estel Engenharia Ltda. Contrarrazões: Obino Souza Pinto Arquitetura e Urbanismo Ltda. - ME I - DOS FATOS Na data de 04/06/2013 ocorreu a sessão de licitação da Tomada de Preços nº. 03/2013, comparecendo 08 (oito) empresas interessadas em participar do certame, a saber: Obino Souza Pinto Arquitetura e Urbanismo Ltda., Hauer Tramujas e Mussi S.S., Wiring Construtora de Obras Ltda., Carvalho Projetos Ltda., Logi Arquitetura Ltda., Lar Arquitetura e Cidade Ltda., CSC Engenharia Ltda. e STCP Engenharia de Projetos Ltda.. Ainda participaram do certame as empresas: KJ Projetos e Gerenciamento de Obras Ltda., Estel EngenhariaLtda., AC Assessoria Técnica em Engenharia Civil Ltda., GBM Arquitetura, Consultoria e Projetos Complementares Ltda., Aires e Cintra Arquitetura Ltda. e AE Arquitetura e Consultoria Ltda., as quais encaminharam os envelopes contendo Proposta de Preços e Documentos de Habilitação, devidamente protocolados tempestivamente. As empresas Urbana Arquitetura e Projetos Ltda. e Enar Engenharia e Arquitetura Ltda., que também encaminharam envelopes para participar do certame, igualmente de forma tempestiva, foram desclassificadas por não apresentarem a Declaração de Cumprimento dos Requisitos de Habilitação. Sendo aberta a sessão pelo Presidente da C.P.L., seguiram-se normalmente todos os procedimentos previstos no ato convocatório com relação às fases da licitação. Após a fase de credenciamento, deu-se início a abertura e análise dos Documentos de Habilitação. Quatro empresas foram consideradas inabilitadas para a sequência do certame, conforme abaixo: - KJ Projetos e Gerenciamento de Obras Ltda. - CNPJ: 07.266.994/0001-31, inabilitada devido a: - certidão de falência e concordata ter sido apresentada apenas em cópia não autenticada; ausência dos termos de abertura e encerramento do Livro Diário e ausência de atestados vistados pelo CREA ou CAU. - Estel Engenharia Ltda. CNPJ: 82.144.338/0001-81, inabilitada devido à ausência do termo de abertura e encerramento do livro diário. - Hauer Tramujas e Mussi S.S. CNPJ: 03.613.192/0001-08, inabilitada devido a: - não apresentação da certidão do FGTS; não apresentação da declaração relativa ao cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal; ausência do termo de abertura e encerramento do Balanço; ausência da Certidão de Falência e Concordata e ausência de atestados vistados pelo CREA ou CAU. - AE Arquitetura e Consultoria Ltda. CNPJ: 11.370.646/0001-87, inabilitada pois a empresa apresentou o Balanço referente ao exercício de 2011. 1

Após a publicação do resultado do julgamento dos documentos de habilitação, abriu-se o prazo recursal, conforme previsto em lei (8.666/93). II. DA APRESENTAÇÃO DO RECURSO Na data de 13/06/2013, a empresa Estel Engenharia Ltda., inscrita no CNPJ sob o nº. 82.144.338/0001-81, apresentou Recurso Administrativo protocolado nesta Câmara sob nº. 12610, o qual passa a ser analisado. III. DA APRESENTAÇÃO DAS CONTRARRAZÕES Interposto o recurso, foi então dado ciência sobre o ato aos demais licitantes no dia 14/06/2013, sendo aberto o prazo de 5 (cinco) dias úteis para que todos pudessem apresentar suas respectivas contrarrazões, o que fez, no prazo indicado, a empresa Obino Souza Pinto Arquitetura e Urbanismo Ltda. Me. IV. DA ANÁLISE DO RECURSO A peça interposta refere-se a Recurso contra a fase de Julgamento da Habilitação das empresas licitantes e fora protocolado tempestivamente nesta Câmara Municipal. V. DAS RAZÕES DO RECURSO Na data de 26/06/2013, reuniu-se, na sala da Divisão de Compras e Materiais, na sede da Câmara Municipal de São José dos Pinhais, Estado do Paraná, a Comissão de Licitação desta Casa Legislativa para análise e julgamento do recurso e contrarrazões em tela, sendo lidos e discutidos os documentos, produzindo o seguinte resultado: Referente à alegação pretendendo a reforma da decisão proferida pela C.P.L., de modo a declarar a recorrente habilitada para a sequência do certame licitatório. Analisado o recurso da empresa Estel Engenharia Ltda., consta alegação de que, in verbis: A empresa ESTEL ENGENHARIA LTDA apresentou a documentação que comprova a boa situação financeira de maneira cristalina e na forma da lei através de fotocópia extraída do Livro Diário que se encontra devidamente autenticada pela Junta Comercial, atendendo assim o que estabelece o edital, conforme solicitado no item 10.5.3. Relativos à Qualificação Econômico-Financeira, subitem b) alínea b2) senão vejamos: b 2 ) A expressão na forma da lei será, objetivamente, suprida quando o balanço patrimonial e a demonstração de resultados forem apresentados: 1 publicados no diário oficial; ou 2 publicada em jornal; ou 3 por cópia ou fotocópia registrada na Junta Comercial, ou Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, da sede ou domicílio do licitante; ou 4 por cópia ou fotocópia extraída do Livro Diário devidamente autenticada pela Junta Comercial, ou pelo Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas, da sede ou domicílio da licitante inclusive com os Termos de Abertura e Encerramento. Observa-se nas redações transcritas, que dentre as diversas opções para atendimento do item supracitado esta empresa foi prontamente atendido por esta empresa restando, assim, um equívoco na sua inabilitação. Justifica ainda que, in verbis: 2

A não apresentação do termo de abertura e encerramento não é motivo para inabilitação da empresa, pois este por si só não comprova a boa situação econômica da empresa que é um dos requisitos principais do processo licitatório, restando comprovado através de seu balanço patrimonial. Portanto, a licitante ESTEL ENGENHARIA LTDA possui todos os requisitos para prosseguimento do certame, não ferindo em qualquer momento as regras editalícias, nem tão pouco no julgamento objetivo. No que diz respeito à apresentação do Balanço patrimonial e demonstração de resultados do último exercício social (ano de 2012), já exigíveis e apresentados na forma da lei, solicitados no item 10.5.3, alínea b do edital, a empresa se apoia na opção oferecida na alínea b² 3 : b²) A expressão na forma da lei será, objetivamente, suprida quando o balanço patrimonial e a demonstração de resultados forem apresentados: 3 por cópia ou fotocópia registrada na Junta Comercial, ou Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, da sede ou domicílio do licitante; Necessário observar que, na realidade, os documentos não foram apresentados na forma exigida, ou seja, por cópia ou fotocópia registrada na Junta Comercial, ou Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, da sede ou domicílio do licitante. Foram apresentadas cópias, sem o termo de abertura e encerramento, autenticadas no 1º Tabelionato de Notas e Protestos de Itajaí (o qual não substitui o Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas no município), e com o selo do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina de Certificação de Habilitação Profissional da contadora, Sra. Maria das Graças Marcelino. Tal constatação, por si só, comprova o acerto da decisão tomada pela Comissão Permanente de Licitação desta casa legislativa em inabilitar a licitante, pelo não cumprimento do exigido no edital (respaldado pelo art. 31, I da Lei 8.666/93). No concernente a eventuais diligências para esclarecimentos - medida pleiteada pela recorrente - é pertinente a observação da empresa Obino Souza Pinto Arquitetura e Urbanismo Ltda. ME, que na apresentação de suas contrarrazões, versa sobre o assunto, in verbis: Ademais, também não há de se falar em diligências. O fato de a legislação prever esta faculdade, visando eximir dúvidas em relação aos documentos apresentados, não se confunde com a possibilidade de apresentação de documentos originais, em um segundo momento, pela licitante. Conforme Ivo Ferreira de Oliveira, a diligência tem por objetivo oferecer meios para que a Comissão de Licitação ou a Autoridade Superior possa promover inquirições, vistorias, exames pertinentes a questões que eventualmente surjam e até autorizar a juntada de documentos, permitindo à Comissão ou à Autoridade julgar corretamente o certame, graças aos esclarecimentos que a diligência lhe propiciou, mas sem perder de vista os princípios constitucionais e legais que norteiam o processo licitatório. De modo algum poderá ser admitida a realização de diligências com a extrapolação dos limites conferidos pela Lei 8.666/93, nos moldes indicados em suas normas pertinentes e que possam restringir ou frustrar a participação de qualquer licitante no certame licitatório. A propósito destes limites e da extensão das diligências, a lei federal das licitações, na parte final do parágrafo 3º do artigo 43, estabelece vedação à apresentação de documentos ou informação que deveriam constar originariamente dos envelopes. (...). Segue o referido artigo da Lei 8.666/93: Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos: I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos concorrentes, e sua apreciação; II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação; III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos; IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços 3

correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis; V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação constantes do edital; VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do objeto da licitação. 1 o A abertura dos envelopes contendo a documentação para habilitação e as propostas será realizada sempre em ato público previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e pela Comissão. 2 o Todos os documentos e propostas serão rubricados pelos licitantes presentes e pela Comissão. 3 o É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do processo, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originariamente da proposta. (...) A Constituição Federal brasileira, expressamente determina que a Administração Pública atenda aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, determinando ainda a igualdade de condições a todos os concorrentes (licitantes) (Art. 37, caput e Inc. XXI): Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. Independente da modalidade licitatória adotada, deve-se garantir a isonomia, legalidade, impessoalidade, igualdade, vinculação ao instrumento convocatório e julgamento objetivo no processo. O item 10.5.3, alínea b, do edital previa, expressamente, quais as formas de apresentação do balanço patrimonial e demonstração de resultados. Esta exigência foi cumprida pelos demais licitantes. Desta maneira, a reforma da decisão pleiteada pela ora recorrente feriria os princípios da igualdade, legalidade e da vinculação ao instrumento convocatório. VI. DO PEDIDO A recorrente pede a reforma da decisão que resultou na sua inabilitação. Solicita, também, que seja promovida diligência. DECISÃO Diante dos fatos narrados, e considerando infundado o recurso impetrado, decidimos: a) Negar provimento ao Recurso; b) Submeter os autos do processo ao Presidente da Câmara Municipal de São José dos Pinhais para, na condição de Autoridade Superior, proferir decisão definitiva, de acordo com o Art. 109, Parágrafo 4º, da Lei nº. 8.666/93, de 21 de junho de 1993. 4

São José dos Pinhais/PR, 27 de junho de 2013. Walkiria Mansano Borçato Presidente da C.P.L. Milton César da Rocha Rafael Enes Carla Pires de Brito Rudney Cordeiro Soares Membros da Comissão 5