Imunizações Prof. Orlando A. Pereira FCM - Unifenas

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Transcrição:

Imunizações Prof. Orlando A. Pereira FCM - Unifenas

Imunização ativa A imunização ativa é realizada pela introdução no organismo de diferentes tipos de antígenos, representados tanto por cepas vivas e atenuados dos agentes responsáveis pela doença que se pretende prevenir como por seus componentes inativos. A vacina de agente vivo com patogenicidade atenuada estimula a imunidade celular e humoral, confere proteção duradoura, costuma provocar reações e existe a possibilidade teórica de que a atenuação sofra reversão. Ex.: BCG, Sabin, Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola), Varicela, Febre Amarela. A vacina de agente inativado, por não ter caráter infeccioso, necessita de doses de reforço para manutenção da imunidade. Pode ser constituído por microorganismos integrais inativados por agentes químicos ou físicos, por toxinas inativadas e componentes de superfície purificados. Ex.: DPT (suspensão de bactérias inteiras mortas da Bordetella pertussis, combinada com os toxóides tetânico e diftérico), Hib, Salk. As vacinas recombinantes são obtidas por técnicas de engenharia genética, pela inserção de fragmentos de DNA de vírus patogênico no DNA de outro não patogênico. Ex. Hepatite B.

Precauções e contraindicações gerais Hipersensibilidade à vacina ou a seus componentes. Vacinação com bactérias ou vírus vivos atenuados em pacientes com imunodeficiências congênita ou adquirida e em situações de doenças que levem à imunodepressão ou que indiquem tratamento com imunossupressores. Febre ou outras manifestações que sugerem doença moderada ou grave. Neoplasia maligna. A vacina BCG deve ser adiada temporariamente em crianças com peso inferior a 2.000g. A vacinação com DPT ou DPTac é contraindicada em crianças com mais de sete anos de idade; crianças com doença neurológica em atividade; ou as que tenham apresentado, após a aplicação de dose anterior, as seguintes manifestações: a) Reação anafilática. b) Convulsões nas primeiras 72 horas após a vacinação. c) Desenvolvimento de encefalopatia nos primeiros sete dias. d) Reação hipotônico-hiporresponsiva ou choro persistente e incontrolável nas primeiras 48 horas após a vacinação.

1. BCG Tuberculose: deve ser aplicada em dose única. No entanto, recomenda-se uma segunda dose da vacina quando, após 6 meses, não se observa cicatriz no local da aplicação. Hanseníase: Em comunicantes domiciliares de hanseníase, independente da forma clínica, uma segunda dose pode ser aplicada com intervalo mínimo de seis meses após a primeira dose.

2. Hepatite B A primeira dose da vacina hepatite B deve ser idealmente aplicada nas primeiras 12 horas de vida. A segunda dose é realizada com 1 ou 2 meses de vida e a terceira dose é realizada aos 6 meses de vida. A partir de 2012, no PNI, a vacina combinada DTP/Hib/HB (conhecida como pentavalente brasileira) foi incorporada aos 2, 4 e 6 meses de vida. Desta forma, os lactentes que fizerem uso dessa vacina recebem quatro doses da vacina hepatite B. Aqueles que utilizarem as vacinas combinadas acelulares podem manter o esquema de três doses de hepatite B (a primeira dose ao nascer, sendo a segunda e a terceira dose aos 2 meses e 6 meses com as vacinas combinadas acelulares DTPa/IPV/Hib/HB). Crianças com peso de nascimento igual ou inferior a 2 kg ou idade gestacional < 33 semanas devem receber quatro doses da vacina (esquema 0,1, 2 e 6 meses): 1 a dose ao nascer, 2 a dose um mês após a 1 a dose, 3 a dose um mês após a 2 a dose, e a 4 a dose 6 meses após a 1 a dose. Crianças e adolescentes não vacinados devem receber a vacina no esquema 0, 1, 6 meses. A vacina combinada A+B (apresentação adulto) pode ser utilizada na primovacinação de crianças de 1 a 15 anos de idade, em duas doses com intervalos de 6 meses. Acima de 16 anos o esquema deve ser de 3 doses (0, 1 e 6 meses).

3. Pentavalente: Vacina combinada DTP(difteria, tétano e pertussis - tríplice bacteriana) + Hib (Haemophilus influenzae) + Hepatite B. Aplicadas no esquema 2, 4 e 6 meses. Após 12 meses de idade, todas as doses necessárias de DTP ou Hib, para início ou complementação do esquema, serão realizadas com as apresentações em separado. As doses de reforço com DTP estão indicadas aos 15 meses e aos 4 anos de idade. E a cada dez anos devem-se administrar reforços com a dupla tipo adulto (dt). A vacina Hib quando utilizada com as vacinas combinadas acelulares (DTPa/Hib/IPV, DTPa/Hib, DTPa/Hib/IPV/HS, etc), uma quarta dose de Hib deve ser aplicada aos 15 meses de vida. Essa quarta dose contribui para diminuir o risco de ressurgimento de doenças invasivas causadas pelo Hib em longo prazo.

4. Pólio As duas primeiras doses devem ser do tipo inativada (IPV). As doses subsequentes ficam a critério de cada serviço / pediatra. Recomenda-se que todas as crianças com menos de cinco anos de idade recebam Vacina Oral Poliomielite (VOP) nos Dias Nacionais de Vacinação.

5. Rotavírus Existem duas vacinas disponíveis. A vacina Rotavírus monovalente deverá ser administrada em duas doses, seguindo os limites de faixa etária: a primeira dose aos 2 meses (1 mês e 15 dias até no máximo 3 meses e 15 dias) e a segunda dose aos 4 meses (3 meses e 15 dias até no máximo 7 meses e 29 dias). O intervalo mínimo entre as duas doses é de 4 semanas. A vacina Rotavírus Pentavalente deverá ser administrada em 3 doses, aos 2, 4 e 6 meses. A primeira dose deve ser administrada até no máximo 3 meses e 15 dias e a terceira dose deverá ser administrada até no máximo 7 meses e 29 dias. O intervalo mínimo é de quatro semanas entre as doses. Os benefícios demonstrados com a vacina Rotavírus superam substancialmente os eventuais efeitos adversos atribuídos a mesma.

6. Pneumocócica Conjugada É recomendada a todas as crianças até 5 anos de idade. Recomendam-se três doses da vacina Pneumocócica conjugada no primeiro ano de vida (2, 4 e 6 meses), e uma dose de reforço aos 15 meses de vida. Crianças saudáveis que fizeram as quatro primeiras doses da vacina 7 ou 10 valente podem receber uma dose adicional com a 13 valente, até os 5 anos de idade. Crianças com risco aumentado para doença pneumocócica invasiva (DPI) entre 2 e 18 anos devem receber uma dose adicional com a vacina 13 valente. Para crianças ou adolescentes com risco aumentado para DPI (vide recomendações nos CRIEs Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais), recomenda-se também a vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente, mesmo que tenham recebido a vacina conjugada pneumocócica anteriormente. Esta vacina deverá ser aplicada após intervalo mínimo de 2 meses da vacina pneumocócica conjugada.

7. Menigocócica conjugada Recomendam-se duas doses da vacina contra Meningococo C conjugada no primeiro ano de vida, e uma dose de reforço entre 12 e 18 meses de idade, independente do fabricante. Após os 12 meses de vida a vacina deve ser aplicada em dose única. A vacina menigocócica C conjugada não deve ser substituída pela vacina polissacarídica na vacinação de rotina. Em virtude da perda rápida de proteção, recomendamos um reforço aos 5 anos de idade com menigocócica C conjugada, e um reforço preferencialmente com a meningocócica A/C/Y/W135 com 11 anos de idade. Vacina Meningocócica A/C/Y/W135 deve ser aplicada em dose única a partir de 11 anos nos adolescentes.

8. Febre Amarela Está indicada para os residentes e viajantes para as áreas endêmicas, de transição e de risco potencial. A aplicação desta vacina deve ser feita a partir dos 9 meses. Em situações excepcionais (ex: surtos) a vacina pode ser administrada a partir dos 6 meses. Para aqueles que se mantém em risco, deve-se fazer uma dose da vacina a cada 10 anos. Lactentes com menos de 6 meses em aleitamento materno, cujas mães receberam vacina contra febre amarela devem suspender o aleitamento materno por pelo menos 15 dias. A vacina contra febre amarela não deve ser administrada no mesmo dia que a vacina tríplice viral (SCR) devido ao risco de interferência e diminuição de imunogenicidade. Recomenda-se que estas vacinas sejam aplicadas com um intervalo de 30 dias entre elas.

9. Tríplice bacteriana (DTP: difteria, tétano e pertussis) A vacina DTP (células inteiras) é eficaz e bem tolerada, porém, quando possível, aplicara a DTPa (acelular) em virtude de sua menor reatogenicidade. dt/ dtpa Os reforços são indicados a cada 10 anos com dt. Se o adolescente nunca tiver sido vacinado ou desconhecer seu estado vacinal, um esquema de três doses deve ser indicado, preferencialmente com dtpa, pois esta vacina apresenta proteção adicional para coqueluche. As duas primeiras doses devem ter um intervalos de dois meses (mínimo de quatro semanas) e a terceira dose seis meses após a segunda ou três doses com intervalo de dois meses entre elas, mínimo de 4 semanas.

10. Tetraviral (Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela) É aplicada em dose única aos 15 meses pelo PNI. A vacina varicela em dose única mostrou-se altamente eficaz para prevenção de formas graves da doença. Entretanto, em consequência da possibilidade da ocorrência de formas leves da doença, em crianças vacinadas com apenas uma dose da vacina varicela, sugerimos a realização de uma segunda dose da vacina. Crianças que receberam apenas uma dose da vacina varicela e apresentem contato domiciliar ou em creche com indivíduo com a doença devem antecipar a segunda dose, respeitando o intervalo mínimo de 1 mês entre as doses. Durante surtos ou após contato íntimo com caso de varicela, é possível vacinar crianças imunocompetentes de 9 a 12 meses, entretanto as doses administradas antes de um ano não devem ser consideradas como válidas. A vacinação pode ser indicada na profilaxia pós-exposição dentro de cinco dias após contado, preferencialmente nas primeiras 72 horas.

Tetraviral (continuação) A SBP recomenda que aos 12 meses seja feita, na mesma visita, a primeira dose das vacinas tríplice viral (SCR) e varicela em administrações separadas, ou com a vacina quadrupla viral (SCRV). A vacina quadrupla viral mostrou-se associada a uma maior frequência de febre nos lactentes que a recebem a primeira dose desta vacina, quando comparados com os que recebem as vacinas varicela e tríplice viral em injeções separadas, na primeira dose. Aos 15 meses deverá ser feita a segunda dose, preferencialmente com a vacina quadrupla viral (SCRV), com intervalo mínimo de três meses da última dose de varicela e SCR ou SCRV.

11 - Influenza está indicada para todas as crianças dos 6 meses aos 5 anos de idade, assim como para todas as crianças com mais de 6 meses e adolescentes que apresentem fatores de risco. As crianças com mais de 5 anos e adolescentes sem fatores de risco também podem ser vacinadas. A primovacinação de crianças com idade inferior a 9 anos deve ser feita com duas doses com intervalos de 1 mês. A dose para aqueles com idade entre 6 meses e 35 meses é de 0,25 ml e depois dos 3 anos de idade é de 0,5 ml por dose. Crianças com mais de 9 anos podem receber apenas uma dose (0,5mL) na primovacinação. A vacina deve ser feita anualmente. A influenza é uma doença sazonal e a vacina deve ser realizada antes do período de maior prevalência da gripe.

12. HPV