Nota: protocolo provisório sujeito a actualizaçao, caso se disponha de nova informaçao cientifica. Imagem microscópica do virus H1N1 INTRODUÇAO

Documentos relacionados
Colheita de produtos biológicos destinados à investigação laboratorial virológica

Vigilância de síndrome respiratória aguda

Gripe. (Aspectos Epidemiológicos. gicos) Prof. Doutor Saraiva da Cunha. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

Colheita de produtos biológicos destinados à investigação laboratorial virológica

FLUXOGRAMA PARA COLETA DE H1N1 E COQUELUCHE COQUELUCHE. A coleta deverá ser realizada pelo corpo técnico de enfermagem da unidade do HU/UFSC;

Silvia Viana e Márcia Danieluk Programa Nacional de Imunização Departamento de Vigilância Epidemiológica. -março de

NOTA TÉCNICA. Coleta, Acondicionamento e Transporte de Material para Diagnóstico de Influenza. ALERTA Recife, 15 de Maio de 2013.

GRIPE INFLUENZA TIPO A H1N1. Prefeitura Municipal de Campinas Secretaria Municipal de Saúde Coordenadoria de Vigilância em Saúde

HC UFPR COMITÊ DE INFLUENZA SUÍNA

Inquérito epidemiológico *

Plano de Contingência Vírus INFLUENZA A (H1N1)v. Setembro 2009

GRIPE PERGUNTAS E RESPOSTAS

MEDIDAS DE PREVENÇÃO CONTRA A INFECÇÃO PELO VÍRUS INFLUENZA A (H1N1) Por Amélia Maria Ribeiro de Jesus*

Disciplina IMT 2005 Curso Bacharelado em Saúde Pública Agosto 2017

O que vamos compartilhar. Influenza Suína: avaliação de patogenicidade isolada ou combinada a outros agentes. O vírus. Publicações (Camp.

Investigação epidemiológica de casos e vigilância de pessoas expostas

Influenza Campanha de vacinação no estado de São Paulo Influenza Vaccination campaign in the State of São Paulo 2016

Inquérito epidemiológico *

Influenza A (H1N1). João Pedro Monteiro (Colégio de São Bento) Orientador: André Assis Medicina UFRJ

Para a obtenção de informações complementares, poderá ainda consultar os seguintes links da Direcção Geral de Saúde: A AICOPA LINHA DE SAÚDE AÇORES

Gripes, Constipações e Vacinação. Com Setembro chega o frio e com este, a Gripe. Saiba como se proteger e qual a melhor maneira de lidar com ela.

Orientações sobre a gripe suína (Influenza A / H1N1)

O QUE O PÚBLICO DEVE SABER SOBRE A GRIPE PANDEMICA H1N1 2009

INSTRUÇÕES DE CONSULTA RÁPIDA Para utilizar apenas com o Analisador Sofia.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Direcção-Geral da Saúde

INFECÇÃO PELO VÍRUS INFLUENZA A (H1N1) ASPECTOS RELEVANTES 1. INTRODUÇÃO

CONTEÚDO INFORMATIVO RÁDIO PEDAGÓGICA

Influenza (gripe) 05/07/2013

Departamento de Pediatria Serviço de Pneumologia Pediátrica Journal Club. Setembro 2018

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP

DIRETORIA REGIONAL DE SAÚDE DE... NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E IMUNIZAÇÃO DE...

Influenza aviária ( gripe aviária ) e o significado de sua transmissão aos humanos

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Gripe H1N1, o que os Pais precisam saber!

SAÚDE.sempre. Gripe. newsletter. medidas de auto cuidado. Secretaria Regional dos Assuntos Sociais

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese. Semana 16/ a 22 abril. Data de publicação: 27/04/2018

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese. Semana 17/ a 29 abril. Data de publicação: 04/05/2018

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese. Semana 15/ a 15 abril. Data de publicação: 20/04/2018

PREFEITURA MUNICIPAL DE TEOFILÂNDIA Fundo Municipal de Saúde de Teofilândia DEPARTAMENTO DE VIGILANCIA EM SAÚDE

Seguem os números da gripe no Estado do Mato Grosso do Sul, considerando os três tipos de vírus de maior circulação (Influenza A, H1N1, Influenza A

Orientações para resposta a surto de Gripe Pandémica A (H1N1)

Gripe H1N1: o que é, sintomas, tratamentos e como prevenir

Hospital Universitário Julio Muller FCM UFMT Amtropica

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

INFLUENZA SUÍNA 1. Eduarda Almeida 2, Quezia Neu 2, Flavio Vincenzi Junior 3 ; Patrícia Diniz Ebling 4

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Informe sobre INFLUENZA A / H1N1

GRIPE SUÍNA. Andressa Malagutti

O INVERNO ESTÁ CHEGANDO Temos que dobrar os cuidados

Situação epidemiológica da Influenza Pandêmica (H1N1), no Pará, semanas epidemiológicas 1 a 43 de 2009.

Vacina Influenza. Andrea Lucchesi de Carvalho Pediatra/Infectologista Pediátrica Presidente do Comitê de Infectologia Pediátrica da SMP

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

Gripe A (H1N1) de origem suína

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

N e w s l e t t e r AAPS Edição 02/2016

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese. Semana 12/ a 25 março. Data de publicação: 03/04/2018

INFORME EPIDEMIOLÓGICO - INFLUENZA Monitoramento Epidemiológico da Semana 01 a 52 de 2017.

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

Plano de Contingência da Gripe A (H1N1)

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 44/ outubro a 04 novembro. Data de publicação: 09/11/2018

Grandes endemias Influenza

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI

Informativo Empresarial Especial

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese. Semana 07/ a 18 fevereiro. Data de publicação: 23/02/2018

Plano de Contingência Algarve Gripe A (H1N1)

CENTRO ESTADUAL DE VIGILÂNCIA DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO SOBRE A SITUAÇÃO DA INFLUENZA NO RS 24/06/11

Boletim Informativo INFLUENZA

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 08/ a 25 fevereiro. Data de publicação: 01/03/2019

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 12/ a 24 março. Data de publicação: 29/03/2019

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 03/ a 20 janeiro. Data de publicação: 25/01/2019

A r g avo v s o s Ep E i p de d m e i m ol o óg ó i g co c s CON O CEI E T I OS DOE O N E ÇA

Vigilância da Influenza A (H1N1)

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

A crescente ameaça global dos vírus da Zika, Dengue e Chikungunya

Ministério da Saúde Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza

INFLUENZA. Prof. Dr. Paulo Eduardo Brandão VPS/FMVZ/USP

O VÍRUS INFLUENZA E A GRIPE: RELAÇÃO ANIMAL

NOTA TÉCNICA N o 014/2012

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

Gripe A (H1N1) INFORMAÇÃO E RECOMENDAÇÕES PARA ESCOLAS E OUTROS ESTABELECIMENTOS DE EDUCAÇÃO

INFLUENZA INFLUENZA INFLUENZA INFLUENZA INFLUENZA 1. ETIOLOGIA INFLUÊNCIA INFLUENZA 7. BIBLIOGRAFIARECOMENDADARECOMENDADA INFLUENZA

INFLUENZA: PREPARAÇÃO PARA A TEMPORADA 2016

Vigilância do viajante (via aérea)

Boletim informativo. Vigilância Epidemiológica da Gripe. Síntese 2018/19. Semana 52/ a 30 dezembro. Data de publicação: 04/01/2019

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

VÍRUS QUE AFETAM O TRATO RESPIRATÓRIO (Parte 1)

Imagem de microscópio electrónico do vírus da gripe A(H1N1)

Transcrição:

? Nota: protocolo provisório sujeito a actualizaçao, caso se disponha de nova informaçao cientifica. Imagem microscópica do virus H1N1. INTRODUÇAO A gripe é uma doença infecciosa causada pelos vírus A e B da gripe. A gripe apresentase em forma de casos esporádicos, de epidemias sazonais e de pandemias. As epidemias sazonais de gripe (gripe epidémica), apresenta-se todos os anos no inverno (Outubro-Abril no Hemisfério Norte, Maio- Setembro no Hemisfério Sul ) e afectam uma área geográfica limitada. Quando uma epidemia afecta toda a populaçao mundial e se dissemina num periodo de tempo muito curto, trata-se de uma pandemia. O novo vírus A (H1N1) é um vírus da gripe. Portanto, a forma de transmissao entre seres humanos é similar á gripe sazonal: por via aérea e principalmente quando uma pessoa contaminada tosse ou espirra. Tambem pode haver contágio ao tocar algo contaminado com o virus da gripe,e levar as maos á boca ou nariz. Atendendo que é um vírus novo nao está determinado todavía com exactidao o periodo de transmissao. No entanto pode oscilar entre as 24 horas anteriores á apariçao da sintomatologia, durante todo o período de persistencia dos sintomas até 7 dias depois do inicio dos mesmos. O vírus nao se transmite por consumir carne de porco, nem seus derivados. Os sintomas sao similares á gripe sazonal comum, onde se incluem febre de início forte, sintomas respiratórios, como tosse, espirros, rinorreia e mal estar geral. Por vezes tambem falta de apetite e diarreia.

Obtençao, conservaçao e transporte das amostra A detecçao do vírus respiratorio depende do tipo da amostra, da qualidade da recolha da amostra, da adequada conservaçao e do rápido envio para o laboratório. Tipos de amostras O vírus detecta-se melhor nas amostras que contém o maior numero possível de células epiteliais, por serem as células onde, fundamentalmente, se multiplica o vírus. Os tipos de amostra classificam-se segundo a probabilidade da detecçao do vírus, de conter mais ou menos células epiteliais. Maior probabilidade de detecçao: Exsudado nasofaringeo Lavado ou aspirado nasofaringeo Menor probabilidade de detecçao: Exsudado nasal Exsudado faríngeo Se se efectuam as duas colheitas simultaneamente obtem-se uma probabilidade superior de detecçao. 2

Colheita da amostra a) Exsudado nasal, faringeo e nasofaringeo 3 Utilizar uma zaragatoa flexivel. Recomendamos zaragatoas especiais com um polímero com alta capacidade de absorçao e com meio de transporte incluido. É importante salientar que nao se deve utilizar zaragatoas de alginato ou com suporte de madeira. Recomendamos sistemas especiais para vírus (meio de transporte para vírus). Introduzir a zaragatoa na cavidade pertinente e girar duas ou tres vezes. Deixar a zaragatoa dentro da cavidade por um tempo nao inferior a 5 segundos, para assegurar uma boa absorçao. Retirar e de seguida introduzi-la no meio de transporte, agitar a zaragatoa no interior do líquido (meio estabilizador) para conseguir uma boa dispersao do exsudado obtido. Partir a zaragatoa pelo encaixe para o efeito, ou corta-la com tesoura, inutilizar a parte superior para um contentor destinado a resíduos biológicos, mantendo a parte inferior (zaragatoa) dentro do líquido (meio de transporte). Fechar bem o tubo ao finalizar a operaçao. Se nao realizar colheita nasofaringea, é pertinente realizar colheita nasal e faríngea e introduzir ambas no mesmo meio de transporte. É obrigatório identificar correctamente a mesma e remete-la, sem demora ao laboratório, junto com o pedido de realizaçao da prova analítica. Introduzir a amostra e o pedido nos contentores normalizados para o transporte.

b) Aspirado nasofaríngeo Utilizar os recipientes e dispositivos existentes para o efeito. As secreçoes nasofaringeas sao aspiradas através de um catéter ligado a um colector de secreçoes e unido a um aspirador. O catéter é inserido nas fossas nasais paralelo ao paladar. Aplica-se a aspiraçao e o catéter retira-se lentamente com um movimento de rotaçao. O monco da outra fossa nasal recolhe-se com o mesmo catéter de maneira similar. Depois de obter as secreçoes de ambas as fossas nasais, o catéter introduzse no meio de transporte. Conservaçao e transporte Períodos nao superiores a 48-72 horas: Refrigeradas a 4ºC. O transporte tambem será refrigerado. Periodos superiores:amostras congeladas, preferencialmente a -70ºC. Recomendamos manter a congelaçao durante o transporte. 4

Análises A estirpe H1N1 é um subtipo de Influenza vírus tipo A do vírus da gripe, pertence á familia dos Orthomyxoviridae. Os Influenzavirus tipo A classificam-se de acordo com as duas proteínas que se encontram na superfície do vírus: Hemaglutinina (H) e Neuraminidasa (N). Os vírus de influenza contem hemaglutinina e neuraminidasa, mas a estrutura das proteínas difere de uma estirpe para outra devido a uma rápida mutaçao genética no genoma viral. O procedimento recomendado para a análise do vírus da nova gripe A (H1H1) é a detecçao do gen M2 para gripe A. As amostras positivas sao analisadas para o gen especifico H1. Realiza-se amplificaçao genómica do cadn baseada na reacçao em cadeia de polimerasa (PCR) em tempo real. O cadn obteve-se, previamente, mediante a retrotranscriptasa (RT). Significa,que o método é RT-PCR em tempo real. Os resultados sao informados como NAO SE DETECTA (Nao há amplificaçao nem detecçao do vírus na amostra recebida) ou POSITIVO (indica presença de genoma viral). Esta análise nao informa se existe viabilidade do vírus, pelo que nao se recomenda para monitorizar tratamentos, nem valorizar a resposta clinica. O prazo de entrega é de 3 dias laborais. 5

Referencias: Conselho interterritorial Sistema Nacional de Saude. Ministério da Saude e Política Social. Governo de Espanha. Protocolo de provas de diagnóstico para a nova gripe pandémica A (H1/N1). Versión 1. WHO Information for Laboratory Diagnosis of New Influenza A (H1N1) Vírus in Humans (1879-WHO-Diagnostic-RecommendationsH1N1-20090521). Boletín Epidemiológico de Castilla-la Mancha Dezembro 2003/ vol.15/nº 50. Red Nacional de Vigilancia Epidemiológica. Anexo I: Mantenimiento de la Vigilancia de gripe Estacional a través del Sistema de Vigilancia de gripe en Espanha. Serviço de atençao ao cliente- SAC Funciona de segunda a sexta-feira das 9 :00 ás 19:00 h. Pode contactar nos das seguintes formas: -Telefone: 937272233 central -Fax: 937277816 - e-mail: atcl@cerba.com Portugal: -Telemóvel: 00351966031721 -Fax:00351214397099 -e-mail:isildagago@iol.pt www.cerba.com 6