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Transcrição:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 873.024 PERNAMBUCO RELATORA RECTE.(S) PROC.(A/S)(ES) RECDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :MUNICÍPIO DE JUREMA :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JUREMA :JOSEFA MARIA DOS SANTOS : FRANCISCO DE ASSIS PINTO E OUTRO(A/S) DECISÃO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO TEMPORÁRIO. AGENTE DE ENDEMIAS. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LEI MUNICIPAL N. 266/2008. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE OFENSA CONSTITUCIONAL DIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO. Relatório 1. Agravo nos autos principais contra inadmissão de recurso extraordinário interposto com base na al. a do inc. III do art. 102 da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de Pernambuco: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL EM SEDE DE AÇÃO DE COBRANÇA. CONTRATO TEMPORÁRIO DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO. AGENTE DE ENDEMIAS. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LEGALIDADE. PROFISSIONAIS EXPOSTOS A AGENTES NOCIVOS À SAÚDE. RECONHECIMENTO DO ADICIONAL. JUSTIÇA LABORAL.

LEI MUNICIPAL EM SINTONIA COM A CLT COMO DEFINIDORA DAS NORMAS A SEREM APLICADAS PARA ADICIONAL DE INSALUBRIDADE EM GRAU MÉDIO. 20 POR CENTO. OFÍCIO N. 365/2001, DATADO DE 17 DE JULHO DE 2001. PARECER COM BASE NO DISPOSTO NO ITEM 15.2.2 E NO ANEXO 14 DA NR 15. APELO PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. Ao apontar fato impeditivo ao direito postulado pela autora, como ausência de lei instituidora ou falta de perícia declaratória da atividade insalubre, esquiva-se a edilidade em querer reconhecer que os agentes de endemias não exercem atividade com agentes nocivos à saúde. 2. Caberia ao Município provar que os mesmos não exerciam as atividades em condições insalubres, nos termos do art. 333, II, do CPC, o que equivaleria dizer que os mesmos não são Agentes Comunitários de Saúde. Temos que deste ônus não se desincumbiu a contento, eis que o Município, para se esquivar do pagamento e efetiva implantação do adicional, sustentou que não há lei instituidora de tal direito como também não houve perícia para tanto, sendo tal argumentação revestida de desproporcionalidade, uma vez que o Município trata de insalubridade para os funcionários que exercem atividades expostos a agente biológicos e nocivos à saúde, conforme se constata na Lei Municipal n. 266/2008, art. 2º, 1º, senão vejamos: Art. 2º, 1º Aplicar-se-ão as regras definidas na Consolidação das Leis do Trabalho CLT, e a legislação federal correlata para definir as atividade insalubres, penosas ou perigosas e os percentuais para fins do cálculo do adicional referido no caput deste artigo. ( ) 5. Recurso de Apelação provido. Decisão unânime (fls. 157-158). Os embargos de declaração foram acolhidos nos seguintes termos: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DECLARATÓRIOS NA APELAÇÃO CÍVEL EM SEDE DE AÇÃO DE COBRANÇA. CONTRATO TEMPORÁRIO 2

DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO. AGENTE DE ENDEMIAS. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ( ) ACLARATÓRIOS PROVIDOS DE FORMA INTEGRATIVA SEM CUNHO INFRINGENCIAL, BEM COMO A TÍTULO DE PREQUESTIONAMENTO ( ). 1. Os embargos de declaração constituem recurso de rígidos contornos processuais, consoante disciplinamento imerso no artigo 535 do Código de Processo Civil, exigindo-se para seu acolhimento, que estejam presentes os pressupostos legais de cabimento. 2. A alegação de que não houve menção no julgado concernente aos argumentos ou dispositivos levantados pela Embargante merece respaldo, pois não ficou expressamente esclarecido que a questão está em saber se a autora, servidora municipal admitida mediante contrato temporário, teria direito à verba relativa ao adicional de insalubridade em grau médio. 3. O município demandado editou a Lei Municipal n. 266/2008, dispondo sobre serviço extraordinário, adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas e adicional noturno. A Lei Municipal n. 266/2008 serviu de fundamento para provimento do apelo, no tocante à insalubridade. Afastada a violação do Princípio da Reserva Legal e da Legalidade (fls. 231-233, grifos nossos). 2. O Agravante alega contrariados os arts. 5º, inc. II, e 37, incs. II e IX, da Constituição da República, argumentando não ser constitucional, em face do dispõe o art. 37, IX, a Constituição Federal, assegurar aos contratados temporariamente, por excepcional interesse público, com vínculo jurídicoadministrativo, o recebimento, mediante extensão de direito, de adicional de insalubridade que foi instituído por Lei municipal diversa daquela que disciplina o liame precário com a administração pública municipal e o instrumento contratual firmado entre as partes (fls. 245-260). 3. O recurso extraordinário foi inadmitido sob os fundamentos de insuficiência da preliminar de repercussão geral, ausência de ofensa constitucional direta e incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 3

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO. 4. O art. 544 do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, estabelece que o agravo contra inadmissão de recurso extraordinário processa-se nos autos do recurso, ou seja, sem a necessidade da formação de instrumento, sendo este o caso. Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo, de cuja decisão se terá, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário. 5. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada quanto à insuficiência da preliminar de repercussão geral, por ter o Agravante cumprido a exigência prevista no art. 543-A, 2º, do Código de Processo Civil. A superação desse fundamento, todavia, não é suficiente para o acolhimento da pretensão do Agravante. 6. A apreciação do pleito recursal demandaria análise da legislação infraconstitucional aplicável ao caso (Lei municipal n. 266/2008). A alegada contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta, a inviabilizar o processamento do recurso extraordinário. Incide, na espécie, a Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal: Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. Adicional de insalubridade. 3. Inexistência de violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal. 4. Necessidade de prévia análise e interpretação de leis locais. Súmula 280. 5. Necessidade de reexame de conteúdo fático-probatório. Súmula 279. 6. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 7. Agravo regimental a que se nega provimento (ARE 844.569-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 2.3.2015). 4

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL ESTADUAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. REEXAME DE PROVAS. SÚMULAS NS. 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (ARE 827.819-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 2.10.2014). AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. INCURSIONAMENTO NO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULAS 279 E 280 DO STF. 1. O adicional de insalubridade devido aos servidores do Estado do Amapá expostos a agentes nocivos, quando sub judice a controvérsia, demanda a análise de norma infraconstitucional local e o reexame do conjunto fático-probatório dos autos. 2. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional local, torna inadmissível o recurso extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal, verbis: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário. 3. O recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou: APELAÇÃO. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. ADMINISTRATIVO. ADICIONAL E INSALUBRIDADE. LAUDO PERICIAL. GRAU MÁXIMO. AVALIAÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO ATUAL. 5. Agravo regimental DESPROVIDO (ARE 17.9.2014-AgR, Relator o Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 17.9.2014). Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 5

7. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, 4º, inc. II, al. a, do Código de Processo Civil e art. 21, 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal). Publique-se. Brasília, 31 de março de 2015. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora 6