MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ RDC ELETRÔNICO Nº. 04/2016-UNIFAP RESPOSTA DE RECURSO

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Guilherme Faro
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1 RECORRENTE: S MONTORIL PROJETOS E CONSTRUÇÕES LTDA O Presidente da Comissão de Licitação para RDC da Universidade Federal do Amapá, em cumprimento aos prazos recursais do RDC nº. 04/2016, apresenta a resposta ao recurso administrativo interposto pela empresa S MONTORIL PROJETOS E CONSTRUÇÕES LTDA, doravante denominada apenas como recorrente, nos termos que seguem. I - DOS FATOS Trata-se de Recurso Administrativo impetrado pela S MONTORIL PROJETOS E CONSTRUÇÕES LTDA, contra ato praticado pela Comissão Permanente de Licitação para RDC/UNIFAP, visando anular o ato que a desclassificou-a do RDC Eletrônico nº A recorrente narra que participou do certame licitatório, tendo apresentado a proposta com menor preço. Ressalta que a autoridade coatora desclassificou-a do certame, após a conclusão das fases de julgamento das propostas e habilitação, e que teve sua proposta de preços desclassificada tendo por base a decisão Levando em consideração as impropriedades detectadas na proposta, alíneas a, b, c, e, f, g e h do Parecer Técnico da Assessoria Especial de Engenharia e; Habilitação: Deveria ter apresentado certidão de regularidade do contador que assinou o balanço para confirmar a regularidade do mesmo. Posto isso, postula o retorno à fase de aceitação, para que seja reformada a decisão da comissão e seja declarada vencedora do certame. Como se demonstrará, o recurso da licitante não pode prosperar, devido a informações que serão expostas à seguir.

2 II - DO MÉRITO No caso em vértice, a Fundação Universidade Federal do Amapá, deflagrou uma Licitação, na modalidade RDC, na forma Eletrônica, do Tipo Menor Preço Global, objetivando a Construção de um Prédio e Urbanização do Entorno que irá comportar o Laboratório de Engenharia da UNIFAP. Às 10:02 horas do dia 14 de Outubro de 2016, reuniram-se o Presidente Oficial deste Órgão e respectivos membros da Comissão da Licitação, designados pelo instrumento legal 2314/2016 de 19/10/2016, em atendimento às disposições contidas na Lei nº de 05 de agosto de 2011 e legislação complementar, referente ao Processo nº Objeto: Construção de um Prédio e urbanização do entorno que irá comportar o laboratório de Engenharia da Universidade Federal do Amapá- UNIFAP, campus marco zero, com material incluso, conforme especificações e demais elementos técnicos constantes no Edital. Presidente abriu a Sessão Pública em atendimento às disposições contidas no edital, divulgando as propostas recebidas. Abriu-se em seguida a fase de lances para classificação dos licitantes relativamente aos lances ofertados. Como é de praxe nos editais de RDC Eletrônico realizados pela UNIFAP, é concedido o prazo de dois dias úteis para que a licitante, melhor classificada, possa encaminhar a proposta reformulada. No caso em tela, a empresa que apresentou a menor proposta foi a empresa recorrente, foi-lhe solicitado o envio dos anexos contendo a proposta e documentação. Tão logo foram recebidos, a Comissão encaminhou-os para a assessoria de engenharia para emissão de parecer sobre a proposta. Após a análise, o parecer foi publicado no site da UNIFAP, já de posse dos motivos da desclassificação, a recorrente fez uso da prerrogativa recursal e informou, via sistema, o desejo de ingressar com recurso, apresentando, ao final do certame, as razões. Em suas razões, insurge-se sobre um dos motivos apontados pela Comissão para a sua desclassificação, que foi a exigência de comprovação de regularidade do Contador que assinou o balanço patrimonial da empresa. Há a previsão expressa no item 33 do Edital de RDC nº. 04/2016 que o balanço patrimonial e as demonstrações contábeis deverão estar assinados por contador ou

3 outro profissional equivalente, devidamente registrado no Conselho Regional de Contabilidade. A exigência do registro ocorre justamente para dar credibilidade ao documento que fora apresentado pelo profissional de contabilidade, sendo exigidos pelos conselhos regionais de contabilidade e pelo próprio CFC. A pretensão de desqualificar a exigência editalícia para sagrar-se vencedora do certame é inoportuna e intempestiva, tendo em vista que os pedidos de impugnação visando alterações no edital devem ser feitos antes da abertura da sessão, a própria participação na licitação implica anuência de todas as suas regras, inclusive enseja declaração no próprio sistema de que cumpre plenamente os requisitos de habilitação, conforme item 9 do Edital. Há comissões de licitação que consideram essa conduta passível de ser considerada declaração falsa, mas não entraremos no mérito. A recorrente expos sua insatisfação com os motivos expostos no Parecer Técnico exarado pela Assessoria Especial de Engenharia da UNIFAP, que apontam impropriedades na proposta da empresa S MONTORIL, para tanto, elencando os itens a, b, c, d, e, f, g e h da manifestação técnica como motivos para desclassificação. Com relação à manifestação acima, talvez a licitante não tenha atentado mas foi retificado os motivos da desclassificação, conforme cópia da mensagem do chat: Presidente fala 09/11/ :29:11: Senhores, retificando os motivos da recusa da proposta da Licitante S MONTORIL PROJETOS ECONSTRUCOES LTDA - EPP: Levando-se em consideração a impropriedade detectada na proposta, especificamente na alínea h do Parecer Técnico da Assessoria Especial de Engenharia e; Habilitação:Deveria ter apresentado certidão de regularidade do contador que assinou o balanço para confirmar a regularidade do mesmo. Com relação à questão da certidão de regularidade do contador, entendemos estar pacificada na explanação acima. Com relação à alínea h do parecer técnico, a comissão entende que houve descaracterização das especificações estabelecidas pela administração, não apresentando a composição do custo detalhada para o item

4 De forma a contribuir para esta análise, a empresa ECO SERVICE em suas contrarrazões forneceu argumentos que corroboram a decisão desta Comissão, os quais replicaremos. Composições dos custos unitários é o detalhamento do custo unitário dos materiais, mão de obra e equipamentos necessários execução de uma unidade de medida. Sendo a composição revestida de grande relevância para a comissão e fiscalização, pois precisam analisar a composição para saber tipo de insumo considerado e a produtividade adotada quanto a formação do preço da Obra. Alega de Recorrente que esse item, via de regra é terceirizado pela licitante vencedora??? Mais uma vez, a licitante insurge-se contra as regras do edital tardiamente, visto tal vedação é expressa quanto a transferência de responsabilidades a terceiros, conforme itens 167 e do Edital: 167. O contratado obriga-se a: Não transferir a terceiros, por qualquer forma, nem mesmo parcialmente, as obrigações assumidas, nem subcontratar qualquer das prestações a que está obrigada, exceto nas condições autorizadas no Projeto Básico ou neste contrato; Há que se considerar ainda que, não obstante os achados da proposta de preços, a Comissão e equipe técnica da Assessoria de Engenharia, por equívoco, deixaram de apontar as falhas relativas à qualificação técnica que de forma superveniente foram relacionados pela empresa recorrida em suas contrarrazões. A recorrente não atendeu ao item 38.2 do edital pois não apresentou quantitativo mínimo para o item PISO EM GRANILITE, MARMORITE OU GRANITINA (PISO DE ALTA RESISTÊNCIA) visto que nenhuns dos atestados apresentados atingiram o quantitativo mínimo de 50% para o item. Com relação ao item 1.5 das razões do recurso da Recorrente, a Comissão entende que as explanações contidas nas contrarrazões da empresa recorrida constante no

5 Anexo I de sua peça de defesa respondem perfeitamente às alegações da empresa recorrida, não assistindo razões para contrariar o posicionamento final da Comissão. Por tudo exposto, a comissão ratifica a impossibilidade do uso da prerrogativa do item 63 do Edital para atender ao pleito da recorrida devido ao não atendimento dos itens 33, 38.2 e do Edital, os quais dizem respeito à documentação apresentada, não à proposta. III - DECISÃO Por todo o exposto, a Comissão de Licitação para RDC da Universidade Federal do Amapá decide NEGAR PROVIMENTO ao recurso interposto pela recorrente Macapá, 15 de dezembro de 2016 Comissão Permanente de Licitação para RDC/UNIFAP Portaria nº. 2314/2016

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