O LÍDER EMPREENDEDOR INTERNO COMO TRANSFORMADOR DA ORGANIZAÇÃO E GERENCIADOR DE CONFLITOS.



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Transcrição:

1 O LÍDER EMPREENDEDOR INTERNO COMO TRANSFORMADOR DA ORGANIZAÇÃO E GERENCIADOR DE CONFLITOS. 1 ALESSANDRE DA SILVA 2 ANA CRISTINA RODRIGUES DE VASCONCELLOS RESUMO Este trabalho tem a intenção de apresentar a importância do líder dentro de uma organização, melhor ainda se esse mesmo líder for um líder empreendedor. Líder este capaz de ter ousadia, de ser capaz de estimular a curiosidade em todos aqueles que fazem parte de sua equipe. Empreendedor este capaz de transformar as boas ideias em realidade. O líder empreendedor é aquele que usa de influência para estimular como também é aquele que sabe realizar (transformar) o abstrato em realidade. PALAVRAS-CHAVE: Liderança; Empreendedorismo; Conflitos. ABSTRACT This paper intends to present to the great importance of a leader within an organization, particularly if that same leader is an entrepreneurial leader. Leader able to have this boldness, to be able to stimulate curiosity in all who are part of your team. This entrepreneus can turn good ideas into reality. The entrepreneurial leader is one who uses influence to stimulate as well as make is one who knows (turn) the abstract into reality. KEYWORDS: Leadership; Entrepreneurship, Conflict. 1 Alessandre da Silva Graduação em GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS pelo Centro Universitário Moura Lacerda, Graduação no Bacharelado em CIÊNCIAS CONTÁBEIS pela UNIESP - Associação Faculdade de Ribeirão Preto, Especialização MBA em GESTÃO DE PESSOAS pela Anhanguera Educacional, Especialização MBA em GESTÃO ESTRATÉGICA DE NEGÓCIOS pela Anhanguera Educacional, Docente e coordenador do Curso de Ciências Contábeis, UNIESP Ribeirão Preto - alessandre.silva@uniesp.edu.br 2 Ana Cristina Vasconcellos - Graduação em PEDAGOGIA pela Universidade Castelo Branco (1999), MESTRADO em Educação pelo Instituto Ecumênico de Pós-Graduação em Educação e Teologia, ESPECIALIZAÇÃO em Informática na Educação,pela ULBRA -Universidade Luterana do Brasil, Graduação em PSICOLOGIA pelo Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista. Docente da UNIESP Ribeirão Preto.

2 INTRODUÇÃO O mercado de trabalho está se tornando algo cada vez mais competitivo, pois quem tem diferencial está na liderança, enquanto aquele que se acomoda tende a ruir com o peso do fracasso. Eis a importância do líder e do empreendedor, uma vez que essas figuras se confundem por demais, pois, normalmente andam juntas. Sabe-se que existe uma série de distinções entre liderança e empreendedorismo, do mesmo modo se sabe que ambas as qualidades não se opõem, pelo contrário, ambas se completam, a coerência é tê-las e cultivá-las em um único conjunto. Cabe ao líder transformar tal atmosfera, cabe ao empreendedor realizar o feito para que a organização não entre em estado de degradação, a tarefa é árdua, eis que a motivação nunca deve faltar, o estímulo deve estar presente, a transparência e a imparcialidade são instrumentos que geram a sinergia. No entanto a maior virtude do líder é a moderação, já do outro lado a maior virtude do empreendedor é a coragem. Segundo Chiavenato (2004, p. 446), A liderança é, de certa forma, um tipo de poder pessoal. Através da liderança uma pessoa influencia outras pessoas em função dos relacionamentos existentes. Por outro lado Stoner (1999, p. 344), Liderança é o processo de dirigir e influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo. Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir objetivos identificados como sendo para o bem comum (HUNTER, 2004 p. 25). Percebe-se que apesar de existir conceitos diferentes sobre liderança, todos remetem como o poder de influenciar pessoas, sendo como uma característica pessoal e que pode ser transformada naqueles que se identificam como líder. Da mesma maneira pode-se dizer sobre o ato de ser empreendedor que segundo Dornelas (2005, p. 39) Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto levam à transformação de ideias em oportunidade. Dornelas (2005) também aponta o empreendedor como àquele que faz as coisas acontecerem, antecipa-se aos fatos e tem uma visão futura da organização, sendo aquele que não espera algo acontecer e sim faz algo acontecer.

3 Enquanto Dolabela (1999) define empreendedorismo como sendo uma ciência onde são estudados os aspectos referentes ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação. Para Chiavenato (2004) empreendedor é a energia da economia, não sendo apenas o fundador de novas empresas ou construtor de novos negócios, e sim aquele que alavanca recursos, que impulsiona talentos, o que fareja as oportunidades vindouras. Este trabalho está voltado para profissionais interessados no aprimoramento, nas organizações, do compromisso corporativo, visando harmonizar o sentido de ser líder com o sentido de ser empreendedor. Essas funções fundidas possam permitir que tal profissional seja um facilitador de processos dentro dessa organização, transformando ações negativas em positivas, acolhendo as mais diferentes ideias transformando-as em resultados satisfatórios para seus envolvidos. É o líder como ferramenta de transição entre grupos, transformando conflitos em soluções. Conhecer os liderados consiste em não haver injustiças, pessoas erram, máquinas quebram, líder que não conhece seus liderados não é capaz de lidar com os conflitos existentes, pois dentro de um determinado grupo existe outro grupo que é formado por demais grupos. A problematização dá-se aqueles que não sabem cativar, que não sabem conquistar e argumentar. Sendo aqueles que acreditam que a imposição ainda é a forma de demonstrar superioridade, estudos e relatos apontam que para haver cumplicidade é necessário haver conquista, o real aliado é aquele que está sempre disponível e disposto a compartilhar toda e qualquer decisão em que ele estará envolvido, sem questionar, apenas pelo fato de confiar em seu líder. Tem-se como objetivo relacionar a liderança e o empreendedorismo dentro de uma organização, tendo como especificações: Identificar, conceituar e discutir o que é ser líder. Conceituar e discutir o que é ser empreendedor. A fusão da liderança com o empreendedorismo.

4 1. REVISÃO DE LITERATURA 1.1 LIDERANÇA Para o tipo de problematização citada neste trabalho, o tipo de liderança a ser explanado é embasado pela Teoria Neocarismática, ou seja, aquela que possui três temas contemplados (Robbins 2002): Enfatizam os comportamentos simbólicos e emocionalmente apelativos dos líderes; Tentam explicar como alguns líderes são capazes de conseguir níveis extraordinários de comprometimento por parte de seus liderados; Esvaziam a complexidade teórica e procura ver a liderança de maneira mais próxima àquela de uma pessoa comum. Dentro desta teoria tem-se a Liderança Carismática que diz que: os seguidores destes líderes atribuem a ele capacidades heroicas ou extraordinárias de liderança quando observam determinados comportamentos. As pessoas que trabalham para líderes carismáticos são envolvidas e motivadas a realizar esforços extras no trabalho. Como gostam de seu líder e o respeitam, expressam maior satisfação. A Liderança Transformacional que representa os líderes além de líderes carismáticos como aquele que também oferece consideração individualizada, aquele que fornece incentivo intelectual aos seus liderados. Líderes esses que têm o forte interesse no desenvolvimento de seus liderados e na transformação de seus valores. A terceira teoria neocarismática é a Liderança Visionária, tem a capacidade de criar e articular uma visão de futuro realista, atrativa e acreditável para a organização ou unidade organizacional. Tem como ponto de partida a situação presente e visa à sua melhoria. O líder visionário possui habilidades para transmitir a visão aos demais, tanto em palavras quanto em comportamentos. French e Raven (1995) coloca que não se pode falar em liderança sem citar a relação com o poder, pois o poder é utilizado pelo líder como um meio de atingir metas e realizações, mas o líder que apenas faz uso do poder tende a ter seus liderados como pessoas desmotivadas, pois até mesmo antes de saber fazer uso do

5 poder o líder tem que saber fazer uso da conquista, respeito e medo caminham entrelaçados, mas não tem o mesmo significado dentro e fora de uma organização. Conquistar a simpatia de seus liderados, apontar qual a direção ser tomada, cativar, mostrar-se como uma pessoa igual a eles, mostrando que o líder não é uma pessoa que vive para repreender seus liderados, mas sim para dar ensinamentos, mostrando que liderados podem se tornar líderes, com o desenvolvimento de aptidões. Lacombe (2005), afirma que as características que a liderança defende é a vontade coletiva; do contrário os lideres não são capazes de mobilizar os liderados à ação. A variedade dos tipos de liderança torna difícil estabelecer com precisão o que faz um líder. Enquanto Chiavenato (1994) cita que as características de liderança podem ser eminentemente sociais. Existem pessoas capazes de se comunicar e que estão dispostas a contribuir com a ação conjunta a fim de alcançar um objetivo comum. A disposição de contribuir com a ação significa, sobretudo, esforço em sacrificar o controle da própria conduta em benefício da cooperação. Segundo Bateman e Snell (1998), os poderes que um líder exerce sobre seus liderados são divididos em 5 tópicos, tópicos esses que apontam o perfil do líder, perfil esse que muitas vezes tendem a sofrer mudanças de acordo com a situação em questão: Poder legítimo: o líder com o poder legítimo tem o direito, ou a autoridade, de dizer aos subordinados o que fazer; os subordinados são obrigados a obedecer às ordens legítimas; Poder sobre recompensas: o líder que tem poder sobre recompensas influência os outros porque controla recompensa valorizada; as pessoas obedecem aos desejos do líder para receber essas recompensas; Poder de coerção: o líder tem o poder de coerção e o controle sobre as punições; as pessoas obedecem para evitar essas punições; Poder de referência: o líder com poder de referência tem características pessoais que atraem os outros: as pessoas obedecem devido à admiração, ao desejo de aprovação, à estima pessoal, ou à vontade de ser apreciadas pelo líder;

6 Poder de competência: o líder com poder de competência possui certas habilidades ou conhecimentos: as pessoas obedecem porque acreditam nessas habilidades e podem aprender ou obter vantagens dela. 1.1.1 Liderança e Habilidades Segundo Soto (2002), uma liderança bem-sucedida depende de comportamentos, habilidades e ações apropriadas e não de características pessoais. Apontando três tipos de habilidades que os líderes utilizam: as técnicas, as humanas e as conceituais. A habilidade técnica se refere ao conhecimento e a capacidade de uma pessoa em qualquer tipo de processo ou técnica. A habilidade humana é a capacidade de trabalhar de maneira eficaz com as pessoas para obter resultados no trabalho em equipe. A habilidade conceitual é a capacidade para pensar em termos de modelos, marcos diferenciadores e relações amplas. Ajudar as pessoas a enfrentar a nova realidade e mobilizá-las para a mudança. 1.1.2 O novo líder e sua liderança Alguém com coragem para enfrentar a nova realidade dos negócios, com a humildade para admitir que não detém todas as respostas e com a energia para liderar a mudança afirmação de William C. Taylor. Para Bennis (2002), o papel-chave desempenhado pela liderança em toda atividade humana não é limitado tão somente às grandes organizações, que apresentam uma estrutura complexa. A família é o primeiro componente ou unidade de organização no qual é possível detectar alguns dos principais traços que estão em jogo nas grandes estruturas, tais como hierarquia, sistema e formas de distribuição. Partindo deste ponto de vista apoia-se inclusive na crença de que muitas das atitudes e posições diante da liderança têm origem precoce, no ambiente familiar. Usando da análise dessas manifestações também evidencia a importância da

7 autoridade e do poder na organização e a capacidade que algumas pessoas têm de mobilizar outros indivíduos e convertê-los em seguidores dispostos. Ainda segundo Bennis (2002) pode-se visualizar o campo de interação das ideias como uma das frentes nas quais se ganha a batalha do conhecimento e da liderança e acredita que o núcleo da liderança se afirma na capacidade de liderar o poder cerebral de cada pessoa que faz parte de uma equipe. O líder deve ter coragem para enfrentar a realidade, e ajudar os que o rodeiam a enfrentá-la, ou seja, que lidere corajosamente com três realidades de uma só vez. Sendo em primeiro lugar, caso existam diferenças entre valores que seja defendida e a forma como realmente se age. Em segundo lugar, se houver diferenças entre competências e os talentos da empresa e as exigências de mercado e por último, no caso de existirem diferenças entre oportunidades do futuro e a capacidade para capitalizá-las. 1.1.3 Práticas de liderança Winston Churchill: Sucesso é a capacidade de avançar, de falhanço em falhanço, sempre com o mesmo entusiasmo. O que as pessoas fazem, exercendo suas funções, para obter resultados, tais como, um líder pode orientar a visão e o direcionamento. Nas competências definidas como práticas, nove aparecem como as mais comuns e outras nove são citadas como frequência suficiente para merecer atenção especial. As porcentagens na Tabela 1 refletem o número de modelos de competências de liderança em que a prática está em questão é relevante lembrar que 8% dos modelos da base de dados foram definidos completamente como atributos e que 65% dos modelos era uma mistura de atributos e práticas. Sendo assim, não é de surpreender que a prática de liderança mais citada desenvolver pessoas tenha sido encontrada em apenas pouco mais da metade de modelos da base de dados. Líderes não respondem por si próprios, líderes fornecem a direção a ser seguida, colocam as questões bem estruturadas, em vez de oferecer respostas definitivas, é importante articular uma visão estratégica que proporcione uma clara

8 direção para o futuro, visão realista, convincente e comunicada de modo a inspirar nos colaboradores, mobilizar os colaboradores para resolverem desafios complexos. TABELA 1 - Práticas mais citadas Práticas Principais Perc. Outras práticas importantes Perc. Desenvolver pessoas 64% Cooperar/participar de equipes 36% Obter resultados 55% Criar equipes 36% Concentrar-se no cliente 52% Desenvolver soluções criativas 34% Comunicar-se 52% Criar um ambiente de alto desempenho 32% Orientar a visão e a direção 46% Impulsionar mudanças 32% Criar laços de relacionamento comercial 43% Ser um modelo em sua função 29% Tomar decisões 41% Gerenciar a diversidade/valorizar o outro 29% Gerenciar o desempenho 39% Desenvolver estratégias 25% Influenciar a organização 38% Assumir responsabilidades pelas coisas 23% Fonte: Cambria Consulting (2002 p.15) 1.1.4 Atributos de liderança Na determinação das competências definidas como atributos que apareceram com maior frequência, os modelos de liderança foram codificados na base de dados de suas formas. Em primeiro lugar, as competências já definidas como atributos foram codificadas em 30 categorias de atributos. Em seguida, as competências definidas como práticas foram desmembradas em atributos, a partir das definições e dos indicadores de comportamento fornecidos pelas organizações que apresentaram os dados e depois foram codificadas segundo as 30 categorias de atributos. Os resultados estão baseados na porcentagem dos modelos de liderança nos quais o atributo apareceu pelo menos uma vez, sem ponderar a importância dos atributos que apareceram mais de uma vez em cada modelo. Dessa forma, dez atributos podem ser considerados universais, sendo encontrados em 60% dos modelos ou mais, e outros dez foram encontrados em 40% a 60% dos modelos, conforme mostra a Tabela 2. Pode-se concluir que nem todos os atributos de liderança possíveis são necessários para um desempenho eficaz de determinado papel de liderança. Muitos dos atributos citados com grande frequência estão enraizados na personalidade, nas

9 características pessoais ou capacidades individuais, não sendo aspectos de fácil desenvolvimento. TABELA 2 - Atributos mais citadas Principais Atributos Perc. Outros atributos importantes Perc. Integridade/sinceridade/ética 77% Iniciativa/orientação para a ação 58% Capacidade de realização 76% Capacidade de comunicação 52% Habilidades de lidar com pessoas 73% Energia/entusiasmo 50% Orientação para o aprendizado 73% Habilidade política 50% Capacidade de direcionar e controlar 66% Cooperação 48% Capacidade de influenciar pessoas 64% Raciocínio analítico 48% Raciocínio estratégico 64% Responsabilidade/comprometimento 48% Compreensão de conceitos 63% Capacidade de julgamento 44% Flexibilidade/adaptabilidade 61% Capacidade de tomar decisões 44% Autoconfiança/coragem 60% Conhecimento do negócio 40% Fonte: Cambria Consulting (2002 p.16) 1.2 EMPREENDEDORISMO Empreendedorismo é um comportamento e não um traço da personalidade por Peter Drucker. Empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões. É uma pessoa totalmente orientada para a ação, não é simplesmente uma pessoa que tem boas ideias, mas é aquele que faz acontecer, é altamente motivado e assume riscos calculados para atingir os seus objetivos. Ser empreendedor é se fazer e se refazer no dia a dia. Chiavenato e Sapiro (2004) apontam a pessoa empreendedora como aquela que consegue fazer as coisas acontecer, pois é dotado de forte sensibilidade e tato para os negócios, tendo capacidade de identificar oportunidades que passam despercebidas perante outrem. Transformando ideias em realidade, para benefício próprio e para o benefício da organização ou da comunidade. Dolabella (1999) aponta uma definição ampla e detalhada fornecida sobre a pessoa que é empreendedora, sendo: O indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja ela;

10 Pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos, seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir, seja na forma de fazer propaganda dos seus produtos ou serviços, agregando novos valores; Empregado que introduz inovação em uma organização, provocando o surgimento de valores adicionais. Segundo Falcão (2008), há pelo menos quatro motivos ou características para o empreendedorismo: Empreendedorismo por necessidade; Empreendedorismo por vocação; Empreendedorismo inercial; Empreendedorismo pelo conhecimento. Maximiano (2009), inovação, riscos e criatividade são características associadas ao empreendedor, pessoa que está disposta a aplicar seus recursos em um novo negócio, sem ter garantias de sucesso ou retorno, é investir naquilo que acredita dar certo, é não confiar tão somente no certo no que se é palpável hoje, mas fazer a sua crença ser fruto de conquistas, não querendo apenas para si, mas também proporcionar melhorias para outrem. 1.3 O LÍDER E O EMPREENDEDOR Segundo Ferruccio (2009), a pessoa que é um líder empreendedor assume riscos calculados, tem simpatia por trabalhar com pessoas e está sempre acompanhando as mudanças tecnológicas que aparecem rapidamente de forma quase inesperada, assim como desenvolve sua competência técnica para formular conhecimentos necessários e imprescindíveis que suportem as decisões estratégicas que ele terá que tomar diariamente podendo-se dizer que reciclagem pessoal é o lema deste líder, vivenciando o hoje, mas se preocupando com o amanhã. Ainda de acordo com Ferruccio (2009) o líder empreendedor possui uma visão mais crítica e reivindicativa perante as atitudes e ações que deve desempenhar, devendo ajudar cada membro da equipe a ajustar o seu comportamento para o alcance das metas e a encontrar a sua satisfação pessoal nesta trajetória.

11 A liderança empreendedora deve ser levada em consideração para a eficácia das organizações, uma vez que pode ser um fator que influencia na motivação e no comportamento do grupo de trabalho, pessoas ajustadas ao sistema, metas sendo explícitas, trabalho em união sem distinção, sentido de satisfação onde todos são apenas um, para atingir a meta desejada para o benefício de todos. Dornelas (2007) cita que pesquisas feitas com empresários de sucesso identificaram qualidades especiais comuns a todos eles e que foram responsáveis por garantir o seu lugar no mercado. Dentre uma destas qualidades, está a importância que os empresários dão ao empreendedorismo e a liderança, o utilizando não apenas como um empreendimento mais assumindo responsabilidades do negócio e seus desafios. Seguindo pesquisas realizadas por Dornelas apontando o perfil necessário para ser destaque no mercado: Assumir riscos é uma das maiores qualidades do verdadeiro empreendedor. Arriscar conscientemente é ter coragem de enfrentar desafios, de tentar um novo empreendimento, de buscar, por si só, os melhores caminhos. É ter autodeterminação. Os riscos fazem parte de qualquer atividade e é preciso aprender a lidar com eles. Liderando e tomando a iniciativa motivando a equipe e todos envolvidos no empreendimento; Identificar oportunidades é ficar atento e perceber, no momento certo, as oportunidades que o mercado oferece e reunir as condições propícias para a realização de um bom negócio é outra marca importante do empresário bemsucedido. Ele é um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta; Conhecimento, organização e independência, quanto maior o domínio de um empresário sobre um ramo de negócio, maior será sua chance de êxito. Esse conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em publicações especializadas, em centros de ensino, ou mesmo de "dicas" de pessoas que montaram empreendimentos semelhantes; Possuir senso de organização, ou seja, ter capacidade de utilizar recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos de forma racional. É bom não esquecer que, na maioria das vezes, a desorganização principalmente no início do empreendimento compromete seu funcionamento e seu desempenho;

12 Determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu próprio patrão, enfim, buscar a independência é meta importante na busca do sucesso. O empreendedor deve ser livre, evitando protecionismos que, mais tarde, possam se transformar em obstáculos aos negócios. Só assim surge a força necessária para fazer valer seus direitos de cidadão-empresário; Tomar decisões, o sucesso de um empreendimento, muitas vezes, está relacionado com a capacidade de decidir corretamente. Tomar decisões acertadas é um processo que exige o levantamento de informações, análise fria da situação, avaliação das alternativas e a escolha da solução mais adequada. O verdadeiro empreendedor é capaz de tomar decisões corretas, na hora certa; Liderança, dinamismo e otimismo, liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de negócios faz contatos. Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem que ser uma qualidade sempre presente; Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não perder a capacidade de fazer com que simples ideias se concretizem em negócios efetivos. Manter-se sempre dinâmico e cultivar certo inconformismo diante da rotina é um de seus lemas preferidos; O otimismo é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso, em vez de imaginar o fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso sabe olhar além e acima das dificuldades; Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno do empreendimento; Existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode e deve fazer pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar. No entanto, é notória a falta de cultura de planejamento do brasileiro, que por outro lado é sempre admirado pela sua criatividade e persistência; Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não basta apenas sonhar, deve-se transformar o sonho em ações concretas, reais,

13 mensuráveis. Para isso, existe uma simples, porém para muitos, tediosa, técnica de se transformar sonhos em realidade: o planejamento; Muito do sucesso creditado às micro e pequenas empresas em estágio de maturidade é creditado ao empreendedor que planejou corretamente o seu negócio e realizou uma análise de viabilidade criteriosa do empreendimento antes de colocá-lo em prática; Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo e apresentar sua ideia a investidores, bancos, clientes e para seus parceiros, sejam eles fornecedores ou seus colaboradores; Tino empresarial: O que muita gente acredita ser um "sexto sentido", intuição, faro empresarial, típicos de gente bem-sucedida nos negócios é, na verdade, na maioria das vezes, a soma de todas as qualidades descritas até aqui. Se o empreendedor mostrar-se capaz de reunir a maior parte dessas características terá grandes chances de êxito. Quem quer se estabelecer por conta própria no mercado brasileiro e, principalmente, alçar vôos mais altos na conquista do mercado externo deve saber que clientes, fornecedores e mesmo os concorrentes só respeitam os que se mostram à altura do desafio. Através de uma revisão bibliográfica buscar os fatores primordiais de desempenho do líder que permite ao mesmo atingir um alto grau de aceitação e aprovação na visão de seus subordinados. Com os aspectos funcionais e comportamentais que diferem o líder empreendedor da figura tradicional do gerente de departamentos, permitindo que o desempenho de suas funções e afazeres seja sempre de forma coletiva, em sentido circular participando a todos os envolvidos da organização. Lembrando que o líder nada faz sozinho, a necessidade da amizade e da cumplicidade com seus liderados faz com que essa relação se torne cada vez mais estável, uma vez que os liderados passam a ver o líder como aquele que está na mesma marcha, tornando o entrosamento cada vez mais estreito. A influência está entrelaçada com a motivação. O líder que influencia é o mesmo que motiva seus liderados, enfatizando que a boa liderança requer uma boa equipe.

14 As pessoas da equipe também precisam se envolver para que os objetivos organizacionais sejam alcançados. O comportamento das pessoas pode ser obtido pelo compartilhamento desses elementos em soma com outros mais, como: monitoramento do ambiente externo, prestação de valores e crenças dignificantes, habilidades na busca da resolução de problemas, criatividade, fazer uso da informação, ter iniciativa, comprometimento, ousadia, visão de futuro e sucesso, conhecedor de pontos fracos e fortes dentro de sua organização (ambiente), se fazer ouvir assim como saber fazer uso da palavra, dar o devido reconhecimento daqueles que contribuem fazer uso da comunicação clara e objetiva. Vergara (1999) aponta dizendo que o líder forma outros líderes com cujos seguidores compartilham da mesma visão. 2. METODOLOGIA O presente trabalho é uma pesquisa bibliográfica a respeito do líder empreendedor, sendo ele capaz de resolver e solucionar conflitos internos existentes em uma organização, tendo sido consultados livros, artigos, matérias, publicações, objetivando apontar e identificar como deveria ou deve ser esse líder. Tal pesquisa foi realizada sob consulta em obras de autores e pesquisadores que participaram e realizaram pesquisas sobre tais assuntos como: comportamentos, práticas, personalidade e características. Inclusive obras que apontam desde o início do pensamento de como administrar, como organizar, pensamentos que do passado distante vêm-se apontando em direção ao futuro muito mais distante.

15 3. CONCLUSÃO Há muitas definições para liderança, mas este presente estudo possibilitou uma visão voltada para o empreendedorismo, para a mudança de atitude em relação aos liderados e a forma de liderar. Em se tratando de pessoas, muitas vezes o líder nato ou aqueles que se formam líderes, têm a sensibilidade em transferir ideias e pensamentos para que seus liderados correspondam adequadamente. O que se notou com esse trabalho é que com esforço e estudo das técnicas de liderança eficaz pode-se adquirir o conhecimento necessário para que essa função possa ser desempenhada da melhor maneira. Hoje no mercado competitivo onde há muitos tipos de negócios, o empreendedorismo se torna, muitas vezes, complicado, pesquisas que são mostradas em sites especializados como o SEBRAE, apresentam que o número de empresas que tem seu encerramento precoce é expressivo, e identifica-se o despreparo, por grande parte dessas empresas, é o ponto determinante. Isso, não quer dizer que se o empresário for preparado o sucesso será garantido, assim como aquele que não preparo será um fracassado, mas o diferencial está na forma de como ver e sentir o que ocorre ao seu redor. Tendo como exemplo um pensamento expressado pelo empresário e empreendedor Bill Gates: Seus clientes menos satisfeitos são sua maior fonte de aprendizado. Pode-se entender que o melhorar sempre, para o sempre servir, para ser o melhor em determinado segmento, ser o melhor em determinada situação, ser o melhor não quer dizer ser o intocável, e para ser o melhor requer acima de qualquer coisa o faro e o tato para atingir o diferencial, diferencial esse que pode ser alcançado com metas em curto prazo, como muitas vezes perguntar para si próprio onde estarei e onde quero estar daqui a 5, 10 ou 15 anos. Estudos apontam que metas seguras ajudam qualquer líder e qualquer empreendedor a se colocarem em pontos de estratégias, buscando na coletividade a forma segura de se trabalhar para alcançar o ponto almejado. Habilidades que se pode adquirir são recomendadas por muitos autores, avaliação de riscos, busca por conhecimento, capacidade de decisão, capacidade realizadora, comprometimento, dedicação, identificação de oportunidade e liderança.

16 Estas habilidades sendo trabalhadas geram mais segurança e firmeza para o empreendedor. Pode-se dizer que a liderança e o empreendedorismo são competências destinadas àqueles que têm ambição pelo êxito, que têm receio do resultado e por isso se planeja, o importante é chegar ao objetivo almejado. A liderança motiva os liderados a compartilharem da vontade, enquanto o empreendedorismo transforma o ato verbal em algo concreto e real. Na atualidade global com tamanha concorrência acirrada que as organizações vivenciam, faz-se mais que necessário criar um diferencial que não seja fácil de ser copiado. Tendo em vista a possibilidade de ser criado um ambiente de trabalho diferenciado, competitivo, agradável, para que os colaboradores possam desenvolver suas atividades, ambiente este que possa ser um círculo de treinamentos e desenvolvimentos, para que todos os envolvidos possam aprender, possam desenvolver e principalmente praticar tudo o que foi dado de ferramenta de trabalho. Líder trabalhando com seus liderados, líder empreendendo de forma uniforme com todos aqueles que têm a pretensão de serem reconhecidos e destacados dentro e fora do seu ambiente de trabalho. A liderança é algo interpessoal capaz de exercer influência numa situação. Empreendedorismo é a arte de ir buscar, trazer o sonho para a realidade. O líder apenas como líder usa de influência, o líder como empreendedor não apenas usa de influência, como também desperta em seus liderados o anseio de ir buscar o que está adiante. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATEMAN, S. Thomas; SNEEL, A. Scott. Construindo vantagem competitiva. Atlas, 1998. BENNIS, Warren. Liderança e Gestão de Pessoas. São Paulo: Publifolha. 2002. p 31 46. (Coletânea HSM Management). CAMBRIA CONSULTING. Competência de Liderança. São Paulo: Publifolha.2002. p 9 20. (Coletânea HSM Management). CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. Compacta, 3. ed. São Paulo: Atlas, 1994.

17 CHIAVENATO, Idalberto. Administração de Novos Tempos. Rio de Janeiro: Campus, 2004. CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento Estratégico: Fundamentos e aplicações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. DOLABELA, Fernando. Oficina do Empreendedor: A metodologia de ensino que ajuda a transformar conhecimento em riqueza. 1. ed. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999a. DOLABELA, Fernando. O segredo de Luíza. São Paulo: Cultura, 1999. DORNELAS, José Carlos de Assis. Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. DORNELAS, José Carlos de Assis. Empreendedorismo na Prática: Mitos e verdades do empreendedor de sucesso. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. FALCÃO, José de Moraes. O espírito empreendedor e a alma do negócio. 2008. Disponível em< http://www.falcaocontexto.com>. Acesso em: 21 de abril de 2012. FERRUCCIO, Alice. 2009 em: http://aliceferruccio.blogspot.com/2007/03/o-liderempreendedor-e-lideranca.html. Acessado em 24 de abril de 2012. FRENCH, J.R.; RAVEN. B. H. The bases of social Power. In: CARTWRIGHT, D. Studies in social power. Ann Arbor: University of Michigan, p. 150-167, 1959. HUNTER, J. C. O monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança. Trad. de Maria da Conceição Fornos de Magalhães. Rio de Janeiro: Sextante; 2004. LACOMBE, Francisco. Recursos humanos: Princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2005. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amauru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. São Paulo: Atlas 2009. ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Prentice Hall, 2002. SOTO, Eduardo. Comportamento Organizacional: o impacto das emoções. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. STONER, James A. F. Administração. Rio de Janeiro: LTC, 5ª edição. 1999. VERGARA, Sylvia. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 1999.