FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO AVE FT RAFAELA DE ALMEIDA SILVA APAE-BAURU

Documentos relacionados
26/04/2014. Sobre O Surgimento. O que é: Aprendizado baseado em Casos:

Retirada do Suporte Ventilatório DESMAME

VENTILAÇÃO MECÂNICA. Profª Enfª Luzia Bonfim

Jose Roberto Fioretto

Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta HBP/SP

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE VENTILAÇÃO MECÂNICA. (Baseado nos consensos e diretrizes brasileiras de VM)

Ventilação Mecânica Invasiva. Profa Ms. Cláudia Lunardi

Prof. Dr. José Roberto Fioretto UTI - Pediátrica - Botucatu - UNESP

Introdução à Ventilação Mecânica Neonatal

CONFLITO DE INTERESSE. Nenhum conflito de interesse relacionado ao tópico dessa palestra. Visão geral

DESMAME DIFÍCIL. Versão eletrônica atualizada em Março 2009

Medidas precoces para prevenção de lesões pulmonares nas primeiras 24 horas

4 o Simpósio de asma, DPOC e tabagismo

Ventilação de Alta Frequência Oscilatória (VAFO)

DESCRITOR: Síndrome do desconforto respiratório aguda, SDRA, SARA Página: 1/11 Revisão: agosto Emissão: setembro Indexação:

Pneumonia Associada à Assistência à saúde. Enfª Viviane Canêdo

Profª Allana dos Reis Corrêa Enfermeira SAMU BH Mestranda em Enfermagem UFMG

VENTILAÇÃO MECÂNICA (RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL) Enfº Esp. Diógenes Trevizan

VMNI na Insuficiência Respiratória Hipercápnica

Ventilação Mecânica. Profa. Ms. Vanessa Dias

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

AULA-14 ATUAÇÃO EM ENTUBAÇÃO OROTRAQUEAL

Prova de Título de Especialista em Fisioterapia Respiratória

QUESTÃO 32. A) movimentação ativa de extremidades. COMENTÁRO: LETRA A

EVOLUÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA VENTILAÇÃO MECÂNICA

Ventilação Não Invasiva Ventilação Mecânica Invasiva. Profª Dra. Luciana Soares Costa Santos

Livro Eletrônico Aula 00 Questões Comentadas de Fisioterapia - Terapia Intensiva

Princípios básicos de Reeducação Respiratória pós-avc

RASCUNHO Nº DE INSCRIÇÃO PROVA ESCRITA OBJETIVA. CARGO: PRECEPTOR RIMTIA: FISIOTERAPIA DATA: 11/03/2018 HORÁRIO: 09 às 12 horas (horário do Piauí)

INTUBAÇÃO TRAQUEAL. Profª Enfª Luzia Bonfim

Princípios da Ventilação Mecânica. Funcionamento. Profa Dra Carolina Fu Depto de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional- FMUSP

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA PRELIMINAR

Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto SP Hospital da Criança e Maternidade CAPNOGRAFIA

PROTOCOLO MÉDICO VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PEDIATRIA NO SDRA E LPA

Cuidados clínicos após PCR (Parada Cardiorrespiratória)

PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE PNEUMONIA ASSOCIADA A ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA - PAV

Monitoração da. Ventilação Mecânica. Importância. Monitoração. Oximetria. Oximetria - Limitações. Oximetria - benefícios

SUPORTE VENTILATÓRIO NO PACIENTE NEUROMUSCULAR. Versão eletrônica atualizada em Março 2009

CURSO DE FISIOTERAPIA Autorizado pela Portaria nº 377 de 19/03/09 DOU de 20/03/09 Seção 1. Pág. 09 PLANO DE CURSO

VENTILAÇÃO MECÂNICA POR VOLUME. israel figueiredo junior

[273] O) e/ ou FiO 2. Parte VI P R O T O C O L O S D E P R O C E D I M E N T O S

Petr Soares de Alencar DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE

Avaliação da Pressão de Cuff de Vias Aéreas Artificiais antes e após procedimento de aspiração traqueal

Procedimento Operacional Padrão

Uso da VNI no desmame

30/04/2014. Monitorização do Suporte Ventilatório. Incluindo Métodos de Imagem

FLUXOGRAMA DO ESTUDO. Termo de consentimento livre e esclarecido. Randomização central. Seguimento de 28 dias. Desfecho Primário: Sobrevida em 28 dias

VENTILAÇÃO MECÂNICA. Prof. Dr. Carlos Cezar I. S. Ovalle

BÁSICO EM VENTILAÇÃO MECÂNICA ESTÁGIO SUPERVISIONADO PROF. SERGIO CORREA DE GODOI

Desmame do ventilador mecânico: Sucesso ou insucesso? Carlos Alberto Caetano Azeredo*

PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS PELA FISIOTERAPIA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL DA PROVIDÊNCIA DE APUCARANA

PLANO DE AULA. Aulas práticas

CUIDADOS INTENSIVOS (QUESTÕES DE 01 A 20)

MODOS DE VENTILAÇÃO. Ventilação Mecânica Controlada. Ventilação Mecânica Controlada MODALIDADES VOLUME CORRENTE 4/16/2010 PARÂMETROS VENTILATÓRIOS

COMO VENTILAR O PACIENTE COM TCE

PRINCÍPIOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA. Profa Dra Carolina Fu Depto de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional Faculdade de Medicina-USP

ESTRATÉGIAS PARA CONDUZIR A DESCONTINUAÇÃO E O DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

CURSO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA EM PEDIATRIA

RESPOSTA À ASPIRAÇÃO TRAQUEAL E INFLUÊNCIA NOS PARÂMETROS FISIOLÓGICOS DE RN EM VENTILAÇÃO MECÂNICA

Definições importantes

As Multifaces da Prevenção de PAV

Tabela I - Artigos selecionados para o estudo. Autor/Data Objetivo Método Resultados Ungern-Sternberg et al. (2007) [21]

GASOMETRIA ARTERIAL- ARTIGO DE REVISÃO. interpretação

Lígia Maria C. Junqueira Silva Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência Setor de Fisioterapia Março/2006

APRESENTAÇÃO DE POSTERS DIA 16/10/2015 (10:15-10:30h)

CURSO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA PEDIÁTRICA E NEONATAL

Protocolo: - - Admissão anterior nesta UCIP durante este internamento hospitalar: Não Sim <48 h >= 48 h

CTIP HIAE Manual de Condutas (versão 2011)

O uso da CPAP por meio da máscara nasofacial no tratamento da insuficiência respiratória pulmonar aguda tipo I

FISIOTERAPIA. 2. Um dos escores evidenciados na literatura que auxiliam na avaliação do Desconforto Respiratório (DR) do Recém Nascido, é:

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

DESCRITOR: bundle, prevenção, pneumonia associada a ventilação mecânica Página: 1/7 Revisão: Emissão: Indexação: 1. INTRODUÇÃO

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016

Engenharia Biomédica - UFABC

PROVA OBJETIVA. 14 O exercício físico aumenta o consumo de oxigênio e piora a. 15 As alterações morfofisiológicas musculares provenientes do

Desenvolvimento de um Escore de Risco Para Falência da Extubação em Pacientes com Traumatismo Cranioencefálico. Tese de Doutorado

FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA

Palavras Chave: Ventilação Mecânica. Complacência Pulmonar. Sistema Respiratório. Volume Corrente.

FISIOTERAPIA NO DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA: REVISÃO DA LITERATURA BRASILEIRA.

CUIDADO É FUNDAMENTAL

RESOLUÇÃO. Parágrafo único. O novo currículo é o 0003-LS, cujas ementas e objetivos das disciplinas também constam do anexo.

SERVIÇO DE FISIOTERAPIA HOSPITALAR

Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) Prof. Vinicius Coca

SERVIÇO DE FISIOTERAPIA HOSPITALAR

Desmame difícil. Definições. Como estão sendo desmamados os pacientes Coorte mundial Desmame simples. Desmame difícil. Desmame prolongado

TENSÃO E ESTRESSE ALVEOLAR - PAPEL DA PRESSÃO DE CONDUÇÃO. Werther Brunow de Carvalho

CUIDADOS FISIOTERAPÊUTICOS NO PÓS OPERATÓRIO DE. Lígia Maria Coscrato Junqueira Silva Fisioterapeuta RBAPB Hospital São Joaquim

EXAMES COMPLEMENTARES GASOMETRIA GASOMETRIA ARTERIAL EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO

20/08 PRÉ CONGRESSO - MANHÃ

REGULAMENTO Leia atentamente as seguintes instruções:

Reabilitação pulmonar na DPOC: uma análise crítica

RELAÇÃO DO PERÍODO DE PERMANÊNCIA EM VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA COM O GÊNERO E A IDADE DOS PACIENTES DA UTI DO HOSPITAL MUNICIPAL DE RIO VERDE

VENTILAÇÃO MECÂNICA: COMO INICIAR

DISCIPLINA DE OTORRINOLARINOGOLOGIA UNESP- BOTUCATU

III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica

LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO

VENTILAÇÃO MANUAL NA SALA DE PARTO

Breslau

Artigo DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA REALIZADO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Insuficiência Respiratória Aguda

Transcrição:

FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO AVE FT RAFAELA DE ALMEIDA SILVA APAE-BAURU

INTERNAÇÃO HOSPITALAR Toda pessoa com quadro suspeito de AVE deve ser levada imediatamente ao serviço de urgência para avaliação médica. Os pacientes com AVE agudo necessitam de internação hospitalar e geralmente a internação é na UTI.

FISIOTERAPIA NA UTI AVALIAÇÃO FISIOTERÁPICA NA UTI Escala de Coma de Glasgow A Escala de Coma de Glasgow é utilizada para a avaliação do funcionamento neuropsicológico. Grave : resultado de 3 a 8 Moderado : resultado de 9 a 12 Leve : resultado de 13 a 15.

ESCALA DE GLASGOW

ALTERAÇÕES DE PUPILAS DO COMA

ESCALA DE SEDAÇÃO

METAS DA FISIOTERAPIA ü Manutenção de vias aéreas e oxigenação ü Aspiração de secreções ü Suporte Ventilatorio Invasivo(Glasgow < 8) e Não-Invasivo ü Desmame Precoce da ventilação Mecânica üextubação üdiminuir Mortalidade üreabilitação Motora Global

VENTILAÇÃO MECÂNICA Condições que indicam necessidade de ventilação mecânica Parâmetros Normal Ind. de VM Clínicos Freqüência Respiratória ria (rpm) 12-20 20 > 35 Volume corrente (ml/kg) 5-85 8 < 5 Volume minuto (L/min) 5-65 6 > 10

GASOMETRIA ACIDOSE RESPIRATÓRIA PCO2 ALTO PH BAIXO ALCALOSE RESPIRATÓRIA PCO2 BAIXO PH ALTO ACIDOSE METÁBOLICA HCO3 BAIXO PH BAIXO ALCALOSE METÁBOLICA HCO3 ALTO PH ALTO

OBJETIVOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA FISIOLÓGICOS: Manter ou modificar a troca gasosa: Ventilação alveolar Oxigenação arterial Aumentar o volume corrente pulmonar: Reduzir o trabalho da musculatura respiratória Prevenção das atelectasias e microatelectasias

OBJETIVOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA CLÍNICOS: Reverter hipoxemia Reverter a acidose respiratória ria aguda Permitir sedação, anestesia, uso de bloqueio neuromuscular Diminuir consumo de O2 sistêmico, e de miocárdio Diminuição da PIC, e acoplamento ventilação / consumo O2 cerebral Estabilização da parede torácica

Complicações da VM ü Não infecciosas ü Infecciosas COMPROMETIMENTO DO TRABALHO MUSCULAR RESPIRATÓRIO PELO DESUSO ü Perda de 10-15% da massa muscular resp. 7 dias

INTUBAÇÃO üorotraqueal ünasotraqueal

TUBOS OROTRAQUEAIS

CUFF

INSUFLAÇÃO DO CUFF A insuflação do cuff deve ser verificada a cada 12 horas, sendo que a pressão não deve passar de 25 mmhg

COMPLICAÇÕES DO AUMENTO INADEQUADO DA PRESSÃO DO CUFF Fístula Traqueoesofágica

COMPLICAÇÕES DA INTUBAÇÃO

PREPARANDO SEU VENTILADOR PARA RECEBER UM PACIENTE PARÂMETROS DO VENTILADOR MECÂNICO : VC = 8 a 10 ml/kg peso Fluxo = 40-60 L/min ( garantir o VC ) Onda de fluxo = Quadrada e desacelerada FR = 12 rpm Peep = 5 cmh20 Relação I:E = 1: 2(com Tinsp= 0,8 a 1,2 seg.) FiO2 < 0,5 (manter SatO2>90%) Sensibilidade: Pressão = -2,0a -0,5 mmhg

DESMAME PRECOCE Realizar o desmame da Ventilação Mecânica o quanto antes para evitar suas complicações! DESMAME Retirada gradual do suporte ventilatório do paciente. Inicia-se a partir do surgimento do drive respiratório rio do pacientes e da instalação de ventilação assistida:

MODALIDADES DE DESMAME DO SUPORTE VENTILATÓRIO A/C Simv+PSV espontânea + PSV Neb. Tt Desmame tradicional (tubo T, tentativa e erro): 1.Forma rápida (60 minutos ou até 2 horas em tubo T) 2.Forma gradual (Tubo T intermitente) Desmame com suporte pressórico (PSV)

DESMAME COM SUCESSO

DESMAME DIFÍCIL Tempo de tubo de 7 a 14 dias, após esse período indicação de traqueostomia!!!!

CÂNULAS DE TRAQUEOSTOMIA

ALTA HOSPITALAR APAE-BAURU

BIBLIOGRAFIAS AZEREDO Fisioterapia Respiratória no Hospital Geral BORGES ET AL Fisioterapia: Aspectos Clinícos e Práticos na Reabilitação BETHLEM - Pneumologia FARESIN ET AL Atualização e Reciclagem Pneumologia FERNANDES ET AL AACD Medicina e Reabilitação LEHMAN Tratado de Medicina Física e Reabilitação de Krusen PALOMBINI Doenças das Vias Aéreas SARMENTO Fisioterapia Respiratória no Paciente Crítico SULLIVAN Fisioterapia Avaliação e Tratamento UMPHRED Fisioterapia Neurológica WEST -Fisiologia Respiratória Moderna