EXECUTIVE briefing guia executivo para decisões estratégicas A Web 2.0 pode salvar o BI? A usabilidade e a intuitividade das tecnologias Web 2.0 revolucionam o complexo mercado de Business Intelligence. Entenda o porquê. Capítulo 1 2 A Web 2.0 pode salvar o BI? Capítulo 2 3 O segredo do sucesso com BI? Faça ele simples para os usuários Capítulo 3 4 Cinco dicas para uma estratégia de BI bem-sucedida Problemas como alta complexidade de implementação e falta de profissionais com conhecimento para gerenciar as ferramentas estão atrapalhando o BI. A solução é combinar com Web 2.0 e comercializar no conceito sob demanda. Além de revolucionar o BI, este movimento expande a tecnologia para o funcionário comum. Business Process Management (BPM) Executive Briefing Computerworld 1
cap. 1 Web 2.0 A Web 2.0 pode salvar o BI? O mercado de BI sofre com a alta complexidade de implementação e uso. Ao combinar tecnologias de Web 2.0, como as mashups, as organizações finalmente podem ter outros usuários trabalhando com a ferramenta e dados para decisões de negócio melhores. O policial Jon Greiner triplicou a sua equipe. E ele fez isso sem contratar mais ninguém. O grupo existente de dez tenentes recebeu novas ferramentas de business intelligence baseadas na Web. A diferença? Eram fáceis de usar. Assim, foi possível combinar e manipular dados de registros de prisões, documentos judiciais, registros de liberdade condicional, mapas e outros recursos para identificar pontos problemáticos com o objetivo de evitar que mais crimes aconteçam. Com os mesmos dez profissionais, Greiner viu a produtividade aumentar em três vezes. Meus oficiais de polícia, com idade próxima aos 30 anos, adoram games. Se eu pudesse colocar nas mãos deles algo amigável, eles se sairiam muito bem como analistas criminais, explica Greiner. Hoje, os policiais estão usando novas ferramentas de BI para traçar um perfil geográfico dos crimes e analisar dados da polícia em segundos. Antes, com um analista criminal, o departamento levava dias para atender a um pedido de relatório. Outro problema é que policiais com vasta experiência nas ruas estavam isolados da análise de crimes por conta das ferramentas. Bem-vindo ao Business Intelligence 2.0, um mundo onde as grandes promessas originais do BI finalmente estão sendo cumpridas. E isso está sendo feito por profissionais comuns longe dos estatísticos ou analistas que acessam dados inovadores do BI, só que em formato Web. Policiais, médicos, contadores e vendedores estão combinando e analisando dados estruturados e não estruturados de fontes dispersas. E fazem isso por meios que fazem sentido para eles. Todas estas novas tecnologias visam tornar mais fácil criar e consumir aplicações analíticas, diz Kurt Schlegel, analista do Gartner. Hoje, é comum a reclamação das empresas de que a falta de habilidade do usuário final é uma barreira significativa para o uso do BI tradicional. Na realidade, tudo indica que não mais de 20% dos usuários na maioria das organizações empregam ferramentas de relatório, query ad hoc e processamento analítico online regularmente. A maior parte das empresas se apóia em departamentos de TI já sobrecarregados ou em equipes internas de especialistas em BI para criar relatórios, análises e previsões. Mas, com a estrutura atual, estes processos podem consumir semanas ou mais. Quando os tomadores de decisão finalmente recebem o relatório, muitas vezes o ignoram ou destroem porque os dados deixaram de ser relevantes ou estão antigos. Mas, com as interfaces baseadas na Web, isso está mudando. Tecnologias como a arquitetura orientada a serviços (SOA, na sigla em inglês) permitem combinar dados de uma variedade de fontes e apresentá-los em uma interface familiar. Estamos vendo cada vez mais mashups em soluções de BI sob demanda que permitem ao usuário combinar e exibir seus dados com dados de fontes externas, relata Dan Vesset, analista da IDC. O objetivo é tirar a TI do desenvolvimento Acostumados com as mashups da internet, usuários comuns na empresa começam a trabalhar com o BI apresentado nessa interface intuitiva Business Process Management (BPM) Executive Briefing Computerworld 2
de interfaces e relatórios para envolvê-la mais em qualidade e integração dos dados. É aí que ela gera mais valor agregado. Vesset acrescenta que o time executivo finalmente percebeu o valor do BI para os negócios da companhia. O negócio está percebendo o real valor da análise. Muitas organizações estão montando grupos de gerenciamento de informação e centros de competência em BI no lado do negócio. Nova realidade Hoje, o mapeamento geográfico é o tipo mais popular de mashup com BI (também conhecido como bashup ). Mas, segundo os especialistas, isso é apenas o início. Além disso, com tecnologias como busca integrada e in-memory analytics, ficará mais fácil indexar grandes volumes de dados estruturados e criar aplicações analíticas de alto desempenho para conjuntos de dados cada vez maiores. Estes novos aplicativos também prometem habilitar os usuários a explorar dados e descobrir insights de novas maneiras. Problemas no horizonte Os mashups de BI podem sofrer com os mesmos problemas do BI tradicional: a qualidade dos dados é fundamental. Esta é a opinião de Vesset, da IDC. Ter qualidade de dados inclui governança de dados, gerenciamento dos dados principais e de toda a infra-estrutura que garanta dados confiáveis. Grande parte disso não tem nada a ver com tecnologia. Trata-se de definir o que são dados bons e como serão gerenciados os indicadores de desempenho, explica Vesset. Outro problema pode estar na marca do fornecedor de mashup. A própria TI da empresa cliente pode ficar com medo de adotar empresas emergentes que não têm nomes tradicionais no setor. Mas tudo isso pode ficar para trás se os resultados forem significativos o suficiente. Então, nada melhor do que um projeto de pequeno porte para provar as potencialidades deste ferramental. Business Process Management (BPM) Executive Briefing Computerworld 3
cap. 2 Web 2.0 O segredo do sucesso com BI? Faça ele simples para os usuários Com a Web 2.0, os fabricantes de BI puderam levar suas soluções para profissionais que não estão na área de TI. Mas, para ter sucesso, elas precisam ser simples. Muitos analistas estão apontando a combinação de tecnologias de Web 2.0 com o Business Intelligence como uma maneira de incentivar a adoção da inteligência de negócios e, finalmente, torná-la parte do dia-a-dia das corporações. Não é novidade para ninguém que se o BI for feito da maneira correta, as aplicações analíticas e de relatórios vão gerar, tanto para os usuários de negócios que estão na linha de frente quanto para o CFO, as informações em tempo real com muito mais profundidade sobre a companhia naquele exato momento. Hoje, um dos temas mais quentes em BI está na questão do modelo sob demanda. Se as experiências dos clientes da tecnologia nesse modelo forem analisadas com cuidado, elas apontam uma nova direção para o setor e mostram o segredo para o sucesso das iniciativas de TI no futuro. Muito além do formato de venda quando o cliente precisar, as experiências mostram usuários de outras áreas com mais poder dentro da TI. Em outras palavras, eles precisam cada vez menos da TI para tomar decisões relacionadas com tecnologia. Um dos fatores mais interessantes para comprovar essa mudança está no cargo dos profissionais. Antes, para discutir sobre BI, a empresa cliente indicaria invariavelmente o CIO. Hoje, é possível encontrar desde chefes de operações (COO), passando pelos gestores financeiros (CFO), chegando até em diretores de compra ou logística. Com o BI sob demanda, o poder da escolha e da comprovação dos resultados está nas mãos de outros profissionais afastados da área de TI. E um dos pontos que estes executivos adoram mostrar é quão fácil é a utilização e o consumo da ferramenta. Palmas para a adoção de tecnologias de Web 2.0 por garantir isso. Com a combinação do modelo sob demanda com Web 2.0, as empresas que vendem BI estão conseguindo levar as suas soluções aos departamentos de finanças e contabilidade. A vantagem disso é que estas corporações estão mais próximas do coração financeiro da empresa e, caso a ferramenta tenha resultados satisfatórios, isto pode significar novas compras com ainda mais valor. A desvantagem é que precisa ser simples para alguém que não tem idéia do que uma linguagem de programação significa. Se ainda hoje esse mercado engatinha, tudo indica que ele será a regra para o futuro. Com o BI vendido sob demanda e a aparência de Web 2.0, as empresas estão tirando mais proveito das soluções de Business Intelligence Business Process Management (BPM) Executive Briefing Computerworld 4
cap. 3 Web 2.0 Cinco dicas para uma estratégia de BI bem-sucedida Levantamento da Forrester aponta os melhores caminhos antes de se apostar em uma implementação de Business Intelligence na sua empresa. O mercado de Business Inteligence (BI) não é dos mais tranqüilos. Além da grande onda de fusões e aquisições, as empresas que adotaram BI sofreram muito com problemas de qualidade dos dados e falta de profissionais especializados para usar a ferramenta. De acordo com Boris Evelson, analista da Forrest Research e autor de livro sobre o tema, existem cinco tópicos principais que o pessoal de tecnologia precisa analisar antes de adotar a tecnologia. É preciso ter algum alto 1 executivo co-responsável pelo projeto (alguém que não seja o CIO). A implementação de BI não deve ser, em absoluto, responsabilidade de alguém de TI, diz Evelson. O BI deve estar nas mãos de um executivo da linha de frente. Alguém que tenha uma boa idéia dos objetivos, estratégias e metas da companhia e entenda os indicadores de desempenho. Tradicionalmente, esse profissional é o CFO, mas podem ser outros. É preciso ter definições 2 comuns. Por exemplo, se as áreas de finanças e de vendas definem de maneira diferente termos como margem bruta, o resultado serão números que não batem. Para combater esse problema, é preciso definir os conceitos nas diversas áreas de negócios. A participação de TI neste momento é fundamental para assumir a responsabilidade da aderência às normas, padrões de negócios e políticas. Depois, uma boa idéia é começar pequeno e ter entre 10 a 20 indicadores chave de desempenho. A criação dos padrões e da governança deve ser feita com isso em mente. 3Analise a atual situação. É preciso analisar a atual estrutura de processos e a estrutura organizacional das atuais implementações de BI. Tanto TI quanto a área de negócios devem estar envolvidas. 4Crie um plano para armazenamento dos dados. Muitas empresas começam com um data mart isolado, já que é simples e rápido. Mas essa estrutura significa que outros silos de dados deverão ser adicionados conforme os dados começarem a crescer e isso pode significar perder o controle em poucos anos. Um caminho possível é construir e manter um data warehouse físico ou apostar nas camadas virtuais para integrar sistemas operacionais. 5 Entenda o que os usuários precisam. Existem três tipos de usuários do BI: os estratégicos, os táticos e os operacionais. Os estratégicos tomam poucas decisões, mas cada uma delas tem um profundo impacto por exemplo, o fechamento de uma filial em outro país. Os usuários táticos tomam várias decisões por semana e precisam de informações atualizadas diariamente, enquanto os operacionais são aqueles que estão na linha de frente, como operadores de call center. Entender quem vai usar o BI, e para qual propósito, pode deixar claro qual é o tipo de informação necessária e com qual freqüência. Isso, sem dúvidas, ajuda a tomada de decisão para o BI. Business Process Management (BPM) Executive Briefing Computerworld 5