SEMINÁRIO SINDICAL SOBRE O PLANO NACIONAL DE TRABALHO DECENTE - PNTD Paulo Sergio Muçouçah Coordenador dos Programas de Trabalho Decente e Empregos Verdes Escritório da OIT no Brasil
Roteiro da apresentação Da ANTD ao PNTD O PNTD como resposta à crise O lançamento do PNTD na Conferência da OIT O conteúdo do PNTD
As origens do PNTD Maio de 2006 Lançamento da ANTD, que já propunha a construção de um plano ou programa de implementação Março de 2007 Início da construção da ABTD Dezembro de 2007 Seminário sobre Empregos para Jovens - proposta de construção de uma ATD para a Juventude Junho de 2008 Apresentação da ABTD na Conferência da OIT Agosto de 2008 Criação do Comitê de TD de Mato Grosso Outubro de 2008 Conferência Municipal de TD de Belo Horizonte Novembro de 2008 - Reunião do Conselho de Administração da OIT Dezembro de 2008 Reunião do Foro Consultivo do Mercosul Dezembro de 2008 Reativação do Comitê Interministerial de TD e do Grupo Técnico Tripartite de TD
Os impactos da crise no final de 2008 Previsões da OIT: o desemprego pode atingir mais 50 milhões de trabalhadores em todo o mundo; A América Latina deve reduzir o seu ritmo de crescimento e, consequentemente, de criação de emprego e de eliminação da pobreza; No Brasil, o CAGED de novembro apresentava o primeiro saldo negativo desde 2002 Generalizava-se a consciência de que a crise representava uma ameaça ao TD e que, se não fossem tomadas algumas medidas, poderíamos ter um retrocesso nas conquistas obtidas nos últimos tempos.
Declaração da Mesa do Conselho de Administração da OIT (Nov/08 A promoção do emprego, a proteção social, os princípios e direitos fundamentais do trabalho e o diálogo social, no marco do Programa de Trabaho Decente da OIT, constituem um conjunto eficaz de políticas para responder à crise econômica atual.
Medidas imediatas para enfrentar a crise 1. Manter e estimular investimentos públicos e privados em setores com alta capacidade de geração de emprego; 2. Fortalecer a rede de proteção social (seguro-desemprego, transferência de renda, salário mínimo, políticas ativas de mercado de trabalho) como parte de uma política anti-cíclica; 3. Apoio às empresas produtivas e sustentáveis, com especial atenção às micro e pequenas, para gerar mais empregos; 4. Promover a geração de empregos verdes; 5. Fortalecer os instrumentos de garantia dos direitos do trabalho; 6. Estimular e fortalecer as instâncias bi e tripartites de diálogo para formular políticas e propostas de enfrentamento da crise.
Documento A crise econômica e financeira: uma resposta baseada no trabalho decente (apresentado pela OIT na reunião do G-20 em 02/04/09) As respostas à crise não devem ser encaradas como meias medidas para empurrá-la com a barriga, a fim de voltar à situação anterior tão logo seja possível. O desafio é responder à atual crise abrindo o caminho para um modelo melhor de crescimento e desenvolvimento Em suma, um pacto global pelo emprego baseado nos princípios do trabalho decente pode criar as condições para uma economia mais sustentável a longo prazo
A construção de uma nova parceria entre a OIT e o governo brasileiro Reuniões no início de 2009 do Escritório da OIT no Brasil com o Ministro do Trabalho e com representantes da área econômica do governo para discutir a crise Participação do Ministro do Trabalho em reunião promovida pelo Escritório Regional da OIT em Santiago do Chile Apoio da OIT às medidas de combate à crise tomadas pelo governo Proposta do Brasil e da Argentina para que a OIT passasse a participar permanentemente das reuniões do G 20 Convite para o PR do Brasil participar da Cúpula de Chefes de Estado sobre a crise durante a Conferência da OIT Pressuposto comum: a crise econômica mundial é uma oportunidade para mudar o modelo econômico que a produziu
Declaração conjunta do PR do Brasil e o DG da OIT (15/06/09) Com base nesses pressupostos, o Presidente da República Federativa do Brasil e o Diretor Geral da OIT resolvem estabelecer um novo marco de cooperação para o desenvolvimento do Plano Nacional de Trabalho Decente (PNTD) no Brasil. O referido Plano, cujas prioridades e resultados, acordados de forma tripartite, se encontram anexos a esta Declaração, deverá ser concluído por meio de amplo processo de consulta e diálogo social e submetido ao Comitê Executivo Interministerial criado especialmente para esta finalidade. Caberá também a este Comitê coordenar a sua implementação, em consulta com as organizações de trabalhadores e de empregadores através de Grupo Técnico Tripartite.
Declaração da delegação brasileira presente à CIT/2009 Os representantes do governo e das organizações de trabalhadores e empregadores que compõem a delegação brasileira presente à 98ª Conferência Internacional do Trabalho, abaixo assinados, assumem o compromisso, em nome das instituições que representam, de dar continuidade ao diálogo que já vem desenvolvendo em torno da elaboração e implementação do Plano Nacional de Trabalho Decente do Brasil, com base nas seguintes prioridades e resultados previamente acordados:
Prioridade 1. Gerar mais e melhores empregos, com igualdade de oportunidades e de tratamento. Resultado 1.1. Investimentos públicos e privados e estímulos fiscais e financeiros direcionados a setores estratégicos e/ou intensivos em mão de obra para a geração de emprego e a promoção do desenvolvimento sustentável, principalmente por meio de: (i) empresas sustentáveis, (ii) empreendimentos para a melhoria e/ou conservação da qualidade ambiental, (iii) micro e pequenas empresas, (iv) cooperativas e empreendimentos de economia solidária, (v) agricultura familiar. Resultado 1.2. Política de valorização do salário mínimo mantida.
Prioridade 1. Gerar mais e melhores empregos, com igualdade de oportunidades e de tratamento. Resultado 1.3. Sistema público de emprego, trabalho e renda (SPTER) fortalecido, por meio da ampliação e integração das políticas de qualificação profissional, de intermediação de mão de obra e de seguro-desemprego, especialmente para jovens, mulheres e população negra. Resultado 1.4. Proteção social aos trabalhadores e trabalhadoras e suas famílias ampliada e fortalecida, especialmente para grupos sociais mais vulneráveis e trabalhadores/as migrantes, em consonância com a C. 102 da OIT sobre seguridade social (padrões mínimos), ratificada pelo Brasil. Resultado 1.5. Iniciativas legislativas e de políticas para facilitar a transição das atividades informais para a formalidade desenvolvidas, considerando as dimensões de gênero e raça. Resultado 1.6. Igualdade de oportunidades e de tratamento no mundo do trabalho aumentada, em conformidade com as Convenções da OIT nº 100 e 111, ratificadas pelo Brasil.
Prioridade 2. Erradicar o trabalho escravo e o trabalho infantil, especialmente nas suas piores formas Resultado 2.1. Trabalho infantil progressivamente erradicado. Resultado 2.2. II Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo implementado, monitorado e avaliado. Resultado 2.3. Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes implementados, monitorados e avaliados.
Prioridade 3. Fortalecer os atores tripartites e o diálogo social como um instrumento de governabilidade democrática Resultado 3.1. Mecanismos e instâncias de diálogo social fortalecidos e ampliados, em especial os instrumentos de negociação coletiva Resultado 3.2. Medidas efetivas tomadas em consulta com empregadores e trabalhadores para: (i) promover a Declaração sobre Justiça Social para uma Globalização Equitativa (2008) (ii) promover o exame das NITs; (iii) aplicar as normas internacionais do trabalho ratificadas pelo Brasil. Resultado 3.3. Agendas de Trabalho Decente promovidas em Regiões, Estados e Municípios, em consulta com as organizações de empregadores e de trabalhadores.
Próximos passos: Terminar de estabelecer as metas para 2011 (com base no atual PPA) e para 2015 (com base na AHTD e nos planos setoriais) Instalar o Comitê Executivo Interministerial Aprovar o Regimento Interno do Comitê Aprovar o PNTD após consulta ao GTT Apresentar o PNTD na reunião do Conselho de Administração da OIT em novembro