Sequência Didática: Os contos de fadas atravessando o tempo

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Transcrição:

Sequência Didática: Os contos de fadas atravessando o tempo Unidade: Gênero Textual: Contos de fadas Tema: A reescrita através do tempo Ano: 5 10 anos Período de trabalho: 1 mês Introdução O trabalho com gêneros favorece a aprendizagem da escrita, da leitura e da produção de textos, uma vez que: Qualquer texto oral ou escrito, filia-se a um gênero discursivo. Como estão diretamente relacionados ao uso que as pessoas fazem da linguagem em diferentes situações, os gêneros não são estáticos, pois surgem e se modificam em função de necessidades específicas. (ABAURRE, 2007, p. 34). Conforme o PCN de Língua Portuguesa, discurso são as inúmeras atividades comunicativas realizadas nos mais diferenciados contextos. O gênero textual, por sua vez, constitui-se em formas, relativamente, estáveis de atividade comunicativa, falada ou escrita, disponíveis na cultura caracterizados por: conteúdo temático, estilo e construção composicional. Fazendo com que os gêneros textuais se tornem, praticamente, ilimitado, considerando os mais variados contextos de produção. O conto com sua estrutura narrativa em que são apresentados foco narrativo, personagens, espaço e tempo sendo articulados no enredo, isto é, no desenrolar da história, servirão como ponto de partida para a apreciação, bem como a percepção de que uma produção discursiva, como dita anteriormente, não é apresentada a partir do nada, ao contrário, as produções discursivas acontecem a partir de outras já produzidas, fazendo com que textos produzidos mantenham relação com os outros textos, a esta relação denomina-se intertextualidade. O trabalho com o era uma vez, com que se iniciam os contos de fadas terá a intencionalidade de apresentar algumas possibilidades das evoluções construídas historicamente para a personagem Rapunzel, que na versão dos Irmãos Grimm é filha de camponeses, e entregue à feiticeira por seus pais, para um filme que apresenta um enredo diferenciado, porém com a luta entre o bem e o mal e o mesmo final do original: um final feliz para seus protagonistas.

Sendo assim, o trabalho com conto de fadas proposto nesta sequência didática, que está dividida em momentos e ficará a critério do professor as adequações estratégicas da sala de aula, justifica-se para a prática de leitura, produção oral e escrita, tendo em vista a abertura de novas percepções em relação às produções que, gradativamente, os alunos vão tendo contato, uma vez que a intertextualidade faz parte da vida social através dos mais variados materiais de circulação, oral ou escrito. Portanto deve ser instrumentalizada na escola para que haja produção de sentido comunicativa no seu meio social. Objetivo Geral Incentivar a leitura e a escrita, possibilitando aos alunos contato com os contos de fadas como gênero textual que apresenta uma estrutura fixa de tipologia narrativa e ao mesmo tempo a magia, o encantamento e o final feliz. Elementos que se fazem presentes, inclusive, nos discursos de histórias recontadas, que podem nos apresentar novas possibilidades de interpretações de acordo com a intencionalidade de seus autores através da intertextualidade. Assim proporcionar aos alunos o contato direto com materiais que a sociedade utiliza para a produção dos mais variados sentidos. Além disso, é uma maneira concreta de uso de leitura e escrita de maneira diferente à convencional utilizada na escola. Objetivos Específicos Reconhecer a tipologia textual narrativa; Compreender os contos de fadas como gênero textual; Observar as variáveis de reescritas deste gênero textual; Redigir trechos narrativos; Encenar a partir da leitura de textos. 1º Momento Para iniciar o primeiro momento, o professor deverá mudar a dinâmica linear da sala de aula, afastando as carteiras a fim de deixar o centro livre para que seja disponibilizado um tapete para que todos se sentem em círculo. (Outra opção seria leválos a outro ambiente da escola, por exemplo, uma área gramada de ambiente tranquilo, também seria um local bem adequado).

A estratégia da mudança de ambiente deve ser encarada pelo educador como uma maneira de mostrar aos alunos que este momento deve ser diferente do habitual, tornando-o propício à leitura de outros materiais que não sejam o livro didático. A fim de proporcionar reflexões sobre o tema, devem ser elaboradas perguntas para levantamento de hipóteses dos alunos como: O que é narrativa? O que é conto? E o conto de fadas? Todos os contos de fadas com os mesmo personagens são iguais? Por que, muitas vezes utilizamos de algo que já foi dito para significarmos coisas novas? Com uma seleção de obras, preferencialmente curtas, que apresente os contos de fadas nas mais variadas versões de um mesmo título, formatos diferentes, desde os livros clássicos aos quadrinhos, recortes de jornal, charges, etc, o professor deve espalhá-los ao centro do tapete e proporcionar o momento de manipulação e escolha de um exemplar para discussão. Para finalizar o primeiro momento a discussão será realizada entorno das características perceptíveis do material como: título, autor, ilustrador, ano de publicação, motivos para escolha do material, enfim atentá-los para itens que parecem tão óbvios, mas que deve fazer parte da discussão sobre leitura, uma vez que cada autor utiliza seus próprios meios de argumentação para o convencimento do público a quem destina suas obras (os leitores). Cada aluno levará uma obra para casa para que seja feita a leitura e compartilhada posteriormente com os colegas. O professor deverá dar um prazo hábil para isso, visto que, para dar sequência às discussões precisa que os alunos tenham argumentos para isso. 2º Momento Neste segundo momento o professor deve retomar as questões do dia anterior e com o auxílio da lousa ou data show, fazer uma aula expositiva retomando a tipologia narrativa e os elementos que a compõem, enfatizando o conto de fadas como um gênero deste tipo de texto. Observando que os gêneros estão relacionados, basicamente, ao conteúdo temático, estilo e construção composicional, disponíveis culturalmente de acordo, inclusive, com seu período histórico, o conto se trata de uma narrativa curta, não se estendendo quanto ao tempo narrado e sempre há um conflito norteador, não

esquecendo é claro de expor para os alunos que nem sempre há fadas, porém este nome pode ser atribuído à magia que acompanha o gênero conto de fadas. Para finalizar o segundo momento se torna interessante que os alunos, que conseguiram ler as obras por completo, exponham, oralmente, os elementos que compõem a narrativa da obra lida, bem como o conflito existente. Assim estarão refletindo a respeito do que foi exposto pelo professor. Neste momento de oralidade, que deve ocorrer uma variação de obras com a mesma temática, a mediação do professor é imprescindível, pois é ele quem deve apresentar aos alunos que os discursos já produzidos são utilizados para a produção de novos podendo ser com sentidos diferenciados, de acordo com a intencionalidade do autor. 3º Momento Para instigar a curiosidade dos alunos, neste momento o professor deve fazer uma leitura coletiva com os alunos, apresentada em formato de slide, para que todos possam observar as ilustrações e acompanhar a leitura do conto Rapunzel, disponível no livro Contos de Fadas: Edição Comentada e Ilustrada, da autora Maria Tatar que traz traduções dos escritos dos Irmãos Grimm, os autores da obra que foi publicada pela primeira vez em 1812. Para encerrar, apresentar a história em quadrinhos, de aproximadamente dezesseis páginas, da Turma da Mônica, Série Clássicos Ilustrados, em que a protagonista é representada pela Mônica. A fim de proporcionar mais de uma apresentação de uma mesma temática, elaborada por autores diferentes, em contextos distintos, que, propositalmente, não faziam parte do acervo selecionado para escolha dos alunos. 4º Momento Para o quarto momento, os alunos assistirão ao filme: Enrolados, produzido pela Walt Disney Pictures, e para que não seja um assistir por assistir, o professor deve pedir atenção especial ao papel do narrador, que mesmo estando presente a oralidade dos personagens há um conjunto que também deve ser analisado na obra que, diferente do livro em que a riqueza de detalhes é descrita pelo narrador, no filme tem os adereços, os movimentos, as expressões faciais e corporais, entre outros elementos que compõem o desenrolar da história.

Como produção escrita, ao final do filme, os alunos deverão descrever, como se fossem os narradores, a cena em que Rapunzel chega ao vilarejo, uma vez que neste momento não há falas, mas sim expressões de sentimentos, curiosidades, angústias, enfim como o narrador, que também é um personagem narraria aquele momento. 5º Momento O quinto momento será destinado às comparações entre os materiais, sistematizando-os e apresentando que cada um tem uma intencionalidade diferente, porém não perderam suas características de tipo e gênero textual. Assim, proporcionar aos alunos esse tipo de experiência deve fazê-los desenvolver maneiras de utilizar discursos já utilizados em textos para sua produção escrita. Para finalizar, os alunos serão divididos em dois grandes grupos para que, em grupos, produzam uma encenação adaptada a partir do primeiro texto apresentado, utilizando todos os integrantes do grupo, podendo ter um narrador. Assim terá de retomar o texto exposto, bem como utilizar outros para que consigam integrar todos na história. Avaliação A avaliação é um instrumento utilizado cotidianamente pelos seres humanos, avalia-se a todo o momento as mais diversas situações de nossas vidas. No entanto, quando se refere à avaliação escolar, mais especificamente ao espaço da sala de aula, a avaliação deve ter outro foco o de instrumento educativo que informa e faz uma valoração do processo de aprendizagem seguido pelo aluno, com o objetivo de lhe oportunizar, em todo momento, as propostas educacionais mais adequadas (ZABALA, 1998, p.200) para o seu desenvolvimento e avanços com o intuito de desenvolver ao máximo todas as suas capacidades, e entre elas, evidentemente, aquelas necessárias para chegar a serem bons profissionais (ZABALA, 1998, p.198). Nesse contexto, a avaliação utilizada nesta sequência didática passa a ter um caráter processual e diagnóstico, que tem como finalidade a formação integral do aluno. Segundo Zabala, essa avaliação deve ser denominada como avaliação formativa, pois contempla um esquema em que se destacam as três fases da avaliação, a inicial, a reguladora e a final.

Assim, a avaliação inicial permite ao professor identificar qual é a situação de partida, em função de determinados objetivos (ZABALA, 1998, p.201) a fim de elaborar e organizar as atividades que suponham o progresso dos alunos. Já a avaliação reguladora supõe introduzir novas atividades que contemplem desafios adequados nos quais os discentes, irão se adaptando às novas necessidades que se estabelecem, devido à inserção de novas atividades. Em relação à avaliação final, pode se destacar os resultados obtidos, alcançados a partir do conjunto de atividades realizadas pelas crianças no processo de ensino e aprendizagem, bem como as previsões sobre o que é necessário continuar fazendo ou o que é necessário fazer de novo (ZABALA, 1998, p.201), isto implica no fato do professor estabelecer novas propostas de intervenção (avaliação integradora) para dar continuidade ao processo de ensino aprendizagem. Desta forma, os instrumentos utilizados para avaliação nesta sequência didática serão: socialização oral, produção escrita e encenação. Nos momentos de socialização, serão observadas as elaborações e sintetizações de ideias a partir das argumentações apresentadas. A produção escrita deverá conter as características do gênero textual conto, domínio do conteúdo abordado, coesão e coerência na linguagem que deverá estar em concordância com o gênero, assim como a ortografia. A encenação irá explicitar como os alunos trabalharam com intertexto, uma vez que a peça será escrita a partir da tradução dos autores originais, bem como a organização das ideias e a oralidade.

Referências ABAURRE, Maria L. ABAURRE, Maria B. M. O discurso. In: Produção de Texto: interlocução e gêneros. São Paulo: Moderna, 2007. p. 2 36. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: 1997. KOCH, Ingedore V.; ELIAS, Vanda M. Escrita e Intertextualidade. In: Ler e Escrever: Estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009. p. 101-125. TATAR, Maria. Contos de Fadas: edição comentada e ilustrada. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2004. p. 109-117. ZABALA, Antoni. A Avaliação. A prática educativa: como ensinar. Trad. Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre: Artmed, 1998. P.195-221.