Suplente Roberto Luis Lopes Nogueira. Ações Reunião Ordinária realizada no dia 2 de dezembro de 2014
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1 R E L A Ç Õ E S D O T R A B A L H O Órgão Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) Representação Efetiva Comissão Tripartite de Revisão (CTR) do Plano Nacional de Emprego e Trabalho Decente (PNETD) Representantes: Titular Lidiane Duarte Nogueira Advogada Divisão Sindical da CNC Suplente Roberto Luis Lopes Nogueira Advogado Divisão Sindical da CNC (Compareceu) Ações Reunião Ordinária realizada no dia 2 de dezembro de 2014 A reunião foi realizada na sede do MTE, em Brasília. Consistindo da Atividade de Encerramento da Revisão dos Indicadores do PNTED, com a presença de membros integrantes da CTR do PNETD, de representantes das bancadas dos trabalhadores, dos empregadores e do governo, com seus respetivos representantes técnicos, e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O representante governamental apresentou informe sobre os trabalhos de revisão dos indicadores do PNETD no ano de Em primeiro plano, esclareceu que o processo é composto de duas fases: uma dedicada à revisão dos indicadores, em especial aqueles que não foram passíveis de mensuração precisa durante o exercício de
2 monitoramento das metas de 2011, e outra dedicada a uma revisão mais abrangente do plano (incluindo uma revisão de seus resultados e metas), com o objetivo de promover o alinhamento dos seus conteúdos às Resoluções da I Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente (CNETD), ao plano plurianual (PPA) , à estrutura do sistema único de emprego e trabalho decente, às ações de promoção do trabalho decente nos grandes eventos, considerando-se, ainda, as prioridades da agenda do desenvolvimento pós Essa revisão tem como objetivo geral promover a melhoria contínua do processo de elaboração, implementação, monitoramento e avaliação dos programas de ações relacionados ao mundo do trabalho, por meio do diálogo social, contribuindo para o aperfeiçoamento da gestão de políticas públicas. Ressaltou que os objetivos específicos da primeira fase do processo de revisão são o aperfeiçoamento do conjunto de indicadores utilizado, a fim de possibilitar a melhoria no monitoramento e na implementação do plano, incorporando, de forma sistemática, as recomendações e evidências geradas pelo exercício realizado em 2011, e o fortalecimento da cooperação e do diálogo entre o grupo de trabalho tripartite e os órgãos que compõem o Comitê Executivo Interministerial (CEI) da Agenda Nacional de Trabalho Decente (ANTD), assegurando a incorporação das novas demandas da sociedade e do próprio governo em relação ao mundo do trabalho. No ponto, ressaltou que, após a formação da CTR do PNETD, foram realizadas quatro reuniões setoriais e três oficinas com o objetivo de revisar os indicadores do plano. A primeira reunião setorial foi realizada em 3 de abril e tratou dos resultados 1 e 2; a segunda reunião setorial foi realizada em 21 de maio e analisou o resultado 3; a terceira reunião setorial foi realizada nos dias 21 e 22 de agosto para tratar
3 dos resultados 4, 5 e 6; e a quarta reunião setorial ocorreu nos dias 4 e 5 de setembro para exame dos resultados 7 a 12. Foram realizadas também três oficinas para ampliar o debate sobre o tema. A primeira no dia 8 de agosto, a segunda no dia 11 de setembro e a terceira no dia 18 de novembro. A primeira oficina tratou dos resultados 1 e 2-1) direcionamento de investimentos públicos e privados e estímulos fiscais e financeiros a setores estratégicos para a geração de emprego e a promoção do desenvolvimento sustentável por meio de empresas sustentáveis, empreendimentos para melhoria ou conservação da qualidade ambiental das micros e pequenas empresas, cooperativas e empreendimentos de economia solidária de agricultura familiar; 2) manutenção e institucionalização da política de valorização; e 3) sistema público de emprego, trabalho e renda fortalecido (integração e ampliação de políticas de qualificação, intermediação e segurodesemprego, especialmente para mulheres, jovens população negra e pessoas com deficiência). Em relação ao primeiro resultado, verificou-se a desconexão entre as metas e os indicadores previstos no plano. Em função dessa constatação, trabalhou-se na inclusão de novas proxys para cada uma das metas. Mesmo reconhecendo a limitação de indicadores para análise qualitativa dos investimentos, foi realizada uma aproximação mínima para avaliação dos efeitos dos investimentos em setores estratégicos. Serão considerados os setores da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) que foram beneficiados por desoneração e observada a geração de empregos na relação anual de informações sociais (Rais) e/ou no Cadastro Geral de Empregados e
4 Desempregados (Caged) para capturar a variação do emprego formal associada ao estímulo fiscal. Na análise do segundo resultado, verificou-se a necessidade de realizar debates sobre a política de valorização do salário mínimo, a fim de aprofundar o tema conceitualmente, tendo em vista a necessidade de formulação de novos indicadores à luz da meta de 2015, que fala em institucionalização da política de valorização do salário mínimo. Para 2015, sugeriu-se melhor conceituar a política de valorização do salário mínimo. Quanto ao terceiro resultado, observou-se que é preciso definir novos indicadores no campo de qualificação profissional, incluindo dados do Ministério da Educação (MEC) com o advento do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) em substituição ao Plano Nacional de Qualificação (PNQ). Outro tema relevante para a geração de indicadores são o seguro-desemprego e a integração de políticas do sistema público de emprego. Foi aventada a hipótese de se incluírem nesse estudo os recursos para qualificação de gastos por outros ministérios e órgãos, e não apenas aqueles decorrentes do convênio entre o PNQ e o Sistema Nacional de emprego (Sine). Outro tema debatido foi a necessidade de desagregação de dados por gênero, raça, etnia e faixa etária. Na segunda oficina foram analisados os resultados 4, 5 e 6-4) ampliação e fortalecimento da proteção social aos trabalhadores e trabalhadoras e as suas famílias, especialmente para grupos sociais mais vulneráveis e trabalhadores migrantes; 5) desenvolvimento de iniciativas legislativas e de políticas para facilitar a transição das atividades informais para a formalidade desenvolvidas, considerando-se as dimensões de gênero e raça; e 6) aumento da igualdade
5 de oportunidades e de tratamento no mundo do trabalho, em consonância com as convenções da OIT nº 100 e nº 111, ratificadas pelo Brasil. Quanto ao quarto resultado, discutiu-se a possibilidade de inclusão de indicadores sobre os principais programas de proteção social, e não só o bolsa família. No que toca às possibilidades de desagregação dos dados sobre acidentes graves e fatais, optou-se por simplificar o indicador de acordo com a realidade do trabalho de fiscalização. Foram revistos os indicadores relacionados com o Plano Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho (Plansat) e sobre a reabilitação profissional. Em relação ao quinto resultado, foram incluídos indicadores sobre iniciativas legislativas e políticas públicas e inseridas sugestões de desagregação para todos os indicadores. Na análise do sexto resultado, foram revistos os indicadores sobre capacitação de representantes de fóruns, comissões, conselhos e gestores públicos, responsáveis pela formulação de políticas públicas, e foram aperfeiçoados os indicadores sobre registros administrativos e recorte de gênero, raça e cor. Na terceira oficina foram examinados os resultados 7 a 12: 7) erradicação progressiva do trabalho infantil; 8) implementação, monitoramento e avaliação do II Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Pnete); 9) implementação, monitoramento e avaliação do Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (PNETP) e Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescente; 10) implementação, monitoramento e avaliação do II Pnete; 11) efetivação de medidas para promoção da Declaração
6 sobre Justiça Social para Globalização Equitativa, para promoção do exame das Normas Internacionais do Trabalho (NITs) e para aplicação das NITs ratificadas pelo Brasil, em consulta aos empregadores e trabalhadores; e 12) promoção de agendas de trabalho decente em regiões, estados e municípios e em setores econômicos, em consulta às organizações de empregadores e de trabalhadores. Na análise do sétimo resultado foram incluídos novos indicadores sobre o percentual de crianças, trabalhadores e integrantes no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), por meio da inserção de indicadores com dados relativos, buscando correlacionar trabalho infantil e escolas em turno integral. No oitavo resultado foram inseridos novos indicadores que reflitam os esforços e avanços na área do combate ao trabalho escravo, especificando o trabalho de fiscalização e de difusão de informação para inclusão de vítimas no mercado formal de trabalho. Quanto ao nono resultado, debateu-se sobre indicadores de capacitação dos conselheiros dos conselhos tutelares e atualizados os dados referentes ao andamento do plano de combate ao tráfico de pessoas. No décimo resultado foi evidenciada a necessidade de se realizar uma pesquisa que contribua para a geração de informações sobre os espaços de diálogo social vigentes no País. A OIT se dispôs a auxiliar na realização dessa pesquisa. Para o décimo primeiro resultado foi considerada a inclusão de novos indicadores que reflitam a promoção e o respeito às NITs. Para o décimo segundo resultado foram consideradas diversas iniciativas relacionadas à agenda, à
7 assinatura do compromisso pelo trabalho decente e à realização de oficinas sobre trabalho decente nos grandes eventos. Deve-se considerar a inclusão de novos indicadores sobre o avanço das agendas de trabalho decente. Por fim, explicitou-se que, no que se refere aos dados gerais sobre o exercício de monitoramento do PNETD realizado pela OIT instrumento de referência para a revisão dos indicadores, das 62 metas traçadas 43,5% foram alcançadas, 8% foram parcialmente alcançadas, 20,9% não foram alcançadas e em 27,4% não foram detectados elementos para verificar o cumprimento da meta. No que diz respeito aos indicadores, dos 84 previstos 77 foram considerados. Desse número, 35 foram mantidos, e 42 correspondem a novos indicadores. Ou seja, a taxa de aproveitamento foi de 41%. Assim, após a revisão, no referente à situação dos indicadores, temos 122 indicadores previstos no PNETD e 67 indicadores alterados/criados. Apresentado o informe, as bancadas se manifestaram acerca do encaminhamento do processo de revisão. A bancada dos empregadores suscitou dúvida no que se refere à validação desse processo de revisão, notadamente quanto à instância competente para tal CTR ou o Grupo de Trabalho Tripartite (GTT) da ANTD, ponderando-se que, primeiro, as bancadas devem se aprofundar e se apropriar desse documento, consultando as suas bases, para depois validá-lo no âmbito do GTT. Isso porque o GTT é a instância de decisão política da ANTD, e a Comissão é órgão técnico. Os trabalhadores concordaram com essa proposta de encaminhamento, no sentido de que deve ser facultado um prazo para análise do documento pelas bancadas, antes de submetê-lo à apreciação e à validação do GTT.
8 Encerrado esse prazo, o governo deveria consolidar as manifestações das bancadas, consignando os pontos de dissenso e consenso e os que ainda precisam ser melhorados. Após debates, restou acordado que essa proposta de encaminhamento seria levada pela Comissão de revisão ao GTT na reunião agendada para o dia 3 de dezembro de 2014.
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