Capítulo 42 Apoio ao Helitransporte 1. OBJETIVOS No final da sessão os formandos deverão ser capazes de: Conhecer as regras de segurança. Conhecer as características dos locais de aterragem. 1
2. HELICÓPTERO DE EMERGÊNCIA MÉDICA A grande vantagem do helicóptero como meio de transporte de doentes ou sinistrados é a rapidez relativamente aos meios terrestres, o fácil manejo destas aeronaves, a possibilidade de aterrarem em praticamente todos os tipos de terreno, o conforto do paciente É fundamental, num "primeiro embate, levar o hospital ao doente e não o doente ao hospital. A rapidez de transporte, seja de equipas médicas, seja dos doentes/sinistrados é fundamental e tem desempenhado esse papel quer ao longo dos vários conflitos armados a que vamos assistindo quer nos variados serviços de emergência espalhados pelo mundo. Genericamente considera-se que nas regiões que dispõem de uma boa rede de estradas, onde existem várias unidades de saúde e um serviço de socorro pré-hospitalar eficaz não se põe a questão de substituir as ambulâncias automóveis pelo helicóptero. Este meio aéreo será um meio de transporte adicional para efetuar o transporte de doentes, sejam estas missões primárias ou outras consideradas úteis. No entanto em regiões de grande extensão, com poucas unidades de saúde e nas quais o socorro pré-hospitalar é escasso ou pouco eficaz, é sem dúvida o meio de eleição. O paciente beneficia não só de uma intervenção mais rápida e confortável que pelos meios convencionais, mas também de cuidados médicos desde o início do seu transporte. As missões do helicóptero, podem ser primárias, secundárias, transporte de órgãos, transporte de medicamentos e transporte de equipas médicas. 3. LOCAIS DE ATERRAGEM Os locais de aterragem do helicóptero podem ser: Preparados onde se incluem heliportos, aeródromos e aeroportos. Devem ter o diâmetro adequado, ser planos e estar limpos, estar vedados e/ou isolados (autoridade?), ter uma manga de vento, material de combate a incêndios e apoio de pessoal em terra. Não preparados tais como: estradas, autoestradas, campos de futebol, terrenos baldios, paradas militares, cruzamentos, edifícios, etc. Devem ter o diâmetro > 30m, ser planos (inclinação <10º), pisos estáveis e limpos, sem obstáculos na vizinhança (fios elétricos, árvores altas, candeeiros, gruas, antenas, construções, lixo e objetos soltos), bloqueio da estrada nos dois sentidos. 2
4. SEGURANÇA O uso de helicópteros levanta questões muito sérias de segurança que deverão sempre ser cumpridas sob pena de se darem desagradáveis acidentes, na sua maioria fatais. Expomos a seguir algumas regras fundamentais: A distância de segurança a que elementos não autorizados a abordar o helicóptero devem permanecer é de pelo menos 30 metros. Não fumar, nem permitir que o façam, num raio de 50 metros do helicóptero. Nunca abordar o helicóptero sem autorização do piloto comandante. Não olhar para o helicóptero (com o motor em funcionamento) sem proteção ocular. Nunca abordar o helicóptero pela retaguarda, aproximar sempre pela frente. A ambulância deve ficar fora da área do rotor devido ás antenas e aproximar-se sempre pela frente do helicóptero. Nas aterragens noturnas a ambulância que espera o doente deve colocar-se fora do heliporto/local e ligar as luzes rotativas até o helicóptero se encontrar na fase final da aterragem para uma melhor identificação nos locais não preparados para voos noturnos. A abordagem será sempre pela região fronto-lateral e com o corpo curvado para baixo. A vítima e respetiva maca embarca/desembarca sempre pela retaguarda. Não andar com objetos soltos, próximo do helicóptero quando este está em funcionamento. Apertar casacos, agarrar objetos soltos. Nunca deixar objetos soltos nas proximidades do helicóptero Dar referências para identificação do local e garantir com Forças Policiais/Bombeiros o isolamento do local. Fig. 42.1. Áreas de aproximação e áreas de perigo á volta do helicóptero. 3
Fig. 42.2. Aproximação em segurança do helicóptero. 4
MERLIN EH-101 Fig. 42.3.Dimensões do helicóptero Merlin EH-101. 5