WILLIAM ROGÉRIO ARETZ BRUM RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR III DESENVOLVIDO NA UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE Trabalho apresentado ao curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial para aprovação da disciplina Estágio Curricular III Serviços Hospitalares Orientadora: Profª Enaura H. B. Chaves Supervisores: Enfª Thais dos S. D. Schmitz Porto Alegre 2013/2
2 1 INTRODUÇÃO... 3 2 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO... 4 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS... 6 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 9 5 REFERÊNCIAS... 10
3 1 INTRODUÇÃO O presente relatório constitui-se do relato das experiências vivenciadas pelo acadêmico de enfermagem no Estágio Curricular III desenvolvido no Centro de Terapia Intensiva do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, UTI 1, no período de 15 de julho à 24 de setembro de 2013, totalizando 266 horas práticas. O relato será composto pela descrição da área física do campo de estágio, das atividades desenvolvidas pelo acadêmico e pelas considerações finais. O referido estágio teve como objetivos, complementar a formação do aluno, proporcionando uma experiência acadêmico-profissional através de vivências nos campos de prática do enfermeiro no ambiente hospitalar; estabelecer relações entre a teoria e a prática profissional, refletindo sua aprendizagem com reflexões sobre o trabalho cotidiano do enfermeiro. A escolha pelo Centro de Tratamento Intensivo Adulto (CTI) para a realização do estágio curricular foi uma escolha difícil, pois até o momento da graduação não tive contato com pacientes extremamente graves em que o atendimento e tratamento são realizados com intenso cuidado. Entrar em contato com o paciente grave é de suma importância, pois entramos em contato com uma série de equipamentos e exames a todo o momento com uma dinâmica elevada. Durante a graduação percebi que necessitava desse fluxo de atendimento intenso para aperfeiçoar a minha formação acadêmica.
4 2 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO O Serviço de Terapia Intensiva (Seti) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre tem capacidade para atender 39 pacientes adultos de alta complexidade nas diferentes especialidades médicas. Há três Unidades de Tratamento Intensivo (UTI): a UTI 1, com 21 leitos; a UTI 2, com 13 leitos; e a UTI 3, localizada no 3º andar da Ala Norte, com cinco leitos. Entre os processos terapêuticos realizados, estão: ventilação mecânica, pósoperatório em cirurgia geral, neurocirurgia e cirurgia vascular, monitorização invasiva, suporte nutricional, procedimentos hemodialíticos e transplantes hepático, cardíaco e pulmonar. O hospital de Clínicas de Porto Alegre, hospital público e universitário vinculado à UFRGS, atualmente oferece 43 leitos de cuidado intensivo adulto. Possui como media de internação ao ano de 2.300 e taxa de ocupação de 93%. O Centro de Tratamento Intensivo Adulto do HCPA está composto pelas seguintes Unidades de Tratamento Intensivo: 13º andar - UTI Cardíaca com 6 leitos, sendo seis leitos de Pós operatório Cardíaco; - UTI 1 com 15 leitos geral, sendo três de isolamento; - UTI 2 com 13 leitos geral, sendo dois de isolamento; 12º andar - UTI SR com cinco leitos pós-operatórios; 3º andar (norte) - UTI 3 com quatro leitos geral A UTI 1 é composta por quatro ambiente onde o primeiro fica os seis leitos para pós operatório de cirurgia cardíaca sendo do 01 ao 06, 15 leitos para tratamentos intensivos em geral sendo 07 ao 10 em um segundo ambiente e do 11 ao 18 num terceiro ambiente e três leitos para isolamento num quarto ambiente sendo do 19 ao 21, geralmente algum desses leitos é o leito da parada do hospital, dois expurgos, sala de
5 materiais, um banheiro para os pacientes geralmente os da cardíaca, dois postos de enfermagem, duas salas para a equipe médica, uma sala de lanche, dois banheiros para os funcionários, sala da administração, sala da chefia de enfermagem, sala da chefia médica,sala para os plantonistas e sala de recepção de familiares. Os leitos apresentamse em boxes independentes, sendo separados por divisórias flexíveis. Cada box possui cama eletrônica, monitores (com função de eletrocardiograma, frequência respiratória, saturação, pressão não-invasiva, pressão invasiva, entre outros), bombas de infusão, suporte aéreo para soros, tomadas 110V, 220V. Além de saídas de oxigênio, ar comprimido, vácuo, iluminação direta e indireta, mesa auxiliar, criado-mudo e balcões com armários, os quais se destinam à guarda de medicações e um número de materiais mínimos ao cuidado, que são checados e se necessário repostos a cada turno, como caixas de luvas do tamanho P e M, gazes, sondas de aspiração, micropore, tesoura, estetoscópio, álcool 70%, clorexedine alcólica, PVPI, além dos pertences dos pacientes. Há lixeiras para destino de lixo hospitalar em cada box. A cada seis horas os boxes são limpos com glucoprotamina. O Seti conta atualmente com um quadro de 56 enfermeiros e 156 técnicos de enfermagem. A coordenação das atividades é realizada pela professora Enaura Helena Brandão Chaves, em conjunto com a professora Silvia Regina Rios Vieira, do Serviço de Medicina Intensiva. O Seti conta, ainda, com a professora assessora Débora Feijó Villas Boas Vieira, e com uma Gerência Administrativa, sob responsabilidade da administradora Michele Savaris. A UTI 1 tem uma particularidade das outras equipes, pois a equipe que compõe a UTI 1 é a mesma equipe da parada cardíaca adulta do hospital que atende a chamada das unidades pelo ramal 1444.
6 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Durante o desenvolvimento do estágio, tive a oportunidade de observar, aprender e desenvolver as atividades assistenciais e administrativas de responsabilidade da enfermeira na Unidade de Tratamento intensivo (UTI 1). Com as minhas atividades supervisionadas pela enfermeira Thais Donato e a professora Enaura Chaves que tiveram e teve o auxílio dos demais enfermeiros, técnicos e auxiliares que fazem parte da equipe de funcionários da unidade da CTI. As atividades realizadas durante este período foram: Assistenciais - Anamnese e exame físico; - Punção de acesso venoso periférico; - Curativo de cateter venoso central, de linha arterial e de Shilley; - Retirada de cateter central, de linha arterial e de Schilley; - Passagem de sonda naso gástrica, naso enterica, vesical de alívio e de demora; - Cuidados com DVE; - Troca de cadarço, medição de balonete; - Observação de instalação de Hemodiálise, o fechamento dos balanços parciais e do balanço total; - Preparação e encaminhamento do paciente para exame; - Coleta de exames (hemocultura, urocultura, aspirado traqueal em sistema fechado, cálcio da diálise contínua, gasometria); - Avaliação do paciente crítico; - Aplicação de escala de Glasgow, Braden, RASS;
7 - Cálculo da PPC; - Entendimento da utilização do protocolo de insulina; - Observei intubação orotraqueal, traqueostomia, passagem de cateter central, cateter de Schilley, cateter de Swan Ganz; - Atendimento de parada cardíaca; - Massagem cardíaca; - Auxílio e instalação de dômus de linha arterial; - Diluição de medicamentos; - Medição da pressão intra abdominal; - Medição de PVC; - Acompanhamento da consultoria a osotmizados; - Coleta de material- swabs para rastreamento de GMR; - Tamponamento; - Acompanhamento dos procedimentos realizados pelos técnicos/ auxiliares de enfermagem. Administrativas - Passagem de plantão; - Recebimento de paciente da sala de recuperação, do bloco cirurgico e de parada do andar; - Passagem de informações do paciente para o andar, quando de alta da UTI; - Processo de Enfermagem; - Liberação de dietas; - Exercício da supervisão e do ato de delegar tarefas;
8 - Revisão da lista de problemas dos pacientes; - Atualização do caderninho ; - Escala de técnicos de enfermagem; - Interação com a equipe de saúde; - Controle e dispensação de medicamentos psicotrópicos; - Dupla checagem dos banhos das diálises contínuas.
9 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse estágio foi de suma importância pois tive a oportunidade de vivenciar uma realidade a qual ainda não tive a oportunidade de presenciar, nesse campo de estágio a diversidade de cuidados a diversidade de aparelhos e a complexidade elevada dos pacientes me fizeram perder o medo que tinha antes de começar a fazer esse estágio por não dominar a área, mas agora consigo perceber meu crescimento profissional por me sentir mais seguro devido a autonomia que tinha nas minhas ações e encaminhamentos que eram tomados por mim. Sendo assim tive o máximo de aproveitamento das oportunidades oferecidas pelo campo de estágio, e vivências de situações inusitadas. Gostaria de agradecer a equipe da CTI que me acolheu muito bem sempre me ajudando quando eu solicitava e sempre sanando minhas dúvidas e as brincadeiras para descontrair o ambiente. Pude perceber que eles realmente eram uma equipe todos os profissionais muito unidos. Vou sentir saudades desse campo de estágio e das pessoas com as quais tive a oportunidade de conviver.
10 REFERÊNCIAS HCPA. HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE. Serviços de enfermagem. Disponível em: http://www.hcpa.ufrgs.br/content/view/363/553/. Acesso em: 25 set 2013.