Processamento digital de imagens

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Transcrição:

Processamento digital de imagens Agostinho Brito Departamento de Engenharia da Computação e Automação Universidade Federal do Rio Grande do Norte 3 de março de 2016

Transformação e filtragem de imagens no domínio espacial O objetivo das técnicas de melhoramento é produzir imagems que são mais apropriadas para processamento que a imagem original. As técnicas não são universais, ou seja, cada uma é capaz de tratar apenas uma situação específica. Podem ser necessária a utilização de várias técnicas conjuntas para produzir um resultado útil. Os métodos discutidos podem ser elencados em duas categorias: Métodos no domínio espacial, onde a manipulação dos pixels é realizada diretamente no plano da imagem; e Métodos no domínio espectral, onde as técnicas de processamento são realizadas em um domínio diferente, utilizando transformadas como a de Fourier, ou a transformada Wavelet. Em várias situações, o mesmo efeito pode ser obtido pelo processamento nos domínio espacial e espectral. Entretanto, a escolha por um ou por outro vai depender das restrições impostas no domínio do problema.

Transformação e filtragem de imagens no domínio espacial As técnicas de filtragem no domínio espacial podem ser representadas pela equação g(x, y) = T[f (x, y)] A transformação T é um operador em f (x, y), podendo envolver o valor dos tons de cor associados ponto (x, y), uma vizinhança definida em torno do ponto, bem como um conjunto de imagens tomadas de uma cena. y f(x,y) x Geralmente utiliza-se para as vizinhanças, subimagems quadradas ou retangulares centradas no ponto (x, y). A transformação é geralmente obtida varrendo a imagem da esquerda para a direita e de cima para baixo, centrando a subimagem em cada ponto (x, y) da imagem original f (x, y) e atribuindo o resultado do processamento a uma imagem de destino g(x, y). Poucas técnicas operam diretamente sobre os pixels da imagem original.

Transformação de imagens no domínio espacial Processamento de histograma A forma mais simples de filtragem é quando a transformação possui vizinhança de tamanho igual a 1 1. Neste caso, a transformação consistirá em uma função de mapeamento que converte os tons de cinza da imagem. A determinação da função de mapeamento é feita através da análise do histograma da imagem. O histograma é um vetor que armazena as ocorrências de cada tom de cinza presentes. 100000 10000 1000 100 10 1 0 50 100 150 200 250 300 A função de mapeamento é da forma s = T(r), onde r e s são os tons de cinza das imagems f (x, y) e g(x, y) em qualquer ponto (x, y).

Transformação de imagens no domínio espacial Exemplos de processamento linear de histograma Histograma s L 1 Threshold L 1 r T L 1 r s L 1 s L 1 Negativo Enlargamento L 1 r L1 L2 L 1 r

Transformação de imagens no domínio espacial Exemplos de processamento não linear de histograma Compressão de faixa dinâmica: s = c log(1 + r) sem compressão com compressão Função gamma para corrigir exibição em dispositivos de exibição: s = cr γ γ = 0.5 γ = 1 γ = 2

Transformação de imagens no domínio espacial Equalização de histogramas Operação que melhora o contraste, uniformizando o histograma da imagem de forma automática, redistribuindo os níveis de cinza existentes, e mapeando-os para novos níveis. Embora os picos e vales do histograma sejam mantidos, eles deslocados após a equalização. Este procedimento fará com que o número de intensidades na imagem resultante seja igual ou menor que na imagem original. Como equalizar (em tons de cinza): 1 Calcular histograma: h(r k ), k [0, L 1]. 2 Calcular histograma acumulado: ha(r k ) = h(r j ), j = 0, 1,..., k. 3 Normalizar o histograma acumulado na faixa [0, L]: ha(r k ) = ha(r k )/ha(r L ) 4 Transformar a imagem: s = ha(r k ), k [0, L 1]

Transformação de imagens no domínio espacial Melhoria usando operações aritméticas: média Considere um dispositivo que captura imagens g(x, y) formadas pela adição de ruído gaussiano η(x, y) de média zero à imagem original f (x, y), ou seja, g(x, y) = f (x, y) + η(x, y). É possível mostrar que realizando uma média com K imagens g(x, y) tomadas em instantes diferentes, ou seja, g(x, y) = 1 K K g i (x, y) i=1 o valor esperado para g(x, y), E{g(x, y)}, é igual a f (x, y), e σ g(x,y) = 1 K σ η(x,y). Logo, quanto mais imagens são tomadas, melhor fica a qualidade da imagem final.

Transformação de imagens no domínio espacial Melhoria usando operações aritméticas: média (σ = 255) K=1 K=8 K=16 K=64 K=128 K=256

Transformação de imagens no domínio espacial Melhoria usando operações aritméticas: subtração Realizada quando à imagem original alguma modificação é adicionada, permitindo destaque de características. g(x, y) = f (x, y) h(x, y) Ex: imagem médica antes (h(x, y)) e após a inserção de contraste radioativo (f (x, y)) no sistema sangüíneo.

Convolução e correlação O objetivo da filtragem de imagens é extrair apenas tipos selecionados de informação. Para imagens digitais, a filtragem é digital e geralmente é realizada utilizando operações na vizinhaça dos pixels. A forma mais comum de filtragem espacial é usando a operação de convolução. Para o caso 1-Dimensional, a convolução é definida como f (x) g(x) = onde α é uma variável de integração. f (α)g(x α)dα Para o caso bidimensional f (x, y) g(x, y) = f (α, β)g(x α, y β)dα dβ

Correlação A equação da correlação é bastante semelhante à da convolução. É dada por f (x, y) g(x, y) = f (α, β)g(x + α, y + β)dα dβ Na correlação, não há o espelhamento da função g(x, y). Se f (x, y) e g(x, y) são idênticas em um região, ocorre uma correspondência de padrão. Este é um dos seus usos principais. A convolução, por outro lado, possui uma correspondência importante com a filtragem no domínio da freqüência, sendo a ferramenta de filtragem mais comumente utilizada.

Interpretação gráfica da convolução 1-Dimensional 1 1/2 1/2 1 1-1 1/2 1/2-1 -1 1/2 1 2

Convolução digital Dada pela equação: f (x, y) w(x, y) = 1 MN f (m, n)w(x m, y n) M 1 N 1 m=0 n=0 onde: M e N são a altura e largura da imagem. Implementada como: g(x, y) = a b s= a t= b w(s, t)f (x + s, y + t) a b s= a t= b w(s, t) Uso de padding: número de elementos em cada função é completado com zeros de modo que cada função fique com P M + N 1 elementos. Isso evita o cálculo incorreto na convolução circular.

Filtragem linear com máscaras Quando a vizinhança do pixel assume tamanhos maiores que 1 1, é possível realizar dois tipos de filtragens adicionais: borramento, para suavizar os tons da imagem; e aguçamento, para realce de bordas. Para cada pixel da imagem f (x, y), é calculado o valor do pixel correspondente na imagem g(x, y), usando uma máscara (ou kernel) w m n. a b g(x, y) = w(s, t)f (x + s, y + t), a = (m 1)/2, b = (n 1)/2 s= a t= b máscara máscara subimagem sob a máscara

Filtragem linear com máscaras Os efeitos dos filtros espaciais lineares podem observados no perfil dos tons de uma linha da imagem. 250 original suavizante aguçante 200 150 100 50 0 0 50 100 150 200 250

Filtros suavizantes lineares Adequado para atenuar borrar ou atenuar ruídos. Exempos de uso são a remoção de pequenos detalhes para extração de objetos grandes, e a conexão de falhas em linhas ou curvas. Exemplos de máscaras de borramento: 1 1 1 1 1 1 1 9 1 1 1 1 2 1 1 2 4 2 16 1 2 1

Exemplos de filtragem suavizante 3 3 5 5 7 7 9 9

Filtro suavizante não-linear: mediana Atribui a g(x, y) o valor da mediana dos tons de cinza situados na vizinhança de f (x, y). Apropriados para remoção de ruído impulsivo (sal e pimenta). 1 6 4 3 11 5 3 8 2 1 6 4 3 11 5 3 8 2 ordenação 1 2 3 3 4 5 6 8 11 original média mediana

Filtros aguçantes Utilizados para realçar detalhes finos presentes em uma imagem, ou realçar detalhes borrados por algum processo degradatório. Criados através de filtros derivativos: aproximação da derivada por diferenças. f x = f (x + 1) f (x) 2 f x 2 = f (x + 1) + f (x 1) 2f (x) original 1 a ordem 2 a ordem

Filtros aguçantes Filtros de primeira ordem: arestas mais largas, resposta constante para rampas, utilizada para operações de melhoramento. Filtros de segunda ordem: arestas mais finas, melhor resposta para ruídos, exibe resposta apenas nas transições, mais agressivo. 600 500 original 1a. ordem 2a. ordem 400 300 200 100 0-100 -200-300 0 50 100 150 200 250

Filtros aguçantes de 2 a ordem Filtro isotrópico (invariante à rotação): laplaciano Obtenção da máscara espacial 2 f = 2 f x 2 + 2 f y 2 2 f x 2 = f (x + 1) + f (x 1) 2f (x) 2 f y 2 = f (y + 1) + f (y 1) 2f (y) Somando ambas as componentes, monta-se a aproximação para o laplaciano. 2 f = f (x + 1, y) + f (x 1, y) + f (x, y + 1) + f (x, y 1) 4f (x, y) Máscaras que implementam o laplaciano 0 1 0 1-4 1 0 1 0 ou 0-1 0-1 4-1 0-1 0

Filtros aguçantes de 2 a ordem Para salientar as descontinuidades existentes, soma-se o resultado do laplaciano à imagem original. Utilizando a máscara com coeficiente central positivo, a imagem melhorada será g(x, y) = f (x, y) + 2 f. f (x, y) 2 f f (x, y) + 2 f

Filtros aguçantes de ênfase em altas frequências Usada para manter as características da imagem, realçando as bordas pelo ajuste de um parâmetro. Dada uma imagem f (x, y) e seu realce aguçado f a(x, y), o filtro de ênfase, ou high-boost será dado por g(x, y) = Af (x, y) + f a(x, y) Este filtro pode ser implementado com uma das seguintes máscaras: 0-1 0-1 A+4-1 0-1 0 ou -1-1 -1-1 A+8-1 -1-1 -1 original A = 1.3 A = 1.7

Filtro do gradiente Utilizado para inspeção industrial, em passos de pré-processamento. Menos sensíveis a ruídos que filtros de segunda ordem. Formulação f = [ Gx G y ] = [ f x f y Magnitude do vetor gradiente f = mag( f) = [Gx 2 + Gy] 2 1/2 [ ( ) 2 ( ) ] 2 2 f f = + y x G x + G y ] Aproximação com máscaras z 1 z 2 z 3 z 4 z 5 z 6 z 7 z 8 z 9 f (z 7 + 2z 8 + z 9 ) (z 1 + 2z 2 + z 3 ) + (z 3 + 2z 6 + z 9 ) (z 1 + 2z 4 + z 7) Operadores de Sobel -1-2 -1 0 0 0 1 2 1 G x -1 0 1-2 0 2-1 0 1 G y

Filtro do gradiente Original Sobel x Sobel y Gradiente