DETERMINAÇÃO DE BACTÉRIAS TERMOTOLERANTES EM SASHIMI COMERCIALIZADO EM RESTAURANTES DE COMIDA JAPONESA E SEU VALOR NUTRICIONAL

Documentos relacionados
OCORRÊNCIA DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES E SALMONELLA spp. EM SUSHIS COMERCIALIZADOS NAS CIDADES DE JOÃO PESSOA E CAMPINA GRANDE/PB

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA CARNE BOVINA COMERCIALIZADA IN NATURA EM SUPERMERCADOS DO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS-PR

Introdução. Graduando do Curso de Nutrição FACISA/UNIVIÇOSA. 3

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE SANDUÍCHES NATURAIS COMERCIALIZADOS EM ARAPONGAS PARANÁ SILVA, M.C; TOLEDO, E

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE MANTEIGAS COMERCIALIZADAS EM VIÇOSA (MG) 1. Introdução

CONTROLE DE QUALIDADE DE AMOSTRAS DE SALMÃO (Salmo salar) IMPORTADO DO CHILE E COMERCIALIZADO EM RECIFE-PE

10º ENTEC Encontro de Tecnologia: 28 de novembro a 3 de dezembro de 2016 QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ÁGUA MINERAL DO TRIANGULO MINEIRO

QUALIDADE DA FARINHA DE MANDIOCA COMERCIALIZADA NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO ACRE S. da S. Torres 2, M. T. Furtado 1,

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE MELÃO (Cucumis( melon var. inodorus) MINIMAMENTE PROCESSADO EM FUNÇÃO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO

Pesquisa de microrganismos indicadores de condições higiênico sanitárias em água de coco

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DO LEITE CRU E DO LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADOS NO OESTE DE SANTA CATARINA

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DAS FARINHAS DE MESA TIPO SECA COMERCIALIZADAS EM BELÉM PARÁ

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE LINGUIÇA SUINA COMERCIALIZADA NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE QUEIJOS COMERCIALIZADOS NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE UNAÍ, MG, BRASIL

Avaliação da composição centesimal e determinação de minerais em rações para cães e gatos

AVALIAÇÃO BACTERIOLÓGICA EM AMOSTRAS DE AÇAÍ NA TIGELA COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE CARUARU PE

DETERMINAÇÃO DOS TEORES DE UMIDADE E CINZAS DE PEIXE SALGADO-SECO COMERCIALIZADO NA ZONA OESTE DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO RJ

(83)

INDICADORES DE CONDIÇÕES HIGIÊNCICO SANITÁRIAS EM PREPARAÇÕES ORIENTAIS SERVIDAS EM RESTAURANTES NA CIDADE DE SALVADOR - BA

ELABORAÇÃO DE GELEIA TRADICIONAL E LIGHT DE GUABIROBA BRUNA NAPOLI¹; DAYANNE REGINA MENDES ANDRADE²; CRISTIANE VIEIRA HELM³

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE MÃOS DE MANIPULADORES, MÁQUINAS DE MOER CARNE E FACAS DE CORTE, EM SUPERMERCADOS DA CIDADE DE APUCARANA- PR

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO MINAS FRESCAL PRODUZIDOS POR PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO MUNICIPIO DE GUARAPUAVA E REGIÃO

Prêmio Jovem Cientista

PESQUISA DE SALMONELLA EM MOLHOS PRODUZIDOS E COMERCIALIZADOS EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO NA CIDADE DE MONTES CLAROS MG

ANÁLISES DE COLIFORMES TOTAIS E TERMOTOLERANTES EM PRODUTOS DERIVADOS LACTEOS E SORVETES

Disciplina: Controle de Qualidade Série: 2ª Turmas: L/N/M/O. Curso: Técnico em Agroindústria. Professora: Roberta M. D.

DIAGNÓSTICO DA APLICAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO EM UM RESTAURANTE FAST FOOD DE COMIDA JAPONESA NO MUNICÍPIO DE CUIABÁ MT.

ASPECTOS GENÉRICOS DA TECNOLOGIA DE ALIMENTOS

AVALIAÇÃO DE COLIFORMES EM ÁGUA MINERAL COMERCIALIZADA NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ/RN

ROTULAGEM NUTRICIONAL DO QUEIJO DE COALHO DE COMERCIALIZADO NO ESTADO DE PERNAMBUCO. Apresentação: Pôster

ANÁLISE COMPARATIVA DA QUALIDADE NUTRICIONAL ENTRE PIZZAS CALABRESA COMPARATIVE ANALYSIS OF NUTRITIONAL QUALITY BETWEEN PIZZA CALABRIAN

PARÂMETROS DE QUALIDADE DA POLPA DE LARANJA

DETERMINAÇÃO DE VIDA DE PRATELEIRA DA FARINHA OBTIDA A PARTIR DAS CASCAS DE ABACAXI (Ananas comosus L. Merril)

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE HORTALIÇAS SERVIDAS NO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DA UFPEL, CAMPUS CAPÃO DO LEÃO. 1. INTRODUÇÃO

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE CARNE BOVINA MOÍDA COMERCIALIZADA EM LIMOEIRO DO NORTE-CE

CARACTERÍSTICAS E CONSUMO DE PESCADO NO SUL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Disciplina: Ciências Ficha nº 28 8º Ano Turma: CONHECENDO AS GORDURAS

QUALIDADE HIGIÊNICO-SANITÁRIA DE LANCHES COMERCIALIZADOS NO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA UFPEL, RS

PALAVRAS-CHAVE Ensino Técnico. Engenharia de Alimentos.

III JORNADA Científica e Tecnológica do OESTE BAIANO. Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 19 a 22 de outubro de 2010, Barreiras Bahia

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA

AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA DOS EQUIPAMENTOS E ALIMENTOS SERVIDOS EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO DE UM HOTEL NA CIDADE DE FORTALEZA

VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE HIGIENIZAÇÃO DA ALFACE(Lactuca sativa L.) SERVIDA EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO. 1. INTRODUÇÃO

Tópicos Especiais em Química. Legislações e Normas. Giselle Nobre

A QUÍMICA PRESENTE NAS INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS

Microrganismos de interesse sanitário em sushis Microrganisms of sanitary interest in sushi

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE UMA LANCHONETE UNIVERSITÁRIA NA CIDADE DE PELOTAS, RS.

Avaliação da qualidade microbiológica do leite pasteurizado tipo C produzido na região de Araguaína-TO

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO EM JUIZ DE FORA NO

TÍTULO: QUALIDADE MICROBIOLÓGICA E CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE PESCADO COMERCIALIZADO NO MUNICÍPIO DE VOLTA REDONDA RJ

INVESTIGAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE SUSHIS COMERCIALIZADOS NAS CIDADES DE CRATO E JUAZEIRO DO NORTE CE

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA DA HIGIENIZAÇÃO DE MESAS DE MANIPULAÇÃO DE FRUTAS E HORTALIÇAS DO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DO IFMG CAMPUS BAMBUÍ RESUMO

AVALIAÇÃO DE RÓTULOS DE CREMES DE LEITE COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE GARANUNS - PE. Apresentação: Pôster

SEMENTE DE CHIA. Ficha técnica. REGISTRO: Isento de Registro no M.S. conforme Resolução RDC n 27/10. CÓDIGO DE BARRAS N :

POTENCIAL ANTIBIÓTICO DE EXTRATO AQUOSO DE CASCAS DE CAJUEIRO SOBRE BACTÉRIAS DO GRUPO COLIFORMES PARA TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

Inspeção de Pescado. Inspeção de Pescado DEFINIÇÃO. Estabelecimentos DEFINIÇÃO 31/01/2013

Valor Calórico, Carboidratos, Proteínas, Gorduras Totais, Gorduras Saturadas, Colesterol, Fibra Alimentar, Cálcio, Ferro e Sódio.

Congresso de Inovação, Ciência e Tecnologia do IFSP

CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE CACHORROS QUENTES AMBULANTES DO MUNICÍPIO DE APUCARANA- PR

QUALIDADE DOS ALIMENTOS E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL. Alessandra Reis Nutricionista de Qualidade- IBRefeições

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO CALDO DE CANA EM FEIRAS LIVRES DO ESTADO DE RONDÔNIA

ANEXO I REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE PALETA COZIDA

DESENVOLVIMENTO DE TIPO HAMBURGUER BOVINO COM ADIÇÃO DE FARINHA DE BERINJELA

UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE FARMÁCIA LUANA PEDRO DA CUNHA

Avaliação de parâmetros de qualidade de doce em massa e das matérias primas utilizadas na formulação

TÍTULO: ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE ESPONJAS UTILIZADAS NA HIGIENIZAÇÃO DE UTENSÍLIOS DE COZINHA DE RESTAURANTES DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO

Qualidade microbiológica de hortaliças in-natura e processadas, comercializadas no Distrito Federal.

Todos os Direitos Reservados. Página 1

Ficha Técnica de Produtos. Nozes Pecan

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE FORMULAÇÕES LÁCTEAS INFANTIS PREPARADAS EM LACTÁRIOS HOSPITALARES DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS (SP) E REGIÃO

Anais do 14º Encontro Científico Cultural Interinstitucional ISSN

CURSO DE FARMÁCIA Reconhecido pela Portaria MEC nº 220 de , DOU de PLANO DE CURSO

ANÁLISE DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO (BPF): APLICAÇÃO DE UM CHECK-LIST EM DOIS FRIGORÍFICOS NO MUNICÍPIO DE SALGUEIRO-PE.

XI Encontro de Iniciação à Docência

ESTUDO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DAS ÁGUAS DE POÇOS TUBULARES, LOCALIZADO NO SITIO GUABIRABA DO MUNICÍPIO DE LAGOA SECA-PB

PROJETO DE PESQUISA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

O pão engorda. Mitos Alimentares

AVALIAÇÃO DO TEMPO DE COZIMENTO DA MASSA DE QUEIJO SOBRE A UMIDADE DE QUEIJO PRATO DURANTE A MATURAÇÃO

DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE ALGUNS ALIMENTOS COMERCIALIZADOS NAS IMEDIAÇÕES DE HOSPITAIS PÚBLICOS EM ARAGUAÍNA, TOCANTINS

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL AISI ANNE SANTANA PERMÍNIO V. OLIVEIRA JR.

ANÁLISE DA ROTULAGEM DE PESCADOS COMERCIALIZADOS EM ESTABELECIMENTOS DO MUNICÍPIO DE PETROLINA-PE

I Simpósio de Rotulagem de Alimentos CRQ-IV. Fiscalização e Monitoramento de Alimentos

MONITORAMENTO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DOS SUCOS DE FRUTA COMERCIALIZADOS EM UM CAMPUS UNIVERSITÁRIO NA CIDADE DE TERESINA-PI

DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÃO DE REQUEIJÃO CREMOSO COM BAIXO TEOR DE SÓDIO E DE GORDURAS

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Disponível em: <

ENUMERAÇÃO DE COLIFORMES A 45 C EM LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO EM CAXIAS, MA

Elaboração de POPs e Manual de Boas Práticas de Fabricação em um supermercado no município de Viçosa 1

ANÁLISE DA ROTULAGEM NUTRICIONAL DE ALIMENTOS COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE UBERLÂNDIA MG

CONDIÇÕES HIGIENICO-SANITÁRIAS DOS LOCAIS E DAS COMIDAS DE RUA VENDIDAS NO MUNICIPIO DE AÇAILÂNDIA MA

RESÍDUO DE ANTIBIÓTICOS NO LEITE CAPRINO DO MUNICÍPIO DE SENHOR DO BONFIM BA

ovo ovo nível de gordura no sangue pesquisas científicas

Inspeção de pescado. Pescado Definições. Pescado Definições PESCADO COMO ALIMENTO LEGISLAÇÕES IMPORTÂNCIA NUTRICIONAL 06/05/2011

DETERMINAÇÃO DE CINZAS EM DIVERSOS ALIMENTOS. Brusque/SC

NUTRICIUM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA FICHA DE ESPECIFICAÇÃO. BemVital MultiFibras

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. CONSULTA PÚBLICA Nº 541, DE 17 DE JULHO DE 2018 D.O.U de 18/7/2018

BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS DE ALIMENTAÇÃO DA CIDADE DE DOURADOS-MS

QUANTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO DO CAMPUS DE RIO CLARO-UNESP: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE COMPOSTAGEM

COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DE EMPANADOS ELABORADOS A PARTIR DE CARNE DE CARPA HÚNGARA (CYPRINUS CARPIO L.) 1

CONSUMO ALIMENTAR DAS MULHERES DO CENTRO DE MELHOR IDADE E SUA CORRELAÇÃO COM AS DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (OSTEOPOROSE)

PERFIL MICROBIOLÓGICO DE AMOSTRAS DE LEITE PASTEURIZADO DE ACORDO COM AS ESPECIFICAÇÕES MUNICIPAIS (SIM) E ESTADUAIS (IMA)

Transcrição:

DETERMINAÇÃO DE BACTÉRIAS TERMOTOLERANTES EM SASHIMI COMERCIALIZADO EM RESTAURANTES DE COMIDA JAPONESA E SEU VALOR NUTRICIONAL R.L.Barbosa 1, T.C.S.Marques 2, M.G.A.Bandeira 3 1-Aluna do Curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Maranhão, Departamento de Tecnologia Química - CEP.:65080-040- São Luis MA - Brasil. Telefone: (98)3272-8710 email: (renata502@hotmail.com) 2- Aluna do Curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Maranhão, Departamento de Tecnologia Química- CEP.:65080-040- São Luis - MA- Brasil. Telefone: (98)3272-8710 email: (thayana_cristine7@hotmail.com) 3- Departamento de Tecnologia Química Universidade Federal do Maranhão - CEP.:65080-040- São Luis MA - Brasil. Telefone: (98)3272-8710 email: (mgban10@yahoo.com.br) RESUMO Avaliou-se a presença de bactérias termotolerantes (NMP) de sashimi de salmão e presença de Escherichia coli, servido em cinco restaurantes especializados em comida japonesa da cidade de São Luis MA, o seu valor nutricional e aspectos de higiene de manipuladores e equipamentos. Realizou-se análises de proteínas, lipídios, cinza, umidade, carboidratos por diferença e valor calórico. Os aspectos de higiene de manipuladores e equipamentos foram avaliados através de aplicação de check list. Das amostras analisadas 75 encontram-se dentro dos padrões microbiológicos nos que se refere aos coliformes termotolerantes; em 100 das amostras houve ausência de E. coli. Em todos os restaurantes os manipuladores usavam uniforme, porém nenhum utilizava luvas. O salmão mostrou-se ser um peixe gordo com teor médio de lipídios de 9,79. Quanto ao teor de proteínas, o salmão encontra-se dentro dos padrões previstos na literatura. Quanto ao valor calórico pode-se afirmar que os sashimis apresentaram valor moderado 188,66 kcal/100g. ABSTRACT- It was evaluated the presence of thermophilic bacteria (NMP) of salmon sashimi and the presence of Escherichia coli, served in five restaurants specializing in Japanese food in the city of São Luis - MA, its nutritional value and handlers hygiene aspects and equipment. It was also held analysis of protein, lipid, ash, moisture, carbohydrates by difference and caloric value. The handlers hygiene aspects and equipment were evaluated by application checklist. 75 of the samples are within the microbiological standards in regard to fecal coliforms; 100 of the samples there were no E. coli. In all restaurants handlers wore uniform, but no wear gloves. The salmon proved to be a fat fish with an average grade of 9.79 lipids. About the protein content, the salmon is within the standards set out in the literature. Finally, about the caloric value it can be stated that the sashimis showed moderate value 188.66 kcal / 100g. PALAVRAS-CHAVE: qualidade, microbiologia, físico quimica. KEYWORDS : quality, microbiology, chemistry physical 1.INTRODUÇÃO Segundo Martins (2006), o alimento é definido pela legislação brasileira como toda substância ou mistura de substâncias no estado sólido, líquido, pastoso ou qualquer outra forma adequada, destinada a fornecer ao organismo humano os elementos normais à sua formação, manutenção e desenvolvimento. Pescado é todo produto retirado do meio aquático e que direta ou

indiretamente, tem valor alimentar e que possa ser utilizado como alimento para o homem. Portanto, o termo pescado é genérico e envolvem peixes, crustáceos, moluscos, rãs, anfíbios, quelônios, mamíferos de água doce ou salgada e cefalópode; dentre estes, os peixes, os moluscos e os crustáceos compreendem o grupo que apresenta grande valor alimentar e econômico (Araujo, 2012). Nos últimos anos tem-se observado mudança no perfil alimentar da população, o que, associado à oferta de pescado de qualidade no mercado interno, pode direcionar o consumo, em especial pela oferta de novas formas de apresentação deste alimento. O hábito de ingerir pescado cru é de introdução recente no cardápio dos estabelecimentos de alimentação nas grandes cidades brasileiras. As lojas especializadas em sashimi e sushi, anteriormente restritas a regiões onde predominavam imigrantes asiáticos, tornaram-se comuns nos bairros de classe mais elevada, estando presentes em quase todos os shopping centers dentro da categoria fast-food, existindo, até mesmo, lojas especializadas na modalidade de entrega a domicílio, o delivery (Vallandro, 2010). A tradicional culinária japonesa é conhecida mundialmente pelo hábito de consumir peixe cru ou in natura (Sato, 2013). O sashimi é uma iguaria da culinária japonesa, primariamente consistindo de peixes e frutos do mar fresco, em fatias finas servidas apenas com molho de soja e wasabi. Alguns ingredientes de sashimi, como o polvo, são servidos cozidos, mas a maioria dos peixes, como o atum e o salmão, são servidos cru. Tendo em vista que o sashimi é um alimento servido cru, ou seja, não passa por algum tipo de tratamento térmico capaz de reduzir ou eliminar possíveis microrganismos patogênicos presentes na matéria-prima, pode-se considerá-lo um alimento de alto risco (Vallandro, 2010). As proteínas e os lipídios são os principais componentes dos peixes, enquanto que os carboidratos são detectados a níveis muito limitados (menos de 0,5). O conteúdo de vitamina é comparável à dos mamíferos, exceto para as vitaminas A e D, que são encontradas em grandes quantidades nas carnes de espécies gordas. Quanto aos minerais, a carne de peixe é uma fonte particularmente valiosa de cálcio e fósforo, bem como ferro, cobre e selênio. A composição lipídica dos peixes contrasta com a de mamíferos por conter elevada proporção de ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa com cinco ou seis duplas ligações (mais de 40), o que impacta tanto na saúde (atividade benéfica antitrombótica), quanto na tecnologia aplicada durante o processamento destes alimentos. Os ácidos graxos poli-insaturados são formados por duas classes de ácidos graxos, a série ômega 6 e ômega 3, as quais são consideradas essenciais, isso porque o ser humano não é capaz de sintetiza-las e as mesmas devem ser obtidas através da dieta alimentar (Almeida, 2006). O valor nutricional do peixe e a divulgação de estudos que o associam com a melhoria para a saúde tem causado, nos últimos anos um interesse maior em sua ingestão. Dentre esses benefícios estão à redução do risco de acidente vascular cerebral, depressão e doenças cardíacas. Dessa forma, pelos benefícios apresentados da ingestão de peixes, principalmente por ser um alimento rico em proteínas e ômega-3, o peixe é utilizado em diversas culinárias. A comida japonesa, objeto de estudo deste trabalho, tem um atrativo a mais devido ao valor cultural, por ser uma culinária bastante diversificada e que atualmente apresenta um status de saudável e nutritiva, fato este que vem atraindo cada vez mais adeptos de dietas saudáveis. Hoje em dia há um grande avanço no número de locais especializados em pratos de pescado cru tipo sashimi e sushi e o consumo deste tipo de alimento representa um grande risco à saúde coletiva, por não haver barreiras térmicas para garantir a sua inocuidade, podendo estar veiculando doenças de origem alimentar botando em risco a saúde do consumidor. Considerando ainda que do ponto de vista da Saúde Pública, a população deve ter ao seu alcance alimentos de boa procedência e qualidade, dentro dos padrões normatizados, não apenas em valores nutricionais, mas também, em boas condições higiênicas sanitárias, livres de agentes microbianos, físicos ou químicos nocivos que possam de alguma forma, afetar a saúde do consumidor é que se propôs a realizar análises bacteriológicas em sashimi de salmão comercializado em restaurantes especializados em comida japonesa, determinar o seu valor nutricional, avaliar os

aspectos de higiene de manipuladores e equipamentos destes restaurantes. Os resultados aqui encontrados para as bactérias termotolerantes foram comparados com a RDC N 12/01-ANVISA, legislação vigente no país e que estabelece limite máximo de 10 2 NMP/g. 2. MATERIAL E MÉTODOS Vinte amostras de sashimi foram coletadas em cinco restaurantes especializados em culinária japonesa de forma aleatória na cidade de São Luís para análise microbiológica, valor nutricional e avaliação de aspectos visuais de manipuladores e restaurantes. As análises microbiológicas e valor nutricional foram realizados em duplicata. O transporte e armazenamento foram realizados nas próprias embalagens dos estabelecimentos cedidas ao consumidor e posteriormente armazenadas em uma caixa isotérmica. A determinação de Número Mais Provável (NMP) de coliformes temrotolerantes/g, presença e/ou ausência de Escherichia coli, assim como a os testes bioquímicos de identificação foram feitos de acordo com American Public Health Association (APHA, 2001). As análises de umidade, resíduo mineral fixo, proteínas e lipídios foram realizadas de acordo com método IAL, 2005. Aplicou-se check list para avaliação de aspectos visuais de manipuladores e restaurantes baseado nas informações presentes na Resolução Diretoria Colegiada RDC N 216 de 15 de novembro de 2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA (2004), que estabelece procedimentos de Boas Práticas para serviço de alimentação. O check list utilizado para avaliar os estabelecimentos foi dividido em duas partes: higiene de equipamentos e de manipuladores. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os manipuladores são pessoas que colhem, manipulam, armazenam, transportam, processam ou preparam alimentos e muitas vezes são responsáveis por sua contaminação (Vallandro, 2010). Durante a coleta de amostras foi possível observar a higienização dos estabelecimentos, observando que em alguns restaurantes o sushimen (pessoa que prepara os pratos) preparava o sushis/sashimi em um balcão próximo ao bufê de exposição, de forma visível aos consumidores. Em outros locais de coleta os pratos eram preparados dentro de cozinhas, sem que o cliente pudesse observar (restaurante 3, tabela 1). Os sushimen que puderam ser observados utilizavam proteção para o cabelo (touca), encontravam-se vestidos com avental e nenhum utilizava luvas e máscaras. Em um dos restaurantes o balcão de exposição era térmico (refrigerado) e os demais serviam o sushi/sashimi em travessas sem refrigeração. Em alguns dos restaurantes citados, o alimento era coberto sendo aberto apenas para consumo ou reposição do mesmo (Tabela 1). Tabela 1: Aspectos visuais de manipuladores e restaurantes de comida japonesa. Balcão Uso de Uniforme Restaurantes Touca Luva refrigerado máscara adequado 1 N N S S N 2 N N S S N 3 N.A. N.A. N.A. N.A. N.A. 4 S N S S N 5 N N S S N Legenda: N Não; S Sim; N.A. Não avaliado.

A pesquisa do grupo dos coliformes termotolerantes é tradicionalmente empregada, sobretudo em Saúde Pública, como indicado das condições higiênico-sanitárias de uma amostra. A presença de coliformes termotolerantes em um alimento é um indicativo de contaminação fecal durante alguma etapa de sua produção (Martins, 2006). Tabela 2: Coliformes termotolerantes em amostras de sashimi de salmão comercializado em cinco restaurantes de comida japonesa. Amostras Coliformes Termotolerantes NMP/g Resultados obtidos Permitido pela legislação (RDC nº 12 de 2001-ANVISA 1 < 3 < 10² 2 < 3 < 10² 3 150 < 10² 4 1100 < 10² 5 9 < 10² 6 1100 < 10² 7 2400 < 10² 8 < 3 < 10² 9 1100 < 10² 10 11 < 10² 11 4 < 10² 12 7 < 10² 13 4 < 10² 14 93 < 10² 15 3 < 10² 16 11 < 10² 17 43 < 10² 18 < 3 < 10² 19 64 < 10² 20 11 < 10² De acordo com a Tabela 2, 75 das amostras coletadas (15/20) estão dentro dos padrões estabelecidos, sendo consideradas em condições microbiológicas satisfatórias e assim próprias para o consumo. Resultados parecidos foram encontrados por Vallandro (2010), sendo que foram analisadas 18 amostras de 6 restaurantes especializados em comida japonesa na cidade de Porto Alegre - RS. Martins (2006) por outro lado, diz que em suas análises 50 das amostras apresentaram contagens de coliformes termotolerantes acima do limite permitido pela legislação, sendo que foram analisadas 20 restaurantes, onde 8 eram especializados em comida japonesa e 12 não especializados da cidade de São Paulo SP. Após realização de testes bioquímicos IMViC para identificação de Escherichia coli observou-se que em 100 das amostras não houve presença desta bactéria. Porém, no estudo realizado por Martins (2006), Escherichia coli foi isolada em nove das vinte amostras (45). Quatro, das oito amostras de estabelecimentos especializados (50), estavam contaminados; e entre os nãos especializados, esse número foi de 41,7 (5/12).

SALMÃO A Tabela 3 refere-se à composição físico-química das amostras de sashimi de salmão em termos de porcentagem. Tabela 3 Composição físico-química de sashimi de salmão comercializados em cinco restaurantes de comida japonesa. AMOSTRAS UMIDADE CINZAS LIPÍDIOS PROTEÍNAS CARBOIDRATOS 1 63,85 1,23 7,92 22,02 3,12 2 69,24 1,23 9,62 22,28 2,85 3 60,72 1,11 12,25 19,24 5,89 4 62,44 1,22 9,91 21,18 3,95 5 63,69 1,36 9,25 21,20 3,93 O valor médio de umidade encontrado neste estudo foi de 63,99 ± 3,14 apresentou resultado um pouco inferior aos encontrados por Tonial et al. (2010) para o salmão in natura (70,03) e Behs (2011) para o salmão de cativeiro (69,83). Os valores de proteína total encontrado foram de 21,18 ± 1,3. Esse valor não se distanciou muito do encontrado por Tonial et al. (2010) para o salmão in natura, que apresentou valor inferior (17,89) e Behs (2011) 18,85, indicando que o salmão é um peixe com alto valor de proteínas. O teor de lipídios encontrado foi de 9,8 ± 1,6; caracterizando um pescado gordo na classificação de Salinas (2002), uma vez que apresentam um teor de gordura acima de 8. Os percentuais de lipídios deste trabalho se assemelham aos valores encontrados por Tonial et al. (2010) em amostras de salmão in natura (10,82) e por Behs (2011) para o salmão de cativeiro (10,62). A composição percentual de cinzas foi de 1,23 ± 0,13; valor muito próximo encontrado por Tonial et al. (2010) para o salmão in natura (1,25) e valor superior ao encontrado por Behs (2011) para o salmão de cativeiro (0,95). O teor de cinzas representa a composição mineral dos peixes, sendo de grande importância fisiológica. Os carboidratos, determinados por diferença, da soma dos valores de umidade, proteínas, lipídios e cinzas apresentaram valor médio de 3,95 ± 1,7. Valores estes que corroboram com a literatura, uma vez que se trata de alimento de origem animal. Caloria é a energia que o nosso corpo utiliza que vem dos alimentos. São calculados a partir da quantidade de gordura, proteínas e carboidratos presentes nos alimentos. De acordo com a ANVISA (2001), a necessidade calórica diária da população brasileira são 2500 kcal/100g. A composição química de um alimento exprime, de forma geral, seu valor nutritivo. Todas as amostras de sashimi apresentaram valor calórico moderado (188,66Kca/100g) o que corresponde a 7,5 da quantidade de calorias que devem ser ingeridas por dia. 4. CONCLUSÕES Em 100 das amostras houve ausência de Escherichia coli, em 75 das amostras coletadas (15/20) de sashimi de salmão estão dentro dos padrões estabelecidos para coliformes termotolerantes, sendo consideradas em condições microbiológicas satisfatórias e assim próprias para o consumo. Quanto a higiene dos manipuladores pode-se comprovar que 100 usavam uniforme, porém nenhum utilizava luvas.

O sashimi de salmão mostrou-se ser um alimento com alto teor de lipídios (9,79) e proteínas (21,18). Quanto ao valor calórico pode-se afirmar que os sashimis apresentaram valor moderado 188,66 kcal/100g. 5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Almeida, Neiva Maria de. Franco, Maria Regina Bueno. (2006). Influência da dieta alimentar na composição de ácidos graxos em pescado: aspectos nutricionais e benefícios à saúde humana, 65(1), 7-14. APHA American Public Health Association.(2001). Compedium of methods for microbiological examination of foods.dc: American Public Health Association. (3rd ed.). Washington. Araújo, Eliana Cardoso., Moura, Luciana Learte., Martins, André Gustavo Lima Almeida., Carvalho, Aparecida Selsiane Sousa.(2012). Avaliação da qualidade microbiológica e físico-química do Tambaqui (Colossoma macropomim) comercializado no mercado municipal em Açailândia- MA. Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação. Palmas,Tocantins. Behs, Gabriela. (2011). Efeito do processamento na composição centesimal e na análise sensorial de salmão selvagem e de cativeiro.(monografia), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária(2004). Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004.. Disponível em http://www.paulinia.sp.gov.br/downloads/rdc_n_216_de_15_de_setembro_de_2004.pdf Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária(2001). Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Disponível em http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/a47bab8047458b909541d53fbc4c6735/rdc_12_2001.pf?mod=ajperes. Instituto Adolfo Lutz.(2005) Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. v. 1: Métodos químicos e físicos para análise de alimentos, 3. ed. Sao Paulo: IMESP. Martins, Fernanda de Oliveira.(2006) Avaliação da qualidade higiênico-sanitária de preparações (sushi e sashimi) a base de pescado cru servidos em bufês na cidade de São Paulo.(Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo. Sato, Rafael Akira.(2013).Características microbiológicas de sushis adquiridos em estabelecimentos que comercializam comida japonesa. (Dissertação de mestrado) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. São Paulo. Tonial, Ivane Benedetti. Oliveira, Débora Francielly de. Bravo, Claudia Eugênia Castro. Souza, Nilson Evelázio de. Matsushita, Makoto. Visentainer, Jesuí Vergílio. (2010). Caracterização físico-quimica e perfil lipídico do salmão (salmo salar L. 21(1), 93-98. Vallandro, Marcelo Jostmeier. (2010). Avaliação da qualidade microbiológica de sashimis a base de salmão, preparados em restaurantes especializados em culinária japonesa na cidade de Porto Alegre - RS. / (Dissertação de mestrado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre RS. AGRADECIMENTOS