A PESQUISA SOBRE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA REGIÃO CENTRO-OESTE: MAPEAMENTO DE TESES E DISSERTAÇÕES

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Transcrição:

A PESQUISA SOBRE EDUCAÇÃO ESPECIAL NA REGIÃO CENTRO-OESTE: MAPEAMENTO DE TESES E DISSERTAÇÕES Etiene Paula da Silva Diniz/FAED-UFGD 1 Aline Maira da Silva/FAED-UFGD 2 Leonardo Santos Amâncio Cabral/ FAED-UFGD 3 Eixo temático: Educação Especial e Inclusão Escolar Pôster Resumo: O objetivo do estudo foi mapear dissertações e teses sobre o tema Educação Especial, produzidas na região centro-oeste, nos últimos 10 anos. Foram levantadas 86 produções. O maior número de trabalhos está concentrado na Universidade de Brasília e na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Além disso, 2015 foi o ano com maior frequência de publicações. As professoras Marilda Moraes Garcia Bruno e Mônica de Carvalho Magalhães Kassar destacaram-se como as principais orientadoras da área. O mapeamento será utilizado como subsídio para analisar a produção em termos de subtemas estudados, população, objetivos, método utilizados e principais resultados alcançados. Palavras-chave: Educação Especial, Pós-Graduação em Educação, pesquisa bibliográfica. Introdução A inclusão escolar é um movimento que visa atender as necessidades educacionais específicas dos alunos público alvo da Educação Especial, de modo a acolher, respeitar e valorizar a diversidade presente no contexto escolar. Conforme afirma Aranha (2000, p. 2), a ideia de inclusão se fundamenta em uma filosofia que reconhece e aceita a 1 Graduação em Educação Física e especialista em musculação. E-mail: etienediniz@ufgd.edu.br 2 Doutora em Educação Especial. E-mail: alinesilva@ufgd.edu.br 3 Doutor em Educação Especial. E-mail: prof.leonardocabral@gmail.com

2 diversidade na vida em sociedade. Isto significa garantia de acesso de todos, a todas as oportunidades, independente das peculiaridades de cada indivíduo ou grupo social. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) determina como público alvo da Educação Especial os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação e prevê como papel da Educação Especial promover, de maneira articulada com o ensino regular, o atendimento às necessidades de tais alunos. Segundo a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem (BRASIL, 2015, art. 27). Para alcançar o direito previsto na referida lei, conforme explicam Carneiro e Dall Acqua (2014), a escola terá que ressignificar seu papel e oferecer condições efetivas de desenvolvimento acadêmico aos alunos com deficiência, considerando suas especificidades e proporcionando condições reais de participação, para que os mesmos sejam reconhecidos como membros, independentemente de suas diferenças. Embora discussões e pesquisas estejam sendo realizadas sobre inclusão escolar, poucos estudos têm direcionado a atenção para sistematizar o conhecimento produzido acerca deste tema. No que diz respeito especificamente à região centro-oeste, é preciso conhecer e analisar as investigações científicas sobre o tema em questão, de modo a identificar avanços na construção do conhecimento, assim como identificar possíveis lacunas. Em vista disso, o objetivo do estudo foi mapear trabalhos científicos (dissertações e teses) sobre o tema Educação Especial, produzidos no âmbito dos Programas de Pós-Graduação em Educação localizados na região centro-oeste, nos últimos 10 anos. Metodologia Para atingir o objetivo proposto, realizou-se pesquisa bibliográfica (MARCONI; LAKATOS, 2007). Inicialmente, foi realizado o levantamento dos programas de pós-

3 graduação em Educação das universidades públicas da região centro-oeste. As universidades encontradas foram: UNEMAT, UFMT, UEMS (Campus Paranaíba), UEMS (Campus Campo Grande), UFGD, UFMS (Campus Campo Grande), UFMS (Campus Pantanal - Corumbá), UEG, UFG e UNB. Para a localização das teses e dissertações publicadas entre 2006 e 2015, efetuouse busca nos sites das universidades anteriormente mencionadas, utilizando os seguintes descritores: Educação Especial, educação inclusiva, inclusão escolar e termos relacionados à denominação do público alvo da Educação Especial (deficiência intelectual, deficiência mental, deficiência física, deficiência visual, deficiência auditiva, surdez, transtorno global do desenvolvimento, autismo, e altas habilidades/superdotação). Foram levantadas duas teses e 84 dissertações que constituíram a fonte de dados do presente estudo. Após leitura do resumo de cada um dos trabalhos, foi realizado fichamento do material utilizando o aplicativo Excel. Utilizou-se as seguintes categorias: tipo (dissertação ou tese), autor, título do trabalho, ano, universidade, nome do programa de pós-graduação, orientador, objetivo geral, objetivos específicos, participantes, local, procedimento de coleta de dados, principais resultados e público investigado. No presente estudo serão apresentados os dados referentes ao mapeamento da produção, ou seja, universidade, programa de pós-graduação, ano de publicação e orientador. Resultados Os resultados referem-se ao mapeamento de quais programas e universidades estão desenvolvendo trabalhos na área da Educação Especial com maior frequência, em que ano houve maior incidência dessas publicações e quem são os professores que mais orientam sobre o tema. A Figura 1 apresenta o número de trabalhos defendidos por universidade, na área de Educação Especial. Cabe destacar que, das oito universidades investigadas, duas não publicaram nenhum trabalho sobre o tema em questão: UNEMAT e UEG. Conforme mostra a figura, nos últimos 10 anos, a UNB e a UFMS foram as universidades que mais desenvolveram trabalhos na área da Educação Especial (21 produções científicas cada). A UEMS, a UFGD e a UFG também apresentam número

4 significativo de trabalhos defendidos, respectivamente, 14, 13 e 12 produções. O dado indica que as universidades públicas da região centro-oeste desenvolvem um número significativo de pesquisas na área de Educação Especial, com destaque para o Distrito Federal e o estado de Mato Grosso do Sul. Figura 1: Número de trabalhos defendidos distribuídos por universidade. 25 20 21 21 15 12 13 14 10 5 5 0 UFMT UFG UFGD UEMS UFMS UNB Considerando especificamente a produção científica na área de Educação Especial dos programas de pós-graduação em Educação, foram identificados oito programas. Quadro 1: Frequência de publicação de trabalhos por programa de pós-graduação. Programa de Pós Graduação em Educação Frequência PPGEDU/UEMS CG 04 PPGE/UFMT 05 PPGEdu/CPAN/UFMS 09 PPGEDU/UEMS PBA 10 PPGEdu/CCHS/UFMS 12 PPGEDU/UFG 12 PPGEdu/UFGD 13 PPGE/UNB 21 Conforme indica o Quadro 1, os programas com maior número de defesas (acima de dez trabalhos) na área em questão são: o Programa de Pós-Graduação em Educação da UNB (PPGE/UNB) com 21 trabalhos, o Programa de Pós-Graduação em Educação da UFGD (PPGEdu/UFGD) com 13, seguido pelos Programas de Pós-Graduação em

5 Educação da UFG (PPGEDU/UFG) e do Centro de Ciências Humanas e Sociais da UFMS campus Campo Grande (PPGEdu/CCHS/UFMS), com 12 produções cada. Portanto, é possível constatar que entre os temas que são foco de investigações no campo da Educação de forma ampla, as questões concernentes à Educação Especial também se configuram como alvo de interesse. Quanto à distribuição de trabalhos por ano de defesa, conforme evidencia a Figura 2, os anos de 2008, 2013, 2014 e 2015 apresentaram maior concentração de produções (acima de dez trabalhos), sendo que em 2015 registrou-se o maior índice de defesas (21). Os dados indicam que, a partir de 2009, há uma tendência crescente das pesquisas, no nível da pós-graduação, voltarem sua atenção para a área de Educação Especial. Tal dado parece sinalizar o fortalecimento recente de linhas de pesquisa cujo objeto principal de investigação é a diversidade presente no contexto escolar. Figura 2: Distribuição de trabalhos por ano de defesa. 25 20 21 15 15 10 11 11 7 8 5 6 4 1 2 0 2006 2008 2010 2012 2014 Finalmente, o Quadro 2 apresenta os professores dos programas de pós-graduação que mais orientaram trabalhos em Educação Especial, no período investigado. Para elaboração do quadro, foram considerados apenas os professores que orientaram quatro ou mais estudos. Entre os professores com maior número de orientações em Educação Especial destacam-se a Prof a. Dr a. Marilda Moraes Garcia Bruno (UFGD) e a Prof a. Dr a. Mônica de Carvalho Magalhães Kassar (UFMS), ambas com nove trabalhos. Também foi observada frequência elevada de orientações pela Prof a. Dr a. Celi Corrêa Neres (UEMS), com seis trabalhos.

6 Quadro 2: Professoras com maior frequência de orientação na área de Educação Especial. Professora Orientadora Frequência Alexandra Ayach Anache Dulcéria Tartuci 4 Teresa Cristina Siqueira Cerqueira Amaralina Miranda de Souza Doracina Aparecida de Castro Araujo 5 Dulce Barros de Almeida Celi Corrêa Neres 6 Marilda Moraes Garcia Bruno 9 Mônica de Carvalho Magalhães Kassar 9 Por meio dos dados levantados foi possível levantar as dissertações e teses produzidas nos Programas de Pós-Graduação em Educação das universidades públicas da região centro-oeste, sobre o tema Educação Especial, nos últimos dez anos. O mapeamento foi o primeiro passo do estudo e será utilizado como subsídio para a segunda fase da pesquisa, na qual a produção será analisada em termos de subtemas estudados, população, objetivos, método utilizados e principais resultados alcançados. Referências ARANHA, M. S. F. Inclusão social e municipalização. In: Educação Especial: temas atuais. MANZINI, E. J. (org.). Marília: Unesp Marília publicações, 2000, p. 1-9. BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Brasília, 2015. BRASIL. MEC/SEESP. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, 2008. CARNEIRO R. U. C.; DALL ACQUA, M. J. C.; CARAMORI, P. M. (orgs.) Educação Especial e Inclusiva: Mudanças para a Escola e Sociedade. Jundiaí, Paco Editorial: 2014. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 6ª edição. São Paulo: Atlas, 2007.