A PSICOLOGIA SOCIAL EUROPÉIA (PSE) Razoes para Manter a Expressão PSE: A expressão PSE é corrente na literatura sobre Psicologia Social na Europa; A PSE corresponde a um movimento institucionalizado; Institucionalização 1: Formação da Associação Européia de Psicologia Social Experimental (AEPSE); Institucionalização 2: Fundação do European Journal of Social Psychology (EJSP). Formação de um Espírito de Grupo: a Identidade Social Estabelece um quadro teórico que legitima a sua existência em contraposição à PSA. Estudo de Scherer (1990): Scherer (1990) aplicou questionários em 80 psicólogos sociais americanos e europeus sobre as diferenças entre PSE e PSA e sobre o reconhecimento do papel especial da PSE no desenvolvimento da Psicologia Social. 1
Resultados do Estudo de Scherer (1990) Americanos Metade dos americanos não reconheceram a PSE como distinta da PSA Europeus Todos os europeus reconheceram a existência da PSE distinta da PSA Com relação à prática, consideraram a PSE como menos individualista e mais filosófica e histórica Também consideraram a PSE como menos individualista e mais filosófica e histórica Popularidade dos Temas: Estudo de Jaspars (1986) comparando os temas publicados no JESP e no EJSP entre 1970 e 1980 JESP > 2 EJSP JESP = EJSP JESP 2 < EJSP Teoria da Atribuição Desvio para o risco Influência Social Ajuda Agressão Proces. Intergrupais Atração Interpessoal Mudança de Atitudes Teoria da Equidade Autoconsciência Comparação de Teorias Atitude-comportamento Conclusões: A PSE predominou entre os anos 70 e 80 os estudos sobre influência social (minorias ativas) e relações intergrupais (identidade social). Definindo, assim, uma PS mais social. 2
Estudo de Scherer (1990) comparando os temas publicados no JESP e no EJSP nos anos 80 JESP > 2 EJSP JESP = EJSP JESP 2 < EJSP Mudança de Atitudes Cognição Social Proces. Intergrupais Atração Interpessoal Teoria da Atribuição Comunicação Autoconsciência Influência Social Agressão Atitude-comportamento Percepção de Grupo Emoção e Motivação Conclusões: A PSE predominou entre os anos 80 os estudos relações intergrupais (identidade social). Observa-se também uma grande convergência nos temas estudados pela PSE e PSA, o que tem provocado dificuldades na distinção regional proposta entre as formas de Psicologia Social. Razões da Dificuldade: Esta dificuldade tem suas raízes numa ambigüidade que percorre a PSE desde o seu início e que consiste juntamente na tendência de conciliar o método experimental com uma psicologia social mais social (Jesuíno, 2000, p. 53) Os psicólogos sociais europeus pretendiam, por um lado, beneficiar das vantagens que o método experimental oferece, e desde logo, duma maior aceitação da comunidade científica, por outro lado, os inconvenientes duma inevitável perda em termos de pertinência e relevância do seu objeto de estudo (Jesuíno, 2000, p. 53). A famosa crise da Psicologia Social. 3
A Crise da Psicologia Social Foi um conjunto de insatisfações sentidas por psicólogos sociais dos anos 60 a até a atualidade com relação ao individualismo exacerbado da PSA, no plano teórico, e do uso da experimentação de laboratório, no plano metodológico. Publicação Especial do EJPS (1989) sobre a Crise da PS Velho Paradigma (Nuttin & Zajonc): Negação da crise, ênfase no individualismo e defesa do método experimental; Novo Paradigma (Harré & Gergen): exacerbação da crise, ênfase em explicações sociais e negação da experimentação; A proposta conciliadora (Moscovici & Doise): Articulação entre os dois paradigmas. A Articulação Psicossociológica: Nível Teórico Teoria das Minorias Ativas (Moscovici, 1979) Teoria da Identidade Social (Tajfel, 1982) Teoria das Representações Sociais (Moscovici, 1961) A Articulação Psicossociológica: Nível Metodológico A PSE adota uma postura multi-metodológica no estudo dos processos psicossociológicos 4
A Articulação das Teorias 5