O corpo em repouso somente entra em movimento sob ação de forças Caminhada em bipedia = pêndulo alternado A força propulsiva na caminhada é a força

Documentos relacionados
Marcha Normal. José Eduardo Pompeu

DETERMINAÇÃO DO CENTRO DE GRAVIDADE. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

DEFINIÇÃO. Forma de locomoção no qual o corpo ereto e em movimento é apoiado primeiro por uma das pernas e depois pela outra.

Resistência Muscular. Prof. Dr. Carlos Ovalle

Análise de Forças no Corpo Humano. = Cinética. = Análise do Salto Vertical (unidirecional) Exemplos de Forças - Membro inferior.

Marcha normal. O ciclo da marcha

BIOMECÂNICA DA AÇÃO MUSCULAR EXCÊNTRICA NO ESPORTE. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Distúrbios da postura e da marcha no idoso

Estudo dos momentos e forças articulares. Problema da dinâmica inversa. Ana de David Universidade de Brasília

HFIN1 Hipertro a muscular - 1

Cinesiologia aplicada a EF e Esporte. Prof. Dr. Matheus Gomes

Site:

5ª Lista de Exercícios Fundamentos de Mecânica Clássica Profº. Rodrigo Dias

QUER SER FITNESS? SIGA A GENTE NAS REDES SOCIAIS MULHERES FITNESS

EMAD - 1. Dia 1 Data / / / / / / / Método de circuíto Set 1 1 x Set 2 2 x Set 3 3 x Set 4 Set 5 Observação

TREINO DA TÉCNICA DE CORRIDA. SERAFIM GADELHO Coordenador Regional Zona Norte Programa Nacional de Marcha e Corrida

INTRODUÇÃO ANÁLISE CINEMÁTICA DA MOBILIDADE DO TORNOZELO NA ÓRTESE KAFO SOBRE A MARCHA: ESTUDO PILOTO

Lombar - Sentar no calcanhar com os braços a frente - Alongamento

Cinesiologia. Cinesio = movimento Logia = estudo. Cinesiologia = estudo do movimento

UERJ/DFNAE Física Geral - Lista /2

Oi, Ficou curioso? Então conheça nosso universo.

Lista11: Equilíbrio de Corpos Rígidos

05/11/2014. Técnicas dos nados Culturalmente determinados NADOS PEITO E BORBOLETA NADO PEITO. Nado Peito - Braçada

AVALIAÇÃO POSTURAL O QUE É UMA AVALIAÇÃO POSTURAL? 16/09/2014

1. Tipos de análise do movimento humano. 2. Biomecânica - Definições. 3. Biomecânica - Áreas. 4. Terminologia - Planos e Eixos

Desenvolvimento Motor e Reflexos Primitivos. Ft. Ms. Livia Marcello Zampieri

13/4/2011. Quantidade de movimento x Massa Quantidade de movimento x Velocidade. Colisão frontal: ônibus x carro

Bola Suíça. Ao verem as bolas sendo usadas na Suíça, terapeutas norte americanos deram a ela o nome de bola Suíça.

Profº Carlos Alberto

Análise do movimento Caindo nas molas

Anexo ao documento orientador do MS Fichas Técnicas explicativas das provas.

Profº Will

Cinesiologia Aplicada. Quadril, Joelho e tornozelo

POSIÇÃO, COORDENAÇÃO E RESPIRAÇÃO DE COSTAS *

CINEMÁTICA DO MOVIMENTO HUMANO

APÊNDICE II POSIÇÕES BÁSICAS

PSVS/UFES 2014 MATEMÁTICA 1ª QUESTÃO. O valor do limite 2ª QUESTÃO. O domínio da função real definida por 3ª QUESTÃO

Músculos do membro inferior. Carlomagno Bahia

Ginástica aeróbica no contexto da ginástica Geral. Prof. Dra. Bruna Oneda

Sumário. BIOMECÂNICA Especialização O Aparelho locomotor no esporte UNIFESP (2004) TIPOS DE ANÁLISE DO MOVIMENTO

ATLETISMO CORRIDAS COM BARREIRAS E REVEZAMENTO. Prof. Ms. Leandro Paschoali (Hilinho)

PREVINA OU ELIMINE A BARRIGA

TEMAS DE HABILIDADES MANIPULATIVAS FUNDAMENTAIS

Fase Preparatória Objectivos Operacionais Estratégias / Organização Objectivos comportamentais / Componentes críticas Chamada

Parte 2 - P1 de Física I NOME: DRE Teste 1. Assinatura:

Cinesiologia. Aula 2

ESTADO DE SANTA CATARINA MUNICÍPIO DE GRÃO-PARÁ SC EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO N

Força. Aceleração (sai ou volta para o repouso) Força. Vetor. Aumenta ou diminui a velocidade; Muda de direção. Acelerar 1kg de massa a 1m/s 2 (N)

Exercícios de potência e explosivos

ACAMPAMENTO REGIONAL EXERCÍCIOS PARA AQUECIMENTO E PREVENÇÃO DE LESÕES (ALONGAMENTO DINÂMICO ESTABILIZAÇÃO ATIVAÇÃO MUSCULAR)

NATAÇÃO. Prof. Esp. Tiago Aquino (Paçoca)

Plano de Frankfurt. Posição Ortostática

ESCOLA SECUNDÁRIA C/ 3º CICLO DA LOUSÃ

TERAPIA MANUAL APLICADA AO TRATAMENTO DAS DISFUNÇÕES DAS EXTREMIDADES INFERIORES

DISCIPLINA: NIVELAMENTO EM FÍSICA/MATEMÁTICA LISTA DE EXERCÍCIOS AULA 1 ENTREGAR NA AULA DO DIA 09/04/2011

POSICIONAMENTOS DOS MEMBROS INFERIORES. Prof.ª Célia santos

TECNOLOGIA EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES. M.Sc. Arq. Elena M. D. Oliveira

GINÁSTICA DE APARELHOS

Hermann Blumenau Complexo Educacional Técnico em Saúde Bucal Anatomia e Fisiologia Geral. Anatomia Humana

ATLETISMO. Osvaldo Tadeu da Silva Junior

Fase Preparatória Objectivos Operacionais Estratégias / Organização Objectivos comportamentais / Componentes críticas Chamada

Anexo 40. Fase Preparatória Objectivos Operacionais Estratégias / Organização Objectivos comportamentais / Componentes críticas Chamada

Treino para Prevenção de Quedas. O que é e como fazer

HMIN1 Hipertro a muscular - 1

em sua mão. Nela estão indicados os ossos úmero e rádio (que se articulam no cotovelo) e o músculo bíceps. M = 10 kg

É importante compreender a biomecânica do joelho (fêmoro tibial e patelo femoral ao prescrever exercícios para o joelho em um programa de

UERJ/DFNAE Física Geral - Lista /2

INSTITUTO GEREMÁRIO DANTAS COMPONENTE CURRICULAR: FÍSICA CIOS DE RECUPERAÇÃO FINAL

para ante-perna e joelho.

10/17/2011. Conhecimento Técnico. Construir Argumentos

Meu trabalho exige de mim fisicamente.

Atletismo. Atletismo. Atletismo. Atletismo. Atletismo 3/27/2014. Caraterização. A pista. Disciplinas. Velocidade

Dinâmica Circular Força Centrípeta

ERGONOMIA Notas de Aula-Graduação

Lista de exercícios 2 Mecânica Geral III

Apostila de Cinesiologia

Análise do movimento Parafuso

SIMPLESMENTEYOGA2019. PROFESSOR LUIGI

Aproximação Interação rápida Afastamento v apr. = v F média = m( v/ t) = Q/ t v afas. = v duração do choque

ANÁLISE DOS MOVIMENTOS DO MÉTODO PILATES LUCIANA DAVID PASSOS

Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física 1 - Turmas de 6 horas 2015/2 Oficinas de Física 1 Exercícios E3

Biomecânica do Movimento Humano: Graus de Liberdade, Potência articular e Modelamento Biomecânico. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

HMAD - 1. Dia 1 Data / / / / / / /

Biomecânica aplicada ao esporte. Biomecânica aplicada ao esporte SÍNDROME PATELOFEMORAL

Fasciite PLANTAR UNIFESP - SÃO PAULO. LEDA MAGALHÃES OLIVEIRA REUMATOLOGIA - fisioterapeuta.

Técnicas dos nados culturalmente determinados

Forte para a vida. Encontro Educacional 5. Atividade física de fortalecimento muscular Confira os benefícios a saúde

Rotina Técnica. Elementos Obrigatórios para Solo

Modelamento Biomecânico. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Informações de Impressão

ANEXO VII NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DAS PROVAS DA AVALIAÇÃO FÍSICA - TAF

Série criada para: Ciatalgia - piora extensão

Lista de exercícios 4

PROPOSTA DO MAWASHI GERI DO KARATÊ SHOTOKAN COM PRINCÍPIOS DA BIOMECÂNICA

Unidade V. Técnica do Nado Borboleta

Exercícios para Perder Barriga em Casa. OS 10 Exercícios para Perder Barriga em Casa

Ergonomia Perímetros. Técnicas gerais. Técnicas gerais. Pontos anatômicos. Pontos anatômicos

Exercícios de Física I

Transcrição:

O corpo em repouso somente entra em movimento sob ação de forças Caminhada em bipedia = pêndulo alternado A força propulsiva na caminhada é a força de reação exercida pelo piso sobre os pés.

Um corpo em movimento tende a continuar em movimento. Uma vez em movimento o tronco tende a continuar seu movimento até a fase de suporte. Enquanto a perna está atrás do tronco ela atua como elemento retardador do movimento do tronco.

A caminhada pode ser entendida como uma translação Obtida através da rotação alternada. Ponto de contato do pé (fase de suporte) A Articulação do quadril (fase de balanço) B A B

Força de reação do solo Componente vertical: atua contra a gravidade Componente horizontal: Controla o momento para frente no contato do calcanhar. Produz o movimento para frente do pé.

Velocidade da caminhada depende: Da intensidade da força de contato Da direção que a mesma é aplicada Velocidade da caminhada aumenta: Com o aumento da freqüência da passada Com o comprimento da passada

A intensidade da força é determinada pelos músculos extensores dos membros inferiores. A direção da força é determinada pelo ângulo do membros inferiores quando a força é aplicada.

O ciclo da passada refere-se ao intervalo de tempo entre duas ocorrências sucessivas de um evento repetitivo da caminhada. Contato do calcanhar Apoio do pé Balanço Retirada do calcanhar do solo Retirada dos dedos do solo Balanço Contato do calcanhar Fase de suporte = pé no solo Fase de balanço = pé no ar

Rotação pélvica em relação ao eixo vertical Inclinação pélvica no plano frontal Flexão do joelho na fase de apoio Complexo do tornozelo Mecanismo do pé Deslocamento lateral

Energia / tempo (cal / kg / min) Energia / distância (cal / kg / m) 0 100 200 300 Velocidade da caminhada (m / min)

Diferença de até 300% para velocidades distintas Custo relativo de oxigênio do VO 2 max (economia) Índice de Gasto Energético (IGE), também conhecido como Índice de custo fisiológico, que varia entre 0.5 a 1.5 b / m (batimentos/metro). IGE (b / m) = FC caminhando FC repouso velocidade da caminhada (m/s) x 60 Ref: Rose et al.adaptado por Vilela Junior,G.B., 1991:J Pediatr. Orthop. 11: 571-578

Taxa de passada ótima em relação ao comprimento dos membros inferiores para a ação pendular dos membros inferiores. Movimento lateral / contrabalanço. Força de reação do solo. Coeficiente de atrito entre o pé e o solo.

A caminhada pode ser descrita como a perda e a recuperação do equilíbrio. O C.G. está fora da base de apoio duplo durante um ciclo de passada completo. E D balanço apoio balanço apoio balanço apoio apoio balanço apoio balanço apoio balanço C.G.

Largura da passada é mais ampla Comprimento e velocidade da passada são baixos, mas a cadência é alta Não existe o contato inicial do calcanhar: contato com o pé plano Pequena flexão do joelho Rotação externa da perna na fase de balanço Ausência do balanço dos braços

E D Balanço apoio Balanço apoio balanço apoioce apoio balanço apoio balanço apoio balanço Adulto E D Balanço apoio balanço apoio balanço apoio apoio balanço apoio balanço apoio balanço Velho Passo mais largo Comprimento do passo menor Fase de balanço menor Aumento da fase de apoio duplo

Corpo se inclina para frente (no plano sagital), rotação ao reor do pé que fica atrás. Maior flexão do joelho (quadriceps femoris) Maior dorsiflexão do tornozelo (tibialis anterior) Maior ação dos músculos glúteos (gluteus maximus flexiona o quadril; gluteus medius estabiliza a pelve)

Elevação do pé traseiro para evitar escorregar (flexão do joelho & dorsiflexão do tornozelo) Flexão plantar do tornozelo enquanto o pé se apoia no chão O C.G. é posicionado atrás da base de apoio Ação excêntrica dos músculos quadriceps femoris e soleus; o músculo gluteus medius estabiliza o quadril.

Regra # 1 Em nenhum momento o marchador pode perder contato com a superfície. Regra # 2 A perna dianteira deve estar estendida do primeiro contato até a vertical. Recorde mundial: 20K in 1h:17min (homens) 10K in 42min (mulheres)

Aumentando o balanço, diminui o apoio, o comprimento, ocorre o rolamento lateral da pelvis. Caminhada Marcha atlética Perda de contato Contato do calcanhar

Quais as diferenças biomecânicas na corrida das provas curtas e longas?

Fase aérea - não existe fase de duplo apoio Redução da fase de suporte pois o contato é feito mais próximo do C.G. Flexão do joelho + elevação do calcanhar balanço apoio balanço apoio balanço apoio apoio balanço apoio balanço apoio balanço balanço apoio balanço apoio balanço apoio balanço apoio balanço apoio

Maior inclinação para frente (normalmente) Maior flexão do joelho Contato do calcanhar, do meio do pé e dos dedos C.G. na mesma vertical que o pé de contato Forças direcionadas adiante para otimizar o movimento Breve extensão do joelho na fase de suporte Ação dos braços no plano sagital para contrabalançar outras forças

Comprimento da perna - é discutível Comprimento do fêmur Comprimento do pé Largura da pelvis Proximidade do C.G. do quadril Diâmetro dos ossos Massa muscular otimizada Massa de gordura minimizada

QUESTÕES?!