Sumário Panorama...4...5 Expediente Diretoria Executiva ABEGÁS - Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado Presidente: Armando Laudorio Diretor Vice-Presidente: Gerson Salomão Maranhão da Fonseca Diretores: Carlos Eduardo de Freitas Brescia; José Carlos de Mattos; José Carlos de Salles Garcez; Fernando Akira Ota; Luiz Carlos Meinert. Secretário Executivo: Augusto S. Salomon Coordenador Jurídico: Antônio Luis de M. Ferreira Coordenador Técnico: Gustavo Galiazzi Produção e Editoração Gás Brasil Mídia Editorial www.gasbrasil.com.br 02
A UNIÃO DO GÁS NATURAL MOVIMENTANDO O BRASIL 03
Panorama MOVIMENTO DE PREÇOS E VOLUME O Brasil hoje é um dos países mais bem posicionados no que se refere ao setor de energia, porém faltam políticas públicas consistentes, principalmente para o mercado de gás natural. Acompanhamos nos últimos tempos um cenário de preço elevado deste insumo, o que acarretou perda de competitividade frente aos outros energéticos e constante queda no volume, sobra do produto e muitas críticas. A questão do preço do gás natural passou a ser o ponto de desequilíbrio. Vejamos: O gráfico exemplifica o cenário da composição dos preços. Quando a margem da distribuidora e o custo do gás estão em consonância com preço adequado, há competitividade. É o que acontece na situação P1, quando há pouca queima, importação total e produção nacional máxima. A margem é cheia e, portanto, garante investimentos em distribuição retribuindo o percentual regulado e alavanca a comercialização, gerando modicidade tarifária. É um ciclo virtuoso que leva à expansão. Já na segunda situação P2, cai a competitividade e, como conseqüência, o volume comercializado seria menor que no anterior, bem como diminuiriam a importação e a produção nacional. Neste caso, a margem terá dois cenários. No primeiro, M2 é igual a M1 (sem desconto); com isso, o volume seria menor, o setor de distribuição não alcançaria o retorno esperado e, portanto, remeteria paradoxalmente à necessidade de um aumento da margem para reequilibrar economicamente a distribuidora que, por sua vez, iria promover a queda ainda maior de volume. No segundo cenário, aplicando desconto à margem, MD2 seria menor que M1, o volume seria o mesmo daquele verificado em P1 e o setor de distribuição também não alcançaria o retorno esperado. Remeteria ainda, e paradoxalmente, à necessidade de um aumento da margem que, por sua vez, iria alimentar a queda do volume, recaindo no cenário que já sabemos o resultado. Portanto, aumentar o custo de gás, fazendo-o perder a competitividade, remete a um ciclo vicioso e danoso sem precedente. E quando os produtos concorrentes do gás natural também são precificados pelas mesmas mãos, o que ocorre? Ocorre uma transferência arbitrária de renda de um setor do mercado para outro, sem, entretanto, refletir nos resultados de quem o promoveu. Esse exercício só poderia ser aceito, em tese e sujeito à aprovação mercadológica e empresarial, se fosse efetivamente uma política de governo de preços dos energéticos. A recuperação do mercado dependerá da política de preços praticada para o gás natural. A metodologia atual faz com que, muitas vezes, haja defasagem entre a realidade do mercado e o preço do gás. O fato é que o consumo caiu, existe uma grande sobra de gás e os preços continuam elevados. Nosso setor precisaria ser tratado com mais atenção. Participe e opine. Vamos em frente! Armando Laudorio Presidente 04
ESTATÍSTICAS E MERCADO 05
Consumo Fevereiro Demanda de gás natural aumenta em fevereiro Com o aumento do consumo pelas indústrias, a demanda por gás natural cresceu 24% de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010. O consumo de gás natural no Brasil encerrou o primeiro bimestre de 2010 com expressivo crescimento, tanto ao comparar o mesmo período de 2009 como o mês anterior. O levantamento feito pela ABEGÁS - Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado aponta que foram consumidos diariamente, em média, 41,4 milhões de metros cúbicos de gás, a rede de distribuição soma 18.245,1 km de extensão e com 1.765.216 clientes em todos os segmentos de atuação das distribuidoras. A comercialização de gás natural teve um aumento de 24% de um ano ao outro, em razão da retomada de 38,57% no consumo do segmento industrial e do aumento de 7,77% no despacho térmico. As indústrias consumiram 25,4 milhões de metros cúbicos por dia, representando 61,38% do consumo total de gás natural no segundo mês do ano. Notório também foi o crescimento do setor de co-geração: 41,54%, saltando de 1,7 para 2,4 milhões de metros cúbicos por dia. Já o consumo dos segmentos comercial, automotivo e residencial apresentou retração de, respectivamente, 5,04%, 6,21% e 10,44%. Comparando-se com o mês anterior (janeiro), o crescimento também é expressivo: 14%. À exceção dos setores de co-geração, residencial e comercial, todos os outros apresentaram aumento no consumo. A região Sudeste continua sendo a região que mais consome gás natural no país, com 30,2 milhões de metros cúbicos consumidos por dia em fevereiro. Na seqüência, estão as regiões Nordeste com 6,7 milhões m³/dia e Sul com 3,8 milhões. Já as Regiões Centro-Oeste e Norte consumiram, respectivamente, 594 mil m³/dia e 2,5 mil m³/dia. 06
Comercialização de Gás Natural no Brasil Comercialização Histórica de Gás Natural no Brasil - 1998 a 2010 e Comparativo de Fevereiro de 2010 em relação ao mesmo período de 2009 em milhões de m³/dia Fonte: ABEGÁS 07
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Comercialização de Gás por Região Acumulada por Região Fevereiro em Mil de m³/dia Industrial - Fevereiro em Mil de m³/dia Automotivo - Fevereiro em Mil de m³/dia Residencial - Fevereiro em Mil de m³/dia Comercial - Fevereiro em Mil de m³/dia Geração Elétrica - Fevereiro em Mil de m³/dia Cogeração - Fevereiro em Mil de m³/dia GNC e Outros - Fevereiro em Mil de m³/dia 09
Competitividade Para a composição do Estudo de Competitividade do Gás Natural foram consideradas as seguintes premissas: Preços: Como fonte de consulta foram utilizadas as estruturas tarifárias das distribuidoras analisadas; Critérios: Foram utilizadas como base de levantamento duas distribuidoras, respeitando os maiores volumes comercializados nos seguintes segmentos: Residencial, Comercial, Automotivo e Industrial; Geração Térmica: Este segmento não foi analisado neste estudo, devido às diferentes condições comerciais de fornecimento dos energéticos; Apresentação: Os números utilizados como base de avaliação por região seguiram os seguintes critérios de análise: Gráficos em R$/MMBtu; Gráfico R$ preços médios. 10
Industrial - Preço s/ ICMS Industrial - Evolução dos Preços s/ ICMS Fontes: Gás Natural: Tarifas das Concessionárias Óleo Combustível A1: Preço Distribuidoras GLP: ANP e Preço Distribuidoras Preço Médios nas Refinarias + Frete Energia Elétrica: ANEEL Tarifas Médias por Classe de Consumo (Industrial) Lenha e Carvão: AMS - Associação Mineira de Silvicultura - Preços Médios Poder Calorífico GN: 9.400 kcal/m³ OC A1: 10.100 kcal/kg GLP: 11.175 kcal/kg E.E.: 860.000 kcal/mwh Lenha: 3.300 kcal/kg Carvão 7.500 kcal/kg Fonte: CTGÁS - Dados de Unidades de Conversão 11
Residencial - Preço s/ ICMS Residencial - Evolução dos Preços s/ ICMS Fontes: Gás Natural: Tarifas das Concessionárias GLP: ANP Preço Médios - Revenda P13 Energia Elétrica: ANEEL Tarifas Médias por Classe de Consumo (Residencial) Poder Calorífico: GN: 9.400 kcal/m³ GLP: 11.175 kcal/kg E.E.: 860.000 kcal/mwh Fonte: CTGÁS - Dados de Unidades de Conversão 12
Comercial - Preço s/ ICMS Comercial - Evolução dos Preços s/ ICMS Fontes: Gás Natural: Tarifas das Concessionárias GLP: ANP Preço Médios nas Refinarias + Frete Energia Elétrica: ANEEL Tarifas Médias por Classe de Consumo (Comercial, Serviços e Outras) Poder Calorífico: GN: 9.400 kcal/m³ GLP: 11.175 kcal/kg E.E.: 860.000 kcal/mwh Fonte: CTGÁS - Dados de Unidades de Conversão 13
Automotivo - Preço s/ ICMS Automotivo - Evolução dos Preços s/ ICMS Fontes: Gás Natural: ANP - Preço Revenda Álcool: ANP - Preço Revenda Diesel: ANP - Preço Revenda Gasolina: ANP - Preço Revenda Poder Calorífico: GNV: 9.400 kcal/m³ Álcool: 6.400 kcal/l Diesel: 10.200 kcal/l Gasolina: 11.100 kcal/l Fonte: CTGÁS - Dados de Unidades de Conversão 14
Automotivo - Variação de Preços x Conversões 15
Energia 16
Energia Geração de Energia: Térmica a Gás Geração de Energia: Hidráulica Fonte: ONS Fonte: ONS Comparativo Geração de Energia Térmica a Gás em Mwmed 2009 2010 % Janeiro 2.161,18 1.563,39-27,66% Fevereiro 1.820,95 2.313,41 27,04% Fonte: ONS Comparativo Geração de Energia Hidráulica em Mwmed 2009 2010 % Janeiro 44.931,36 50.519,52 12,44% Fevereiro 48.104,29 52.647,65 9,44% Fonte: ONS Níveis dos Reservatórios Energia Armazenada por Região em Fevereiro/2010 REGIÃO FEVEREIRO N 98,30% NE 67,70% SE/CO 78,08% S 97,14% Fonte: ONS 17
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