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Transcrição:

Nº 193322/2015 PGR - RJMB - Eletrônico Relator: Ministro Celso de Mello Agravante: J. F. Motéis Ltda. Agravado: Caixa Econômica Federal CEF RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REE- XAME DE PROVA. SÚMULA 279/STF. EXAME DA REPER- CUSSÃO GERAL PREJUDICADO. 1. Não é possível o conhecimento do agravo que deixa de impugnar especificamente cada um dos fundamentos suficientes da decisão de inadmissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes. 2. Não se conhece do apelo extremo quando ausente o necessário prequestionamento da temática constitucional suscitada. Súmulas 282 e 356/STF. 3. Não cabe recurso extraordinário para rever decisão fundamentada na legislação infraconstitucional e na prova coligida no processo. Súmula 279/STF. 4. Prejudicado o exame da repercussão geral, tendo em conta a impossibilidade de seguimento do apelo extremo, nos termos do art. 323, caput, do RISTF. 5. Parecer pelo não conhecimento do agravo e, caso conhecido, pelo desprovimento.

Trata-se de agravo nos próprios autos, interposto na forma do art. 544 do CPC, com a redação da Lei 12.322/10, contra decisão que inadmitiu o recurso extraordinário com fundamento nas Súmulas 284, 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal, bem como pela verificação de que a matéria debatida já foi examinada em recurso extraordinário com repercussão geral. Na origem, a Caixa Econômica Federal ajuizou execução fiscal objetivando o pagamento de débitos de FGTS. A executada ajuizou embargos à execução, julgados improcedentes em 1ª instância (fls. 100/114 e-stj). Dessa decisão foi interposta apelação, à qual foi negado seguimento pelo Desembargador Relator no Tribunal Regional Federal da 3ª região, segundo o rito do art. 557, caput, do Código de Processo Civil (fls. 161/164 e-stj). Desprovido agravo interno tirado dessa decisão, foi interposto recurso extraordinário, aduzindo a repercussão geral, visto que as matérias referentes à ilegitimidade ativa da Caixa Econômica Federal CEF para cobrança judicial de débitos do FGTS e à inconstitucionalidade do uso da taxa SELIC como referência para cobrança de juros moratórios não estariam limitadas ao caso, mas poderiam se repetir em diversas ações, causando insegurança jurídica na sociedade bauruense. No mérito, além dos pontos já elencados, sustenta que a certidão de dívida ativa ensejadora da execução carece de liquidez e 2

certeza, o que ensejaria a extinção do processo (fls. 240/272 e- STJ). O juízo a quo negou seguimento ao recurso extraordinário por incidência da Súmula 284 do STF, porquanto a recorrente limitou-se a meramente indicar artigos da legislação infraconstitucional,todavia sem lograr demonstrar em que medida entende caracterizada a violação ao art. 7º, III da CF/88 (fl. 310 e-stj). Entendeu que a alegação de ilegitimidade ativa não restou prequestionada no acórdão atacado. Ainda, consignou que a questão da inconstitucionalidade da utilização da taxa SELIC para atualização de débito tributário já foi decidida pelo STF em RE com repercussão geral reconhecida. No agravo, a executada reitera os argumentos já apresentados, aduzindo que o recurso extraordinário reúne todos os pressupostos para ser admitido. É o relatório. O agravo interposto não atacou os fundamentos do juízo de admissibilidade do Tribunal a quo. Os óbices das Súmulas 284, 282 e 356 do STF não foram afastados no caso, de modo que o agravo não há de ser conhecido. A agravante limitou-se a, preliminarmente, defender a incompetência do Juízo a quo para o exame de mérito da controvérsia. Ocorre que a decisão recorrida, como já exposto, não adentrou o mérito do recurso extraordinário, mas apontou a ausência de pressupostos processuais para o conhecimento do apelo. 3

Ato contínuo, passou a agravante a discorrer sobre impedimentos ao processamento do recurso extraordinário não constantes da decisão impugnada, aduzindo que as instâncias ordinárias foram esgotadas e que o deslinde da controvérsia não exige o reexame de provas. A jurisprudência de ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal é no sentido de negar seguimento ao agravo quando, como no caso, não são atacados os fundamentos da decisão que obstou o processamento do apelo extraordinário. Vale transcrever julgado da Segunda Turma: E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO AU- SÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS EM QUE SE ASSENTOU O ATO DECISÓRIO QUES- TIONADO RECURSO IMPROVIDO. O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR, ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMEN- TOS DA DECISÃO AGRAVADA. - O recurso de agravo a que se referem os arts. 545 e 557, 1º, ambos do CPC, deve infirmar todos os fundamentos jurídicos em que se assenta a decisão agravada. O descumprimento dessa obrigação processual, por parte do recorrente, torna inviável o recurso de agravo por ele interposto. Precedentes. (AI 847834 AgR/BA Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 3/10/11) Ainda que fosse possível conhecer do agravo, a irresignação da agravante não mereceria prosperar. É sabido que o prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário. Verifica-se que a alegada violação ao art. 100, 3º e 4

5º da Constituição Federal não foi objeto de debate nos acórdãos recorridos, que analisaram a controvérsia à luz do art. 739-A do CPC. Além disso, não foram opostos embargos de declaração. Não preenchido o requisito do prequestionamento, incidem, na espécie, as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. De qualquer modo, ainda que se entendesse pelo prequestionamento da questão constitucional, o recurso não poderia ser processado. Isso porque, as alegações de ilegitimidade ativa da CEF para cobrança judicial de débitos do FGTS e de ausência de certeza e liquidez da CDA referem-se a matéria de natureza infraconstitucional e demandam o revolvimento da prova, providência inviável em recurso extraordinário. Incide no caso o enunciado da Súmula 279 do STF. Quanto à análise do requisito da repercussão geral, resta prejudicada, ante a impossibilidade de seguimento do apelo extremo, nos termos do art. 323, caput, do Regimento Interno dessa Corte. Apenas para argumentar, ainda que afastados os óbices apontados, a matéria já foi objeto de exame dessa Corte na sistemática da repercussão geral, o que ensejaria a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja aplicado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil. Isso porque, quanto à questão da inconstitucionalidade do uso da taxa SELIC como referência para cobrança de juros moratórios, tem-se que, no julgamento do RE 582.461/SP, com repercussão geral reconhecida, restou definida a 5

legitimidade da atualização de débitos tributários tomando por base referida taxa. Ante o exposto, opina a PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA pelo não conhecimento do agravo e, caso admitido, pelo desprovimento. PSG Brasília (DF), 23 de setembro de 2015. Rodrigo Janot Monteiro de Barros Procurador-Geral da República 6