Viabilidade econômica da cultura do milho safrinha, 2015, em Mato Grosso do Sul

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Transcrição:

196 ISSN 1679-0472 Novembro, 2014 Dourados, MS Foos - lavoura: Nilon P. de Araújo; percevejo: Narciso Foo: Alceu da S. Richei Câmara Viabilidade econômica da culura do milho safrinha, 2015, em Mao Grosso do Sul 1 Alceu Richei 2 Gessí Ceccon Inrodução O conhecimeno do cuso de produção consiui variável significaiva para a análise econômica e para maner a susenabilidade da propriedade agrícola. Além de conhecer o cuso de produção das aividades econômicas é necessário que o produor acompanhe o mercado para conhecer os preços praicados e esabelecer o momeno de vender sua produção. Assim, no senido de auxiliar o produor, ese esudo em por objeivo avaliar economicamene a viabilidade da culura do milho safrinha em 2015, para Mao Grosso do Sul. Meodologia da formação dos cusos e da análise econômica As ecnologias apresenadas na formação dos cusos são aquelas predominanemene uilizadas por grande pare dos agriculores de Mao Grosso do Sul. Juno à apresenação dos cusos de produção, esão idenificadas as quanidades de insumos, as operações agrícolas, as aividades de gesão da propriedade, assim como as produividades esperadas, os ganhos esimados e a eficiência produiva a ser aingida. A parir da confronação dos cusos de produção e do rendimeno médio esperado com o culivo do milho safrinha foi analisada a eficiência econômica da produção. Na análise de viabilidade econômica dos sisemas esudados foram considerados os preços de faores e dos produos vigenes no mês de junho de 2014. Também foram considerados os cusos operacionais com insumos, operações mecanizadas, implemenos e serviços (mão de obra). Nos cusos de oporunidade incluíram-se a remuneração do faor erra, represenado pelo valor do arrendameno e a remuneração do capial de cuseio e de invesimeno (juros de 6 ao ano, por um período de 5 meses). Caracerização dos sisemas de produção O invesimeno em ecnologias nos sisemas esudados varia conforme o nível ecnológico do processo produivo, a época de semeadura e de acordo com a endência dos preços de mercado dos produos. (1) (2) Adminisrador, mesre, analisa de pesquisa da Embrapa Agropecuária Oese, Caixa Posal 449, 79804-970 Dourados, MS, alceu.richei@embrapa.br Engenheiro-Agrônomo, douor, analisa de pesquisa da Embrapa Agropecuária Oese, Dourados, MS, gessi.ceccon@embrapa.br

2 Viabilidade econômica da culura do milho safrinha, 2015, em Mao Grosso do Sul Na presene análise foram considerados quaro sisemas de produção, com diferenes níveis ecnológicos, sendo: 1) milho híbrido simples convencional, em culivo ; 2) milho híbrido simples convencional, culivado em consórcio com Brachiaria ruziziensis; 3) milho híbrido geneicamene modificado, com a inrodução de genes específicos de Bacillus huringiensis (B), ambém culivado em consórcio com B. ruziziensis; e 4) milho híbrido geneicamene modificado com a inrodução de genes @ B e Roundup Ready (RR), em culivo. Nos sisemas de produção analisados, alguns aspecos ecnológicos foram observados: a) Não se considerou a dessecação para o manejo da área, viso que a semeadura do milho é realizada imediaamene após a colheia da soja. b) Uilizou-se semene de B. ruziziensis com valor culural (VC) de 60. c) No milho B+RR foi feia uma aplicação do herbicida arazine para o conrole de soja iguera. d) Nos sisemas com milho B e B+RR, considerou-se uma aplicação de inseicida iameoxam para o conrole do percevejo-barriga-verde (Dichelops melacanhus). e) A aplicação de fungicidas para conrole de doenças do milho não foi considerada. f) Não foi uilizada adubação em coberura com nirogênio. g) A produividade foi esimada em 85 sc ha nos quaro sisemas de produção esudados. Análise dos cusos Milho safrinha híbrido simples convencional em culivo O cuso de produção da culura do milho safrinha foi esimado em 1.608,23 por hecare. Os cusos variáveis (desembolso) correspondem a 63,8 do oal de produção, aingindo 1.026,34 (Tabela 1). O componene do cuso insumos oalizou 623,81 por hecare, correspondendo a 38,7 do oal. Ese é o componene que deve er maior aenção por pare do produor, pois ele pode opar por produos alernaivos mais baraos e com a mesma eficiência. Dos insumos uilizados no processo produivo, a semene foi o iem mais elevado, correspondendo a 14,9 do cuso oal; o ferilizane represenou 13 e os inseicidas, 5,2 (Tabela 1). As operações agrícolas, composas pela manuenção das máquinas e equipamenos, o combusível e a mão de obra impacaram o cuso em 22,3, sendo que a semeadura e o ranspore inerno de insumos (6,2), a colheia e o ranspore da produção (13,8) foram os iens mais elevados (Tabela 1). A depreciação do capial é o cuso indireo que incide sobre os bens que possuem vida úil limiada e corresponde a uma reserva em dinheiro, que deve ser feia durane o período provável de vida úil do bem, oalizando 8,7 do cuso oal (Tabela 1). A remuneração dos faores de produção, enendida como cuso de oporunidade, foi esimada em 440,78 por hecare, represenando 27,6 do oal. Ese valor corresponde à oporunidade que o produor poderia decidir por arrendar sua área de lavoura ou opar por uma alernaiva mais araene (Tabela 1). Milho safrinha híbrido simples convencional consorciado com B. ruziziensis O cuso de produção da culura do milho híbrido simples convencional, consorciado com B. ruziziensis foi esimado em 1.645,89 por hecare. Os cusos variáveis (desembolso) correspondem a 64,6 do oal de produção, aingindo 1.063,10 (Tabela 2). O componene insumos oalizou 659,01 por hecare, correspondendo a 40,1 do cuso oal. Dos insumos uilizados no processo produivo, a semene foi o iem mais elevado, correspondendo a 14,6 do cuso oal; o ferilizane represenou 12,7 e os inseicidas, 5,2 (Tabela 2). As operações agrícolas impacaram o cuso em 21,8, sendo que a semeadura e o ranspore inerno de insumos (6,0), a colheia e o ranspore da produção (13,5) foram os iens mais elevados (Tabela 2). A depreciação de máquinas, equipamenos e benfeiorias desinadas à produção, oalizaram 8,5 do cuso oal (Tabela 2).

Viabilidade econômica da culura do milho safrinha, 2015, em Mao Grosso do Sul 3 Tabela 1. Esimaiva do cuso de produção de milho safrinha, híbrido simples convencional, em culivo, por hecare, em Mao Grosso do Sul, safra 2015. Embrapa Agropecuária Oese, Dourados, MS. Componene do cuso Unidade Quanidade Preço uniário () Valor ( ha ) () 1. Insumos 623,81 38,70 Semene de milho 240,00 240,00 14,90 Inseicida para raameno de semenes 0,30 169,00 50,70 3,20 Ferilizane (manuenção) 0,20 1.046,00 209,20 13,00 Herbicida pós-emergene l 3,00 13,00 39,00 Inseicida 1 0,15 12 18,15 1,10 Inseicida 2 0,12 324,00 38,88 Inseicida 3 0,25 111,50 27,88 2. Operações agrícolas 358,72 22,30 Semeadura 152,65 61,06 3,80 Transpore inerno 95,76 38,30 Aplicação de herbicida 0,07 133,19 9,32 0,60 Aplicação de inseicida 0,21 133,19 27,97 Colheia 0,80 150,09 120,07 7,50 Transpore exerno 85,00 10 6,30 3. Ouros cusos 43,81 2,70 Adminisração 982,53 19,65 Assisência écnica 409,39 8,19 0,50 Seguro 3,90 409,39 15,97 4. Depreciações 141,11 8,70 Depreciação de máquinas 105,29 105,29 6,50 Depreciação de equipamenos 1,90 Depreciação de benfeiorias 5,49 5,49 0,30 5. Remuneração dos faores 440,78 27,60 Remuneração da erra 17,50 Remuneração do capial 134,47 134,47 8,40 Remuneração do cuseio 6,00 420,99 25,26 Cuso oal 1.608,23

4 Viabilidade econômica da culura do milho safrinha, 2015, em Mao Grosso do Sul Tabela 2. Esimaiva do cuso de produção da culura do milho safrinha, híbrido simples convencional, em culivo consorciado com Brachiaria ruziziensis, por hecare, em Mao Grosso do Sul, safra 2015. Embrapa Agropecuária Oese, Dourados, MS. Componene do cuso Unidade Quanidade Preço uniário () Valor ( ha ) () 1. Insumos 659,01 40,10 Semene de milho 240,00 240,00 14,60 Semene de braquiária 3,20 1 35,20 2,10 Inseicida para raameno de semenes 0,30 169,00 50,70 3,10 Ferilizane (manuenção) 0,20 1.046,00 209,20 12,70 Herbicida pós-emergene l 3,00 13,00 39,00 Inseicida 1 0,15 12 18,15 1,10 Inseicida 2 0,12 324,00 38,88 Inseicida 3 0,25 111,50 27,88 2. Operações agrícolas 358,72 21,80 Semeadura 152,65 61,06 3,70 Transpore inerno 95,76 38,30 2,30 Aplicação de herbicida 0,07 133,19 9,32 0,60 Aplicação de inseicida 0,21 133,19 27,97 Colheia 0,80 150,09 120,07 7,30 Transpore exerno 85,00 10 6,20 3. Ouros cusos 45,37 2,70 Adminisração 1.017,73 20,35 Assisência écnica 424,05 8,48 0,50 Seguro 3,90 424,05 16,54 4. Depreciações 141,11 8,50 Depreciação de máquinas 105,29 105,29 6,40 Depreciação de equipamenos 1,80 Depreciação de benfeiorias 5,49 5,49 0,30 5. Remuneração dos faores 441,68 26,90 Remuneração da erra 17,10 Remuneração do capial 134,47 134,47 8,20 Remuneração do cuseio 6,00 436,07 26,16 1,60 Cuso oal 1.645,89

Viabilidade econômica da culura do milho safrinha, 2015, em Mao Grosso do Sul 5 Milho safrinha híbrido ransgênico (B) consorciado com B. ruziziensis O cuso de produção do milho híbrido ransgênico consorciado com B. ruziziensis foi esimado em 1.650,05 por hecare. Os cusos variáveis (insumos, operações agrícolas e cusos adminisraivos) correspondem a um desembolso de 64,5 do oal, aingindo 1.063,62 (Tabela 3). O componene insumos oalizou 671,98 por hecare, correspondendo a 40,8 do cuso oal. Dos insumos uilizados no processo produivo, a semene foi o iem mais elevado, correspondendo a 18,8 do cuso oal; o ferilizane represenou 12,7, herbicidas, 2,4 e os inseicidas, apenas 1,7 (Tabela 3). As operações agrícolas impacaram o cuso em 21, sendo que a semeadura e o ranspore inerno de insumos (6), a colheia e o ranspore da produção (14) foram os iens mais elevados (Tabela 3). A depreciação de máquinas, equipamenos e benfeiorias desinadas à produção, oalizou 8,3 do cuso oal (Tabela 3). A remuneração dos faores de produção, foi esimada em 449,43 por hecare, represenando 27,1 do oal (Tabela 3). Tabela 3. Esimaiva do cuso de produção da culura do milho safrinha, híbrido simples B, consorciado com Brachiaria ruziziensis, por hecare, em Mao Grosso do Sul, safra 2015. Embrapa Agropecuária Oese, Dourados, MS. Componene do cuso Unidade Quanidade Preço uniário () Valor ( ha ) () 1. Insumos 671,98 40,80 Semene de milho 310,00 310,00 18,80 Semene de braquiária 3,20 1 35,20 2,10 Inseicida raameno semenes 0,30 169,00 50,70 3,10 Ferilizane (manuenção) 0,20 1.046,00 209,20 12,70 Herbicida pós-emergene l 3,00 13,00 39,00 Inseicida 0,25 111,50 27,88 2. Operações agrícolas 346,24 2 Semeadura 152,65 61,06 3,70 Transpore inerno 95,76 38,30 2,30 Aplicação de herbicida 0,07 113,80 7,97 0,50 Aplicação de inseicida 0,07 113,80 7,97 0,50 Colheia 0,80 161,17 128,94 7,80 Transpore exerno 85,00 10 6,20 3. Ouros cusos 45,40 2,80 Adminisração 1.018,22 20,36 Assisência écnica 424,26 8,49 0,50 Seguro 3,90 424,26 16,55 4. Depreciações 137,00 8,30 Depreciação de máquinas 95,14 95,14 5,80 Depreciação de equipamenos 1,80 Depreciação de benfeiorias 11,53 11,53 0,70 5. Remuneração dos faores 449,43 27,10 Remuneração da erra 17,00 Remuneração do capial 142,20 142,20 8,60 Remuneração do cuseio 6,00 436,28 26,18 1,50 Cuso oal 1.650,05

6 Viabilidade econômica da culura do milho safrinha, 2015, em Mao Grosso do Sul Milho safrinha híbrido simples B+RR em culivo O cuso de produção do milho híbrido B+RR, em culivo, foi esimado em 1.705,10, por hecare. Os cusos variáveis (desembolso) correspondem a 66,7 do oal de produção, aingindo 1.138,74 (Tabela 4). O componene insumos oalizou 750,08 por hecare, correspondendo a 44,1 do oal. Dos insumos uilizados, a semene foi o iem mais elevado, correspondendo a 23,5 do cuso oal, o ferilizane represenou 12,3, herbicidas, 3,7 e os inseicidas, apenas 1,6 (Tabela 4). As operações agrícolas impacaram o cuso em 19,8, sendo que a semeadura e o ranspore inerno de insumos (5,8), a colheia e o ranspore da produção (13,0) foram os iens mais elevados (Tabela 4). A depreciação de máquinas, equipamenos e benfeiorias desinadas à produção, oalizou 7,7 do cuso oal (Tabela 4). A remuneração dos faores de produção foi esimada em 435,41 por hecare, represenou 25,6 do oal (Tabela 4). Tabela 4. Esimaiva do cuso de produção da culura do milho safrinha, híbrido simples B+RR, em culivo, por hecare, em Mao Grosso do Sul, safra 2015. Embrapa Agropecuária Oese, Dourados, MS. Componene do cuso Unidade Quanidade Preço uniário () Valor ( ha ) () 1. Insumos 750,08 44,10 Semene de milho Inseicida raameno semenes Ferilizane (manuenção) Herbicida pós-emergene 1 Herbicida pós-emergene 2 Inseicida 2. Operações agrícolas Semeadura Transpore inerno Aplicação de herbicida Aplicação de inseicida Colheia Transpore exerno 3. Ouros cusos Adminisração Assisência écnica Seguro 4. Depreciações Depreciação de máquinas Depreciação de equipamenos Depreciação de benfeiorias 5. Remuneração dos faores Remuneração da erra Remuneração do capial Remuneração do cuseio 400,00 400,00 23,50 0,30 169,00 50,70 3,00 0,20 1.046,00 209,20 12,30 3,00 13,00 39,00 2,30 11,65 23,30 1,40 0,25 111,50 27,88 1,60 340,07 19,80 152,65 61,06 3,60 95,76 38,30 2,20 0,07 133,19 9,32 0,50 0,07 133,19 9,32 0,50 0,80 150,09 120,07 7,00 sc 85,00 10 6,0 48,59 2,80 1.090,15 21,80 1,30 454,23 9,08 0,50 3,90 454,23 17,71 130,95 7,70 95,14 95,14 5,60 1,80 5,48 5,48 0,30 435,41 25,60 16,50 126,33 126,3 7,40 6,00 467,10 28,03 Cuso oal 1.705,10

Viabilidade econômica da culura do milho safrinha, 2015, em Mao Grosso do Sul 7 Na composição dos cusos de produção, por eapa do processo produivo, percebe-se que 55,9 dos cusos do milho híbrido simples convencional, em culivo ; 57,1 dos cusos do milho híbrido simples convencional, em culivo consorciado com B. ruziziensis; 63,2 dos cusos do milho híbrido simples B, em culivo consorciado com B. ruziziensis e 64,2 dos cusos do milho híbrido simples B+RR, em culivo, esão concenrados na eapa da semeadura. Essa eapa engloba a semene, o raameno das semenes com inseicida, o adubo e a operação agrícola. A colheia, composa pela operação de colheia e o ranspore da produção, absorve 28,1 dos cusos do milho híbrido simples convencional, em culivo ; 27,4 dos cusos do milho híbrido simples convencional, em culivo consorciado com B. ruziziensis; 28,7 dos cusos do milho híbrido simples B, em culivo consorciado com B. ruziziensis e 26,2 dos cusos do milho híbrido simples B+RR, em culivo (Tabela 5). Em relação aos raos culurais, quano maior a incorporação de ecnologias, menor o gaso com a aquisição de defensivos agrícolas e menor o uso de operações de máquinas. Assim, nos sisemas de produção de milho safrinha em culivo e em culivo consorciado com B. ruziziensis os raos culurais aingiram 16 e 15,5, respecivamene. Nos sisemas de milho ransgênicos, esa eapa em percenual menor, sendo de 8,1 no milho B em culivo consorciado do braquiária e de 9,6 no milho B+RR em culivo (Tabela 5). Tabela 5. Eapas do processo produivo dos diferenes sisemas de produção de milho safrinha, na safra 2015. Embrapa Agropecuária Oese, Dourados, MS, 2014. Sisema de produção Eapa do processo produivo Milho ( ha ) () Milho consorciado ( ha ) () Milho B consorciado ( ha ) () Milho B+RR ( ha ) Parici- Pação () Semeadura 899,08 55,90 940,36 57,10 1.042,72 63,20 1.094,07 64,20 Traos culurais 256,93 16,00 255,54 15,50 132,90 8,10 163,11 9,60 Colheia 452,22 28,10 449,99 27,40 474,43 28,70 447,92 26,20 Toal 1.608,23 1.645,89 1.650,05 1.705,10 Análise dos indicadores de eficiência econômica O cuso oal médio foi obido dividindo-se o cuso oal pelo preço médio de mercado do milho. O preço médio esimado para a safra 2015 é de 16,36 por saca de 60. De acordo com as esimaivas, o cuso oal médio (CTme) é de 18,92 no milho híbrido simples convencional, de 19,36 no milho híbrido simples convencional consorciado com B. ruziziensis, de 19,41 no milho safrinha híbrido B consorciado com B. ruziziensis e de 20,06 no milho híbrido B+RR (Tabela 6). Da mesma forma, o cuso oal por onelada de grão produzida varia enre 315,34 a 334,34 (Tabela 6). Considerando-se a produividade média esperada de 5.100 ha, independene do sisema de produção praicado e preço médio do milho, a receia brua obida é de 1.390,60, por hecare. A renda líquida obida, após a remuneração de odos os faores, ficou negaiva em odos os sisemas esudados, variando enre -217,63 e -314,50. Esses resulados indicam que a produção de milho safrinha na safra 2015, manendose os auais níveis de preços ( 16,36 por saca de 60 ), será economicamene desfavorável. Assim, em se efeivando o cenário considerado na análise, o produor deverá procurar alernaivas para reduzir o cuso de produção, melhorar sua eficiência produiva e com isso aumenar o rendimeno da lavoura ou vender seu produo quando os preços esiverem acima do cuso oal médio para que perceba lucros com a produção do milho safrinha em 2015 (Tabela 6).

8 Viabilidade econômica da culura do milho safrinha, 2015, em Mao Grosso do Sul Tabela 6. Indicadores de eficiência econômica da culura do milho safrinha 2015, em Mao Grosso do Sul. Embrapa Agropecuária Oese, Dourados, MS. Sisema de produção Indicador econômico Unidade Milho Milho consorciado Milho B consorciado Milho B+RR Produividade ha 5.100 5.100 5.100 5.100 Cuso oal ha 1.608,23 1.645,89 1.650,05 1.705,10 Cuso oal médio sc 18,92 19,36 19,41 20,06 Cuso por onelada 315,34 322,73 323,54 334,34 Receia brua ha 1.390,60 1.390,60 1.390,60 1.390,60 Renda líquida ha -217,63-255,29-259,45-314,50 Pono de nivelameno sc ha 98,30 100,60 100,86 104,22 Taxa de reorno 3,53 5,51 5,72 8,44 Produividade oal dos faores 0,86 0,84 0,84 0,82 A axa de reorno para o empreendedor, que consise na relação renda líquida e cuso oal, ambém foi negaiva em odas as modalidades de cuso apresenadas, variando de 3,53 a 8,44. Isso significa que, para cada gaso com a culura do milho na safrinha de 2015, o produor erá reorno financeiro negaivo, variando enre -0,13 e -0,18 (Tabela 6). O pono de nivelameno, enendido como o pono que indica a quanidade de produo necessária para cobrir odos os cusos de produção, foi obido dividindo-se o cuso oal pelo preço de mercado. O preço médio de mercado considerado nesa análise foi de 16,36. Assim, o pono de nivelameno com o milho híbrido simples convencional foi de 98,30 sacas de 60 por hecare, de 100,60 sacas com o milho convencional consorciado, de 100,86 sacas com o milho B consorciado e de 104,22 sacas no milho B+RR. Abaixo desses níveis de produção, a renda líquida gerada seria negaiva, o que ornaria os sisemas de produção inviáveis economicamene (Tabela 6). A produividade oal dos faores (eficiência) foi obida pela divisão das receias e o valor aual dos cusos (GUIDUCCI e al., 2012). Assim, os índices de eficiência variaram enre 0,86 e 0,82, indicando que a produção de milho safrinha para a safra de 2015 será ineficiene. Saliena-se que essa relação é alerada de acordo com as fluuações do preço de mercado do produo (Tabela 6). Análise da sensibilidade A análise da sensibilidade é uma informação relevane para omar decisões e permie idenificar os limies em que o preço do produo pode cair ou as quanidades produzidas podem ser reduzidas, aé que a exploração comece a apresenar renda líquida negaiva. Nese esudo, foram realizadas as análises de sensibilidade dos sisemas de produção realizados pelo empreendedor, na produção de milho híbrido simples convencional em culivo, milho híbrido simples convencional em culivo consorciado com B. ruziziensis, milho B em culivo consorciado com B. ruziziensis e milho B+RR em culivo. Variações nos preços do produo Considerou-se o preço do milho de 16,36 por saca de 60, como base desa análise. A parir dese referencial, analisaram-se rês condições de maior favorabilidade, sendo as alerações de 10, 20 e 30 a mais, e rês de menor favorabilidade de 10, 20 e 30 a menos, no preço do milho (Tabela 7). Os resulados aponaram que no milho convencional em culivo, no milho convencional em culivo consorciado com B. ruziziensis e no milho B em culivo consorciado com B. ruziziensis, a renda líquida é posiiva apenas quando o preço em um aumeno mínimo de 20; nas demais condições, é negaiva. No milho B+RR, a renda líquida é posiiva apenas quando o preço é acrescido em, pelo menos, 30, e negaiva nas demais condições de favorabilidade (Tabela 7).

Viabilidade econômica da culura do milho safrinha, 2015, em Mao Grosso do Sul 9 Tabela 7. Análise da sensibilidade com base nas variações de preços do milho para a safra 2015, em Mao Grosso do Sul. Embrapa Agropecuária Oese, Dourados, MS. Culura Indicador econômico Aleração () Preço ( sc ) Renda líquida ( ha-¹) Pono de nivelameno (sc ha-¹) Milho safrinha Milho safrinha consorciado com B. ruziziensis Milho safrinha consorciado com B. ruziziensis Milho safrinha B+RR em culivo Siuação menor favorabilidade -30,0 11,45-634,98 140,46-20,0 13,09-495,58 122,86 0,0 14,72-357,03 109,25 Siuação neura 0 16,36-217,63 98,3 Siuação maior favorabilidad e Siuação menor favorabilidade 10,0 18,00-78,23 89,35 20,0 19,63 60,32 81,93 30,0 21,27 199,72 75,61-30,0 11,45-672,64 143,75-20,0 13,09-533,24 125,74 0,0 14,72-394,69 111,81 Siuação neura 0 16,36-255,29 100,6 Siuação maior favorabilidade Siuação menor favorabilidade 10,0 18,00 15,89 91,44 20,0 19,63 22,66 83,85 30,0 21,27 162,06 77,38-30,0 11,45-676,8 144,11-20,0 13,09-537,4 126,05 0,0 14,72-398,85 112,1 Siuação neura 0 16,36-259,45 100,86 Siuação maior favorabilidade 20,0 19,63 18,5 84,06 10,0 18,00 20,05 91,67 Siuação menor favorabilidade 30,0 21,27 157,9 77,58-30,0 11,45-731,85 148,92-20,0 13,09-592,45 130,26 0,0 14,72-453,9 115,84 Siuação neura 0 16,36-314,5 104,22 Siuação maior favorabilidade 10,0 18,00 75,1 94,73 20,0 19,63-36,55 86,86 30,0 21,27 102,85 80,16 O pono de nivelameno (PN), que indica a quanidade de produo necessária para cobrir o cuso de produção, no milho convencional em culivo variou de 140,46 sc ha, quando o preço foi reduzido em 30, a 75,61 sc ha, quando o preço foi elevado em 30. No milho convencional consorciado com B. ruziziensis o PN ficou enre 143,75 e 77,38 sc ha. No milho B variou de 144,11 a 77,58 sc ha e no B+RR ficou enre 148,92 e 80,16 sc ha (Tabela 7). De acordo com esa análise, para o produor ober sucesso com a safra de milho safrinha em 2015 deverá produzir, pelo menos, 81,93 sc ha de milho safrinha em culivo e o preço aingir 19,63 por saca de 60 ; com o milho consorciado com B. ruziziensis, 83,85 sc ha e preço de 19,63; com o milho B consorciado com B. ruziziensis, 84,06 sc ha com preço de 19,63, e com o milho B+RR o produor deverá produzir 80,16 sc ha com o preço esimado em 21,27 por saca de 60 (Tabela 7).

10 Viabilidade econômica da culura do milho safrinha, 2015, em Mao Grosso do Sul Evolução dos cusos de produção Analisou-se a evolução do cuso de produção dos diferenes sisemas de produção de milho safrinha nos anos de 2014 e 2015, em valores nominais (Figura 1). Comparando-se as duas safras, consaa-se que o cuso oal do milho convencional em culivo (Mcs) eve aumeno de 6,2; o milho convencional, em culivo consorciado com B. ruziziensis (Mcb), obeve aumeno de 5,9 e o milho B consorciado com B.ruziziensis (MBc), de 4,2. No milho B+RR em culivo (B+RRs), o aumeno foi de apenas 0,3. Eses valores indicam maiores gasos na safra 2015 (Figura 1). 1.514 1.608 1.554 1.646 Mcs Mcb MBc B+RRs 1.583 1.650 2014 2015 Figura 1. Evolução do cuso oal dos diferenes sisemas de produção de milho safrinha, nas safras de 2014 e 2015. ] Fone: Richei (2013). Considerações finais O culivo de milho convencional apresena o menor cuso de produção ( 1.608,23), enquano o culivo B+RR é o de maior cuso ( 1.705,10), sendo 1.700 1.705 superior ao primeiro em 6,45. O culivo consorciado com B. ruziziensis aumena o cuso em 2,34 com milho convencional e 2,6 com milho B consorciado com B. ruziziensis. Esses diferenciais devem-se, principalmene, aos cusos das semenes do milho B consorciado com B. ruziziensis e do milho B+RR. No enano, a presença da braquiária proporciona melhores condições para produividade da soja e do milho safrinha em sucessão. Para auferir lucro na safra 2015 com o milho safrinha, o produor poderá opar pela minimização dos cusos de produção ou maximizar a produividade de sua lavoura. O primeiro passo para que iso aconeça é o planejameno da aividade, a uilização de ecnologias compaíveis com o poencial de sua propriedade, elaborar os cusos de produção e acompanhar a evolução dos preços do produo no mercado. Saber dimensionar a aividade é arefa essencial para o sucesso. Referências GUIDUCCI, R. do C. N.; AVES, E. R. de A.; IMA FIHO, J. R.; MOTA, M. M. Aspecos meodológicos da análise de viabilidade econômica de sisemas de produção. In: GUIDUCCI, R. do C. N.; IMA FIHO, J. R.; MOTA, M. M. (Ed.). Viabilidade econômica de sisemas de produção agropecuários: meodologia e esudos de caso. Brasília, DF: Embrapa, 2012. p. 17-78. RICHETTI, A. Viabilidade econômica da culura do milho safrinha, 2014, em Mao Grosso do Sul. Dourados: Embrapa Agropecuária Oese, 2013. 13 p. (Embrapa Agropecuária Oese. Comunicado écnico, 190). Disponível em: <hp://ainfo.cnpia.embrapa.br/digial/bisream/ iem/93239/1/cot2013190.pdf>. Acesso em: 10 se 2014. Comunicado Técnico, 196 Embrapa Agropecuária Oese Endereço: BR 163, km 253,6 - Caixa Posal 449 79804-970 Dourados, MS Fone: (67) 3416-9700 Fax: (67) 3416-9721 E-mail: sac@cpao.embrapa.br 1ª edição (2014): on-line Comiê de Publicações Expediene Presidene: Harley Nonao de Oliveira Secreária-Execuiva: Silvia Mara Belloni Membros: Auro Akio Osubo, Clarice Zanoni Fones, Danilon uiz Flumignan, Fernando Mendes amas, Germani Concenço, Ivo de Sá Moa, Marciana Reore e Michely Tomazi Membros suplenes: Auguso César Pereira Goular e Crébio José Ávila Supervisão ediorial: Eliee do Nascimeno Ferreira Revisão de exo: Eliee do Nascimeno Ferreira Edioração elerônica: Eliee do Nascimeno Ferreira Normalização bibliográfica: Eli de ourdes Vasconcelos. CGPE 11597