Apresentação CDC Audiência Pública Luís Carlos Cazetta 8 de junho de 2015
Considerações iniciais Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar. 1º A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. 2º As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada. 6º A lei complementar a que se refere o 4º deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação. 2
Considerações iniciais As caraterísticas nucleares do sistema são, portanto: (i) autonomia jurídica e econômico-financeira do sistema e dos seus recursos em relação ao RGPS e aos vínculos de natureza trabalhista normalmente existente com os patrocinadores; (ii) obrigatoriedade da prévia e suficiente constituição de reservas para a atribuição dos benefícios contratados; (iii) dever de informação que decorre do direito atribuído aos participantes e assistidos de pleno acesso às informações relativas à gestão dos planos de que participem. 3
Considerações iniciais Regras-matrizes da atuação das entidades: (i) dever de apurar e segregar, por plano de benefícios, os respectivos direitos e obrigações (dever de segregação e afetação de direitos e obrigações por plano); (ii) dever de adotar todas as medidas necessárias a assegurar o equilíbrio atuarial e econômico-financeiros entre os ativos e os passivos de cada plano de benefícios (dever de gerir os ativos segundo as necessidades do passivo); (iii) dever de informação e prestação de contas acerca dos parâmetros da gestão subordinada: para a realização e o julgamento da eficiência dos atos por que se concretiza, é necessário a prévia explicitação de seus objetivos e resultados; (iv) autonomia de atuação perante interesses estranhos às características e necessidades dos planos, sejam oriundos de participantes ou de patrocinadores. 4
Considerações iniciais As consequências dos deveres de apurar corretamente o ativo e o passivo de cada plano e de promover a gestão subordinada: (i) (ii) deve-se ter o conhecimento exato do passivo presente e futuro de cada plano; necessidade de avaliação precisa de cada ativo que compõe as reservas dos planos; (iii) definição tecnicamente justificada dos objetivos, forma de gestão e níveis de risco a serem perseguidos pelos gestores; (iv) plena divulgação de cada um desses aspectos e procedimentos; (v) a definição dos níveis e margens de riscos não configura procedimento sujeito a juízo discricionário por parte dos administradores das entidades; (vi) a gestão subordinada pressupõe gestão técnica e correspondente responsabilidade para além dos critérios comuns (simples diligência do homem comum). 5
Ideia central da gestão de EFPC No âmbito de entidades fechadas, em especial de planos de benefícios definidos, saldados ou não, a preocupação central da gestão é minimizar riscos e não maximizar lucros. 6
Missão FUNCEF Atual Administrar, com excelência, planos de benefícios para promover segurança e qualidade de vida aos participantes e contribuir para o desenvolvimento do país. 7
Contribuições - Benefícios Pagos O Ciclo de Vida de uma Fundação(*) Maturidade X Tempo (*) Para simplificar, não foram considerados novos ingressos 8
R$ O Passivo Atuarial Uma configuração padrão 1.000.000.000,00 800.000.000,00 600.000.000,00 DURATION: 20 ANOS 400.000.000,00 200.000.000,00 0,00 1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61 66 71 76 81 86 91 96 ANOS 9
Macro Alocação de Ativos - ALM Fatores Geradores de Receitas = Retorno Atuarial Retorno e Risco = X% RGRT RF RETORNO ATUARIAL RV Retorno e Risco Y% RGRT II Retorno e Risco W% RGRT Problemas a se evitar: má-precificação de ativos, mensuração da volatilidades ativos, iliquidez, taxas de retorno, 10 alocações mínimas, fluxo passivo inadequado => Sugestão de Carteiras Sub Ótimas
Evolução Preço VALE ON Mercado Brasileiro Cot. 28/12/06 = R$ 22,22 Cot. 30/12/14 = R$ 21,21 Variação Cot. no Período: - 4,5% Valores aproximados e s/ Dividendos 11
Evolução do Saldo Fundo Vale Variação Saldo de + de 100%
O Processo Decisório de Investimentos Macro e Micro Definição de Cenários Macroeconômicos Alocação conforme Planos: ALM, Duration, Perfis e Suitability Gestão Ativa x Passiva A Carteira Terceirizada de Renda Fixa e Variável: Processo de Seleção de Fundos/Gestores; O Processo de Alocação, Gerenciamento, Acompanhamento e Avaliação dos Recursos. A Carteira Própria de Renda Fixa e Variável: Modelos de Precificação e Alocação; Imunização de parcela do Passivo. A Estratificação do Passivo; O Gerenciamento de Riscos Ferramenta de Gestão Financeiro/Liquidez Crédito bancário e não-bancário 13
Ranking 2001 SPC (Atual PREVIC) ORDEM FUNDO DE PENSÃO RENTABILIDADE 1º FUNCEF 23,25% 2º VALIA 20,28% 3º BANESPREV 18,93% 4º POSTALIS 16,23% 5º FAPES 15,74% 6º TELOS 15,51% 7º REAL GRANDEZA 15,30% 8º PETROS 14,33% 9º ECONOMUS 14,14% 10º COPEL 13,87% 11º CCF 13,74% 12º FUNBEP 13,19% 13º SISTEL 11,66% 14º CESP 11,39% 15º PREVI 11,04% 16º CENTRUS 6,34% 17º AERUS 5,09% 18º ITAUBANCO ND 19º FORLUZ ND 20º ELETROCEEE ND MÉDIA 14,12% FONTE: RENTABILIDADE DOS 20 MAIORES FUNDOS DE PENSÃO EM 2001 SPC/MPAS Boletim jan/fev/2002 14