INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 1

Documentos relacionados
INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 2 p. 1

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL

INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 4 p. 1

INTRODUÇÃO À GRAVITAÇÃO E À COSMOLOGIA

COSMOLOGIA. Victor O. Rivelles

Lista 3 - FIS Relatividade Geral Curvatura, campos de Killing, fluidos, eletromagnetismo.

Cinemática relativística et al. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I

5.1 Espaço euclidiano tridimensional

Cosmologia Básica: 2 - as equações de Friedmann-Lemaitre

Um Sonho de Einstein:

99 ANOS DE RELATIVIDADE GERAL

PLANO DE ATIVIDADE ACADÊMICA NOME

Notas de aula - Espaço Tempo

Relatividade Especial & Geral

100 ANOS DE RELATIVIDADE GERAL

pelo sistema de coordenadas Cartesianas. Podemos utilizar também o sistema de coordenadas

FÍSICA-MATEMÁTICA RUDI GAELZER (INSTITUTO DE FÍSICA - UFRGS)

Relatividade O Espaço de Minkowski: Escalares, Vetores e Tensores de Lorentz

Capítulo IV Transformações de Lorentz

FIS Cosmologia e Relatividade Thaisa Storchi Bergmann

Formulação Covariante do Eletromagnetismo

Aula 5: Gravitação e geometria

} são as componentes do co-vector d ~ φ, e qualquer conjunto da forma { a. φ, α

Introdução à Cosmologia Física

10.1 Princípio da Equivalência

INTRODUÇÃO À TEORIA DA RELATIVIDADE GERAL

Introdução à Relatividade Geral

Ney Lemke. Departamento de Física e Biofísica

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE PESQUISA

Aula 7: Geometria das superfícies bidimensionais II; gravitação e geometria

GRAVITAÇÃO QUÂNTICA. Victor O. Rivelles. Instituto de Física Universidade de São Paulo. IFSC-20/04/04 p.

CONCEITOS PRELIMINARES PARA ESTUDO DA RELATIVIDADE GERAL. Rafaello Virgilli 1

RELATIVIDADE ESPECIAL

Tensores (Parte 1) 15 de abril de Primeira aula sobre tensores para a disciplina de CVT 2019Q1

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL - Aula 3 p. 1

Teoria de Cordas e Supercordas. Henrique Boschi Filho Instituto de Física UFRJ

REVISÃO DE ANÁLISE TENSORIAL

Gravitação escalar: inconsistência das órbitas planetárias

Instituto de Fıśica UFRJ Mestrado em Ensino profissional

FÍSICA-MATEMÁTICA RUDI GAELZER (INSTITUTO DE FÍSICA - UFRGS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE PESQUISA RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO

Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF

FÍSICA-MATEMÁTICA RUDI GAELZER (INSTITUTO DE FÍSICA - UFRGS)

O espaço-tempo curvo na teoria da relatividade geral. Felipe Tovar Falciano

Gravidade: Clássica e Quântica. Panoramas da Física

Lista 4 - FIS Relatividade Geral Equações de Einstein, ondas gravitacionais, buracos negros

Adição Simples x = x vt y = y z = z t = t

FIS Cosmologia e Relatividade

Aula 2: Cosmologia Relativística

Introdução à Astrofísica. Lição 26 Relatividade Geral E Buracos Negros

Aula 12 Introdução à Astrofísica

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ SANDRO DE SOUZA FIGUEIREDO

Processamento de Malhas Poligonais

FÍSICA IV PROF. PIERRE VILAR DANTAS AULA 11-04/11/2017 TURMA: A HORÁRIO: 7M PIERREDANTASBLOG.WORDPRESS.COM

Relatividade Geral. Felipe Tovar Falciano

CONCEITOS DE RELATIVIDADE RESTRITA

A Geometria Euclidiana

Relatividade. Teorias da Relatividade: Antecedentes Históricos

APLICAÇÃO DO CÁLCULO TENSORIAL EM PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DA GRAVITAÇÃO

Teorias Alternativas de Gravitação - Implicações nos Estudos de Ondas Gravitacionais

Teoria Quântica de Campos em Meios Desordenados

Cinemática da partícula fluida

CSE-MME Revisão de Métodos Matemáticos para Engenharia

VIII Workshop da Pós-graduação em Astrofísica DAS INPE 2015

SOLUÇÕES DE BURACOS NEGROS NA RELATIVIDADE GERAL

EINSTEIN-MAXWELL EM (3 + 1) DIMENSÕES

SISTEMAS DE REFERÊNCIA LOCAIS NO ESPAÇO-TEMPO

Tópicos Especiais em Física

Sumário e Objectivos. Mecânica dos Sólidos não Linear Capítulo 2. Lúcia Dinis 2005/2006

Conceitos pré-relativísticos. Transformações de Galileu. Princípio da Relatividade de Galileu. Problema com a dinâmica newtoniana

Capítulo II Relatividade Newtoniana

Vectores e Geometria Analítica

FIS Cosmologia e Relatividade

ATÉ ESTE PONTO, todas as expressões foram desenvolvidas utilizando-se um sistema de coordenadas

Escoamento potencial

Sistema de Coordenadas Intrínsecas

COSMOLOGIA RELATIVÍSTICA

Título do Projeto de Pesquisa (ao qual está vinculado o Plano de Trabalho): QUAN-

Curvatura Gaussiana para Professores de Física

Teoria Clássica de Campos

A Relatividade Geral de Einstein e suas aplicações à Geometria Riemanniana. Carlos Matheus Silva Santos

Introdução à Cosmologia: 1 - a cosmologia newtoniana

Sobre a teoria da relatividade geral De A. Einstein.

Descrição de Fluidos através de Potencial de Velocidade*

Mecânica II - FFI0111: Lista #3

EINSTEIN-MAXWELL EM (2+1) DIMENSÕES

O que é Supersimetria?

6.1 Equação de movimento

A camada eletrônica dos átomos forma a seguinte série:

Aula 10 Relatividade. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel

Trabalho de Conclusão de Curso

ALGUMAS APLICAÇÕES DA GEOMETRIA DE FINSLER NA GRAVIDADE BIMÉTRICA

Potencial Elétrico. 3.1 Energia Potencial e Forças Conservativas

Física Moderna. Aula 1 Introdução. Curso - Licenciatura em Física EAD. Prof a. Dra. Ana Paula Andrade Universidade Estadual de Santa Cruz

Teoria da Relatividade Restrita (1905) Parte III. Física Geral IV - FIS503

A teoria geométrica-escalar da gravitação e sua aplicação à cosmologia

Transcrição:

INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL Victor O. Rivelles Instituto de Física Universidade de São Paulo rivelles@fma.if.usp.br http://www.fma.if.usp.br/ rivelles/ XXI Jornada de Física Teórica 2006 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 1

ROTEIRO Relatividade Restrita Geometria Diferencial Relatividade Geral Testes da Relatividade Geral Buracos Negros Cosmologia Gravitação Quântica INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 2

Referências M. Gleiser, A Dança do Universo (Cia. das Letras, 1997) S. Hawking, O Universo Numa Casca de Noz (Mandarim, 2001) S. Weinberg, Os Três Primeiros Minutos (Guanabara Dois, 1980) A. Guth, O Universo Inflacionário (Campus, 1997) B. Greene, O Universo Elegante (Cia. das Letras, 2001) S. Weinberg, Gravitation and Cosmology (Wiley, 1972) B. F. Schutz, A First Course in General Relativity (Cambridge, 1985) J. Foster and J. D. Nightingale, A Short Course in General Relativity (Springer, 1995) L. D. Landau and E. M. Lifshitz, The Classical Theory of Fields (Pergamon Press, 1975) C. W. Misner, K. S. Thorne and J. A. Wheeler, Gravitation (Freeman, 1973) B. Zwiebach, A First Course in String Theory (Cambridge, 2004) http://www.fma.if.usp.br/ rivelles/ http://rivelles.blogspot.com INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 3

Relatividade Restrita Formulada por Einstein em 1905. A velocidade da luz é a mesma em qualquer referencial inercial. INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 4

Relatividade Restrita Formulada por Einstein em 1905. A velocidade da luz é a mesma em qualquer referencial inercial. Contração de Lorentz: comprimentos dependem do observador. l = l 0 1 v2 /c 2 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 4

Relatividade Restrita Dilatação temporal: intervalos de tempo dependem do observador. t t = 0 1 v2 /c 2 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 5

Relatividade Restrita Dilatação temporal: intervalos de tempo dependem do observador. t t = 0 1 v2 /c 2 A relatividade restrita muda a geometria: geometria de Minkowski. INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 5

Relatividade Restrita Dilatação temporal: intervalos de tempo dependem do observador. t t = 0 1 v2 /c 2 A relatividade restrita muda a geometria: geometria de Minkowski. Na geometria Euclidiana: comprimentos são constantes. INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 5

Relatividade Restrita Na relatividade restrita: comprimentos e intervalos de tempo dependem do observador. INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 6

Relatividade Restrita Na relatividade restrita: comprimentos e intervalos de tempo dependem do observador. Há alguma quantidade é contante e não depende do observador? Intervalo s 2 = x 2 + y 2 + z 2 t 2 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 6

Relatividade Restrita Na relatividade restrita: comprimentos e intervalos de tempo dependem do observador. Há alguma quantidade é contante e não depende do observador? Intervalo s 2 = x 2 + y 2 + z 2 t 2 Espaço e tempo formam o espaço-tempo quadridimensional com geometria de Minkowski. INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 6

Geometria de Minkowski Intervalo pode ser considerado um vetor típico com componentes: ( t, x, y, z). Notação: ( x µ ) = ( x 0, x 1, x 2, x 3 ), µ = 0,1,2, 3 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 7

Geometria de Minkowski Intervalo pode ser considerado um vetor típico com componentes: ( t, x, y, z). Notação: ( x µ ) = ( x 0, x 1, x 2, x 3 ), µ = 0,1,2, 3 Componentes de um vetor dependem do sistema de coordenadas. Transformação de Lorentz na direção-x: x 0 = γ( x 0 v x 1 ) x 1 = γ( x 1 v x 0 ) x 2 = x 2, x 3 = x 3, γ = 1/ p 1 v 2, c = 1 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 7

Geometria de Minkowski Intervalo pode ser considerado um vetor típico com componentes: ( t, x, y, z). Notação: ( x µ ) = ( x 0, x 1, x 2, x 3 ), µ = 0,1,2, 3 Componentes de um vetor dependem do sistema de coordenadas. Transformação de Lorentz na direção-x: x 0 = γ( x 0 v x 1 ) x 1 = γ( x 1 v x 0 ) x 2 = x 2, x 3 = x 3, γ = 1/ p 1 v 2, c = 1 Reescrever em forma mais compacta: 3X x µ = Λ µ ν x ν, Λ µ ν = ν=0 0 B @ γ γv 0 0 γv γ 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 C A INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 7

Geometria de Minkowski Intervalo pode ser considerado um vetor típico com componentes: ( t, x, y, z). Notação: ( x µ ) = ( x 0, x 1, x 2, x 3 ), µ = 0,1,2, 3 Componentes de um vetor dependem do sistema de coordenadas. Transformação de Lorentz na direção-x: x 0 = γ( x 0 v x 1 ) x 1 = γ( x 1 v x 0 ) x 2 = x 2, x 3 = x 3, γ = 1/ p 1 v 2, c = 1 Reescrever em forma mais compacta: 3X x µ = Λ µ ν x ν, Λ µ ν = ν=0 0 B @ γ γv 0 0 γv γ 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 C A Convenção da soma: Índices repetidos significa somatória sobre tal índice: x µ = Λ µ ν x ν INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 7

Geometria de Minkowski Vetor A µ se transforma como o intervalo: A µ = Λ µ νa µ INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 8

Geometria de Minkowski Vetor A µ se transforma como o intervalo: A µ = Λ µ νa µ Vetores de base: e µ (4 vetores de base) A = A 0 e 0 + A 1 e 1 + A 2 e 2 + A 3 e 3 = A µ e µ e 0 = (1, 0,0,0) e 1 = (0, 1,0,0) e 2 = (0, 0,1,0) e 3 = (0, 0,0,1) INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 8

Geometria de Minkowski Vetor A µ se transforma como o intervalo: A µ = Λ µ νa µ Vetores de base: e µ (4 vetores de base) A = A 0 e 0 + A 1 e 1 + A 2 e 2 + A 3 e 3 = A µ e µ e 0 = (1, 0,0,0) e 1 = (0, 1,0,0) e 2 = (0, 0,1,0) e 3 = (0, 0,0,1) Produto escalar de dois vetores: A B = A 0 B 0 + A 1 B 1 + A 2 B 2 + A 3 B 3 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 8

Geometria de Minkowski Vetor A µ se transforma como o intervalo: A µ = Λ µ νa µ Vetores de base: e µ (4 vetores de base) A = A 0 e 0 + A 1 e 1 + A 2 e 2 + A 3 e 3 = A µ e µ e 0 = (1, 0,0,0) e 1 = (0, 1,0,0) e 2 = (0, 0,1,0) e 3 = (0, 0,0,1) Produto escalar de dois vetores: A B = A 0 B 0 + A 1 B 1 + A 2 B 2 + A 3 B 3 Norma de um vetor não é sempre positiva definida! A A = (A 0 ) 2 + (A 1 ) 2 + (A 2 ) 2 + (A 3 ) 2 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 8

Geometria de Minkowski Vetor A µ se transforma como o intervalo: A µ = Λ µ νa µ Vetores de base: e µ (4 vetores de base) A = A 0 e 0 + A 1 e 1 + A 2 e 2 + A 3 e 3 = A µ e µ e 0 = (1, 0,0,0) e 1 = (0, 1,0,0) e 2 = (0, 0,1,0) e 3 = (0, 0,0,1) Produto escalar de dois vetores: A B = A 0 B 0 + A 1 B 1 + A 2 B 2 + A 3 B 3 Norma de um vetor não é sempre positiva definida! A A = (A 0 ) 2 + (A 1 ) 2 + (A 2 ) 2 + (A 3 ) 2 Ortogonalidade: Se A B = 0 não significa que são perpendiculares: P. ex. n = e 0 + e 1 tem n n = 1 + 1 + 2.0 = 0 e não é o vetor zero! INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 8

Gravitação na Relatividade Restrita A força gravitacional Newtoniana propaga-se instantâneamente. INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 9

Gravitação na Relatividade Restrita A força gravitacional Newtoniana propaga-se instantâneamente. É necessário conciliar a relatividade restrita com a gravitação. Einstein demorou 10 anos para compatibilizar a relatividade restrita com a gravitação. INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 9

Gravitação na Relatividade Restrita A força gravitacional Newtoniana propaga-se instantâneamente. É necessário conciliar a relatividade restrita com a gravitação. Einstein demorou 10 anos para compatibilizar a relatividade restrita com a gravitação. E o resultado é: INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 9

Relatividade Geral Relatividade geral = teoria da gravitação relativística INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 10

Relatividade Geral Relatividade geral = teoria da gravitação relativística Não há força gravitacional. A gravitação devido à curvatura do espaço. Matéria causa a curvatura do espaço. A curvatura determina o movimento da matéria. Objeto fundamental: métrica g µν Determina todas as propriedades locais do espaço curvo. INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 10

Espaços Curvos O que é um espaço curvo? INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 11

Espaços Curvos O que é um espaço curvo? Geometria Euclidiana: soma dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus. Geometria Riemanniana: a soma pode ser diferente! INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 11

Espaços Curvos O que é um espaço curvo? Geometria Euclidiana: soma dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus. Geometria Riemanniana: a soma pode ser diferente! Sem curvatura: igual à 180 graus. Curvatura positiva: maior que 180 graus. Curvatura negativa: menor que 180 graus. INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 11

Espaços Curvos O que é um espaço curvo? Geometria Euclidiana: soma dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus. Geometria Riemanniana: a soma pode ser diferente! Sem curvatura: igual à 180 graus. Curvatura positiva: maior que 180 graus. Curvatura negativa: menor que 180 graus. Geometria extrínsica X geometria intrínsica INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 11

Espaço Euclidiano em 3D Sistema de coordenadas Cartesiano (x, y, z) Vetores unitários ortogonais i, j, k INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 12

Espaço Euclidiano em 3D Sistema de coordenadas Cartesiano (x, y, z) Vetores unitários ortogonais i, j, k Sistema de coordenadas arbitrário (u, v, w) P. ex. polares (r, θ, φ). Não precisam ser ortogonais. INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 12

Espaço Euclidiano em 3D Sistema de coordenadas Cartesiano (x, y, z) Vetores unitários ortogonais i, j, k Sistema de coordenadas arbitrário (u, v, w) P. ex. polares (r, θ, φ). Não precisam ser ortogonais. Transformação de coodenadas: x = x(u, v, w), y = y(u, v, w), z = z(u, v, w) u = u(x, y, z), v = v(x, y, z), w = w(x, y, z) INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 12

Espaço Euclidiano em 3D Sistema de coordenadas Cartesiano (x, y, z) Vetores unitários ortogonais i, j, k Sistema de coordenadas arbitrário (u, v, w) P. ex. polares (r, θ, φ). Não precisam ser ortogonais. Transformação de coodenadas: x = x(u, v, w), y = y(u, v, w), z = z(u, v, w) u = u(x, y, z), v = v(x, y, z), w = w(x, y, z) Vetor posição r = x(u, v, w) i + y(u, v, w) j + z(u, v, w) k INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 12

Espaço Euclidiano em 3D Base natural no novo sistema de coordenadas: e u = r u, e v = r v, e w = r w Em geral não são normalizados e nem ortogonais. INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 13

Espaço Euclidiano em 3D Base natural no novo sistema de coordenadas: e u = r u, e v = r v, e w = r w Em geral não são normalizados e nem ortogonais. Base dual: tomando-se o gradiente e u = u = u x i + u y j + u z z e v = v =..., e w = w =... INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 13

Espaço Euclidiano em 3D Base natural no novo sistema de coordenadas: e u = r u, e v = r v, e w = r w Em geral não são normalizados e nem ortogonais. Base dual: tomando-se o gradiente e u = u = u x i + u y j + u z z e v = v =..., e w = w =... Para um sistema de coordenadas ortogonal base dual = base natural, mas, em geral, são diferentes. INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 13

Espaço Euclidiano em 3D Base natural no novo sistema de coordenadas: e u = r u, e v = r v, e w = r w Em geral não são normalizados e nem ortogonais. Base dual: tomando-se o gradiente e u = u = u x i + u y j + u z z e v = v =..., e w = w =... Para um sistema de coordenadas ortogonal base dual = base natural, mas, em geral, são diferentes. Notação: coordenadas u i = (u, v, w), i = 1,2,3 base natural e i = ( e u, e v, e w ) base dual e i = ( e u, e v, e w ) INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 13

Espaço Euclidiano em 3D Expansão de um vetor v = v i e i = v i e i v i componentes contravariantes de v v i componentes covariantes de v INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 14

Espaço Euclidiano em 3D Expansão de um vetor v = v i e i = v i e i v i componentes contravariantes de v v i componentes covariantes de v Vetor posição infinitesimal d r = r u i du i = e i du i Norma ds 2 = d r d r = e i e j du i du j = g ij du i du j g ij = e i e j é a métrica no sistema de coordenadas dado. INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 14

Espaço Euclidiano em 3D Expansão de um vetor v = v i e i = v i e i v i componentes contravariantes de v v i componentes covariantes de v Vetor posição infinitesimal d r = r u i du i = e i du i Norma ds 2 = d r d r = e i e j du i du j = g ij du i du j g ij = e i e j é a métrica no sistema de coordenadas dado. Coordenadas Cartesianas 0 1 0 0 g ij = B @ 0 1 0 0 0 1 1 C A Coordenadas esféricas 0 1 0 0 g ij = B @ 0 r 2 0 0 0 r 2 sin 2 θ 1 C A ds 2 = dx 2 + dy 2 + dz 2 ds 2 = dr 2 + r 2 dθ 2 + r 2 sin 2 θdφ 2 INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 14

Espaço Euclidiano em 3D Tranformação de coordenadas: (u, v, w) para (u, v, w ) e i = u j u i e j, v i = u i u j vj, ei = ui e j u j v i = uj u i v j INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 15

Espaço Euclidiano em 3D Tranformação de coordenadas: (u, v, w) para (u, v, w ) e i = u j u i e j, v i = u i u j vj, ei = ui e j u j v i = uj u i v j Tensor tipo (r, s) contravariante de ordem r e covariante de ordem s: T i 1...i r j 1...j s = u i 1 u k... ul1 1 u j... T k 1...k r 1 l 1...l s INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 15

Espaço Euclidiano em 3D Tranformação de coordenadas: (u, v, w) para (u, v, w ) e i = u j u i e j, v i = u i u j vj, ei = ui e j u j v i = uj u i v j Tensor tipo (r, s) contravariante de ordem r e covariante de ordem s: T i 1...i r j 1...j s = u i 1 u k... ul1 1 u j... T k 1...k r 1 l 1...l s A métrica é um tensor covariante de segunda ordem INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 15

Espaço Euclidiano em 3D Tranformação de coordenadas: (u, v, w) para (u, v, w ) e i = u j u i e j, v i = u i u j vj, ei = ui e j u j v i = uj u i v j Tensor tipo (r, s) contravariante de ordem r e covariante de ordem s: T i 1...i r j 1...j s = u i 1 u k... ul1 1 u j... T k 1...k r 1 l 1...l s A métrica é um tensor covariante de segunda ordem Isto é o cálculo tensorial no espaço Euclidiano INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 15

Espaço Euclidiano em 3D Tranformação de coordenadas: (u, v, w) para (u, v, w ) e i = u j u i e j, v i = u i u j vj, ei = ui e j u j v i = uj u i v j Tensor tipo (r, s) contravariante de ordem r e covariante de ordem s: T i 1...i r j 1...j s = u i 1 u k... ul1 1 u j... T k 1...k r 1 l 1...l s A métrica é um tensor covariante de segunda ordem Isto é o cálculo tensorial no espaço Euclidiano Pode ser estendido para a relatividade restrita INTRODUÇÃO À RELATIVIDADE GERAL p. 15