A empresa Gênesys (2ª classifica) afirma que a recorrida infligiu o subitem 3.1.1. do Edital:



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Transcrição:

Processo: 0004797-44.2013.8.22.1111 Assunto: Contratação de empresa especializada para prestação de serviços de assistência técnica, relativos à manutenção preventiva e corretiva nos grupos geradores Cummins Generation, instalados nas Comarcas do Poder Judiciário do Estado de Rondônia, com fornecimento de materiais de consumo, peças, componentes e acessórios, conforme as disposições deste Edital e seus Anexos Pregão Eletrônico 038/2013. Senhor Presidente, Estes autos têm por objeto a contratação de empresa especializada para prestação de serviços de assistência técnica, relativos à manutenção preventiva e corretiva nos grupos geradores Cummins Generation, instalados nas Comarcas do Poder Judiciário do Estado de Rondônia, com fornecimento de materiais de consumo, peças, componentes e acessórios, conforme as disposições deste Edital e seus Anexos, mediante procedimento licitatório. Em atendimento ao despacho do Senhor Secretário de folha 129, designei o dia 13.05.13 às 9h para a início da Sessão Pública de disputa (horário de Brasília). Realizada a sessão de disputa, esse pregoeiro aceitou a proposta de preços e habilitou a empresa RAIO INSTALAÇÕES ELETRICAS LTDA - EPP, CNPJ: 84.717.420/0001-83 para o Grupo 1 Serviços de assistência técnica, conforme especificações contidas no Anexo I do Termo de Referência fls. 45/59. Aberto o prazo para intenção de recurso as empresas GÊNESYS SERVIÇOS E COMERCIO DE MATERIAS ELETRICOS LTDA, CNPJ: 12.114.056/0001-56; POWETECH COMERCIAL LTDA, CNPJ: 02.485.257/0002-97; ELETROQUALY QUALIDADE EM ENERGIA LTDA ME, CNPJ: 12.981.616/0001-70; e DINÂMICA SERVIÇOS E MANUTENÇÃO LTDA EPP, CNPJ: 07.382.267/0001-30 manifestaram intenções conforme fls. 176/177, esse pregoeiro então abriu prazo para apresentação de recurso e contrarrazões. Os recursos estão juntadas aos autos às fls. 178/188 e a empresa recorrida não apresentou contrarrazões no prazo estipulado pelo Edital. Em resumo: A empresa Gênesys (2ª classifica) afirma que a recorrida infligiu o subitem 3.1.1. do Edital: 3.1.1. Somente poderão participar desta licitação as empresas cujo objetivo social seja pertinente ao objeto desta licitação, e que atendam a todas as exigências deste Edital e da legislação a ele correlata. ; A empresa Powetech(3ª classificada) afirma que a recorrida infligiu os subitens 1.2.1., 3.1.1. e 6.5.3 do Edital e ainda os subitens 3.2.4. e 3.2.4.1. do TR: 1.2.1. Contratação de empresa especializada para prestação de serviços de assistência técnica, relativos à manutenção preventiva e corretiva nos grupos geradores Cummins Generation, instalados nas Comarcas do Poder Judiciário do Estado de Rondônia, com fornecimento de materiais de consumo, peças, componentes e acessórios, conforme as disposições deste Edital e seus Anexos.; 3.1.1. Somente poderão participar desta licitação as empresas cujo objetivo social seja pertinente ao objeto desta licitação, e que atendam a todas as exigências deste Edital e da legislação a ele correlata. ; 6.5.3. A habilitação complementar deverá ser encaminhada pela (s) licitante (s) no prazo de 2 (duas horas) contados do momento da convocação pelo pregoeiro, em campo próprio do sistema eletrônico e consistirá em: (...) 3.2.4. As peças, previamente aprovadas pelo Gestor do Contrato, deverão ser novas e originais, conforme descrição do fabricante e sua troca deverá ocorrer no prazo máximo de até 4 (quatro) dias úteis, contados da data da autorização da substituição concedida. e;

3.2.4.1. Quanto à parte eletrônica e mecânica, deverão ser utilizadas somente peças originais do fabricante, de forma a não haver descaracterização do equipamento em relação à sua originalidade. As empresas Eletroqualy (4ª classificada) e Dinâmica (5ª classificada) afirmam que a recorrida não cumpriu o prazo estipulado para subitem 6.5.3 e ainda apoia-se em parte do Art.48 da Lei das Licitações n. 8666/1993, para solicitar as desclassificações das três primeiras classificadas no certame licitatório. 6.5.3. A habilitação complementar deverá ser encaminhada pela (s) licitante (s) no prazo de 2 (duas horas) contados do momento da convocação pelo pregoeiro, em campo próprio do sistema eletrônico e consistirá em: (...) Art. 48. Serão desclassificadas: I - as propostas que não atendam às exigências do ato convocatório da licitação; II - propostas com valor global superior ao limite estabelecido ou com preços manifestamente inexeqüiveis, assim considerados aqueles que não venham a ter demonstrada sua viabilidade através de documentação que comprove que os custos dos insumos são coerentes com os de mercado e que os coeficientes de produtividade são compatíveis com a execução do objeto do contrato, condições estas necessariamente especificadas no ato convocatório da licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 8.6.94) 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste artigo consideram-se manifestamente inexeqüíveis, no caso de licitações de menor preço para obras e serviços de engenharia, as propostas cujos valores sejam inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos seguintes valores: (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.648, de 27.5.98) a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% (cinquenta por cento) do valor orçado pela administração, ou b) valor orçado pela administração.. Com relação ao ponto de que a recorrida não está apta a participar deste certame licitatório por não ter objetivo social pertinente, objeto de recurso das empresas Gênesys (2ª classificada) e Powetech (3ª classificada), tem que se foi verificado que empresa recorrida possui a Descrição da Atividade Econômica cadastrada no SICAF e no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, na base de dados da Receita Federal, a seguinte atividade como Principal: reparação e manutenção de outros objetos e equipamentos pessoais e domésticos não especificados anteriormente. Ocorre que este pregoeiro realizou diligência no SICAF, em foi encontrado em Relatório Nível I Credenciamento / Linhas de Fornecimento em Serviços os códigos 1970 Instalação / Montagem / Manutenção Equipamentos Elétricos; 2356 Manutenção de Grupos Diesel Gerador de Emergência; conforme fl. 144 dos presente autos. Forçoso salientar que nenhuma das empresas recorrentes citou ou colocou em dúvida o Atestado de Capacidade Técnica emitido pelo Banco do Brasil à empresa Raio, atestando a realização da manutenção dos grupos geradores de diversas marcas, e para este Pregoeiro é mais uma prova que a empresa recorrida está apta a realizar os serviços objeto da licitação. Com relação ao ponto de que empresa recorrida não poderia honrar os prazos estabelecidos para a entrega de peças e ainda que as peças devam ser originais, objetos de recurso da Powetech (3ª classificada), a partir do momento da inserção da proposta eletrônica as empresas assumem um compromisso de que estão cientes das regras do Edital, em caso de não cumprimento do contrato assinado, as empresas serão penalizadas conforme Edital. Além do que os itens citados do TR pela empresa Powetech só podem ser aplicadas a CONTRATADA e nesse momento ainda não existe essa relação, por se estar ainda na fase de licitação.

Com relação ao ponto de que as três primeiras empresas deveriam ser desclassificadas por ofertar valores inexequíveis, objeto de recurso das empresas Eletroqualy (4ª colocada) e Dinâmica (5ª colocada), é necessário um exame mais aprofundado da aplicação do Art. 48 da Lei 8666/99. Passamos a conferir: O Pregão foi instituído pela Medida Provisória 2026/2000 que o definiu, em seu artigo 2º, nos seguintes termos: Art. 2º Pregão é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, promovida exclusivamente no âmbito da União, qualquer que seja o valor estimado da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública. A referida Medida Provisória foi regulamentada pelo Decreto Federal 3555/2000 que expressamente veda a utilização da modalidade Pregão para contratação de obras e serviços de engenharia, a saber: Dispõe o artigo 5º do Decreto 3555/2000: Art. 5º - A licitação na modalidade de Pregão não se aplica às contratações de obras e serviços de engenharia, bem como às locações imobiliárias e alienações em geral, que serão regidas pela legislação geral da Administração. (negritei) Dois anos depois, instituiu-se a Lei 10520/2002 no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, substituindo a Medida Provisória aludida, condicionando a utilização da modalidade Pregão somente aos bens e serviços comuns, definidos no artigo 1º da referida Lei: Art. 1 - Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. A Lei n. 10520/2002 em nenhum momento veda a contratação de obras e serviços de engenharia por meio de Pregão, condicionando apenas na figura do objeto da licitação como bens e serviços comum, diferentemente do Decreto 3555/2000 que é taxativo quanto a tal vedação. Logo, a Lei 10520/2002, a priori, abriu possibilidade para contratação de serviços de engenharia pela modalidade Pregão, desde que sejam serviços de natureza comum. Como já mencionamos, tanto a Lei 10520/2002 quanto o Decreto 5450/2005 não fazem qualquer menção quanto a impossibilidade de contratação de serviços de engenharia pela modalidade Pregão. Logo, o que cabe discutir não é se o Pregão poderá ser utilizado para contratação de serviço de engenharia e sim se o serviço de engenharia pode ser caracterizado como comum, eis que a lei alude a aquisição de bens e serviços comuns. O decreto foi editado com objetivo de regulamentar a Medida Provisória 2026/2000. No momento que a Medida Provisória foi convertida em lei (10520/2002) podemos dizer que o decreto perdeu parcialmente sua eficácia, apesar da lei não ter revogado o decreto. Desta forma, continua em vigor os dispositivos do decreto que não sejam incompatíveis com a lei. Deve-se considerar o disciplinado pela lei quando houver desarmonia entre a lei e o decreto. Isto porque o decreto não poderia criar vedações não previstas em lei. Segundo a Egrégia Corte de Contas da União, através do Ministro Valmir Campelo já se manifestou neste sentido de: Como se vê, a Lei nº 10.520, de 2002, não excluiu previamente a utilização do Pregão para a contratação de obras e serviços de engenharia. O que exclui essas contratações é o art. 5º do Decreto 3.555, de 2000.... Assim, recordamos que somente à lei compete inovar o ordenamento jurídico, criando e extinguindo direitos e obrigações para as pessoas, como pressuposto do princípio da legalidade. Assim,

o Decreto, por si só, não reúne força para criar proibição que não esteja prevista em lei, com o propósito e regrar-lhe a execução e a concretização, tendo em vista o que dispõe o inciso IV do art. 84 da Carta Política de 1988. Desse modo, as normas regulamentadores que proíbem a contratação de obras e serviços e engenharia pelo Pregão carecem de fundamento de validade, visto que não possuem embasamento na Lei nº 10.520, de 2002. O único condicionamento que a Lei do Pregão estabelece é a configuração do objeto da licitação com bem ou serviço comum (Acórdão 817/2005 1ª Câmara. Rel. Ministro Valmir Campelo. Brasília, 03 de maio de 2005) No mesmo sentido: REPRESENTAÇÃO. CONTRATAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA MEDIANTE SUSPENSÃO PREGÃO DA ELETRÔNICO. LICITAÇÃO. REQUERIMENTO JURISPRUDÊNCIA CAUTELAR RECENTE PARA DEFENDE A POSSIBILIDADE LEGAL DA CONTRATAÇÃO. CONHECIMENTO. IMPROCEDÊNCIA. CIÊNCIA AO INTERESSADO. ARQUIVAMENTO. 1. A Lei 10.520/2002 e o Decreto 5.450/2005 amparam a realização de Pregão eletrônico para a contratação de serviços comuns de engenharia, olu seja, aqueles serviços cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. (TCU, Acórdão n. 286/2007. Plenário. Relator Min. Agusto Sherman Cavalcanti. DOU 16.02.2007.) Súmula 257/2010 TCU: O uso do Pregão nas contratações de serviços comuns de engenharia encontra amparo na Lei nº 10.520/2002 (Grifei) Assim, entendemos que se admite contratação de serviço de engenharia por Pregão, desde que seja serviço comum. A priori, o artigo 1º da Lei do Pregão define que bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, são aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. O jurista Marçal Justen Filho apresenta o entendimento que bem ou serviços comum é aquele que se encontra disponível a qualquer tempo num mercado próprio e cujas características padronizadas são aptas a satisfazer as necessidades da Administração Pública (in Pregão Comentários à Legislação do Pregão Comum e Eletrônico, 5º Ed, São Paulo: Dialética, 2009. p. 37). Isto é, há três características existentes: 1 Disponibilidade do mercado próprio 2 padronização 3 desnecessidade de peculiaridade para satisfação da Administração. A licitação na modalidade de Pregão destina-se à contratação de bens e serviços comuns, estes definidos como de padrão e tendo característica de desempenho e qualidade que possam ser estabelecidos de forma objetiva, ou seja, sem alternativas técnicas de desempenho dependentes de tecnologia sofisticada. (in Pregão Uma nova modalidade de licitação. Forense, 2003. p. 9). Pode-se dizer que um serviço de engenharia é comum quando o objeto seja de fácil realização, com especificações usuais no mercado e que, na totalidade ou em relevante parte de sua execução seja dispensável orientação de profissional registrado no CREA. Nesta esteira, Jorge Ulisses Jacoby Fernandes entende que o serviço de engenharia pode ser considerado comum com as seguintes condições: as características, quantidades e qualidades forem passíveis de especificações usuais no mercado ; mesmo que exija profissional registrado no CREA para execução, a atuação desse não assume relevância, em termos de custo, complexidade e responsabilidade, no conjunto do serviço; (in Sistema de registro de preços e Pregão presencial e eletrônico, 3. ed. rev., atual. e ampl. 1. reimpressão. Belo Horizonte: Fórum, 2009, pag. 429) A utilização da modalidade Pregão para contratação de obras e serviços de engenharia ainda geram dúvidas quanto à sua utilização, devido a amplitude do conceito serviço comum apresentado pela Lei

10520/2002. Porém, está pacificado em doutrina e jurisprudência que é licito a realização de contratação de serviço de engenharia por intermédio da modalidade Pregão, desde seja caracterizado com serviço comum. Logo a súmula n. 257/2010 do Tribunal de Contas da União vem para solidificar a aplicação de Pregão em serviços comuns de engenharia e ainda mais, para exemplificar, com uma simples consulta a qualquer site de busca, pode ser encontrados diversos procedimentos licitatórios semelhantes ao objeto desta licitação, realizado por Órgãos Públicos em todas as esferas administrativas na modalidade de Pregão. Após a explanação anterior, poderia afirmar que não se aplica o Art. 48 da Lei 8666/93 nesta licitação por ser um Pregão, portanto o objeto é um serviço comum não restringido pelo referido Artigo e então não é válido para desclassificar as três primeiras colocadas deste certame licitatório por apresentar propostas com valores inexequíveis. Mais ainda, não se pode argumentar o pedido de desclassificação das empresas por inexequibilidade de valores, visto que houve disputa e as três primeiras classificadas ofertaram lances próximos, conforme relação de classificados à fl. 138 dos autos. Com relação ao ponto de que a empresa recorrida não apresentou documentação habilitatória no prazo estipulado no subitem 6.5.3 do Edital, objeto de recurso das empresas Powetech (3ª classificada), Eletroqualy (4º classificada) e Dinâmica (5ª classificada), será necessário um breve histórico. Essas informações podem ser comprovadas no Chat do Comprasnet, conforme fls. 167/168 dos autos. Após a aceitação da proposta detalhada de preços, este Pregoeiro convocou a empresa Raio para o envio da documentação habilitatória complementar conforme dispõe o subitem 6.5.3 do Edital. Ocorre que houve quatro convocações, entre a primeira convocação, ocorrida às 12:56:56 (horário de Brasília) e a anexação da documentação para a terceira convocação, ocorrida às 13:51:40, decorreu prazo de 54 minutos e 44 segundos. A quarta convocação ocorreu às 14:09:03 e a anexação da documentação solicitada ocorreu às 17:06:57, decorrido o prazo de 2:57:54 (duas horas cinquenta e sete minutos e cinquenta e quatro segundos) e após todas as convocações a empresa apresentou toda a documentação habilitatória exigida pelo Edital e portanto foi considerada habilitada por este Pregoeiro. Antes de adentrarmos no mérito de que empresa extrapolou o prazo exigido pelo Edital, vejamos um trecho extraído do Parecer n. 171/2013 CONJUR, elaborado para o procedimento licitatório n. 074/2012, em consulta de recurso interposto por uma empresa contra decisão do Pregoeiro, arguindo que houve Violação do Instrumento Convocatório: O art. 5º, caput, da CF estabelece que todos os brasileiros e estrangeiro residente no país são iguais perante lei, portanto, com mais razão se pode afirmar que também o são frente à Administração Pública. Logo, se a lei, não pode discriminar, a Administração Púbica também não pode. A síntese do princípio da igualdade, também chamado princípio da isonomia decorrente dos princípios da indisponibilidade do interesse público e da legalidade, todos os administrados devem receber da Administração Pública o mesmo tratamento, vedado, como ensina Celso Antônio Bandeira de Mello qualquer espécie de favoritismo ou desvalia em proveito ou detrimento de alguém. (in Curso de Direito Administrativo, 16º Ed, São Paulo: Malheiros, 2003. p. 73) A viabilização desse princípio constitucional faz-se pela utilização de procedimentos administrativos em que todos os interessados a um só tempo tomam ciência do desejado pela Administração Pública e das condições que lhes interessa, como são os procedimentos da licitação. Esses procedimentos visam assegurar a igualdade entre os eventuais interessados em travar uma dessas relações com a Administração Pública. Tal preocupação está explicitada na parte inicial do art. 3º da Lei n 8.666/93 e visa garantir a observância do princípio da isonomia. Como se isso não bastasse, esse mesmo preceptivo licitatório prescreve que a licitação será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Daí porque, quando da elaboração do ato convocatório, a Administração deverá observar as normais legais e exigir somente o que for indispensável à execução do objeto e à satisfação do interesse público. A própria Constituição da República, ao impor, como regra, a licitação permite apenas exigências necessárias e indispensáveis à satisfação da execução do objeto (art. 37, XXI). Restando vedadas exigências excessivas ou impertinentes. Assim é que o art. 3º, 1º, I, da Lei veda a inclusão de cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo da licitação, ou que estabeleçam preferências ou distinção em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes e, ainda, que sejam impertinentes ou irrelevantes para a execução do objeto específico. Os atos administrativos exigem motivação, sendo relevante, então, que os atos praticados e as decisões adotadas sejam devidamente justificadas, legal e tecnicamente, considerando-se, sempre, o interesse visado. Verifica-se que o dispositivo em comento prevê que deve ser dado a todos o mesmo tratamento e também o poder de discriminar. Isto porque, o princípio da igualdade não pode ser entendido como ABSOLUTO, obstando o bom e eficaz desempenho da atividade administrativas. Aliás, nenhum dos princípios do regime administrativo deve ser visto e aplicado em termos rigorosos, pois, conforme afirma Celso Antônio Bandeira de Mello vigoram segundo determinadas condições, regulamentação e limites, admitindo variantes, temperamentos e qualificações particulares à vista do significado singular que assumem em função da legislação concernentes aos diversos institutos do Direito Administrativo. (in Curso de Direito Administrativo, 16º Ed, São Paulo: Malheiros, 2003. p. 85) Por tais dispositivos, temos que a licitação destina-se a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública, sendo-lhe proibido admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato. No entanto, não basta que os particulares apresentem propostas que, em face do aspecto técnico (atendimento aos requisitos do edital) ou financeiro (menor preço), sejam capazes de se traduzir como a mais atraente ao Poder Público, pois a legislação determina que somente aqueles que demonstrem sua habilitação jurídica, técnica, econômico-financeira e fiscal terão direito a ter suas proposta apreciadas. No modelo do pregão, a Administração aceita propostas de qualquer interessado, presumindo que comparecem para participar do certame apenas os sujeitos que preenchem os requisitos de participação previstos em lei ou no ato convocatório. Conforme mencionado anteriormente, a Lei de Licitação estabelece uma série de princípios em seu art. 3º, entre os quais está expressamente consignada a vinculação ao instrumento convocatório, instrumento este que se apresenta como lei interna da licitação. Desta feita, a empresa apresentou toda a documentação habilitatória e apoiando-se no objetivo de todo e qualquer procedimento licitatório, que é selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública, aceitei e habilitei a proposta da empresa Raio visando a melhor contratação para o Tribunal de Justiça. Com tudo que consta nos autos, mantenho minha decisão, não acolhendo nenhum dos objetos de recursos e encaminho os p. autos para decisão superior quanto aos recursos interpostos contra a decisão deste Pregoeiro, conforme termos do Edital. Fábio Aran Gomes de Castro Pregoeiro/TJRO